terça-feira, 14 de setembro de 2010

CBOT/SOJA FECHA FIRME SEGUINDO RALI DO MILHO.

O mercado futuro da soja encerrou em alta na bolsa de Chicago  impulsionado pelos fortes ganhos do milho. O vencimento novembro, mais líquido, encerrou com alta de 1 cent, ou 0,1%, a US$ 10,3550/bushel. Os fundos, que foram agressivos nas compras do cereal, adquiriram volume moderado de dois mil lotes da oleaginosa no dia.
Os preços do milho, ligado ao da soja porque as duas culturas disputam espaço nas mesmas áreas durante o plantio da safra, subiram mais de 2% no pregão, por causa dos relatórios que apontam queda de produtividade. Para a soja a expectativa é de bons níveis de rendimento, uma vez que a colheita avança rapidamente no país, o que tira suporte do mercado. "O milho está liderando o caminho". O rali do milho começa a preocupar os usuários finais, porque a soja pode perder acres quando os produtores iniciarem o plantio na primavera do hemisfério norte, no final de março, apontam analistas. O cereal atingiu ontem o maior valor em 23 meses. O algodão, que testou a máxima de 26 meses, também pode roubar área da oleaginosa. Por isso, eles observam que os preços da soja precisam subir para estimular a implantação desta cultura."A soja parece perder espaço neste ponto, do modo como seguem as coisas", disse Jim Gerlach, presidente da A/C Trading, corretora de Indiana.
Na sexta-feira passada, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou a estimativa de produção para o recorde de 94,80 milhões de tons. Mesmo assim, alguns traders ainda apontam a incerteza quanto às condições climáticas durante a colheita como fator de limitação das perdas no mercado.
O relatório de progresso de safra ainda não apresentou dados sobre a colheita, mas reduziu em um ponto porcentual, para 63%, a classificação de lavouras de boa a excelente condição. O levantamento também mostrou que 38% das folhas já caíram, comparado 19% de igual período do ano passado e uma média de 30%.
"Esta é a maturação de safra mais rápida já vista em longo tempo", afirma Tomm Pfitzenmaier, analista da Summit Commodity Brokerage. No entanto, ele pondera que, tradicionalmente, o processo mais lento de amadurecimento tende a resultar em produtividades melhores.
Em outras notícias, a Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas dos Estados Unidos informou hoje que as indústrias do país processaram 3,331 milhões de toneladas em agosto, ante 3,397 milhões de toneladas em julho e 3,065 milhões de toneladas em igual período de 2009. Analistas esperavam que o Nopa apontasse 3,265 milhões de tons.
Nos produtos, o fechamento foi misto. O farelo seguiu a soja e o milho. O vencimento dezembro fechou com alta de US$ 3, ou 1%, a US$ 296,50/bushel. O óleo recuou 10 pontos, ou 0,2%, para 41,71 cents/lb. Os participantes estão fazendo negócios de spread nos dois mercados, segundo traders. Os participantes realizaram lucros depois que as cotações do óleo atingiram o maior nível em um mês, observou um analista. As compras de fundos totalizaram dois mil lotes em cada um destes mercados.

MILHO SOBE COM PERDA DE PRODUTIVIDADE NOS EUA.
Os preços do milho subiram pela quarta sessão consecutiva sustentados pelos relatos de baixa produtividade em lavouras dos Estados Unidos. O contrato dezembro subiu 11,50 cents (2,38%), a US$ 4,95/bushel. A produtividade das lavouras colhidas no Illinois, grande estado produtor dos EUA, tem decepcionado os produtores. E eles não esperam melhora significativa, disse Emerson Nafziger, agrônomo extensionista da University do Illinois. Ali, a colheita chegou a 18% até domingo passado, ante 11% no resto do país. "Será um daqueles anos em que os produtores não ficarão muito contentes", disse Nafziger. "A umidade foi excessiva na maior parte do ano. Os problemas são generalizados."
Compras de fundos - de 18 mil contratos hoje - continuaram a sustentar o mercado. Esses participantes detêm uma forte posição comprada no mercado de milho, o que sinaliza uma expectativa de aumento de preços. "A produtividade esperada não está se realizando", comentou Jim Gerlach, presidente da A/C Trading, uma corretora de Indiana. "Se não virmos uma melhora significativa (na produtividade), e eu não espero isso, veremos o milho a US$ 6 mais rápido do que se imagina", disse. "Se o rendimento das lavouras continuar a decepcionar, o mercado vai subir até onde a demanda suportar", avaliou a Summit Commodity Brokerage em nota.

