sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

GRÃOS/CBOT FECHA EM ALTA COM FUNDAMENTOS FORTES.

Os futuros da soja fecharam em alta hoje na bolsa de Chicago, recuperando-se das quedas registradas durante a semana, devido a fundamentos altistas e em linha com o fortalecimento registrado em outros grãos.
O contrato maio, mais ativo, subiu 45,75 centavos, ou 3,4%, para fechar cotado a US$ 13,75 por bushel. O novembro, referente à nova safra, avançou 43,25 centavos, ou 3,4%, cotado a US$ 13,2950.
A combinação de uma alta no milho, estabilidade do petróleo, recuperação do mercado acionário norte-americano e a persistência da demanda forte levou investidores a retornarem ao mercado, disse Dave Marshall, analista independente de commodities.
Nas últimas duas semanas os futuros registraram uma queda de 11% devido às tensões políticas no Oriente Médio e Norte da África e a sinais de que os preços altos conseguiram racionar a demanda. Isso levou os participantes do mercado a reduzirem a exposição ao risco.
Traders liquidaram 8,5% das posições abertas nos últimos quatro dias de negociações, mas as influências baixistas de mercados externos perderam força, fazendo com que a soja voltasse a se concentrar no aperto dos estoques e nas incertezas em relação à nova safra, completou Marshall.
A soja mantém a perspectiva de suporte no que se refere aos fundamentos, uma vez que a forte demanda e os estoques apertados devem se prolongar no próximo ano comercial, que começa em 1o de setembro.
Entretanto, os ganhos foram limitados pelo avanço da colheita no Brasil de uma safra estimada em um recorde.
Os produtos derivados também fecharam em alta hoje, devido à forte demanda internacional e à perspectiva otimista para o uso de óleo de soja para produção de biodiesel. Segundo analistas isso atraiu compras especulativas.
O contrato maio do óleo de soja subiu 230 pontos, ou 4,2%, para fechar cotado a 57,58 centavos por libra-peso. O mesmo vencimento do farelo avançou US$ 9,80, ou 2,8%, para US$ 364,70 por tonelada.

MILHO DESPERTA DEMANDA E FECHA EM ALTA DE 3,7% .
O relatório semanal de exportações de grãos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou forte demanda e impulsionou as cotações do milho hoje na Bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em maio subiram 25,50 cents ou 3,66% e fecharam a US$ 7,22/bushel. Além disso, o mercado se recuperou após perdas recentes, que despertaram o interesse comprador.
O USDA confirmou que a demanda continua robusta. Os dados da semana encerrada em 17 de fevereiro indicaram exportações de 1,65 milhão de toneladas, superando 1 milhão pela quarta semana consecutiva. "Traders se concentraram na demanda". Nesta semana, os futuros de milho haviam recuado, depois de alcançarem a máxima em 31 meses na terça-feira.
Consumidores do cereal estão preocupados com a oferta, por causa da forte demanda para exportação, além dos produtores de etanol e criadores de animais. A expectativa é de que os estoques finais dos Estados Unidos sejam os menores em 15 anos no ciclo que se encerra em 31 de agosto.
"Traders voltaram a negociar oferta e demanda hoje e ignoraram questões geopolíticas que conduziram os mercados na queda durante toda a semana".
Participantes do mercado esperam que as exportações continuem fortes no relatório da semana que vem, por causa da demanda recente, despertada pela queda de preços.

SOJA-MT/COLHEITA ATINGE 25,6%.

A colheita da soja em Mato Grosso avançou nesta semana mais 7,2% e atingiu 25,5% dos 6,413 milhões de hectares estimados pelo Instituto de Economia Agropecuária (Imea) para esta safra. A colheita está com atraso de 24,4% em relação aos trabalhos em igual período do ano passado, quando metade da área de soja estava colhida.
O levantamento semanal do Imea revela que a região onde a colheita está mais atrasada é a do médio-norte. A região responde por 40% da produção estadual de soja e tradicionalmente é a primeira a iniciar o plantio, o que não aconteceu no final do ano passado, por causa da falta de chuvas.
Segundo o Imea, no médio-norte foram colhidos até agora 28,5% dos 2,571 milhões de hectares cultivados. O atraso é de 34,6% em relação a safra passada. Na região norte o atraso é de 27,4% com plantio de 30,4%. Na região oeste, onde o atraso é de 21,8% o excesso de chuvas vem dificultando a colheita e existem relatos de perdas por excesso de umidade.

