segunda-feira, 31 de maio de 2010

ZONA DO EURO: ÍNDICE DE CONFIANÇA CAI INESPERADAMENTE.

Os consumidores e a maior parte dos setores de negócios dos 16 países que usam o euro se tornaram menos otimistas com relação às perspectivas futuras, à medida que os problemas de dívida da região levantaram dúvidas sobre o futuro da economia. O Indicador de Sentimento Econômico (ESI, na sigla em inglês) caiu para 98,4 em maio, de 100,6 em abril. O declínio foi inesperado. Economistas consultados pela Dow Jones previam que o dado subiria para 101,0. A confiança do consumidor diminuiu para -18 em maio, de -15 em abril, em linha com a estimativa preliminar publicada no início deste mês.
As prestadoras de serviços, construtoras e varejistas também se tornaram menos otimistas com relação às suas perspectivas. No entanto, a confiança entre as indústrias manufatureiras melhorou, subindo de -7 para -6, em linha com as expectativas. A melhora se deu em parte por causa do enfraquecimento do euro que permitiu uma alta nas exportações.
De acordo com a Comissão Europeia, as fábricas operaram a 75,5% da capacidade em abril, em comparação com 72,3% em janeiro. Com isso, a utilização da capacidade da indústria cresceu pelo terceiro trimestre consecutivo. No terceiro trimestre de 2009 o uso da capacidade havia caído para o nível mínimo recorde de 69,9%.
Como esperado, o sentimento na Grécia despencou. O índice ESI grego caiu para 61,9 em maio, de 69,1 em abril. Na Itália, Espanha e Portugal também houve queda significativa. Na França, o ESI caiu para 98,7, de 102,7.

Com os mercados dos EUA e do Reino Unido fechados por causa de feriados, o euro consegue se recuperar em meio a volumes fracos. Comentários otimistas feitos por duas autoridades do Federal Reserve tiveram pouco efeito sobre as negociações. Charles Plosser e Charles Evans, disseram hoje na Coreia do Sul que a crise de dívida da Europa não teve grande impacto sobre a recuperação econômica dos EUA. As autoridades acrescentaram, no entanto, que surpresas ainda podem emergir e levar o Fed a adiar ou apressar sua eventual saída das políticas de estímulo econômico.
O dólar opera em alta diante do iene. Durante a madrugada, a moeda se valorizou conforme fundos de hedge e bancos de fora do Japão ajustavam suas carteiras antes de importantes reuniões de política monetária. A moeda norte-americana deverá subir ainda mais diante do iene se as reuniões do Banco da Reserva da Austrália e do Banco do Canadá, marcadas para amanhã, resultarem em alta dos juros. O movimento levaria os investidores a saírem de ativos como o iene e irem para outros de maior risco, como o dólar australiano e o canadense, o que provocaria uma valorização da moeda norte-americana. O Banco Central do Canadá provavelmente se tornará amanhã o primeiro banco central do G-7 a elevar as taxas de juros básicas. O banco deverá elevar a taxa overnight em 0,25 ponto porcentual, segundo uma pesquisa com 12 economistas feita pela Dow Jones.
Às 9h53 (de Brasília), o euro subia para US$ 1,2311, de US$ 1,2269 no fim da tarde de sexta-feira. O dólar avançava para 91,44 ienes, de 90,91 ienes, enquanto o euro subia para 112,59 ienes, de 111,68 ienes na sexta-feira. A libra operava a US$ 1,4516, de US$ 1,4452, e o dólar era cotado a 1,1566 franco suíço, de 1,1586 franco. O índice do dólar estava em 86,625, de 86,675.

MÁRIO MARIANO

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