segunda-feira, 5 de abril de 2010

CÉLERES – 9º ACOMPANHAMENTO SAFRA DE SOJA 2009/10.

No 9º acompanhamento da safra de soja 2009/10, as estimativas de safra sofreram ajustes em relação ao levantamento publicado em março. Os principais números deste acompanhamento são:
Área: estimativa de área plantada de 23.199 mil ha, representando alta de 7,9% em relação ao plantio observado em 2008/09.
Produtividade: estimativa de produtividade em 2.898 kg/ha com acréscimo de 7,1% em relação ao observado em 2008/09.
Produção: estimativa de produção de 67.235 mil t com ganho de 15,6% em relação ao volume obtido em 2008/09.
A estimativa de área plantada do Mato Grosso e do Paraná, tiveram incremento médio de 100 mil hectares neste 9º acompanhamento de safra. Com volume mais representativo de evolução nos trabalhos de colheita da soja, as expectativas quanto aos níveis de produtividade foram mais positivas para a safra 2009/10. As principais alterações nas estimativas de produtividade ocorreram para os seguintes Estados: Rio Grande do Sul (+100 kg/ha), Bahia (+50 kg/ha), Paraná (+50 kg/ha), Mato Grosso do Sul (+30 kg/ha) e Mato Grosso (+20 kg/ha). Visto esses ajustes, o nível médio de produtividade Brasil passou para 2.898 kg/ha, ante 2.860 kg/ha reportados no 8º acompanhamento. O maior ganho no rendimento médio de quilos por hectare, ficou para o estado do Rio Grande do Sul por conta das boas condições climáticas apresentadas na etapa final do ciclo da cultura. Portanto, espera-se para as lavouras ainda em fase de enchimento de grãos, no Rio Grande do Sul, melhores níveis de rendimento do que os estimados anteriormente.
Entre o 8º e 9º acompanhamento de safra, os principais ajustes efetuados nas estimativas de produção foram: Paraná (+521 mil t), mato Grosso (+430 mil t), Rio Grande do Sul (+405 mil t); Mato Grosso do Sul (+56 mil t) e Bahia (+50 mil t).
Colheita de soja avança e atinge 74% da área semeada em 2009/10, ante 61% do mesmo período do ano passado Com base no acompanhamento semanal de desenvolvimento das lavouras de soja na safra 2009/10, até o dia 01/04, os trabalhos de colheita da soja no Brasil totalizaram 74% da estimativa de área plantada (23,2 milhões de hectares), ante 66% da semana anterior e 61% observado em igual período da safra passada. Em relação à média histórica dos últimos cinco anos (59%), o atual ritmo de colheita encontra-se 15 pontos percentuais à frente. O ciclo da soja foi antecipado esse ano e o clima colaborou para a colheita nas últimas semanas.
Internacional
Na última semana, as cotações da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT/CME) tiveram a influência de importantes fundamentos que atuam sobre os preços do produto no mercado internacional. Tais fundamentos resultaram em queda para os vencimentos principalmente de curto prazo negociados no mercado futuro.
O vencimento maio/10 (US$ 9,42/bushel),foi o que apresentou o maior recuo na semana passada, com queda de 1,1%. O principal fundamento que vinha dando suporte às cotações de curto prazo, era a escassez de soja nos EUA frente à demanda aquecida do mercado de exportação. Todavia, na última semana, com a divulgação do relatório de estoques trimestrais de soja (34,56 milhões t) pelo USDA, acima das expectativas do “mercado” (32,85 milhões t) derrubou o suporte de preços. Os fundamentos que impediram uma queda ainda maior para os preços, foram: a estimativa do USDA de intenção de área plantada de soja nos EUA abaixo do esperado pelo “mercado” e as incertezas quanto ao movimento de greve na Argentina.Tanto movimento de greve quanto a dificuldade de escoamento da produção via mercado de exportação no Brasil, serviram para amenizar parte da pressão de oferta de soja na América do Sul. Os fundos de investimento que apostaram nos contratos futuros de soja antes da divulgação dos relatórios do USDA, atuaram vendendo os contratos em aberto em Chicago após os valores baixistas de maior oferta. Portanto, a expectativa é de pressão sobre os preços da soja no mercado internacional, visto o volume ofertado de soja no curto prazo.
Doméstico No mercado doméstico, as cotações da soja na semana precedente registraram fortes perdas, principalmente em decorrência da queda do Dólar na última semana (-3,3%). Além disso, as perdas observadas nos preços de referência do mercado internacional refletiram em pior formação de preço no mercado spot do produto. Na média das praças pesquisadas pela Céleres, os preços da saca de soja no disponível terminaram a semana com queda de 2,5% em reais. Em relação ao intervalo de trinta dias, os preços tiveram recuo de 5,4%. No mercado de prêmios de exportação, os registros na última sexta-feira para o embarque maio/10, tiveram ágil sobre os preços da Bolsa de Chicago, em US$ 0,20/bushel para venda e US$ 0,15/bushel para o comprador.

