terça-feira, 11 de maio de 2010

SOJA/CHINA: IMPORTAÇÃO DEVE REGISTRAR NÍVEL RECORDE.

As importações de soja da China permanecerão robustas nos próximos meses em função de custos baixos, informou nesta terça-feira o Centro Nacional de Informação de Grãos e Óleos da China (CNGOIC, na sigla em inglês).
No período de maio a julho, o país deve importar acima de 5 milhões de toneladas por mês, atingindo níveis recordes, disse o órgão em um relatório. O último recorde de 4,78 milhões de toneladas foi registrado em dezembro do ano passado. A safra da América do Sul reduziu os custos de importação em maio e junho para 3.400 yuans por tonelada, ante 3.550 yuans por tonelada em abril, afirmou um analista do centro.
O CNGOIC também prevê que as importações cresçam 12% no ano-safra que termina em 30 de setembro, somando mais de 46 milhões de toneladas. A China importou 25,43 milhões de toneladas nos sete primeiros meses da temporada 2009/10, segundo a Administração Geral de Estatísticas.

RELATÓRIO USDA – OFERTA E DEMANDA MUNDIAL.

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segunda-feira, 10 de maio de 2010

GRÃOS/EUA: PLANTIO DE MILHO E SOJA SEGUE EM RITMO ACELERADO .

Os agricultores dos Estados Unidos estão finalizando o plantio de milho nos mais importantes Estados produtores, inclusive Illionois e Iowa, e mantêm acelerado ritmo de plantio de soja - de acordo com relatório semanal de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado hoje.A parcela da safra de trigo de inverno avaliada pelo USDA como de condição boa a excelente diminuiu em relação à semana passada. Enquanto isso, plantio e desenvolvimento do trigo de primavera seguem mais adiantados do que o previsto, embora o principal Estado produtor, a Dakota do Norte, siga em ritmo lento.
Milho
O USDA informou que 81% da safra de milho havia sido plantada até domingo, nível superior aos 68% da semana passada e acima da média de 62% para esta época do ano. O ritmo de plantio foi ao encontro das expectativas da indústria, de 75% a 85%.No Estado de Illinois, 94% da safra foi plantada, bem mais do que a média de 65%. Em Iowa, 93% das lavouras foram cultivadas, enquanto a média é de 71%. No Estado de Indiana, o porcentagem chegou a 81%, também acima da média de 52%.
O plantio começou rapidamente neste ano, por conta do clima quente e seco nas principais regiões. Durante o último fim de semana, uma frente fria intensificou as preocupações de que os produtores teriam de replantar, mas os traders afastaram esse temor hoje. O analista Sid Love, da corretora Kropf & Love Consulting, disse que talvez seja necessário algum replantio. "Mas acho que não vou me preocupar com isso agora", ponderou. "Conforme o tempo passar, teremos de ver os tipos de condições que nos acompanham."Segundo o relatório do governo, 39% da safra de milho dos Estados Unidos emergiu, nível maior do que a média de 21% para esta época do ano. Em Illinois, 63% da safra emergiu, enquanto a média é de 33%. Em Iowa, o plantio também segue bastante acima da média, com 48% ante 17%.
Soja
De acordo com os dados do USDA, 30% da safra de soja já foi plantada, o dobro da semana passada. A média para esta época é de 19%. A proporção da última semana ficou no nível mais baixo da previsão da indústria, de 30% a 40%. Os principais Estados produtores de milho também são os maiores produtores de soja e, neste momento, os agricultores parecem mais ocupados com o milho.
Em Illinois, 33% das lavouras foram cultivadas, nível superior à média de 18%. Em Iowa, onde a média é de 17%, 44% da safra de soja foi plantada. Indiana, por sua vez, já tem 35% da safra plantada, quando a média é de 19%. "Temos muito tempo para plantar soja", disse Love. "Não vamos ficar sem tempo agora."
Em todo o país, 7% da safra de soja emergiu, enquanto a média para este momento do ano é de 4%, de acordo com o USDA. No Estado de Illinois 4% da safra emergiu, ante média de 1%. Em Iowa, a emergência chegou a 3% das lavouras, contra média de 1%. Cerca de 9% dos campos de Indiana emergiram, superior à média de 1%.Love afirmou não esperar grandes impactos do relatório de acompanhamento de safra sobre o mercado futuro. Traders esperam, em vez disso, os dados de oferta e demanda do relatório mensal do USDA, a ser divulgado amanhã.
Trigo de inverno
O USDA reduziu, de 68% para 66% da safra de trigo de inverno do país, sua avaliação para condições boas a excelentes. Apesar disso, a proporção segue muito acima da média de 46%.Não é surpreendente ver o declínio em alguns Estados do país, pois o trigo que foi plantado mais tarde do que o normal, no outono passado, ainda se desenvolve e em algumas regiões apresenta condição ruim. O clima úmido atrasou parte do plantio, já que os produtores não puderam colher milho e soja, que precisam ser retirados dos campos antes do plantio de trigo.No Estado de Kansas, tipicamente o maior produtor dos Estados Unidos, o USDA reduziu sua avaliação de 70% para 64% das lavouras em condições boas a excelentes. No entanto, outros Estados tiveram avaliação melhor do que na semana passada. Em Indiana, 73% da safra apresenta condição boa a excelente, ante 72% uma semana atrás. Em Ohio, 79% da safra de Ohio apresenta essa condição, mais do que os 77% da semana anterior.A safra parece evoluir bem, de modo que 40% já perfilou. Na semana passada, 27% da safra havia perfilado, enquanto a média para esta época do ano é de 43%. No Kansas, 38% da safra perfilou, mesma parcela do ano passado. Na semana anterior, eram 37%.
Trigo de primavera
O USDA informou que 67% da safra de trigo de primavera do país foi plantada, mais do que na semana passada, que registrou 60%, e também superior à média de 66%. Cerca de 38% da safra emergiu, ante 23% na semana passada e média e 28%.
Embora o ritmo do plantio esteja, em geral, além do previsto, segue lento no Estado da Dakota do Norte, o maior produtor de trigo de primavera dos Estados Unidos. Aproximadamente 53% da safra havia sido plantada, menos do que a média de 58%. Simultaneamente, 24% da safra emergiu, ante média de 21%, segundo a agência do governo.Mas a safra do Estado de Minnesota segue muito adiantada, com 98% das lavouras cultivadas, contra média local de 60%. Além disso, 80% da safra emergiu, ante média de 19%.