SOJA: EVOLUÇÃO DA COLHEITA EM MT (em mil hectares)
REGIÕES DE MT   ÁREA2    5/FEV/10   24/FEV/11   DIFERENÇA
Noroeste            261.200      36,40%     37,90%             1,5% p.p.
Norte                   39.000      57,80%     30,40%          -27,4% p.p.
Nordeste            694.200     18,40%     15,60%             -2,8% p.p.
Médio-norte    2.571.400     63,10%     28,50%           -34,6% p.p.
Oeste                 930.200     46,30%     24,50%            -21,8% p.p.
Centro-sul          413.100     42,20%     19,10%            -23,1% p.p.
Sudeste           1.504.400    47,90%     25,30%             -22,6% p.p.
Total                6.413.500    50,00%     25,60%             -24,4% p.p.
Fonte: Imea

SOJA/EUA INFORMOU VENDA DE 165 MIL T PARA CHINA.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou hoje que exportadores privados venderam 165 mil toneladas de soja para China, com entrega no ano comercial 2011/12, que começará em 1º de setembro. Qualquer atividade de venda de 100 mil toneladas ou mais feita em um único dia para um mesmo destino deve ser relatada ao USDA até o dia útil seguinte. Volumes inferiores devem ser comunicados semanalmente.

Os Estados Unidos venderam um saldo de 134.600 toneladas de soja da safra 2010/11 na semana encerrada em 17 de fevereiro, mostrou o relatório semanal de exportações do Departamento de Agricultura do país (USDA).
Os principais compradores foram China (405 mil t), Alemanha (67.200 t), México (51 mil t), Japão (41.200 t), Malásia (29.700 t) e Tunísia (27.500 t). Cancelamentos foram feitos por Tailândia (63 mil t), Taiwan (46.600 t) e outros destinos não revelados (395.800 t). Mais 118 mil toneladas para entrega em 2011/12 foram comercializadas principalmente para China (115.500 t).
Os embarques da oleaginosa atingiram 1,172 milhão de toneladas na semana, alta de 15% frente à semana passada e de 1% em relação à média mensal. Os principais destinos foram China (808 mil t), Taiwan (127.800 t), Alemanha (67.200 t), México (44.500 t) e Japão (31.300 t).