CBOT-FECHAMENTO OFICIAL COMPLEXO E MILHO.

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SOJA/IMEA: 63% DA SAFRA DO MATO GROSSO COMERCIALIZADO.

A comercialização de soja em Mato Grosso atingiu 11,890 milhões de toneladas até o fim de março. O volume corresponde a 63% da produção estimada em 18,874 milhões de toneladas pelo Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea). A comercialização está mais avançada do que na safra 2008/09, pois até março do ano passado 57,4% da produção havia sido vendida. No médio-norte, que responde por 40% da produção de soja de Mato Grosso, a comercialização já alcançou 67,4% da produção esperada. O boletim semanal do Imea relata que a semana passada foi de poucos negócios na região, com indicações de preços a R$ 25,60/saca em Nova Mutum; R$ 25,30 em Lucas do Rio Verde; R$ 24,50 em Sorriso; e 23,50/saca em Sinop. No sudeste de Mato Grosso, segundo maior polo, com 23,5% da produção estadual de soja, a comercialização da safra chegou a 57,1% até março. Os poucos negócios reportados no sudeste na semana passada saíram em Rondonópolis a R$ 28,00/saca; em Campo Verde a 26,90; e em Primavera do Leste a R$ 26,90.
No boletim semanal, os técnicos comentam que a média estadual de produtividade, de 3.041 quilos por hectare (50,7 sacas), ficou abaixo dos 3.052 quilos (50,9 sacas) registrada na safra passada. Segundo os técnicos, as regiões oeste e centro-sul foram as que registraram as menores produtividades médias, "pois foram as mais afetadas pelas chuvas em grandes volumes e em curto espaço de tempo, impossibilitando a colheita e aumentando a incidência de doenças."Eles citam como exemplo o município de Sapezal, na região oeste, onde a produtividade média foi de 47 sacas por hectare, ante as 52 sacas colhidas na safra passada. Apesar das intempéries climáticas, a região do médio-norte conseguiu manter o bom resultado do ano anterior, com destaque para os municípios de Sorriso, onde a produtividade foi de 54 sacas por hectare e Nova Ubiratã, com 53 sacas. "Assim, associada ao aumento de área, a produção no Estado alcançou 18,8 milhões de toneladas ante 17,4 milhões de toneladas da safra passada". Mesmo com a queda da produtividade média, a estimativa de produção do Imea de março ficou acima da prevista em fevereiro, que era de 18,375 milhões de toneladas. O aumento se deve à correção na área cultivada, que aumentou em 83,7 mil hectares, para 6,202 milhões de hectares.
Na reta final dos trabalhos de campo, com 98,7% da soja já colhida até a última quinta-feira, ainda restam lavouras para ser colhidas principalmente na região nordeste de Mato Grosso, em especial Canarana, Querência e Água Boa. O Imea relata que há também trabalhos pontuais nas regiões do médio-norte e oeste, por causa das chuvas que caíram durante toda a semana passada. "As médias de produtividade do que está sendo colhido no momento estão variando entre 42 sacas e 52 sacas por hectare, dependendo da região, sendo reportados casos pontuais de valores ainda menores", dizem os técnicos no boletim.

SOMAR: TEMPERATURA AMENA E POUCA CHUVA MUDAM CLIMA.

