segunda-feira, 13 de setembro de 2010

PERSPECTIVA: CHICAGO CONCENTRA ATENÇÃO NA COLHEITA DOS EUA.

Passada a temporada de apostas e preocupações com o relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as atenções dos mercados de grãos se voltam agora para o período de colheita no país. Nesse sentido, as bolsas de soja e milho, principalmente, deverão continuar voláteis. Se o clima não prejudicou tanto as lavouras até a fase de desenvolvimento, como demonstrado pela agência governamental, as variações de umidade e temperatura a partir de agora vão ditar como será a finalização da safra.
Na sexta-feira, o USDA estimou uma safra recorde de soja 94,80 milhões de tons, graças ao aumento na estimativa de produtividade. No milho foi o contrário, a produtividade caiu e o USDA mais uma vez reduziu a estimativa de safra, para 334,26 milhões de tons. O volume, contudo, ainda é significativo. Em Chicago, as cotações da soja caíram 1,4% e as do milho subiram 1,59%, no contrato novembro e dezembro, respectivamente.
Até a semana passada, 6% do milho tinha sido colhido, segundo o USDA. O trabalho de campo ainda não tinha sido iniciado na soja. A colheita do trigo de primavera se encaminha para o final. Hoje à tarde, o governo atualiza os números. A Meteorlogix prevê pancadas e chuvas e tempestades se desenvolvendo do oeste para o leste do Meio-Oeste dos EUA a partir de quarta-feira; condição que deve prosseguir até a sexta-feira. As temperaturas devem ficar abaixo do normal para esta época. De acordo com a agência meteorológica, essas chuvas não vão favorecer as lavouras de soja nem a atividade de colheita. "É muito tarde para que as precipitações sejam benéficas", avalia relatório da empresa divulgado no domingo pela Dow Jones.
No trigo, o USDA mostrou que, de fato, a oferta não preocupa e, com isso, o mercado pode realizar lucro, pois está muito comprado. Em Chicago, as cotações recuaram 16% desde as máximas de quase dois anos no início de agosto. Mas ainda acumulam alta de mais de 60% sobre as mínimas de junho. Na sexta-feira, o contrato dezembro perdeu 1,25 cent (0,2%), e fechou em US$ 7,3675 por bushel.
No mercado interno persiste a expectativa sobre a retração na oferta de milho por parte dos produtores. Dois fatores contribuem esta retração. No sul, a estiagem pode atrasar o plantio e com isso o milho pode perder área para a soja, o que daria suporte ao preço do cereal.
No Centro-Oeste, o escoamento da safra por meio dos leilões de prêmios do governo deixa os produtores numa posição confortável para negociar o estoque remanescente. Analistas alertam para a possibilidade de recuo dos preços do milho durante a entressafra, quando os produtores terão de escoar o cereal para dar espaço ao armazenamento da safra nova.
Já no mercado de soja, os produtores estão atentos às condições climáticas para o início do plantio da safra 2010/11. O prazo do vazio sanitário em Mato Grosso termina na próxima quarta-feira (15), mas a falta de chuva pode prejudicar o início dos trabalhos. No ano passado, cinco dias antes do prazo oficial já havia produtor semeando a soja para garantir o plantio de uma segunda safra de algodão e de milho.

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