quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

CHICAGO/MILHO ATINGE MÁXIMA DE 29 MESES.

As cotações do milho atingiram máxima de 29 meses na Chicago Board Of Trade nesta quarta-feira por causa dos problemas pelos quais passa a safra 2010/11 na Argentina. O temor de que os estoques mundiais fiquem ainda mais baixos puxou os preços a níveis que não eram vistos desde o rali histórico de 2008.
O contrato para entrega em março atingiu hoje máxima de US$ 6,0850 por bushel em Chicago, maior preço desde julho de 2008. Naquele ano, a cotação chegou a US$ 8 por bushel por causa de vários fatores, entre eles a disparada do petróleo e as enchentes no Meio-Oeste dos Estados Unidos, principal área produtora de grãos do país.
O rali dos últimos dias tem sido atribuído ao tempo quente e seco na Argentina, segundo maior exportador do cereal, depois dos EUA. As lavouras estão na fase de polinização, um período importante, em que se não houver condições ideais a produtividade pode ser reduzida. O mercado deve continuar concentrado no clima do país até o Ano Novo, segundo traders.
Enquanto isso, analistas também se preocupam com a próxima safra nos EUA. O plantio de milho tem que aumentar para que os estoques sejam recompostos. Mas isso só ocorrerá se os preços estiverem remuneradores. Neste momento, o milho compete por área com a soja, principalmente, mas também com outros produtos, como algodão. "Temos todos esses produtos brigando agressivamente por acres nos EUA", comentou Marty Foreman, analista da Doane Advisory Services.
Os traders procuram sinais de que o aumento dos preços tenha arrefecido a demanda, mas o que tem sido visto é o oposto. Hoje, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou uma venda de 116 mil toneladas. O destino não foi informado. A expectativa é que a China, antes um exportador, comece a comprar milho dos EUA no início de 2011, o que vai manter um piso sob os preços em Chicago, disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics and Consulting.
Se o mercado vai sustentar os ganhos de hoje é algo a ser acompanhado, já que o volume de negócios tem sido pequeno por causa da aproximação dos feriados, disse Zuzolo. Ele e outros analistas veem o nível de US$ 6,1750 por bushel como crucial para o contrato março.
Este pode ser um teto para os preços, ou um patamar a partir do qual os ganhos vão se acelerar. Há poucos sinais de alerta no curto prazo para aqueles que acreditam que o mercado vai subir, disse Rich Feltes, analista da R.J. O'Brien. Entre esses poucos sinais ele inclui vendas de fundos potenciais e o fato de "todo o mundo estar altista". "Até agora, contudo, a possibilidade de uma safra menor na Argentina está se sobrepondo a esses sinais", afirmou.

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