Uma frente fria avança pelo País e provoca chuva no Nordeste nesta semana, enquanto o Centro-sul tem período seco e queda da temperatura. A previsão é da Somar Meteorologia, que informa em seu boletim semanal que o mês de abril começa com uma condição bem típica do outono. "A propagação de uma frente fria, além de ter causado chuvas no fim de semana, provoca a queda da temperatura no Sul e no Sudeste do Brasil, no que pode ser considerada como a primeira onda de frio do ano", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury. Nas regiões serranas, a temperatura deve alcançar até 5 graus, entre hoje e amanhã. "A primeira semana de abril promete uma mudança no padrão climático, com temperaturas mais amenas e pouca chuva", comenta o sócio diretor da Somar. O Nordeste, por sua vez, passa por sua estação chuvosa, o "inverno nordestino". Nesta semana, conforme a Somar, as condições são favoráveis à ocorrência de chuvas, por causa do avanço de uma frente fria proveniente do Sul/Sudeste.
Chuva bem distribuída
Segundo a Somar, o mês de março apresentou uma boa distribuição de chuva sobre o Brasil, de modo geral. Isso compensou em parte o mês de fevereiro mais seco, principalmente no Sudeste e no Centro-Oeste. Conforme Etchichury, março também marcou o retorno das chuvas para o Nordeste, em particular para os Estados da Bahia, Maranhão e Piauí, o que beneficiou diretamente as lavouras de soja e algodão que se encaminham para a fase final de desenvolvimento. As chuvas de março também favoreceram a lavoura do milho safrinha e a lavoura de soja do Rio Grande do Sul, que foi plantada mais tarde e ainda dependia de chuva em março. Conforme análise da Somar, o mês passado terminou com uma boa condição de umidade do solo em grande parte do Brasil. De acordo com o porcentual de água disponível no solo, houve um aumento da umidade sobre o Nordeste, principalmente na Bahia, Maranhão, Piauí e Ceará. As chuvas da semana passada também contribuíram para a elevação dos níveis de água no solo, principalmente no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e em partes de Mato Grosso do Sul.
Argentina
As chuvas de março beneficiaram lavouras da Argentina. Segundo boletim da Somar, mesmo com uma redução no volume de chuvas no mês passado em relação ao mês anterior, no geral, as águas beneficiaram as principais regiões agrícolas daquele país, incluindo o pampa úmido. O volume acumulado em março variou entre 50 mm e 150 mm. Os maiores resultados foram registrados nas Províncias de Buenos Aires, Corrientes e Missiones. De acordo com a Somar, o mês de abril começa com pouca chuva e queda de temperatura na Argentina. A previsão para as próximas semanas é de manutenção do baixo volume sobre grande parte do território. "Somente para a próxima semana, entre segunda e terça-feira, é que a propagação de uma nova frente fria deve causar chuvas", diz Etchichury. Como é típico da época de outono, daqui para frente, as frentes frias serão acompanhadas na sua retaguarda por massas de ar frio de origem polar. Mas a semana começa com temperaturas mais amenas, sem previsão de frio extremo e nem risco de geadas.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

