terça-feira, 24 de agosto de 2010

MILHO/CONAB LEILÕES: GOVERNO NÃO INTERVIRÁ NO MERCADO.

O governo considera que o apoio dado à comercialização da safra de milho atendeu às expectativas e por isso não fará mais nenhuma intervenção no mercado. "Vamos esperar agora que o mercado se regule sem a presença do governo", disse hoje o coordenador de Cereais e Culturas Anuais do Ministério da Agricultura, Silvio Farnese, em entrevista à Agência Estado. Na avaliação de Farnese, o apoio à comercialização via leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) cumpriu o seu propósito de enxugar o excedente de oferta nas regiões produtoras e fará com que o Brasil exporte mais milho do que o esperado inicialmente. A projeção agora é de embarques de sete milhões de toneladas de milho somente neste segundo semestre. "Com o preço favorável no mercado externo, já acreditamos que poderemos embarcar entre 9 e 9,5 milhões de toneladas em 2010", calcula Farnese. A Companhia Nacional de Abastecimento estimava exportações de 8,5 milhões de toneladas do cereal neste ano.
Em relação ao estoque de passagem, Farnese calcula um volume entre 10 e 11 milhões de toneladas, sendo 6 milhões de toneladas nos armazéns do governo. Para ele, esse volume, distribuído nos vários Estados, garante com segurança o abastecimento. Por isso, acrescenta, não há possibilidade de o governo atender ao pedido de Mato Grosso para que mais leilões sejam realizados, ou do Rio Grande do Sul, que pede facilidades para buscar milho no mercado mato-grossense. No caso de Mato Grosso, o apoio governamental compreendeu subvenção do frete (prêmio para escoamento) equivalente a sete milhões de toneladas, de uma safrinha estimada pela Conab em 8,2 milhões de toneladas. "O consumo do Estado é de cerca de dois milhões de toneladas, então é perigoso querer escoar mais", diz Farnese.
As agroindústrias do Rio Grande do Sul reclamam da alta dos preços do milho no Estado, por conta da restrição de oferta, e pedem intervenção do governo. "Qualquer movimento isolado para ajudar a um Estado acaba envolvendo toda a cadeia produtiva e não vamos pensar só em um (Estado)", encerra Farnese.
Nordeste - O governo também avalia que o abastecimento de milho no Nordeste está garantido, apesar da estiagem que atingiu a região e provocou perdas significativas nas lavouras. Segundo Farnese, os leilões realizados para milho do oeste da Bahia, Piauí e Maranhão devem escoar mais de 800 mil toneladas para todo o Nordeste, o que assegura o abastecimento até o início de setembro. Depois disso, o governo espera contar com a safrinha de milho de Sergipe, que começa a ser colhida no próximo mês. Farnese acredita que as 700 mil toneladas de milho que Sergipe espera colher devem ser suficientes para garantir o abastecimento até fevereiro de 2011. "Se houver necessidade de mais produto, a Conab já está preparada para suprir o consumo do Nordeste", finaliza.

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