sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

CBOT - SOJA E MILHO

Os preços internacionais da soja caminharam em terreno negativo hoje e prolongam as fortes perdas de ontem. "Todo mundo está um pouco assustado com a corrida pelas vendas observada desde ontem, que em grande parte foi liquidação de posições de compra no contrato janeiro",  O número de contratos abertos de janeiro caiu cerca de 20 mil lotes ontem. "Conversas sobre as boas condições para o desenvolvimento das lavouras e o potencial de produção da América do Sul aumentaram a pressão", disse Leffler. "Os preços da soja para entrega em janeiro podem cair abaixo dos US$ 10 caso os relatórios de safra continuem bons" Traders disseram que os negócios devem perder volume nas próximas duas semanas, abreviadas pelos feriados de Natal e Ano Novo.

Entre outras notícias, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) disseram hoje que exportadores do país venderam mais soja para a China. Esta foi a terceira venda de soja dos Estados Unidos para a China nesta semana. Do total anunciado, as importações de 116 mil toneladas reportadas hoje e as 290 mil toneladas da última terça-feira. As vendas realizadas na terça-feira (15) são para entrega no ano comercial 2009/10, já a compra anunciada hoje será embarcada ao longo de 2010/11. O ano comercial da China começou em 1º de setembro, nestes dois casos, com exportações acima de 100 mil toneladas, os exportadores são convocados a comunicar as vendas. O volume remanescente não foi especificado. A China está atuando agressivamente no mercado, importando soja dos Estados Unidos e da América do Sul, na tentativa de construir um estoque de reserva estratégico no país, segundo analistas do mercado. No entanto, seu efeito sobre os preços não foi tão positivo quanto o das anteriores, cujas entregas foram programadas para a temporada atual. O mercado não consegue reagir mesmo com a notícia de que os Estados Unidos venderam mais de 500 mil toneladas de soja para a China nesta semana, sinal de que a demanda pela oleaginosa continua aquecida nos portos americanos.

A recuperação do dólar em relação a outras moedas também pesa sobre os futuros em Chicago. A valorização do câmbio inibe o apetite dos investidores por ativos de risco e encarece as commodities denominadas em dólar para os compradores estrangeiros. O dólar ganhou força em relação a outras moedas fortes, impulsionado pelos sinais recentes de recuperação da economia dos EUA, que alimentaram a perspectiva de um potencial aumento de juros no país, e por receios com o déficit orçamentário da Grécia e de outras economias da zona do euro. O dólar atingiu o maior nível em seis meses em relação ao iene, impulsionado pela perspectiva de manutenção de juros baixos no Japão após o banco central do país reiterar o compromisso de combate à deflação.

A empresa de análise privada Informa Economics reduziu hoje sua estimativa para a safra 2009/10 de milho dos Estados Unidos, mas elevou para soja, segundo traders. Ambas as estimativas foram maiores do que os números mais recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
A Informa prevê que a safra de milho resultará em 329,438 milhões de toneladas, 1,2 milhões tons a mais do que a estimativa divulgada pelo USDA em dezembro, mas inferior à leitura anterior da firma, de 346,456 milhões de tons, divulgada em novembro. A empresa espera ver um aumento da área plantada com milho em 2010, para 89,5 milhões de acres, enquanto o USDA estima 86,4 milhões em 2009.

A expectativa da Informa é de que a safra de soja totalize 93,076 milhões de toneladas, montante maior do que a projeção de novembro (90,63 milhões de tons) e 2,77 milhões de tons mais do que a previsão mais recente do USDA. A área plantada da soja esperada em 2010 é de 77 milhões de acres, inferior à projeção do USDA em 2009, de 77,5 milhões de acres.
MÁRIO MARIANO

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