sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

SOJA: CHICAGO FECHA COM PERDAS MARGINAIS.

Os preços internacionais da soja encerraram a quinta-feira com perdas marginais na Bolsa de Chicago, à medida que participantes do mercado realizaram lucros. Traders altistas se decepcionaram com a redução menor do que se esperava na projeção de estoques finais divulgada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Vencimento janeiro, caíu 1,50 cent ou 0,15% e fecharam a US$ 10,27/bushel. Estima-se que fundos especulativos tenham vendido cerca de 2 mil lotes em soja, 1 mil lotes em farelo, enquanto foram compradores líquidos com 2 mil lotes de óleo. Participantes do mercado haviam assumido posições de compra em antecipação ao relatório do USDA. Esperava-se que a agência do governo reduzisse a estimativa de estoques finais em mais do que os 408,2 mil tons reportados, traders altistas ficaram sem ter em que se apoiar. Especuladores realizaram lucros depois dos ganhos iniciais, mas a soja não viu uma continuidade das compras. Foram desfeitas operações de spread em que os traders ficavam comprados em soja e vendidos em milho, o que se somou ao tom defensivo do mercado. Em geral, o volume de negócios foi pequeno, sem grandes surpresas nos dados do USDA. No entanto, o risco de desvalorização segue limitado pela forte demanda para exportação.
O USDA avalia que os estoques finais da safra 2009/10 somarão 255 milhões de bushels, menos do que a estimativa de novembro, de 270 milhões de bushels. Entretanto, ficou acima da expectativa média dos analistas, de 235 milhões de bushels. O USDA elevou sua projeção para as exportações em 15 bilhões de bushels, para 1,34 bilhão de bushels.

Os preços da soja negociada na Bolsa de Chicago devem ceder nos próximos meses, segundo Kieran Gartlan, executivo da DTN, empresa fornecedora de informações agrícolas para o mercado dos Estados Unidas. Gartlan, participa do evento Visão Geral do Mercado de Grãos e Sementes Oleaginosas, realizado pela bolsa americana CME em São Paulo, disse que os estoques internacionais de soja devem pesar sobre os preços da commodity em 2010. A previsão é de que as cotações se sustentam na faixa entre US$ 10,85 e US$ 11,55 o bushel até março. Contudo, o início da colheita da safra sul-americana deve derrubar os preços para uma faixa entre US$ 9,40 e US$ 9,80 entre março e maio. "Até o fim do ano, a depender do comportamento da demanda, as cotações podem cair até US$ 8,80 o bushel", disse Gartlan. Ele observa que a forte demanda por soja nos Estados Unidos e o ímpeto de compra dos fundos nos mercados de commodities têm mantido os preços da oleaginosa em níveis elevados. "Por enquanto, o mercado está voltado para a demanda, mas isso deve mudar nos próximos meses com a evolução da safra na América do Sul", declarou. Gartlan lembra que, segundo projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção sul-americana de soja deve ser aproximadamente 25 milhões de toneladas maior do que a registrada na safra passada, o que significará um crescimento de 30% nos estoques mundiais do grão. "A demanda mundial deve crescer 5%, mas não será suficiente para enxugar toda essa soja", disse Gartlan.

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