segunda-feira, 31 de maio de 2010

SOJA/CHINA FECHA EM BAIXA.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Commodities de Dalian terminaram em baixa nesta segunda-feira, influenciados por fortes perdas na Bolsa de Chicago (CBOT) e em outros mercados. O contrato referencial janeiro fechou com desvalorização de 0,9%, cotado a 3.844 yuans por tonelada (6,82 yuans = US$ 1). O contrato abriu em território negativo e ampliou as perdas ao longo da sessão, acompanhando o fraco desempenho dos mercados acionários locais.
Analistas disseram que amplas ofertas globais e a previsão de um clima favorável nas principais áreas produtoras dos Estados Unidos devem manter os preços em um mesmo intervalo de variação no curto prazo.

SOJA: PREÇOS CAEM EM CHICAGO COM PRESSÃO EXTERNA

Os contratos futuros de soja na Bolsa de Chicago recuaram sexta-feira, sob pressão dos mercados externos, de previsões climáticas baixistas e da realização de lucros no fim de mês, com os contratos de curto prazo liderando as quedas. Os contratos de julho caíram 14 centavos nesta sexta-feira, fechando em baixa de 1,5%, a US$ 9,3775 por bushel. Na semana, o vencimento de julho recuou 3,25 centavos. Os contratos de novembro, referentes à nova safra, caíram 11 centavos, ou 1,2%, para US$ 9,0775/bushel nesta sexta-feira.
O rebaixamento da classificação de risco de crédito da Espanha pressionou os mercados acionários e de commodities, em meio a preocupações relacionadas à crise de endividamento na zona do euro, disseram analistas. As incertezas sobre a economia mundial mantiveram os participantes do mercado cautelosos antes do feriado prolongado de segunda-feira, dia em que os Estados Unidos celebram o Memorial Day - a CBOT estará fechada.
Os operadores retornarão ao trabalho na terça-feira com o olhar direcionado para as previsões climáticas e para os mercados externos. Presumindo que as previsões não se alterarão dramaticamente e que os mercados de fora não subam, os preços devem recuar ainda mais na terça-feira, na medida em que "os participantes do mercado, na volta, precificarão com base nas condições climáticas imediatas", disse Tim Hannagan, analista da PFG Best.
O clima quente até o domingo deve acelerar o crescimento das plantações e tornar o solo mais seco no cinturão do milho do Noroeste dos Estados Unidos, de acordo com a empresa de previsões climáticas T-Storm Weather. O plantio de soja deve se acelerar até o início da próxima semana devido à escassez de chuvas, avalia a empresa. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos deve divulgar na terça-feira o relatório semanal sobre a progressão da safra, um dia depois do habitual, devido ao feriado do Memorial Day na segunda-feira. De 75% a 85% da soja já deve estar plantada, ante o porcentual de 53% verificado na semana anterior, disse Hannagan.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

MILHO: CHICAGO FECHA EM QUEDA DE 3,8%.

Fundos especulativos venderam neste fim de mês e antes do feriado nos Estados Unidos e empurraram hoje com força as cotações do milho na Bolsa de Chicago. Posição mais líquida, o contrato julho caiu 14,25 cents ou 3,82% e fechou a US$ 3,59/bushel. Na semana, a desvalorização foi de 2,71%, mas traders disseram que o mercado permanece seguramente andando de lado. Na segunda-feira, os mercados permanecerão fechados por causa do feriado americano do Memorial Day.
As perdas no mercado de milho começaram a ser registradas pela manhã, acelerando-se no meio do dia com pressões relacionadas à situação da Europa, mais especificamente da Espanha. A agência de classificação de risco Fitch reduziu hoje os ratings de probabilidade de inadimplência da Espanha de AAA para AA+. Traders comentaram que, além da influência externa, o milho escorregou para as principais médias móveis e acionou ordens de venda programadas.
O analista Arlan Suderman, da revista Farm Futures, disse que as previsões do tempo indicam clima bom para a safra. Ele acrescentou que as incertezas sobre a economia global mantêm os traders cautelosos. "Quem quer assumir posição comprada antes do fim de semana, quando o resto do mundo ainda está produzindo notícias?", questionou.
Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 12 mil contratos em Chicago. Traders acreditam que pode haver mais atividade de fundos na semana que vem, por ser início de um novo mês.
O analista Joel Karlin, da corretora Western Milling, observou que a preocupação com a demanda por etanol permeia o mercado. Em geral, os investidores estão aguardando que haja uma decisão sobre a elevação da mistura de etanol na gasolina nos Estados Unidos ainda em junho. Mas o analista do Lewis Hagedorn, do J.P. Morgan, acredita que ela pode não ser tomada antes de agosto.
Mas a desvalorização do milho é limitada neste momento pela perspectiva de que a China comprará mais dos Estados Unidos, assim como pelo fato de que a mais importante etapa da temporada de plantio americano ainda está por vir, segundo Karlin. Ele avalia que o mercado esteja trabalhando no intervalo entre US$ 3,50 e US$ 3,80/bushel.