CHINA AMEAÇA REDUZIR IMPORTAÇÃO DE ÓLEO DE SOJA

O governo chinês decidiu retaliar as restrições impostas pela Argentina às importações de produtos asiáticos. Funcionários públicos deram expressas orientações aos importadores para não comprar óleo de soja argentino. A medida oficial foi informada durante reunião da Câmara de Comércio para Importação e Exportação de Produtos Alimentícios, do Ministério de Comércio da China, segundo revelou um operador de uma companhia internacional que opera com os dois países. "Aconselharam-nos a não comprar óleo de soja da Argentina. É parte das medidas de represália", disse o operador à imprensa local, após o encontro realizado na tarde de ontem. O boicote pode beneficiar as exportações do Brasil e dos EUA para o mercado chinês. Se a China deixar de comprar óleo de soja argentino, o país vizinho reduzirá o volume de divisas e o governo vai deixar de arrecadar US$ 623 milhões em retenções - os impostos às exportações. As projeções são da consultoria Abeceb. Em 2009, 45% das exportações de óleo de soja (1.904.047 toneladas com receita de US$ 1,442 bilhão) foram para a China. A perspectiva para 2010 são de vendas de 2.313.698 toneladas de óleo de soja ao mercado chinês, o que representaria US$ 1,947 bilhão em divisas. Desse valor, o fisco arrecadaria os mencionados US$ 623 milhões, uma cifra maior do que a arrecadada no ano passado, que foi de US$ 461 milhões. Além do óleo, 72% dos grãos de soja exportados pela Argentina são destinados aos chineses.
Em princípio, as advertências de retaliações do governo chinês pareciam estar relacionadas com o conflito portuário argentino, que paralisou as exportações agrícolas durante 11 dias. Contudo, após o fim do conflito anunciado ontem, as informações detalhadas das fontes revelaram que a medida faz parte de uma estratégia político-comercial maior. Desde o fim de 2008 que a Argentina aplica uma série de barreiras comerciais aos produtos chineses. Nos últimos meses, o governo de Cristina Kirchner redobrou a aplicação de direitos antidumping a vários segmentos chineses. Por isso, surgiram as retaliações.
Autossuficiência
Fonte de uma multinacional exportadora de grãos instalada na Argentina fez outra avaliação à Agência Estado. "A China tem uma dependência forte das importações de óleo de soja e o governo chinês busca a autossuficiência da produção local. Com as restrições à importação de soja, o governo pretende estimular a produção do grão e, a partir daí, incrementar a indústria de óleo", explicou a fonte. O óleo de soja argentino representa 77% das importações chineses desse produto. O restante, segundo a Abeceb, foi importado especialmente do Brasil e uma pequena porção dos EUA.
O analista argentino Gustavo Lopéz, da consultoria Agritrend, estima que o Brasil poderia aumentar sua participação no mercado chinês com a ausência da Argentina. No entanto, ele observa que o "Brasil tem atrasos no carregamento nos portos em Paranaguá". Os problemas estruturais brasileiros, continua ele, poderiam impedir o cumprimento dos prazos dos contratos. "Essa situação pode levar os chineses a comprar mais soja norte-americana do que brasileira", estimou. Outro motivo que pode pesar na avaliação dos chineses sobre a preferência pela soja americana em detrimento da brasileira é a decisão tomada pelos governos do Brasil e da Argentina de estudar medidas para conter o avanço dos produtos importados chineses. Durante reunião na semana passada, em Brasília, ambos os governos deixaram de lado suas divergências na área comercial, e resolveram se unir para impedir uma invasão ainda maior dos chineses em seus mercados e promover seus produtos na China. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria (MDIC), o Brasil diminuiu participação nos segmentos de papel e tecidos e malhas no mercado do sócio no Mercosul, enquanto que a China aumentou sua fatia. No caso do papel, a presença dos produtos brasileiros na Argentina caiu de 34% para 30%, enquanto que a dos chineses passou de 4% para 10%.
No caso dos tecidos e malhas, a participação brasileira despencou de 29% para 9%. E os chineses abocanharam uma parte do mercado, que saltou de 56% para 78%. Os argentinos reclamam do mesmo problema no Brasil. A presença deles no mercado brasileiro de móveis, por exemplo, caiu de 7% para 1%, enquanto os chineses passaram de 25% para 40%.

SOJA: IMEA ELEVA ESTIMATIVA DE SAFRA DE MATO GROSSO.

O Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea) elevou sua estimativa para a safra de soja estadual 2009/10 para 18,874 milhões de toneladas. O volume recorde de produção é 2,7% superior ao estimado em fevereiro (18,375 milhões de toneladas) e está 8,4% acima do colhido no ano passado, que foi de 17,406 milhões de toneladas. No levantamento de março, o Imea também elevou sua estimativa de área plantada em 1,4% em relação aos dados projetados em fevereiro. O instituto estima a área plantada em 6,206 milhões de hectares, ante os 6,122 milhões previstos em fevereiro. Em relação a área semeada na safra passada (5,704 milhões de toneladas) houve aumento de 8,8%.
As projeções do Imea agora estão mais próximas do levantamento oficial feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que estima a área plantada de soja em Mato Grosso em 6,160 milhões de hectares e a produção em 18,961 milhões de toneladas.A principal alteração feita pelo Imea na estimativa de março, em relação a fevereiro, ocorreu nos dados sobre a região do médio-norte de Mato Grosso, com mais 25 mil hectares, para 2,466 milhões de hectares. Na região nordeste o aumento foi de 20,15 mil hectares (para 261,2 mil hectares) e na noroeste de 20 mil hectares (para 44 mil hectares). Ao todo, a projeção aumentou a área de um mês para o outro em mais 83,75 mil hectares. Em relação a safra passada a área de soja aumentou em 502,29 mil hectares.
Os dados de março do Imea, por enquanto, não confirmam as expectativas dos produtores de soja de Mato Grosso, que previam uma quebra de safra de soja por conta da alta incidência da ferrugem e das fortes chuvas que provocaram perda na qualidade do grão durante a fase de colheita. Os problemas foram localizados, pois, na média geral, o Imea até aumentou sua estimativa de produtividade, passando de 50 sacas por hectares previstas em fevereiro para 50,7 sacas por hectare em março. A produtividade estimada no ano passado foi de 50,9 sacas por hectare. A projeção de aumento na produtividade das lavouras da região do médio-norte, que representam 39,9% da área cultivada com soja em Mato Grosso, pesou na média estadual. O Imea projeta para o médio-norte uma produtividade de 52,3 sacas por hectare, ante as 50,3 sacas previstas no mês passado e 51,5 estimadas na safra 2008/09. O maior impacto dos problemas provocados pelas chuvas se reflete nos dados do Imea para a região oeste, onde a produtividade cai para 48,1 sacas por hectare no levantamento de março, ante as 50,3 sacas projetadas em fevereiro e as 50,9 sacas da estimativa da safra passada. No centro-sul, a previsão agora é de colheita de 48 sacas por hectare, ante 49,7 sacas de fevereiro e 50 sacas na safra passada.

SOJA: CHICAGO FECHA NO MENOR NÍVEL EM DUAS SEMANAS.

Os preços futuros da soja caíram para o menor nível em duas semanas na Bolsa de Chicago. Os contratos mais negociados, com vencimento em maio, fecharam o pregão cotados a US$ 9,41 por bushel, em baixa de 33 cents ou 3,39%. O mercado foi pressionado por vendas de especuladores. Segundo estimativas, fundos liquidaram uma posição de aproximadamente 11 mil contratos em soja. O movimento foi influenciado pelos números publicados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). "O relatório do USDA foi um choque para o mercado da soja, já que mostrou que os estoques não eram tão baixos quanto se achava . Ao longo da semana passada, especuladores embutiram um bom prêmio de risco nos preços diante das preocupações com a disponibilidade de soja nos Estados Unidos. A avaliação era a de que os estoques remanescentes da safra 2009/10 eram baixos e poderiam ser ainda mais pressionados com a greve portuária na Argentina. Contudo, o USDA informou que os estoques norte-americanos de soja somavam 1,27 bilhão de bushels de soja em 1º de março. O número não apenas superou a projeção média do mercado, de 1,207 bilhão de bushels, como ficou no topo das expectativas, que iam de 1,16 bilhão a 1,27 a bilhão de bushels. Diante disso, fundos liquidaram operações de spread em que estavam comprados em posições de curto prazo e vendidos nos vencimentos mais longos. O spread entre os contratos maio e novembro caiu de 47,50 cents para 23 cents hoje.
Ainda de acordo com o USDA, os produtores americanos vão expandir a área ocupada com soja na próxima safra em 1%, para 78,098 milhões de acres. O número ficou abaixo da projeção média do mercado, de 78,55 milhões de acres, mas dentro do intervalo das expectativas, que ia de 77,43 milhões a 79,5 milhões de acres.

quarta-feira, 31 de março de 2010

FECHAMENTO OFICIAL CBOT

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SOJA MERGULHOU FUNDO NA CBOT.

Os preços futuros da soja despencaram nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago em meio a uma série de influências negativas. Os contratos com vencimento em maio, caíam 33 cents ou 3,4% cotado a US$ 9,41/bushel. Os mercados estão uma fase de correção e recuaram depois da divulgação do relatório trimestral de estoques do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), nesta manhã. Os dados sinalizaram uma situação de oferta ampla e confortável. Os participantes do mercado equilibraram posições no fim do mês e do trimestre. Além disso, a notícia de que a greve de estivadores nos portos da Argentina pode acabar hoje é negativa para os preços nos Estados Unidos.
A possibilidade de o plantio de soja no país ser maior do que o USDA estimou nesta quarta-feira produz sentimento baixista, que é alimentado pela expectativa de safra recorde na América do Sul.

CBOT MANTÉM FORTE BAIXA COMPLEXO SOJA/MILHO APÓS RELATÓRIO USDA.

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