sexta-feira, 17 de setembro de 2010

COMMODITIES: PREÇOS DE ÓLEOS VEGETAIS DEVEM SUBIR.

Os preços globais dos óleos vegetais devem subir entre US$ 30 e US$ 50 por tonelada no período de outubro a dezembro, levando em conta estoques de óleo de palma menores que o esperado, um clima seco no Brasil e a crescente produção de biocombustíveis, disse Thomas Mielke, editor-chefe da publicação especializada e consultoria alemã Oil World. "Os preços de todos os óleos vegetais serão maiores do que os níveis atuais no próximo trimestre", afirmou ele durante a Conferência Internacional de Cooperativas Agrícolas, no Vietnã.
Mais 3 milhões de toneladas de óleo de palma são necessárias, em média, a cada ano para satisfazer a demanda global nos próximos 10 anos, o que é um desafio muito grande, observou o analista. Mielke disse que as chuvas têm sido insuficientes nas regiões produtoras de soja do Brasil, favorecendo os preços dos óleos comestíveis por enquanto.
Ele afirmou que a safra da América do Sul pode recuar 7 milhões de toneladas no ano comercial 2010/11, ante um recorde de 136 milhões de toneladas em 2009/10. De acordo com o analista, um provável aumento de 3,2 milhões a 3,3 milhões de toneladas na produção global de biocombustíveis em 2010 - para 19,2 milhões de toneladas - também beneficia o mercado de óleos vegetais. O uso de óleo de colza em biocombustíveis na União Europeia (UE) crescerá um milhão de toneladas em 2009/10, para 6,7 milhões de toneladas, mas pode diminuir no ano seguinte, informou Mielke.
Segundo estimativas preliminares, a produção global de oleaginosas excederá o consumo em apenas dois milhões de toneladas em 2010/11, abaixo do superávit de 20 milhões de toneladas atualmente. Contudo, ele prevê uma perspectiva pessimista tanto para soja como para o farelo proveniente do grão.
Mielke revelou que os estoques globais de soja devem alcançar 68 milhões de toneladas até 1º de outubro de 2010, alta de 51% frente ao mesmo período do ano passado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou os estoques iniciais do ano comercial 2010/11 em 63 milhões de toneladas.
Embora o volume remanescente da última safra seja provavelmente maior, as ofertas permanecerão amplas, mesmo que a produção recue para 259 milhões de toneladas em 2010/11, ante recorde de 261 milhões de toneladas na temporada passada. Os estoques aumentaram por causa de colheitas muito maiores na América do Sul e nos Estados Unidos.
Com o processamento de grãos em alta, a produção de farelo de soja deve apresentar crescimento de 10 milhões de toneladas em 2009/10, excedendo o consumo em 2 milhões de toneladas. Mielke disse que as exportações de farelo indiano subirão de 2,67 milhões para 3,9 milhões de toneladas no ano que vem. A Índia é o maior produtor de farelo de soja da Ásia.

SOJA/CHICAGO SOBE 3% ACOMPANHANDO GANHOS DO MILHO.
Os contratos futuros de soja registram forte alta na Chicago Board Of Trade (CBOT), acompanhando o rali no milho, cujos preços estão próximos das máximas em dois anos. O contrato novembro subia, há pouco, 31,75 cents (3,06%), a US$ 10,68 por bushel. A elevação dos preços da soja pode incentivar os produtores da América do Sul a plantar mais oleaginosa na próxima safra, comentou Bill Nelson, analista da Doane Advisory Services. "Precisamos de áreas maiores na América do Sul para atender a demanda global", disse.

TRIGO/EUA SOBE NA ESTEIRA DO MILHO; CLIMA NO CANADÁ PREOCUPA 
As cotações do trigo registram alta nas bolsas norte-americanas, sustentadas pelo rali do milho, cujos preços sobem por causa da perda de produtividade nas lavouras dos Estados Unidos. Isso deixa os participantes do mercado mais atentos a um possível aperto na oferta mundial de grãos, especialmente após a quebra de safra no Leste Europeu. No Canadá, uma forte geada esperada para este fim de semana pode prejudicar as lavouras que se desenvolveram mais tarde. A qualidade da produção do país já foi reduzida pelo excesso de umidade, segundo analistas. Há pouco, o contrato dezembro da Chicago Board Of Trade (CBOT) tinha alta de 20,25 cents, a US$ 7,3950/bushel. Na Kansas City Board Of Trade (KCBT), a mesma posição subia 17,50 cents, a US$ 7,68/bushel.

MILHO SOBE QUASE 4%
Os preços do milho se mantêm acima de US$ 5 na Chicago Board Of Trade (CBOT), nível rompido pela primeira vez na sessão de hoje no contrato dezembro. Fundos especulativos e indústrias compram contratos do grão diante da queda da produtividade nas lavouras dos Estados Unidos. A colheita está na fase inicial, mas a perda de rendimento é forte em algumas áreas e preocupa o setor.
Os preços do grão estão no patamar mais alto desde 30 de setembro de 2008. Há pouco, o contrato dezembro subia 19 cents, ou 3,83%, cotado a US$ 5,15 por bushel.

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