TRIGO CAI COM REVISÃO DA SAFRA DA AUSTRÁLIANA.
As cotações do trigo fecharam com queda nas bolsas dos Estados Unidos depois que o governo da Austrália elevou a estimativa para a produção do país em 2010/11. O Escritório Australiano de Pesquisas Agrícolas e Econômicas (Abare), órgão oficial de estatísticas do país, agora prevê colheita de 25,1 milhões de toneladas, volume 14% maior que o projetado em junho. O número também ficou 16% acima das 21,7 milhões de toneladas produzidas em 2009/10. Se realizada, a safra será 36% maior que a média das cinco safras anteriores.
De acordo com Russell Amery, presidente da seção de grãos do grupo lobista Victorian Farmers' Federation, será a terceira maior safra de trigo da história da Austrália. A colheita termina em dezembro.
Na Chicago Board Of Trade o contrato dezembro caiu 9 cents (1,2%), a US$ 7,36/bushel. Fundos venderam modestos quatro mil contratos nessa bolsa. Na Kansas City Board Of Trade (KCBT), a mesma posição recuou 3,25 cents (0,4%), a US$ 7,6625. Os contratos setembro de ambas as bolsas venceram hoje.
"Estamos lentamente deixando para trás as preocupações que provocaram o rali nos preços do trigo", afirmou Rich Nelson, diretor de pesquisa da corretora e empresa de pesquisa agrícola Allendale. Tim Hannagan, analista da corretora PFG Best, disse que a elevação da estimativa de exportação da Austrália "ajuda a reverter a psicologia altista desse mercado". O país espera vender 18,4 milhões de toneladas em 2010/11, volume 21% maior na safra e 15% que o projetado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na sexta-feira. "Eles vão vender tudo o que puderem", comentou Hannagan.
As dificuldades que os produtores na Rússia enfrentam para plantar a safra de inverno, contudo, devem continuar a dar certa sustentação ao mercado de trigo. Hoje, o premiê russo, Vladimir Putin, reiterou que o país tem grão suficiente para atender a demanda doméstica, mas participantes do mercado são céticos a esse respeito.

AUSTRÁLIA REVISA SAFRA 2010/11 PARA CIMA.
A Austrália revisou para cima a estimativa da produção de trigo 2010/11 e agora prevê colheita de 25,1 milhões de toneladas, volume 14% maior que o projetado em junho. O número também ficou 16% acima das 21,7 milhões de toneladas produzidas em 2009/10. Os dados foram divulgados hoje pelo Escritório Australiano de Pesquisas Agrícolas e Econômicas (Abare), órgão oficial de estatísticas do país.
Se realizada, a safra 2010/11 será 36% maior que a média das cinco safras anteriores. De acordo com Russell Amery, presidente da seção de grãos do grupo lobista Victorian Farmers' Federation, será a terceira maior safra de trigo da história da Austrália. A colheita termina em dezembro.
A estimativa da Abare é maior que a da maioria dos analistas no país, que preveem algo entre 22 milhões e 23 milhões de toneladas. A Austrália é um dos cinco maiores exportadores de trigo do mundo. Seu consumo doméstico é de cerca de sete milhões de toneladas por ano; o resto é vendido no mercado externo. Essas vendas foram estimadas em 18,4 milhões de toneladas, aumento de 21% ante a safra anterior.
"As chuvas recentes fizeram com que a safra de inverno tivesse o melhor início em muitos anos, o que elevou a produtividade de forma significativa", disse o vice-diretor executivo da Abare, Paul Morris.

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