SOJA/MILHO : LEVE ALTA AMPARADA EM RECUPERAÇÃO DOS MERCADOS.

Os preços futuros da soja registraram leve alta hoje na Bolsa de Chicago. O vencimento julho, mais negociado, teve valorização de 1 cent ou 0,10%, cotado a US$ 9,61 por bushel no encerramento dos negócios. Segundo analistas, a commodity foi sustentada pela recuperação dos mercados financeiros, traduzida na desvalorização do dólar, na alta das ações e do petróleo. De modo geral, os mercados corrigiram as perdas expressivas da semana passada. A notícia de que a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) vão criar um fundo de quase US$ 1 trilhão para ajudar os países europeus em dificuldade ajudou a restaurar a confiança dos investidores. "A soja, contudo, não conseguiu materializar todo seu potencial de alta, uma vez que as vendas ressurgiram depois que o dólar recuperou-se das perdas iniciais, o petróleo devolveu parte dos ganhos e os futuros de trigo desabaram", observou John Kleist, analista e operador da corretora Allendale. Do ponto de vista dos fundamentos, acrescenta Kleist, o rápido avanço do plantio nos Estados Unidos e a ampla disponibilidade de soja na América do Sul também limitaram o potencial de valorização da soja.
Por outro lado, as incertezas relacionadas ao relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será publicado amanhã, e ao desenvolvimento da nova safra americana ajudaram a sustentar as cotações. O relatório semanal de desenvolvimento do plantio divulgado pelo USDA no final do dia, reportou 30% da área plantada, contra 15% há uma semana e 13% na mesma época em 2009, 7% das plantas emergiram até último domingo.