SOJA/FRETE SOBE E REDUZ RENTABILIDADE EM MT E PR

Os custos do frete rodoviário devem aumentar de 10% a 15% nesta safra em Mato Grosso por causa do atraso na colheita da soja no Estado e do consequente acúmulo do escoamento junto com o transporte da produção do Paraná, onde a tarifa deve subir até 25%.
Ambos os Estados são, respectivamente, primeiro e segundo maiores produtores da oleaginosa no País e a concorrência por caminhões vai elevar o preço pago para transportar o grão das áreas produtoras para os portos. Normalmente, de um ciclo para outro, o frete aumenta de 5% a 10%, em média. O custo maior do escoamento vai corroer parte da boa rentabilidade que o sojicultor terá neste ano-safra, de acordo com analistas consultados pela Agência Estado.
Nas contas de Aedson Pereira, analista da Informa Economics FNP, o produtor de Rondonópolis, sul de Mato Grosso, deve receber pela saca um preço médio de R$ 42 em 2010/11, R$ 1 a menos do que receberia se o frete de R$ 130 do ano passado tivesse se mantido. Atualmente, o custo de transportar a produção de lá para o porto de Paranaguá é estimado em R$ 145 por tonelada, um aumento de 11,5% no ano.
Em Sorriso, outro importante polo produtor, no médio-norte de Mato Grosso, portanto mais distante do porto, o preço médio da saca neste ano ficará em R$ 37,89, considerando um frete de R$ 215 por tonelada. Se a tarifa tivesse permanecido em R$ 200 por tonelada como no ano passado, o produtor receberia R$ 38,79 por saca.
No Paraná, onde o custo de escoamento é bem menor devido à proximidade dos portos de Santos e Paranaguá, a perda seria bem menor caso o custo de escoamento fosse o mesmo da temporada passada. A estimativa média para o frete neste ano é de R$ 50 por tonelada, 25% mais que os R$ 40 da safra 2009/10. Isso deve resultar em um preço médio ao produtor de R$ 47,79, menos que os R$ 48,39 que receberia com o frete do ano passado.
"Além do atraso na colheita, haverá uma aglutinação no escoamento porque Paraná e Mato Grosso estarão colhendo volumes significativos ao mesmo tempo. Há uma demanda muito forte por caminhões. Um frete alto prejudica o preço que será oferecido ao produtor, porque a paridade de exportação leva em consideração o valor na bolsa em Chicago, mas também o frete", avaliou Pereira, explicando que, normalmente, o aumento esperado para o frete de um ano para o outro é de 5% a 10%. "Isso acaba desestimulando um aumento de produção."Ainda assim, ressalta ele, com os preços em Chicago em torno de US$ 13 a US$ 14 por bushel, o produtor mato-grossense este ano será favorecido com uma boa margem, de cerca de 45%.
Área - Sávio Pereira, coordenador-geral de Oleaginosas e Fibras do Ministério da Agricultura, defende que a baixa taxa de expansão da área de soja em Mato Grosso e no País deve-se, em parte, ao gargalo logístico, que eleva muito o custo do transporte da produção. "O Brasil não deveria estar plantando muito mais soja ? Acho que sim. Mas parte desses US$ 13, US$ 14 vistos em Chicago vão para pagar a ineficiência de nosso sistema de escoamento", disse Pereira à Agência Estado, para quem o Brasil poderia estar produzindo perto de 90 milhões de toneladas de soja, 20 milhões de t mais do que o esperado pelo governo para este ciclo, não fossem os custos relacionados ao frete e também às questões ambientais.
"Se amanhã o frete caísse para R$ 5 por tonelada, haveria um incentivo grande para o plantio. Em compensação, se Chicago cair para US$ 9, ficaria inviável plantar em Mato Grosso porque esse preço não compensaria o custo de produção", completou o analista do Ministério.
De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), desde a safra 2004/05, Mato Grosso aumentou em apenas 3,3% sua área plantada com soja, passando de 6,1 milhões de hectares para 6,3 milhões em 2010/11. No País, o aumento foi de 3,4% no mesmo período, apesar da demanda crescente e contínua no mundo.
A solução para Aedson Pereira, da Informa, seria o investimento em ferrovias para diminuir a dependência do transporte rodoviário. "A soja vem ganhando muito em produtividade e a estrutura não comporta o tamanho da safra de Mato Grosso. Falta estrutura tanto de escoamento quanto de armazenagem."
Nesta semana foram lançadas as obras do Terminal Ferroviário de Itiquira (MT), a terceira estação da Ferronorte, com 6 quilômetros de extensão e perspectiva de inauguração em agosto. De Itiquira, o próximo trecho será até Rondonópolis, previsto para agosto de 2012, segundo o Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt).
O projeto da ferrovia prevê a ligação de Mato Grosso, a partir de Cuiabá, ao porto de Santos. Segundo o presidente do Sistema Fiemt, Jandir Milan, a ferrovia e a concretização da BR-163 deve reduzir o frete em Mato Grosso em 25%.
A rodovia BR-163 liga Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Pará, passando por vários polos importantes produtores de soja. Entretanto, no trecho entre o norte de Mato Grosso e o Pará a via não é asfaltada.

FARELO DE SOJA: COREIA DO SUL COMPRA 165 MIL T DA AMÉRICA DO SUL

O principal grupo fabricante de ração animal da Coreia do Sul e uma associação do setor compraram juntos três carregamentos de farelo de soja da América do Sul com um volume total de 165 mil toneladas, disseram executivos de embarque nesta sexta-feira. Segundo eles, duas cargas foram vendidas pela Cargill por cerca de US$ 439 a tonelada C&F, e outra foi comprada da Glencore por quase US$ 434 a tonelada C&F. A entrega será efetuada entre 30 de junho e 5 de agosto, de acordo com as fontes.

CHINA/SOJA FECHA FRACA COM LIQUIDAÇÕES E ORIENTE MÉDIO.

Os futuros da soja terminaram com leve baixa na Bolsa de Commodities de Dalian, conforme traders continuaram liquidando posições em meio a temores de que os tumultos políticos no Oriente Médio e no norte da África podem desacelerar a economia global. As commodities agrícolas provavelmente oscilarão em um apertado intervalo de variação antes de uma reunião anual do parlamento chinês, que deve começar na próxima semana.
O contrato janeiro fechou com desvalorização de 0,1% nesta sexta-feira, cotado a 4.400 yuans por tonelada (6,57 yuans = US$ 1), no quinto dia consecutivo de queda, influenciado pela fraqueza dos preços na sessão eletrônica da Bolsa de Chicago. Contudo, as perdas foram limitadas por um pequena recuperação técnica dos óleos comestíveis e do milho no mercado chinês.
"A soja subirá em breve em uma recuperação técnica" devido à estável demanda física por grãos, afirmou Zhao Yan, analista da Everbright Futures. Os futuros dos óleos comestíveis agora operam com um desconto em relação aos preços do mercado à vista, sugerindo que a possibilidade de caírem mais é "fraca", disse ela.

