sexta-feira, 17 de setembro de 2010

CHICAGO: RALI DO MILHO, SOJA E TRIGO, TEMOR DE OFERTA.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago  sobem fortemente nesta sexta-feira. Traders relutam em assumir posições vendidas com o milho atingindo o maior nível em quase dois anos e superando o importante nível psicológico de US$ 5 por bushel. Os grãos estão relacionados porque ambos competem por áreas de plantio na primavera. Em contraste ao que acontece no mercado vizinho, a produtividade da safra de soja é boa, segundo resultados iniciais da colheita.
Os produtos derivados da oleaginosa também oscilam positivamente. O contrato novembro ganha 25,75 cents, ou 2,48%, para US$ 10,62 por bushel. O janeiro avança 25 cents, ou 2,39%, para US$ 10,71 por bushel.
O milho estende ganhos recentes, motivado por preocupações com a produção dos Estados Unidos e por compras técnicas. O mercado subiu acima de US$ 5 por bushel no pregão eletrônico, o que alavancou ordens de compra automáticas tanto por parte de especuladores como de usuários finais, segundo traders.
A decepcionante produtividade da safra local é o principal fator de influência, mas traders também observaram previsões de geadas potencialmente prejudiciais na China, na próxima semana. Os preços do grão estão no patamar mais alto desde 30 de setembro de 2008. O contrato dezembro subia 15 cents, ou 3,02%, cotado a US$ 5,11 por bushel.
O trigo também opera em alta, beneficiado por temores sobre o aperto das ofertas globais e pelo forte desempenho do milho. Participantes do mercado temem que a persistente estiagem na Rússia e um clima frio e úmido no Canadá continuem ameaçando a produção mundial do cereal.
Contrato dezembro avança 12,25 cents, ou 1,7%, para US$ 7,3150 por bushel. Na Bolsa do Kansas o mesmo vencimento ganhava 10,50 cents, ou 1,4%, negociado a US$ 7,61 por bushel.
TRIGO: FORTE DECLÍNIO NOS PREÇOS.
Os preços do trigo devem sofrer um "declínio acentuado" em relação aos níveis atuais dentro de um período de até 12 meses, atingindo cerca de US$ 6,50 por bushel, informou nesta sexta-feira o Goldman Sachs. Embora incertezas sobre a produção devam continuar sustentando os preços do cereal no curto prazo, o nível elevado dos estoques iniciais, especialmente nos Estados Unidos, deve atenuar o aperto do mercado, acrescentou o banco.
Segundo o Goldman Sachs, o recente rali do trigo e problemas climáticos sugerem um déficit de ofertas em 2010/11. Na Bolsa de Chicago o contrato dezembro terminou com queda de 7,50 cents na quinta-feira, ou 1%, cotado a US$ 7,1925 por bushel, após ter atingido o menor patamar em uma semana."Nós esperamos preços menores, assim que o mercado tiver uma ideia melhor sobre a produção e o déficit deste ano", informou o banco.
Os comentários surgem, à medida que a Rússia ainda lida com as consequências de uma severa estiagem, que reduziu a estimativa da safra de trigo do país e levou o governo a proibir as exportações de grãos. Outros países, como a Ucrânia, também enfrentaram dificuldades nos meses de verão e tiveram a colheita prejudicada.
Isso elevou a demanda por milho para ração animal e reforçou expectativas de uma situação mais apertada no mercado de trigo. Contudo, a perspectiva de preço no curto prazo continua duvidosa, com um plantio de inverno decepcionante na Rússia e áreas de cultivo maiores nos Estados Unidos, informou o Goldman Sachs.

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