ESPANHA - PACOTE ECONÔMICO AUMENTA TAXA DE RISCO.

A agência de classificação de risco Fitch reduziu os ratings de probabilidade de inadimplência da Espanha em moeda local e estrangeira para AA+, de AAA, afirmando que o rebaixamento reflete a avaliação de que o processo de ajuste do país a um nível menor de endividamento vai reduzir materialmente a taxa de crescimento da economia espanhola. A perspectiva para o rating é estável. "Apesar da dívida do governo e dos custos com juros (a ela) associados continuarem dentro da faixa AAA, a Fitch espera que o processo de ajuste econômico será mais difícil e prolongado do que em outras economias com rating soberano AAA", afirmou Brian Coulton, chefe de ratings soberanos para a Europa, o Oriente Médio e a África na Fitch, em um comunicado.
Segundo a Fitch, embora o reequilíbrio da economia da Espanha esteja firmemente em andamento, a inflexibilidade do mercado de trabalho e a reestruturação de bancos de poupança - as chamadas "cajas" - vão reduzir o ritmo de ajuste do país. Em consequência disso, a dívida do governo provavelmente será equivalente a 78% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2013 em comparação a menos de 40% do PIB em estimativas feitas antes da crise financeira.No final de abril, a agência de classificação Standard & Poor's rebaixou o rating da Espanha para AA com perspectiva negativa. A Moody's ainda atribui rating AAA para o país, com perspectiva estável.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

SOJA NA CBOT FECHA EM ALTA, INFLUÊNCIA DO MERCADO FINANCEIRO.

Os contratos futuros de soja da Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira, ampliando o movimento de recuperação das perdas verificadas nas sessões anteriores. Entregas para julho avançaram 13,75 centavos, em alta de 1,47%, a US$ 9,5175 por bushel, enquanto os de novembro subiram 8,75 centavos, ou 0,96%, a US$ 9,1875/bushel.
A queda forte do dólar, combinada à significativa alta do petróleo assim como dos mercados acionários, preparou o terreno para o rali das commodities. Receios de uma diminuição no ritmo da recuperação econômica mundial vinham pesando anteriormente sobre o mercado de futuros, com a fraqueza nos mercados de energia e de ações e o dólar em alta.
Os participantes do mercado que apostaram em declínios adicionais das cotações correram para cobrir suas posições. Na quinta-feira, eles procuraram reduzir a exposição de risco, em antecipação ao feriado prolongado nos Estados Unidos (Memorial Day, nesta segunda-feira). 
O mercado também foi impulsionado pelo cenário de estoques ajustados referentes à safra antiga, que leva a melhores ofertas de preço por processadores do Meio-Oeste. Notícias de que algumas empresas cancelaram as entregas físicas de cerca de 300 contratos na quarta-feira sugerem que esses grãos não devem entrar no mercado por ora, segundo os analistas. As poucas vendas realizadas pelos produtores são um catalisador no curto prazo. "Os produtores estão segurando estoques de grãos, à espera de preços melhores.
Operações altistas de spread foram observadas no dia entre os contratos com vencimentos em julho/novembro, cuja diferença ampliou em 5 centavos, para 33 centavos. O baixo nível dos estoques da safra velha, combinada ao clima favorável e ao avanço das plantações, mantém a atenção sobre o spread entre as safras antiga e nova no foco dos investidores.
Ainda assim, a força dos preços pode ser um episódio limitado ao curto prazo, na medida em que a diminuição do ritmo das exportações e do esmagamento é um mau agouro no fim do período de comercialização, com extremo aperto dos estoques, acrescentou um analista da bolsa.
Estima-se que fundos especulativos tenham comprado cerca de 4 mil lotes de soja em grão. A atividade dos fundos é uma medida dos fluxos de investimento financeiro no mercado.

MILHO: LEILÃO SUPEROU EXPECTATIVA, NA AVALIAÇÃO DO GOVERNO.

