terça-feira, 6 de abril de 2010

PROPOSTA/EUA DE CRIAÇÃO DE FUNDO A PRODUTOR.

O chefe do Departamento Econômico do Itamaraty, Carlos Cozendey, confirmou que o Brasil e os Estados Unidos discutirão na próxima semana os termos de um memorando de entendimento que permitirá a criação de um fundo de compensação temporária aos produtores brasileiros de algodão pelos prejuízos resultantes dos subsídios concedidos pelo governo dos EUA aos cotonicultores norte-americanos. A criação do fundo era reivindicada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e agora tem a concordância do governo dos EUA. A compensação temporária - que seria de US$ 147,3 milhões ao ano - valerá até que os Estados Unidos possam reformular sua Lei Agrícola (Farm Bill), em 2012, e rever a política de subsídios ao algodão. De acordo com Cozendey, os recursos do fundo de compensação serão destinados à pesquisa sobre combate a pragas que prejudicam lavouras de algodão e também ao desenvolvimento de tecnologias que garantam um aumento da produtividade das lavouras brasileiras. O valor anual do fundo será gerenciado pela Abrapa, que financiou o contencioso movido pelo Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os subsídios dos EUA ao algodão.
O presidente da Abrapa, Haroldo Cunha, disse a jornalistas, após a reunião da Camex, que o setor ficou satisfeito com a proposta americana de criação do fundo e com as medidas de compensação. "A compensação temporária é um sinal de que há interesse em negociar. Há um compromisso de revisão da Farm Bill", afirmou ele. O chefe do Departamento Econômico do Itamaraty explicou que o governo dos EUA se comprometeu a "congelar" temporariamente a liberação de créditos para a exportação. O orçamento para essa política dos EUA em 2010 é de US$ 5,5 bilhões. Até agora, foram liberados US$ 2,7 bilhões, ou seja, está suspensa a liberação de US$ 2,8 bilhões.
A secretária-executiva da Camex, Lytha Spíndola, disse, após a reunião, que a decisão de zerar temporariamente a alíquota do imposto de importação de etanol não está relacionada ao contencioso com os EUA. Segundo ela, a redução da alíquota fora reivindicada pela União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) como sinalização de abertura no comércio internacional.

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