MILHO

Os contratos futuros de milho devolveram ganhos obtidos no início desta segunda-feira e terminaram com perdas na CBOT. O mercado não recebeu notícias positivas capazes de sustentar os futuros em território positivo. Posição mais líquida, o contrato julho fechou a US$ 3,7050/bushel, em queda de 1,50 cent ou 0,40%. Sem novidades para estimular compras, os participantes do mercado resolveram adotar postura mais cautelosa antes da divulgação dos dados de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), amanhã, e colocaram o milho em modo de consolidação.
Os preços seguem pressionados pela ritmo recorde de plantio nos Estados Unidos, especialmente depois de terem avançado para as máximas em um mês, na semana passada. Geadas no fim de semana afetaram pouco as lavouras e o mercado espera ampla oferta. A desvalorização no mercado vizinho de trigo também serviu de influência negativa par ao milho, limitando os avanços.
O salto dos futuros no início do dia foi uma continuidade do movimento da noite. Os mercados financeiros deram sinais de suporte, inclusive no enfraquecimento do dólar. Isso ocorreu no contexto do pacote de ajuda oferecido por União Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI) aos países endividados da zona do euro. A expectativa é de que o pacote ajude a estabilizar a Europa, tranquilizando os traders para comprar ativos de maior risco, como commodities e ações.
O mercado de milho espera, ainda, que a China volte a importar milho dos Estados Unidos, o que continua sustentando o mercado. De qualquer modo, os participantes não quiseram se arriscar muito antes de receber o relatório do USDA. Há pouco, o USDA informou que 81% da safra foi plantada, ante 46% há um ano. O ritmo está acima da média em cinco anos, de 62%.

CBOT-SOJA E MILHO; ESTABILIDADE ANTE RELATÓRIO OFERTA E DEMANDA.

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CBOT-SOJA/MILHO OPERAM COM GANHO MODESTO.

Os preços internacionais da soja estão mantendo ganhos modestos nesta segunda-feira na Bolsa de Chicago, sustentados por uma correção nos outros mercados após as fortes perdas da semana passada. Em torno de 14h, os contratos mais líquidos, com vencimento em julho, operavam em alta de 3,75 cents ou 0,39%, cotados a US$ 9,6375/bushel.
Embora os mercados financeiros tenham limitado as perdas recentes, os preços dos vizinhos milho e trigo recuam em Chicago e servem de influência negativa para a soja, segundo analistas. Traders aproveitaram a oportunidade para cobrir posições vendidas antes da divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado amanhã, mas adotam postura cautelosa. A ampla oferta de soja na América do Sul segue pesando sobre as cotações.Traders esperam que de 30% a 40% da safra americana de soja tenha sido plantada, e aguardam o relatório semanal de acompanhamento do USDA. Na semana passada, 15% da safra havia sido plantada.

MILHO

Os contratos futuros de milho operam na defensiva nesta segunda-feira, ao devolver ganhos obtidos mais cedo na CBOT. Os lotes para entrega em julho, os mais movimentados, caíam 2,0 cents ou 0,54% e trabalhavam a US$ 3,70/bushel. Analistas disseram que as vendas se esgotaram no início do dia, conforme outros mercados se recuperavam do forte recuo da semana passada. Mas o mercado segue em movimento de consolidação, enquanto participante se posicionam para receber o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A sensação de que o plantio da safra americana evolui rapidamente serve de influência negativa para os futuros. A expectativa dos analistas é de que de 75% a 85% da safra americana já tenha sido plantada. Há uma semana, 68% das lavouras haviam sido cultivadas e 19% da safra havia emergido.