Embora os preços futuros do milho tenham avançado nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT), foram incapazes de acompanhar a mesma valorização dos mercados de soja e trigo. Operações de spread e sinais positivos sobre a nova safra limitaram os ganhos do milho. Os lotes para entrega em julho, os mais negociados, fecharam em alta de 1,75 cent ou 0,47%, cotados a US$ 3,7325/bushel.
De um modo geral, as commodities tiveram suporte do mercado acionário mais aquecido hoje e da queda do dólar em relação a outras moedas internacionais.Trigo e soja se fortaleceram, mas o milho não integrou o rali na mesma intensidade porque traders venderam contratos de milho e compraram em outros mercados.
O analista Mike Zuzolo, presidente da corretora Global Commodity Analytics and Consulting, disse que o spread entre trigo e milho caiu para seu menor nível desde 2007, para pouco mais de 90 cents, e precisava de uma correção. Analistas acrescentaram que os fatores da nova safra são considerados negativos para os preços, especialmente porque o clima quente favorece a emergência da nova safra americana. Alguns traders altistas estão falando em clima seco em partes no Noroeste do Cinturão do Milho, o que poderia "estressar as lavouras".
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou em seu relatório semanal de exportação que a China cancelou compras de milho para 2010/11, o que também alimentou sentimentos negativos, segundo analistas. A possibilidade de que a China volte a comprar permanece forte, acredita Zuzolo, e o cancelamento pode ser uma tentativa de limitar o movimento dos preços.
Traders comentaram que amanhã o dia deve ser de poucos negócios, por causa do feriado do Memorial Day nos Estados Unidos (segunda-feira), quando os mercados ficarão fechados.
CONAB/LEILÃO PEP.
O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, ter gostado do resultado do primeiro leilão de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), realizado hoje pela Companhia nacional de Abastecimento. Para Rossi, a demanda de 72% da oferta "foi surpreendente". O ministro lembrou que este foi o primeiro de uma série de 10 leilões semanais que serão realizados em apoio à comercialização do milho e que, em geral, a demanda nos primeiros pregões não é expressiva."O resultado superou a nossa expectativa", disse em São Paulo, onde se reúne neste momento com representantes da cadeia produtiva de milho. Na avaliação do governo, o primeiro leilão serve de referência para possíveis mudanças no volume ofertado e no valor dos prêmios. Rossi disse que, como a demanda no leilão de hoje foi grande, o governo parece ter acertado tanto em relação à oferta como ao prêmio. Segundo ele, agora a Conab vai se debruçar sobre as regiões onde a demanda ficou aquém do esperado. Questionado sobre o pequeno interesse pelas 80 mil toneladas ofertadas em Mato Grosso do Sul, onde saíram 13,4 mil toneladas, Rossi disse que pretende escutar representantes do Estado para saber se lá a demanda é realmente pequena ou se o valor do prêmio não satisfaz o setor. Rossi antecipou que a inclusão da safra da Bahia no próximo leilão tem como objetivo abastecer exclusivamente o mercado do Nordeste, onde há grandes problemas logísticos, o que encarece o frete. Ele disse também que os valores dos prêmios devem continuar a ser definidos de acordo com a distância entre o centro produtor e o local de destino do milho.
Preços mínimos - Sobre a reunião desta tarde do Conselho Monetário Nacional, que deve discutir questões referentes à agricultura, entre elas a política de preços mínimos em vigor, Rossi defendeu que os atuais valores sejam mantidos. "Eu respeito os argumentos da Fazenda mas não pode haver redução dos preços mínimos", disse. A pressão sobre a revisão dos valores parte do setor privado e também da área econômica do governo, pois no caso de algumas culturas - como milho e trigo - os preços mínimos superam os de mercado.
A reunião entre Rossi e integrantes da cadeia produtiva do milho acontece a portas fechadas na Superintendência de Agricultura em São Paulo.

MILHO: MATO GROSSO COLHERÁ MENOS MILHO SAFRINHA.

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) reduziu pela terceira vez sua estimativa de produção de milho safrinha no Estado, em virtude da expectativa de quebra na produtividade das lavouras, provocada pela forte estiagem de abril. A colheita já começou em algumas regiões, mas só deve atingir o pico na segunda quinzena de junho.
No levantamento de maio, o Imea prevê a colheita de 8,383 milhões de toneladas de milho, volume 4,1% inferior às 8,738 milhões de toneladas estimadas em abril e 12% abaixo da safra recorde de 9,556 milhões de toneladas projetada em março. Com a estimativa de maio, pela primeira vez o Imea projeta a safrinha 2009/10 abaixo do volume colhido no ano passado (8,507 milhões de t), queda de 1,4%. O Instituto manteve sua projeção de área plantada, que cresceu 17,5% nesta safra, para 2,002 milhões de hectares.
Em virtude da estiagem, a projeção inicial feita em março de colheita de 79,55 sacas de milho por hectare, caiu para 72,75 sacas em março e agora em maio está em 68,80 sacas. No ano passado os produtores de Mato Grosso colheram 84,57 sacas por hectare, mas os técnicos ressalvam que o desempenho foi excepcional, pois as condições climáticas foram favoráveis em todos as fases de desenvolvimento das lavouras.

