quarta-feira, 22 de junho de 2011

GRÃOS: MERCADO FECHA EM QUEDA APÓS VENDAS GENERALIZADAS.

Os futuros da soja recuaram hoje na Bolsa de Chicago fechando no menor nível em cinco semanas, em linha com a fraqueza generalizada nos futuros dos grãos. O contrato julho caiu 18,50 centavos, ou 1,37%, para fechar a US$ 13,3025 por bushel. O novembro, referente à nova safra, terminou em queda de 1,3%, cotado a US$ 13,3250. No acumulado do mês de junho, os vencimentos registram perdas respectivamente de 3,30% e de 2,31%.
O mercado sucumbiu às vendas generalizadas de grãos, em efeito dominó junto com trigo e milho, disse Mario Balletto, analista do Citi. A previsão de tempo favorável no curto prazo para o desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos levou traders a adotar uma postura mais cautelosa.
Segundo analistas, o enfraquecimento da demanda mantém os participantes do mercado no lado vendedor, e a liquidação de fundos em commodities agrícolas pressiona ainda mais os preços.
Os produtos derivados também recuaram, em linha com o grão e o restante do complexo. O contrato julho do farelo perdeu US$ 4,60, ou 1,31%, para US$ 347,10 por tonelada. O mesmo vencimento do óleo recuou 45 pontos, ou 0,80%, cotado a 56,15 centavos.

QUEDA EM CHICAGO DEIXA VENDEDOR DO MT EM ALERTA
A forte queda registrada na Bolsa de Chicago deixou em alerta os vendedores de soja de Mato Grosso. Depois de passarem semanas negociando a oleaginosa somente em momentos de necessidade de gerar caixa, na expectativa de preços melhores, muitos começaram a se questionar se essa tática deveria ser mantida e decidiram sondar a situação do mercado brasileiro, explicou Wanderley Nascimento da Costa, corretor da Cimpex Comércio de Cereais, em Sorriso.
"O mercado caiu por vários dias seguidos, e hoje também. O pessoal se assustou e começou a ligar para saber o que está acontecendo. Eles realmente querem ver se devem negociar agora ou se esperam mais", disse Costa.
Segundo o corretor, o vendedor ainda procura ofertas entre R$ 38 e R$ 40 a saca, mas não houve compradores. A saca da safra 2010/11 já chegou a ser vendida a R$ 41 na região de Sorriso, médio norte de Mato Grosso, mas as últimas negociações foram em torno de R$ 37.
No Paraná, a indicação ficou em R$ 44,50 a saca em Ponta Grossa, segundo Joelma Machado, sem muitas alterações em relação ao valor negociado nesta semana. Mas o vendedor ainda considera esse valor muito baixo e não houve negócios, uma vez que busca pelo menos R$ 45.
MILHO FECHA NO LIMITE DE BAIXA.
Vendas de fundos derrubaram os preços do milho para o limite de baixa hoje na Bolsa de Chicago. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 30 mil contratos de milho, de acordo com traders. Os lotes mais negociados, para entrega em setembro, terminaram o dia com desvalorização de 30,0 cents ou 4,27%, cotados a US$ 6,7225/bushel. Amanhã, o limite se expande para 45 cents.
Traders disseram que um grande fundo liquidou posições nos mercados de grãos e ordens automáticas de venda foram acionadas, pressionando fortemente as cotações. "Parece que todo mundo apertou o botão de vender hoje", brincou o presidente da corretora Central States Commodities, Jason Britt.
Os preços do milho também foram guiados pela desaceleração da demanda e pelo clima favorável para a safra dos Estados Unidos que está se desenvolvendo. Previsões do tempo indicam temperaturas mais quentes no Meio-Oeste, o que fortalece a ideia de que a produção pode superar as previsões.
Os futuros recuaram hoje para o menor nível desde o início de maio, retirando efetivamente o prêmio embutido nas cotações por causa dos problemas de plantio de primavera.
O presidente da corretora Central States Commodities, Jason Britt, disse que a queda dos preços de hoje foi exagerada, pois os estoques continuam apertados, no menor nível em 15 anos. Ele acrescentou que o declínio "cheira a algo" e mencionou os rumores de liquidações por fundos.

EXPORTAÇÃO CAI COM LIMITE DE BAIXA EM CHICAGO
A queda dos preços futuros do milho na CBOT puxou para baixo as cotações no mercado interno. Exportadores, que ontem ofereciam R$ 25/saca no Paraná, para produto a ser embarcado em agosto, reduziram a pedida para R$ 24,30/saca.
Segundo corretores, além da desvalorização da commodity, a perspectiva de oferta da safrinha também pressiona os preços internos. Hoje no norte do Estado foi reportada venda a R$ 28/saca, valor que só se sustenta pela fraca oferta, disse um deles. A tendência é de que na próxima semana os preços já se situem ao redor de R$ 27/saca. A pequena oferta de milho no Paraná levou comprador a negociar em Mato Grosso, onde a operação sai a R$ 28,50 CIF, segundo uma fonte.
A proximidade do feriado deixou o mercado esvaziado. Segundo um corretor de Mato Grosso, as empresas de primeira linha continuam fora do mercado, aguardando o aumento da oferta do cereal da safra nova, para forçar novas quedas de preços. Os compradores apostam que o produtor deve optar por comercializar o milho e segurar a soja para aproveitar repiques de preços da oleaginosa.
Houve comentários sobre negócios picados (pequenos volumes) a R$ 17/saca no médio-norte, região da BR-163. A maioria dos produtores ainda resiste e pede R$ 18/saca. O mercado deve ter uma definição de preços na próxima semana, quando a colheita estará mais adiantada e haverá maior oferta do cereal.

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