quinta-feira, 26 de novembro de 2009

EUROPA: BOLSAS FECHAM EM BAIXA COM DÍVIDA DE DUBAI.

Os índices do mercado de ações europeu fecharam em queda acentuada, pressionados pelo declínio nos papéis do setor financeiro, que recuaram em meio a receios de que os bancos da região estariam expostos à dívida de Dubai.

As ações de bancos registraram o desempenho mais fraco da sessão, em meio a dúvidas sobre qual seria a exposição das instituições financeiras às dívidas de Dubai. Os papéis do HSBC Holdings caíram 4,8%, os do Deutsche Bank perderam 6,4%, os do ING Group recuaram 7,3% e os do BNP Paribas fecharam em baixa de 5,1%.
Analistas do Credit Suisse acreditam que os bancos europeus possuem, em termos gerais, até US$ 40 bilhões em dívidas de Dubai. As empresas que possuem grande participação acionária de investidores de Dubai também recuaram, em meio a receios de que esses investidores precisariam vender os papéis (será que commodities agrícolas vão no rastro?), para levantar dinheiro. As ações do Marfin Investment Group, cujo maior acionista é o Dubai Financial Group, fecharam em queda de 9,5% em Atenas.

O índice pan-europeu Dow Jones Stoxx 600 fechou em queda de 3,3%, a 239,85 pontos - o menor nível desde o início de novembro. Em Londres, o índice FT-100 caiu 170,68 pontos (3,18%) e fechou a 5.194,13 pontos, mas a bolsa local teve as negociações suspensas por mais de três horas devido a problemas técnicos; em Paris, o índice CAC-40 recuou 129,93 pontos (3,41%) e fechou a 3.679,23 pontos; em Frankfurt, o índice Dax-30 perdeu 188,85 pontos (3,25%) e fechou a 5.614,17 pontos; em Madri, o índice Ibex-35 caiu 308,30 pontos (2,58%) e fechou a 11.657,50 pontos.

As ações caíram na Europa após o conglomerado Dubai World anunciar que vai paralisar por seis meses o pagamento de sua dívida. A notícia gerou receios sobre um potencial default da dívida soberana do emirado de Dubai, que controla a companhia.
De acordo com David Page, economista da Investec Securities, uma moratória "aumentaria o nervosismo do mercado e a incerteza quanto à problemas financeiros mundiais".Ele ressaltou, no entanto, que a queda das ações na sessão de hoje precisa ser avaliada dentro do contexto dos ganhos acentuados nas bolsas ao longo do ano. "A queda parece grande em termos diários, mas os mercados percorreram um longo caminho em um período curto".

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