ESTIMATIVA DA SAFRINHA 2009/10 DE MILHO EM MT
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           SAFRA 08/09           SAFRA 2009/10
                  MAR/10            ABR/10     MAI/10
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Noroeste       285,7      488,1      458,3      444,5
Norte              21,0       37,2       35,1       32,7
Nordeste       173,1      331,0      313,2      303,8
Médio-norte 4.126,9    4.790,6    4.335,0    4.152,0
Oeste           1.526,3    1.439,2    1.339,4    1.239,9
Centro-sul       455,6      506,4      441,0      432,6
Sudeste       1.918,5    1.963,7    1.816,6    1.778,4
Mato Grosso  8.507,3    9.556,2    8.738,6    8.383,9
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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Rabobank prevê pressão sobre cotações dos grãos.

Relativamente pouco afetadas pelo aprofundamento da crise financeira europeia nos últimos meses, as cotações internacionais de soja e milho, os grãos mais cultivados no país, têm pela frente um período que promete ser marcado por maior pressão "baixista" pelo lado dos chamados fundamentos dos respectivos mercados. Em estudo concluído recentemente, o Rabobank, banco holandês com forte atuação no setor de agronegócios, inclusive no Brasil, confirma a tendência de boas ofertas globais de ambos os produtos e de relações entre produção e estoques mundiais confortáveis, combinação que normalmente tira sustentação dos preços - ainda que estes atualmente dependam, em grande medida, de movimentos financeiros derivados das turbulências financeiras.
No caso da soja, o Rabobank projeta que a produção global deverá alcançar 253 milhões de toneladas na safra 2010/11 - em fase de plantio no Hemisfério Norte -, apenas 4 milhões abaixo do recorde de 2009/10 (257 milhões). No cenário traçado pela instituição, a demanda deverá crescer 4,1% na comparação, para 245,3 milhões de toneladas, mas ainda abaixo da produção. Assim sendo, os estoques mundiais tendem a recuar. "Para muitos, os preços da soja até poderiam ter caído mais com as turbulências financeiras e a valorização do dólar, mas isso não aconteceu. A demanda da China permaneceu firme e os Estados Unidos exportaram mais, o que ajudou a "segurar" as cotações", diz Luciano van den Broek, analista do Rabobank no Brasil. Segundo o Valor Data, na bolsa de Chicago os contratos futuros de segunda posição de entrega do grão acumulam baixa de 12,2% neste ano.
A equação composta pelos fatores "fundamentos" e "dólar" produz resultados semelhantes no mercado de milho em Chicago. O Rabobank prevê que oferta e demanda mundiais deverão continuar "balanceadas" em 2010/11 em torno de 825 milhões de toneladas. Mas, como na soja, a projeção não tem como precisar o fator clima, e é para ele que as atenções estão voltadas no momento no Hemisfério Norte e estarão concentradas no fim do ano no Hemisfério Sul, onde o plantio terá início no terceiro trimestre. Em Chicago, a segunda posição do milho acumulada queda de 12% em 2009.
Sempre levando-se em consideração as incertezas climáticas, para o algodão, que registrou flagrante recuperação das cotações nos últimos meses, o horizonte é de recomposição da oferta mundial, maior equilíbrio entre produção e estoques e, portanto, preços mais baixos - isso sem contar a forte influência financeira, que pode "engolir" os fundamentos. Na bolsa de Nova York, os futuros de segunda posição do algodão apresentam alta de 1,2% no ano.

Autor: Fernando Lopes

CHICAGO-SOJA FECHA COM ALTA MODERADA, MILHO SE RECUPERA COM FUNDAMENTOS.