IMEA: SAFRINHA DE MT INDEFINIDA POR CAUSA DA SECA

O efeito da estiagem na produtividade das lavouras de milho safrinha em Mato Grosso deve ser dimensionado em junho, quando começa a colheita do cereal. A informação é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), vinculado à Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato).
Em sua última estimativa, referente ao levantamento de abril, o Imea reduziu as projeções de produção de milho para 8,737 milhões de toneladas, volume 8,6% inferior ao estimado em março (9,556 milhões de toneladas). A queda se deve à quebra de produtividade provocada pela estiagem. Segundo o Imea, na semana passada houve chuvas pontuais na região do médio-norte de Mato Grosso ao longo da BR-163. O instituto cita dados da Somar Meteorologia, que registrou em abril volume acumulado de chuvas em Sorriso e Lucas do Rio Verde de 7,3 mm em comparação à média de 138 mm da região. O médio-norte responde por 48,5% da produção de milho safrinha em Mato Grosso.
Na avaliação dos técnicos Imea a situação é um pouco menos grave no sul do Estado, embora as chuvas também tenham sido esparsas e em volumes diversos. Em Itiquira, após 15 dias de seca, choveu em 60% da área entre 10 mm e 70 mm. Em Campo Verde os 40 dias de estiagem tiveram fim com a chuva de 100 mm da semana passada. Os técnicos observam que a parte do Estado mais afetada pela irregularidade das chuvas é a região oeste, que responde por 17,9% da produção mato-grossense de milho safrinha. O Imea relata dados do Sindicato Rural de Sapezal, que registrou chuvas de 71 mm em abril, volume 38% menor que os 114 mm de abril do ano passado. Os técnicos dizem que há dúvidas sobre "até que ponto estas precipitações ainda ajudarão no desenvolvimento do cereal ou qual o porcentual que se salvou".
No boletim semanal divulgado hoje, o Imea comenta que o mercado de milho continua desfavorável à comercialização do cereal, pois o baixo preço tem desanimado os produtores, que aguardam melhora das cotações. Segundo o Imea, o preço atual de R$ 7 a saca de 60 kg de milho em Lucas do Rio Verde apresenta uma desvalorização de 42% em relação ao final de abril e início de maio do ano passado, quando o produto era cotado em média a R$ 12,00. Comparado ao mesmo período de 2008, quando o milho estava cotado a R$ 16,56/saca, houve queda de 58%. A melhor indicação da semana passada em Mato Grosso foi registrada em Campo Verde, a R$ 10,50 a saca.

FRIO DERRUBA TEMPERATURA SEM RISCO DE GEADAS .

O mês de maio começa um padrão climático típico de outono, só que aos poucos adquire características de inverno, com queda de temperatura e redução dos volumes de chuvas na maior parte do Brasil. A avaliação é da Somar Meteorologia, em seu boletim semanal. Os maiores volumes de chuva na última semana foram registrados no Sul e no Norte do Brasil, enquanto o Sudeste e o Centro-Oeste enfrentaram mais uma semana de pouca água. Apenas São Paulo e Mato Grosso do Sul registraram chuvas no último fim de semana, mesmo assim de fraca intensidade. As águas dos primeiros dez dias de maio mantêm uma condição de solo saturado (90 a 100%) no Sul e Norte do Brasil. Já na faixa leste do Sudeste e Nordeste se observa níveis confortáveis (acima de 60%) de umidade do solo. Enquanto no Centro-Oeste e partes do Sudeste e do Nordeste a ausência de chuva mantém os níveis críticos (inferior a 30%) de umidade do solo.

Previsões
Conforme avaliação da Somar, o grande destaque desta semana é a chegada de uma onda de frio, por enquanto a mais intensa do ano. A queda da temperatura, além dos Estados do Sul do Brasil, também atinge o Sudeste e o Centro-Oeste, porém, não há previsão de formação de geada. Também se observa queda acentuada da temperatura no Acre e em Rondônia, caracterizando assim a ocorrência de um fenômeno conhecido como friagem.
Mas a frente fria que chegou a São Paulo no fim de semana, já se encontra sobre o litoral do Espírito Santo e provoca chuvas apenas na faixa leste de toda a região.
O interior do Brasil, desde o Rio Grande do Sul até o Ceará e de Minas Gerais ao Acre, terá mais uma semana de tempo seco. "Esse é o padrão que deve predominar ao longo do mês de maio. Para o próximo fim de semana há previsão de chegada de uma nova frente fria no Sul do Brasil. Diante desse quadro, as condições climáticas se mantêm favoráveis para a lavoura de milho safrinha do Paraná e Mato Grosso do Sul, enquanto a falta de chuva agrava a situação das lavouras de Mato Grosso e Goiás.

Estados Unidos
De acordo com a Somar, a propagação de uma frente fria e áreas de instabilidades devem causar chuvas isoladas sobre as áreas produtoras de milho e soja dos Estados Unidos, no decorrer desta semana. Com isso, o plantio das lavouras pode ser temporariamente interrompido. Não há, porém, previsão de grandes volumes de chuva que possam tornar o plantio inviável. Até por que mais para o fim da semana o tempo deve secar e a tendência para a próxima semana é de predomínio de tempo seco, com ocorrência de algumas chuvas isoladas, o que é típico da primavera americana.
Para o mês de maio, o padrão climático não deve mudar muito em relação às últimas semanas, o que mantém em geral uma condição favorável para o plantio das lavouras (milho e soja), embora com um pouco mais de chuva em relação ao observado em abril.
Conforme a Somar, a temperatura nesta semana ainda apresenta grandes oscilações, com uma elevação gradual da temperatura média do ar. A partir da próxima semana, e ao longo da segunda quinzena de maio, a previsão é de elevação da temperatura e a expectativa é que o calor se instale de vez sobre o Meio-Oeste americano. Isso deve favorecer a finalização do plantio e aceleração do ciclo de desenvolvimento das planta.

