quarta-feira, 15 de setembro de 2010

CBOT/SOJA- FIRME FECHAMENTO DISPUTA ÁREA NOS EUA.

Os preços futuros da soja terminaram a sessão desta quarta-feira com forte alta na bolsa de Chicago impulsionados pelo milho, que teve alta moderada no dia, e por temores sobre a disputa por área na próxima temporada nos Estados Unidos. A posição mais líquida da oleaginosa, base novembro, subiu 7 cents, ou 0,7%, para US$ 20,4250/bushel. Em contrapartida, o vencimento mais líquido do milho, fechou praticamente estável, avançando apenas 0,25 cent, 0,05%, para US$ 4,9525/bushel.
Os fundos compraram cerca de quatro mil contratos nos futuros da soja hoje.As cotações do cereal vêm subindo consistentemente e já testaram a máxima de 23 meses, por conta da quebra maior que o esperado na produtividade das lavouras dos Estados Unidos, movimento que a oleaginosa não conseguiu acompanhar. O vencimento dezembro subiu 16% no último mês, enquanto o contrato novembro da soja recuou 0,1%.
Os preços da soja precisam subir para manter a competitividade da cultura em meio à batalha por acres, disse Sid Love, analista da Kropf & Love Consulting. Ele ressaltou que os produtores norte-americanos têm várias opções atrativas para cultivar: o milho, cujos preços dispararam; o algodão, que atingiu a máxima de 15 anos ontem; e o trigo, que se aproximou da máxima de dois anos no mês passado. "É preciso que a soja suba um pouco mais para garantir o plantio no próximo ano", disse Love. "Se o milho vai subir, a soja não irá cair", acrescenta.
Os traders observam que a soja não trabalha com fundamentos firmes, que garantam sustentação aos preços, já que os resultados iniciais da colheita indicam altos níveis de produtividade nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontou a safra no recorde de 3,483 bilhões de bushels (94,80 milhões de t) no ciclo 2010/11, ante os 3,433 bilhões de bushels (93,44 milhões de t) previstos em agosto.
O clima seco no Centro-Oeste do Brasil também deu suporte aos preços, porque pode atrasar o plantio que começa hoje, observa um analista.
Nos produtos, o fechamento também foi firme. O vencimento dezembro do óleo de soja subiu 0,3% a 42,01 cents/lb. O farelo subiu US$ 1,20 a US$ 297,70/t. A forte demanda e algumas compras de fundos ajudou a puxar os grãos. O USDA anunciou hoje vendas de 21 mil t de óleo de soja dos Estados Unidos para a Argélia.
Amanhã saem os números de exportação semanal. As vendas devem ficar entre 400 mil e 800 mil t, segundo estimativas de analistas. Para as exportações semanais, as estimativas variam de 50 mil a 125 mil t de óleo e 50 mil a 175 mil t de farelo.
MILHO FECHA PERTO DA ESTABILIDADE
O mercado futuro de milho fechou perto da estabilidade hoje após atingir nova máxima de 23 meses no pregão eletrônico da Chicago Board Of Trade (CBOT), durante a madrugada. Naquele momento, a cotação do contrato dezembro chegou a US$ 4,9850, perto dos US$ 5 largamente esperado pelos participantes. A posição fechou no pregão regular valendo US$ 4,9525/bushel, com alta de apenas 0,25 cent (0,1%).
"O mercado tomou fôlego hoje", disse Larry Glenn, corretor e analista da Frontier Ag. "Não será fácil chegar aos US$ 5 no contrato dezembro, uma resistência psicológica do mercado. Provavelmente veremos vendas de produtores nesse ponto", disse. As fortes compras de fundos vistas nas sessões anteriores não apareceram hoje.
Analistas acreditam que os preços podem subir mais na medida em que a colheita avançar nos Estados Unidos e a produtividade se revelar, de fato, baixa na maioria das regiões. No Illinois, onde a colheita está mais avançada, o rendimento das lavouras está entre 5% e 32% menor que o do ano passado, disse Jim Reed, vice-presidente da associação dos produtores do estado. Em sua própria fazenda, localizada em Monticello, a produtividade varia de 150 a 210 bushels por acre, ante 220 bushels no ano passado. "Estamos decepcionados", resumiu.
No Missouri, os fracos resultados vistos nos campos indicam que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) terá de reduzir a estimativa para a produção do estado, disse Bill Wiebold, agrônomo extensionista da Universidade do Missouri. A colheita ali chegou aos 23% no domingo passado.

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