Os contratos futuros de soja fecharam em alta moderada na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira, na esteira de fundamentos fortes para o curto prazo e na ausência de pressões macroeconômicas no dia. O vencimento julho fechou em alta de 0,81%, ou 7,5 centavos, a US$ 9,38/bushel, enquanto os contratos com entrega em novembro (safra nova americana), encerraram em alta de 0,78%, ou 7 centavos, a US$ 9,10/bushel.
O mercado ampliou os ganhos do pregão noturno, mas a firmeza dos mercados futuros de petróleo e de ações também tiveram efeito psicológico positivo. Os estoques apertados de soja referentes à safra antiga, em meio a poucas vendas realizadas pelos produtores, também sustentaram o aumento de preços no dia. Os contratos futuros tiveram ajuste técnico, saindo da condição sobrevendida, com os compradores também estimulados pela dificuldade do mercado em efetivar um novo suporte em meio às influências financeiras externas negativas, disse John Kleist, analista e corretor da Allendale Inc.
No dia, o desvanecimento das nuvens negras relacionadas aos demais mercados financeiros foi suficiente apenas para uma recuperação modesta, disse Kleist. Ainda assim, a ausência de novas notícias sobre a demanda por exportações e o clima no meio-oeste norte-americano, ainda favorável ao rápido desenvolvimento do plantio e da safra, limitam o movimento de alta.
Se não emergirem novos receios de natureza econômica, será difícil sustentar uma onda de vendas abaixo do nível de US$ 9,00 nos contratos de novembro, referentes à nova safra, avalia Kleist. Com as incertezas sobre o clima e uma longa temporada de desenvolvimento ainda à frente para a safra de soja, é um pouco prematuro para o mercado alcançar o fundo neste momento, acrescentou o analista.
Olhando para frente, os participantes do mercado buscam o valor justo para a soja em grão, atentos ao nível em que a demanda responderá às recentes quedas de preço. Estima-se que os fundos especulativos tenham comprado 4 mil lotes de soja em grão. A atividade dos fundos é uma medida dos fluxos de investimento financeiro neste mercado.
Na quinta-feira, o U.S. Census Bureau divulga o relatório sobre esmagamento de soja. A expectativa é de que a agência anuncie uma estimativa de esmagamento de 3,76 milhões de toneladas, abaixo do verificado no mês anterior, de acordo com levantamento junto a analistas do setor. O relatório semanal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos sobre exportações será divulgado nesta quinta feira 27/5 às 9h30 (horário de Brasília). Analistas ouvidos pela agência Dow Jones estimam que as vendas de soja em grão na semana encerrada em 20 de maio tenham ficado entre 250 mil e 750 mil toneladas métricas. As exportações de farelo de soja foram estimadas entre 75 mil e 225 mil toneladas, enquanto as de óleo de soja, entre zero e 15 mil toneladas.

MILHO

Os preços futuros do milho terminaram a quarta-feira com ganhos expressivos na CBOT. A condição de sobrevendido e o suporte de outros mercados abriram as portas para a valorização. Lotes para entrega em julho, fecharam em alta de 7,25 cents ou 1,99%, cotados a US$ 3,7150/bushel. O milho se recuperou das perdas de terça-feira, sustentado por ganhos no mercado acionário e no petróleo, além da estabilização do dólar. Ontem, os futuros haviam recuado diante da força da moeda americana e pessimismo em outras commodities.
Segundo o analista da corretora Country Hedging, os preços avançaram hoje por conta da condição de tecnicamente sobrevendido, de modo que traders cobriram posições. A força do mercado à vista dos Estados Unidos e os rumores de que a China se prepara para importar mais estabeleceram tom otimista. Além disso, as incertezas sobre a longa temporada de desenvolvimento da safra americana faz com que os traders mantenham algum prêmio de risco embutido nas cotações. Estima-se que fundos especulativos tenham comprado 8 mil lotes em milho hoje. No entanto, o potencial de alta é limitado no curto prazo pelo clima, considerado favorável para a nova safra.

CBOT-GRÃOS ENCERRAM DIA COM GANHOS.

Os preços futuros do milho se mantêm firmes na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta terça-feira, em um movimento de cobertura de posições vendidas. Sem pressões de outros mercados, os futuros encontram espaço para uma recuperação. Analistas disseram que os preços de commodities de energia e das ações dão suporte psicológico neste momento. Rumores de que a China está preparando cotas de importação de milho são outro fator de suporte, segundo analistas. No entanto, o clima favorável para as plantações nos Estados Unidos limita a valorização.

SOJA

Os contratos de soja também registraram ganhos, os lotes para entrega em julho operaram em alta de 7,5 cents cotados a US$ 9,380/bushel. Segundo analistas, a soja apresenta uma recuperação modesta, com humor um pouco mais favorável nos mercados financeiros. No entanto, a valorização é limitada pela falta de notícias sobre demanda e pelo clima favorável para desenvolvimento da safra. De qualquer modo, os estoques apertados da antiga safra e os preços firmes no mercado à vista dão suporte neste momento.

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