GRÉCIA: FMI APROVA EMPRÉSTIMO DE 30 BILHÕES DE EUROS

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou neste domingo um empréstimo de 30 bilhões de euros, com prazo de três anos, para a Grécia. O montante representa o maior empréstimo já concedido pelo fundo a um único país, e faz parte de um pacote total de 110 bilhões de euros formulado em conjunto com a União Europeia (UE), para ajudar o governo grego a solucionar os problemas fiscais do país.
O maior obstáculo para a liberação do pacote foi removido na sexta-feira, quando o Parlamento da Alemanha aprovou um empréstimo de até 22,4 bilhões de euros para o país. Cerca de 20 bilhões de euros da ajuda financeira de 110 bilhões de euros serão disponibilizados imediatamente para a Grécia, segundo o FMI. A instituição irá contribuir com 10 bilhões de euros, dos 40 bilhões de euros previstos para 2010.
De acordo com os termos do pacote de resgate, a Grécia terá de reduzir seu déficit orçamentário para 8,1% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, depois de registrar um recorde de 13,6% do PIB no ano passado. Até o final de 2014, a taxa terá de ficar abaixo do teto estabelecido pela União Europeia, de 3% do PIB. O diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss Kahn, reconheceu que a Grécia tem um caminho difícil pela frente, mas disse que o programa de reformas é crível, equilibrado e realizável.
Segundo o FMI, essas medidas devem ajudar o país a sair de sua delicada situação fiscal. Embora o fundo tenha projetado uma queda de 4,4% no PIB grego em 2010, a previsão para 2012 é de um crescimento de 1,1%. Poul Thomsen, chefe da missão do FMI para a Grécia, disse que o Parlamento grego já aprovou a maior parte das reformas mais duras do programa. Porém, ele admitiu que levará tempo para convencer os mercados de que a reforma é eficiente.
Os mercados, no entanto, não acreditam que a Grécia terá a disciplina necessária para levar adiante as reformas exigidas e que a economia do país não crescerá o suficiente para garantir o pagamento dos empréstimos dentro dos prazos. Muitos temem que os problemas enfrentados pelo governo grego contagiem outros países da zona do euro, como Espanha e Portugal.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, telefonou para seu colega francês, Nicolas Sarkozy, e para a chanceler alemã, Angela Merkel, e ressaltou a importância de "medidas firmes para dar confiança aos mercados", segundo o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.

EUROPA-PACOTE DE € 750 BI CONTRA CRISE.

As bolsas da Europa operam com forte alta, assim como o euro, depois do anúncio do pacote de resgate de 750 bilhões de euros que pretende estabilizar a moeda única europeia e evitar que a crise de dívida da Grécia se espalhe para outros países da zona do euro.
Durante a madrugada desta segunda-feira, os ministros de Finanças da União Europeia chegaram a um acordo para um plano de suporte para países que enfrentam crises financeiras. O plano consiste em até 440 bilhões de euros em empréstimos de governos da zona do euro e 60 bilhões de euros em um fundo emergencial da União Europeia. Além disso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) fornecerá 250 bilhões de euros em empréstimos.
Ao mesmo tempo, o Banco Central Europeu (BCE) confirmou que vai comprar bônus no mercado secundário para garantir a estabilidade do mercado. "O pacote de socorro foi uma música para o ouvido dos investidores e a reação está sendo rápida e positiva", afirmou Joshua Raymond, estrategista da City Index.
Às 7h55 (de Brasília), o índice FT-100 de Londres subia 4,91%, o CAC-40 de Paris avançava 8,46% e o DAX de Frankfurt ganhava 4,58%. Ao mesmo tempo, o euro subia para US$ 1,2988, de US$ 1,2732 na sexta-feira, e o dólar avançava para 93,25 ienes, de 91,70 ienes. Nos EUA, o Nasdaq futuro tinha alta de 4,41%, enquanto o S&P 500 futuro subia 4,39%.

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