segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

CLIMA TÍPICO DE VERÃO E EL NIñO PREDOMINA NO PAÍS.

Um padrão de clima típico do verão, e com os efeitos do fenômeno El Niño, já predomina no País, embora oficialmente a nova estação só comece às 15h47 da próxima segunda-feira (21). Conforme previsão da Somar Meteorologia, os maiores volumes de chuva devem ficar concentrados no Sudeste e no Centro-Oeste nas próximas duas semanas, por causa da combinação da atuação das frentes frias sobre o Sudeste do Brasil, associadas com a umidade proveniente da Amazônia. No Sul do Brasil, os episódios de chuvas em dezembro têm apresentado certa regularidade, que em parte pode ser atribuída à presença do El Niño. Mesmo assim, o volume de água apresenta redução em relação ao observado em novembro. Segundo o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury, para as áreas das lavouras de soja e algodão do oeste da Bahia, sul do Piauí e do sul do Maranhão a condição climática é preocupante. Isso porque não há previsão de chuvas significativas para os próximos dias. "As expectativas melhoram para a última semana do ano, quando há previsão de uma nova frente fria atuar sobre a região", comenta Etchichury.
Chuvas de Dezembro
Os maiores volumes pluviométricos se concentraram na semana passada sobre partes das Regiões Sudeste, Centro-Oeste, com acumulado variando entre 100 e 200 mm. Já para as áreas de soja, milho, algodão e feijão da Bahia, Maranhão e Piauí os volumes continuam muito irregulares e restritos ao extremo oeste da região, o que tem sido suficiente para dar sustentação à evolução das lavouras. No entanto, a situação preocupa os produtores, pois ainda não ocorreu chuva suficiente para repor a umidade em todo o perfil do solo, informa Etchichury.
Na Região Sul do Brasil a situação é oposta. Depois das fortes chuvas de novembro, a redução dos volumes na semana passada foi comemorada pelos agricultores, especialmente os gaúchos, que ainda esperam o solo secar para retomar o plantio que está atrasado por causa do clima adverso.
As chuvas da semana passada mantiveram o processo de recuperação da Capacidade Hídrica do Solo sobre o Sudeste e o Centro-Oeste do Brasil, onde em algumas regiões o índice supera 70%, o que é considerado uma condição muito confortável para dar sustentação ao desenvolvimento de qualquer planta. Apenas Nordeste do Brasil, cuja região atravessa período seco, especialmente no sertão e no agreste, índices de umidade do solo ainda apresentam níveis críticos e uma condição de seca absoluta.
 Argentina
A Somar informa que, embora de forma irregular, voltou a chover sobre a Argentina na semana passada. Os maiores volumes se concentraram mais uma vez no norte e nordeste, incluindo as Províncias de Corrientes, Missiones, Chaco e Formosa. Dessa vez, porém, também se observa a ocorrência de chuvas sobre a região central e sul da Argentina, incluindo as Províncias de San Luis, Mendoza, La Pampa que, mesmo com as chuvas, ainda enfrentam um quadro de seca severa em virtude da falta de água nos últimos dois anos.
Conforme previsão da Somar, a passagem de uma nova frente fria entre a próxima sexta-feira e sábado deve causar chuvas sobre o centro-sul da Argentina. Etchichury comenta, porém, com a instalação do regime de chuvas sobre o Brasil Central, a tendência daqui para frente é que as frentes frias sejam mais fracas e apresentem um rápido deslocamento. Com isso, dificilmente a Argentina conseguirá recuperar a capacidade total de plantio das lavouras de cereais de verão. No entanto, a presença do El Niño contribui para a redução do risco de estiagens severa e prolongadas durante o verão. Com a aproximação do verão e a ausência de chuva, nas próximas semanas deve ocorrer uma intensificação do calor, avalia o sócio diretor da Somar.

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