terça-feira, 24 de agosto de 2010

CBOT/GRÃOS-SOJA AMPLIA PERDA E CAI ABAIXO DE US$ 10,00.

Os preços futuros da soja recuaram para as mínimas de quatro semanas na bolsa de Chicago ampliando movimento de perda por causa de fundamentos baixistas e temor quanto ao cenário econômico global. O vencimento mais próximo, base setembro, perdeu 7,50 cents, ou 0,6%, para US$ 9,9950/bushel. A posição mais líquida, novembro, recuou 6,50 cents, ou 0,6%, para US$ 9,99/bushel. Fundos especulativos compraram cerca de três mil lotes no dia.
A proximidade de uma safra com perspectiva de produção recorde e a ausência de condições técnicas favoráveis serviram como catalisadores que estimularam traders a reduzir a exposição ao risco.
Fatores sazonais baixistas e ausência de notícias que ofereçam alguma sustentação do lado da demanda desestimulam os traders a manter posições compradas na iminência de uma safra recorde, ressalta Tim Hannagan, analista de Chicago.
Os temores quanto à economia mundial, com a fraqueza dos futuros do petróleo, metais e mercados financeiros hoje encorajaram os traders a liquidarem parte de suas posições compradas no mercado. As condições técnicas, com cotações abaixo do nível psicológico de US$ 10/bushel, também antecipou alguns ajustes posições no final do mês, observou Hannagan.
A tendência de baixa também nos preços físicos reforçou o tom defensivo do mercado. Os usuários finais estão menos agressivos no interesse de compra pela safra velha 2009/10, um sinal de que a demanda de curto prazo das esmagadoras já foi coberta e o setor agora espera por oleaginosa de melhor qualidade, da safra nova, disse um corretor que atua no mercado disponível.
A forte demanda para exportação ainda limita as perdas no mercado, mas como todos os novos negócios são da safra nova, é difícil manter os traders entusiasmados sem uma dose diária de compras, afirma Hannagan.
O mercado fechou em um território incerto, enquanto os traders esperam pela colheita para ter uma definição mais clara sobre a produtividade e potencial de produção da safra, observou Hannagan. Ele observa ainda que os participantes perderam a confiança nos dados sobre a condição das lavouras, uma vez que o porcentual ficou praticamente estável, mesmo diante da variação nos padrões climáticos no verão.
O aumento do número de casos da síndrome da morte súbita, doença que provoca perda de produtividade, em campos do Iowa e Illinois, faz os traders minimizarem a perspectiva de safra recorde. Mesmo assim, a rápida maturação das plantas indica que a safra deve entrar rapidamente no mercado neste ano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que 91% das lavouras já estão com vagens formadas, ante 84% apurado em igual período do ano passado. A média dos últimos cinco anos é de 90%.
Nos produtos, o fechamento foi misto. O farelo seguiu a soja e fechou em baixa, mas as operações de arbitragem ajudaram a sustentar os futuros do óleo de soja.

MILHO FECHA EM BAIXA DE 2,8%.
As boas condições da safra dos Estados Unidos, a queda dos preços do petróleo e o intenso movimento de venda dos fundos nos mercados de commodities se combinaram para derrubar as cotações do milho na CBOT. Os lotes para entrega em dezembro, os mais negociados, fecharam com perdas de 12,25 cents ou 2,83%, cotados a US$ 4,2050/bushel.
Os grãos se desvalorizaram, em parte por causa do pessimismo sobre a economia, que se refletiu em outras commodities e nas ações.
Houve poucas notícias sobre fundamentos, mas traders disseram que o relatório semanal de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado ontem, surpreendeu e se somou ao tom baixista. O USDA afirmou ser maior a parcela da safra americana considerada em condição boa a excelente, o que é incomum com a aproximação da colheita.
O analista Jason Britt, presidente da corretora Central State Commodities, declarou que a avaliação do USDA é "difícil de acreditar", mas traders disseram que ela ajudou a estabelecer o tom baixista do mercado. Para o milho em especial, "estamos chegando a níveis técnicos muito baixistas", segundo um trader.
Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 18 mil contratos. Especuladores detêm uma ampla posição comprada no mercado, o que tornou a desvalorização mais firme quando traders embolsaram lucros. Analistas afirmaram que produtores foram vendedores em potencial, com preços acima dos US$ 4/bushel.
O ritmo adiantado da safra deste ano leva a crer que o mercado enfrentará pressões da colheita mais cedo do que o normal. Mas incertezas sobre a produtividade da safra podem manter um piso. Há relatos de excesso de calor ou umidade em algumas regiões.

TRIGO CAI COM REALIZAÇÃO DE LUCRO E PREVISÃO DE CHUVA.
Participantes do mercado futuro de trigo voltaram a embolsar lucros e pressionaram as cotações nos Estados Unidos. Influências de outros mercados e a expectativa de que ocorram chuvas na região da antiga União Soviética pesaram nos preços.
Na Bolsa de Chicago os lotes para entrega em dezembro, os mais líquidos, caíram 17,75 cents ou 2,45% e fecharam a US$ 7,0775/bushel. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento cedeu 16,0 cents ou 2,19% e encerrou a US$ 7,1550/bushel.
As perdas apagaram os ganhos obtidos na segunda-feira, quando os preços subiram diante de resultados fracos na colheita de grãos da Rússia. Participantes do mercado se mostram preocupados com a redução da parcela da safra colhida num determinado período, mas a chuva pode melhorar o cenário para a próxima temporada, cujo plantio será no outono do Hemisfério Norte (entre setembro e dezembro), segundo analistas.
Segundo o presidente da empresa de meteorologia World Weather, Drew Lerner, as chuvas terão de se movimentar ao longo da maior parte das regiões secas na semana que vem e terão de ser "as mais generalizadas que vimos nesta temporada". Chuvas mais fracas no Sul são um passo na direção certa, segundo Lerner. "Isso estabelece um estágio de melhor precipitação mais adiante." As áreas do Norte da antiga União Soviética, que responde por uma porção menor da produção de trigo do que as centrais e do Sul, devem continuar recebendo a maior parte das chuvas.
O analista Tom Leffler, da corretora Leffler Commodities, acredita que o mercado ainda tem espaço para cair, justamente por causa da umidade. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 5 mil contratos hoje, na CBOT.

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