terça-feira, 12 de janeiro de 2010

GRÃOS: RELATÓRIO DO USDA APONTA AUMENTO DA OFERTA E DERRUBA PREÇOS.

O relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado há pouco, pressiona para baixo os preços futuros dos grãos negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). O USDA revisou para cima suas projeções para a produção e os estoques finais, americanos e mundiais, de soja, milho e trigo da safra 2009/10, criando um cenário mais confortável do ponto de vista da oferta desses commodities. Logo após a abertura dos negócios, os contratos de milho para entrega em março desabavam 30 cents ou 7,1%, para US$ 3,92 o bushel - menor cotação desde 18 de dezembro. O trigo caía 35,50 cents ou 6,2%, para US$ 5,37 o bushel, enquanto a soja operava em baixa de 39,50 cents ou 3,91%, a US$ 9,71 o bushel."O mercado de milho é o mais afetado porque os agentes esperavam uma oferta menor do que a projetada em dezembro", observa Vinícius Ito, analista da corretora Newedge USA, em Nova York. Ao invés disso, o USDA elevou em 1,8% sua estimativa para a colheita doméstica, de 328,21 milhões para 334,05 milhões de toneladas. O volume, recorde, superou o teto das expectativas do mercado, que era de 330,09 milhões de toneladas. Com isso, os estoques de passagem também foram revisados para cima, de 42,55 milhões para 44,82 milhões de toneladas. A projeção para a produção mundial de milho também cresceu, de 790,17 milhões para 796,45 milhões de toneladas, o que deve resultar em estoques de passagem da ordem de 136,19 milhões de toneladas - no relatório de dezembro, o USDA previa 132,34 milhões de toneladas. Apesar da revisão para cima, o volume esperado para os estoques é 6,7% menor do que o apurado no encerramento da safra 2008/09.

Em relação à soja, o USDA aumentou sua estimativa para a produção doméstica americana, de 90,34 milhões para 91,47 milhões de toneladas, o que não compensou a elevação da demanda. Dessa forma, o USDA revisou para baixo a projeção para os estoques de passagem, de 6,95 milhões para 6,67 milhões de toneladas. Apesar do ajuste, o volume ainda é 77% maior do que o registrado no fim da última safra. Os números da soja ficaram dentro do esperado, mas os fundamentos do mercado são baixistas. "A queda do milho apenas abre espaço para que a soja finalmente ceda dos níveis de preço em que vinha operando", avaliou um analista. Segundo ele, a commodity tende a se estabelecer numa faixa entre US$ 9 e US$ 10 o bushel daqui para frente, depois de ter se aproximado de US$ 11 o bushel na última semana do ano. Em termos mundiais, o USDA aumentou sua estimativa de produção para 253,38 milhões de toneladas, ante 250,25 milhões de toneladas. Os estoques de passagem também foram revisados para cima: de 57,09 milhões para 59 milhões de toneladas. Grande parte do ajuste deve-se ao Brasil, cuja estimativa de safra cresceu em 2 milhões de toneladas, para 65 milhões.

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