SOJA: CHINA COMPRA 400 MIL T DA AMÉRICA DO SUL

A China comprou mais de 400 mil toneladas de soja da América do Sul na semana passada, para embarque em março, abril e maio, informaram traders nesta sexta-feira. Segundo eles, ao menos seis carregamentos do Brasil serão entregues entre março e maio, e uma carga da Argentina será embarcada em maio. Cada um deles contém cerca de 60 mil toneladas.
Traders não mencionaram um preço, mas na última semana a soja argentina estava sendo oferecida por quase US$ 550 a tonelada FOB, enquanto os grãos brasileiros custavam US$ 545 a tonelada FOB.
Depois da queda dos contratos futuros da oleaginosa na Bolsa de Chicago (CBOT), a oferta da Argentina agora é negociada a cerca de US$ 513 a tonelada, para embarque em maio, e US$ 515 a tonelada, para junho, declínio de mais de 6% na comparação com a semana anterior.Compradores na China também já estão importando soja para o período de junho a agosto, e mais negócios devem ser feitos devido à última correção para baixo dos preços, afirmou um executivo de uma trading global em Cingapura.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

SOJA: CHINA CONFIRMA IMPORTAÇÃO DE 5,14 MI T EM JANEIRO

As importações de soja da China em janeiro atingiram 5,14 milhões de toneladas, queda de 5% na comparação com dezembro, mas 26% acima do volume apurado em igual período de 2010, confirmou hoje a Administração Geral Alfandegária.
O país deve importar 3,17 milhões de toneladas neste mês, ligeiramente acima da quantia estimada duas semanas atrás, informou o Ministério de Comércio da China. Se concretizada, a projeção para fevereiro representará um aumento de cerca de 7% em relação ao mesmo intervalo de 2010.
As importações de soja devem desacelerar frente ao nível recorde do ano passado, conforme os preços norte-americanos atingiram os mais altos níveis em mais de dois anos. A China é o maior importador de soja do mundo, e obtém a maior parte das ofertas dos Estados Unidos, do Brasil e da Argentina, três principais produtores do grão no mundo.

MILHO: CHINA IMPORTA 1.878 T EM JANEIRO; -84% ANTE JAN/10
A China importou 1.878 toneladas de milho em janeiro, queda de 84% em relação ao mesmo intervalo de 2010, mostraram dados divulgados nesta quinta-feira pela Administração Geral Alfandegária. No ano passado, a China importou um total de 1,6 milhão de toneladas, 18 vezes mais na comparação com 2009, principalmente dos Estados Unidos. O forte aumento das importações interrompeu a série de 15 anos de autossuficiência do país no setor.

SOJA/ARGENTINA ELEVA ESTIMATIVA DE SAFRA PARA 48,8.

A produção de soja da Argentina na temporada 2010/11 deve alcançar 48,8 milhões de toneladas, após chuvas que melhoraram as condições de desenvolvimento das lavouras, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. Na semana passada, a bolsa projetava 47 milhões de toneladas. Para a safra de milho, a bolsa manteve sua estimativa de 19,5 milhões de toneladas.

ALGODÃO: PREÇO E OFERTA JÁ COMPROMETE INDÚSTRIA.

