quarta-feira, 2 de junho de 2010

CBOT-GRÃOS REAGEM AO CLIMA FAVORÁVEL E FECHA EM BAIXA.

Os contratos futuros de soja recuaram nesta terça-feira, após terem operado tanto no positivo como no negativo ao longo do pregão. A fraqueza no final da sessão foi reflexo dos mercados externos e de condições climáticas baixistas referentes ao curto prazo. Os contratos de julho, os mais líquidos da Bolsa de Chicago, fecharam em queda de 5,75 centavos, ou 0,61%, a US$ 9,32 por bushel .
Os contratos de novembro, referentes à nova safra, fecharam em queda de 5 centavos, em baixa de 0,55%, a US$ 9,0275. Estima-se que os fundos especulativos tenham vendido 3 mil lotes de soja em grão. A atividade dos fundos é uma medida do fluxo de investimento financeiro nesse mercado.
No pregão desta terça-feira, a influência baixista da fraqueza dos contratos futuros de petróleo e o dólar ainda mais firme pressionaram os preços das commodities agrícolas. A ausência de novas notícias sobre a demanda da China e a permanência das incertezas sobre a economia global contiveram a reação dos preços. Contratos futuros referentes às novas safras ficaram sob pressão das excelentes condições climáticas para o desenvolvimento, assim como para a expansão do plantio, no Meio-Oeste dos Estados Unidos.
Ainda assim, os contratos futuros não atraíram a onda de vendas que muitos participantes do mercado vinham antecipando, na medida em que o dólar esteve mais fraco do que se imaginava inicialmente e os contratos de petróleo subiram, desencadeando um rali no meio da sessão. No entanto, os avanços se mostraram de curta duração, já que no fim do dia a pressão do petróleo e a ausência de notícias significativas sobre questões de safra mantiveram muitos compradores de lado, disseram analistas.
Os contratos de curto prazo foram impulsionados pelos estoques estreitos referentes à safra antiga, o que se refletiu em ofertas firmes dos processadores do Meio-Oeste, acrescentaram os operadores. Além disso, "espera-se que as chuvas finalmente se disseminem pelo noroeste do Meio-Oeste nesta semana, o que levará a uma recuperação da umidade e à melhora das condições para o crescimento do milho e da soja", informou a Cropcast Weather Services. A trajetória das chuvas, contudo, manterá o lento plantio tardio de soja. Novas chuvas são aguardadas em áreas do noroeste nos próximos seis a 10 dias.

MILHO

O clima bom para as lavouras de milho dos Estados Unidos pressionou as cotações do milho na Bolsa de Chicago. Outros mercados também exerceram influências negativas, segundo traders. Os lotes mais negociados, para entrega em julho, fecharam em queda de 5,0 cents ou 1,39%, cotados a US$ 3,54/bushel.
O forte início da etapa de desenvolvimento da safra americana tem pesado sobre o mercado nos últimos dias. Embora traders e analistas recordem que o ciclo ainda está no começo, havendo muito tempo para eventuais problemas, eles disseram que, até o momento, as condições são favoráveis e podem resultar no segundo ano consecutivo de produtividade recorde.
A expectativa dos analistas era que de 72% a 75% da safra apresentasse condição boa a excelente, mas o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou há pouco que parcela chega a 76%, mais do que os 71% da semana anterior.
Traders também ponderaram que as previsões do tempo para junho indicam temperaturas perto da média e chuvas acima da média. O analista Jason Britt, presidente da corretora Central State Commodities, comentou que o mercado será sensível ao clima seco e quente, que não é previsto.
Analistas observaram que os futuros permaneceram dentro do intervalo entre US$ 3,50 e US$ 3,80/bushel. "Acho que o mercado está procurando um novo catalisador para romper o intervalo", disse Britt. A falta de vendas de produtores está sustentando o mercado e os traders disseram que maiores desvalorizações estimularão a demanda.

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