Algumas indústrias têxteis podem suspender suas atividades temporariamente por causa da escassez de algodão no mercado interno e da disparada dos preços da fibra em um curto espaço de tempo, o que dificulta o repasse da alta para o produto final, segundo analistas consultados pela Agência Estado. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq, alertou em seu relatório semanal que algumas empresas estão "no limite da resistência para compras, optando por prorrogar as aquisições e, até mesmo, dando férias coletivas."
A cotação doméstica do algodão acumula ganho de 180% em 12 meses, enquanto na ICE, em Nova York, o avanço é de 130% no período. Ontem, o indicador Cepea/Esalq com pagamento em oito dias fechou cotado a R$ 3,977 (R$ 131,52 por arroba), uma alta no mês de 11%, mas já há registros de negócios fechados a R$ 4,05. Em 23 de fevereiro de 2010, o indicador estava em R$ 1,4266 por libra.
"As indústrias têxteis conseguem manter estoques para dois meses. O volume armazenado para até fevereiro está acabando, março está começando e não tem algodão no mercado. Percebemos que algumas fábricas vão fechar as portas temporariamente porque não têm condições de repassar para o produto final esse custo elevado. Elas preferem esperar a colheita e a (provável) baixa dos preços", disse o analista Fernando Terao, da Informa Economics FNP.
Marcio do Rego Freitas, consultor da Hórus Algodão, afirmou que na semana passada as fábricas chegaram a comprar a libra-peso do algodão por R$ 4,05 a R$ 4,07. Segundo ele, a esse preço, a indústria teria que vender o fio de qualidade menor a pelo menos R$ 12 o quilo, contra R$ 6 a R$ 7 há um ano. "Agora o mercado travou de tal forma que não há comprador. Com essa alta toda, as roupas de inverno teriam um acréscimo de 40% ou mais", disse ele.
O consultor lembra que o consumo deve voltar a subir em junho, quando entra no mercado a safra 2010/11 do algodão. Os preços, contudo, devem continuar voláteis, já que há negócios fechados para julho a setembro que vão de R$ 2,20 a R$ 3,10 a libra-peso. "Não dá para firmar uma perspectiva", disse ele.
O Cepea afirma em seu relatório semanal que os produtores também estão concentrados na colheita da soja e na finalização do cultivo do algodão de segunda safra, destacando que neste período não há necessidade de caixa elevado. Dessa forma, a prioridade neste momento não é a venda da fibra. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária informou nesta semana que o plantio do algodão foi finalizado no Estado, maior produtor nacional da commodity. "Apesar dos contratempos climáticos, os bons preços no mercado interno, e principalmente no mercado internacional, empolgam os cotonicultores", disse o Imea em seu comunicado semanal. A área total semeada no principal Estado produtor é de um recorde de 671,1 mil hectares, contra 419,2 mil em 2009/10.
Mercado internacional - Depois de atingir a máxima intradia de 208,93 centavos de dólar por libra-peso na sexta-feira passada (18), as cotações na Bolsa de Nova York vêm recuando, em um movimento de correção com realização de lucros. Para Terao, da Informa, esse movimento pode se replicar no mercado brasileiro. "Se em NY os preços estiverem mais baratos, os brasileiros vão parar de jogar algodão lá fora e vai ter mais oferta aqui. Aí os preços vão cair. Se o algodão continuar com essa movimentação, num futuro bem próximo talvez tenhamos uma realização nos preços internos, mas é difícil prever no curto prazo", afirmou ele, evitando fazer previsões. Cerca de 60% da safra já foram comercializados, mas ainda não se sabe quanto do volume irá para exportação.
Hoje, as cotações do algodão permanecem em declínio na ICE, após o economista-chefe do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Joe Glauber, ter informado que a produção norte-americana na próxima temporada 2011/12 deve subir 6,4% na comparação com as atuais estimativas do governo para 2010/11.
Os preços elevados devem incentivar mais produtores dos Estados Unidos - principal exportador de algodão do mundo - a expandir a produção no próximo ano-safra, que começa em agosto. O contrato maio operou no limite diário de queda, com variação negativa de 3,8%, cotado a 177,23 centavos por libra-peso.
Os dados foram divulgados durante o Agricultural Forum Outlook 2011, evento organizado pelo USDA, e que ocorre entre hoje e amanhã, em Arlington, Virginia. A produção de algodão foi estimada em 19,5 milhões de fardos de 480 libras-peso (4,24 milhões de toneladas) em 2011/12, ante 18,32 milhões de fardos (3,96 milhões de t) em 2010/11. A área plantada com algodão deverá crescer para 12,75 milhões de acres (5,16 milhões de ha), ante 10,97 milhões de acres na safra passada.
China - As importações do maior comprador de algodão do mundo alcançaram 390.720 toneladas em janeiro, alta de 31% frente ao mesmo período de 2010, mas 15% abaixo das 461.700 toneladas adquiridas em dezembro, disse hoje a Administração Geral Alfandegária do país. Segundo informações da Dow Jones, no ano passado, a China importou 2,8 milhões de toneladas, volume 86% superior ao de 2009, segundo dados do órgão.

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