terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

SOJA/CHINA FECHA EM BAIXA GUIADA POR REALIZAÇÃO DE LUCROS.

Os futuros da soja terminaram com leve queda na Bolsa de Commodities de Dalian, conforme a realização de lucros e o fraco desempenho dos preços na Bolsa de Chicago cessaram um rali de quatro dias. O contrato janeiro fechou com desvalorização de 0,7% nesta terça-feira, cotado a 4.645 yuans por tonelada (6,59 yuans = US$ 1), após o vencimento março na CBOT ter encerrado com baixa de 0,9% devido principalmente à falta de ameaças à produção sul-americana.
Os esforços do governo chinês para controlar a inflação continuam enfraquecendo o sentimento nas operações envolvendo oleaginosas e óleos comestíveis. Contudo, a excessiva liquidez financeira nos mercados internacionais, uma sólida demanda e estoques abaixo do previsto nos Estados Unidos ainda influenciam positivamente os preços, afirmou Liu Yan, analista da Tianqi Futures Co. Entre outras notícias, a China vendeu 92.759 toneladas de óleo de canola nesta terça-feira, alcançando a mais alta cotação de qualquer leilão das reservas estatais até agora, e participantes do mercado disseram que os preços dos óleos comestíveis permanecerão em alta.
As importações de soja devem seguir firmes, conforme a China continua comprando carregamentos dos Estados Unidos, do Brasil e da Argentina, informou Jing Ulrich, executivo do J.P. Morgan. Considerando que a população chinesa fica mais rica e consome mais carne, a demanda por grãos provavelmente permanecerá sólida nos próximos meses, explicou ela.
A China importou 5,14 milhões de toneladas de soja em janeiro, 26% mais em relação ao mesmo período de 2010, disse ontem a Administração Geral Alfandegária. O volume importado ficou acima da estimativa oficial de 4,8 milhões de toneladas divulgada no final do mês passado pelo Ministério de Comércio.

SOJA/EUA: PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO CRESCERÃO DURANTE DEZ ANOS

Os produtores dos Estados Unidos continuarão plantando mais soja durante os próximos dez anos, enquanto as exportações devem aumentar na maioria dos anos, principalmente para a China. Essa avaliação é do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, conforme relatório que serviu de diretriz para a elaboração do Orçamento do governo Obama, divulgado segunda feira. Segundo o secretário de Agricultura americano, Tom Vilsack, o apetite da China por soja continua crescendo e os Estados Unidos seguirão sendo os principais fornecedores. O ano comercial 2011/12 começa em 1º de setembro.
No ano passado, os Estados Unidos produziram 90,6 milhões de toneladas de soja e devem exportar metade, cerca de 43,27 milhões de tons, no ano comercial 2010/11. A estimativa preliminar indica que a produção de soja aumentará pouco neste ano, para 91,3 milhões de tons, e as exportações cairão também pouco, totalizando 42,8 milhão de tons. Nos anos seguintes, o USDA prevê aumento tanto da produção quanto da exportação.
As importações da China não devem cair. Espera-se que a China importe 57 milhões de toneladas de soja no ciclo 2010/11; 60,7 milhões de toneladas em 2011/12; e 64 milhões de toneladas em 2012/13. A demanda da China cada ano deve crescer até alcançar 88,3 milhões de toneladas em 2020/21.
Vilsack recordou que a China se tornou o maior cliente de bens agrícolas dos Estados Unidos no ano passado. Ele disse à imprensa esperar que a relação comercial continue se fortalecendo.

CBOT/GRÃOS: TRADERS REDUZEM RISCO E PREÇOS CAEM.

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam em queda no primeiro pregão da semana, na mínima de duas semanas, uma vez que traders continuaram reduzindo a exposição ao risco devido à falta de fundamentos que dessem suporte. O contrato março recuou 13,25 centavos, ou 0,9%, e fechou cotado a US$ 14,0275 por bushel. O novembro, referente à nova safra, perdeu 14 centavos, ou 1%, para US$ 13,6550.
A estabilização da safra sul-americana e sinais de que a demanda chinesa estaria se voltando para a região ou para entregas da nova safra deixaram os futuros vulneráveis à pressão das vendas, disseram analistas. O mercado é considerado sobrecomprado depois de ter atingido máximas de dois anos e meio na semana passada.
O mercado também sofreu pressão da divulgação pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de suas projeções com parâmetros de dez anos. A estimativa de uma área de milho maior do que a esperada afetou o mercado, disse Mike Zuzolo, da Global Commodity Analytics. Ele lembrou que a soja encontrava suporte na disputa por área com o milho, e como o cereal recuou a oleaginosa não conseguiu sustentar os preços.
O USDA projetou o plantio da soja em 2011 em 78 milhões de acres, contra 77,7 milhões em 2010. A área de milho foi estimada em 92 milhões de acres, ante 88,2 milhões no ano passado. Esses dados foram preparados em novembro para questões de orçamento, e o mercado considera os números como um aquecimento para o Outlook Forum, que acontece na semana que vem.
Além disso, há sinais de que a demanda está se voltando para a América do Sul uma vez que os preços à vista no Brasil estão mais baratos do que nos EUA, já que a colheita avança no País.
Mas as projeções de estoques apertados no final da temporada e necessidade de os preços da soja continuarem competitivos em relação a milho e algodão devido à disputa por área limitaram a queda.
Os produtos derivados também encerraram em baixa, em linha com a soja. O contrato março do óleo de soja caiu 80 pontos, ou 1,4%, para 57,69 centavos por libra-peso, e o maio perdeu 79 pontos, para 58,28 centavos. O contrato março do farelo recuou US$ 2,60, ou 0,7%, para fechar cotado a US$ 375,50 por tonelada.

MILHO EMBOLSA LUCROS E FECHA COM DESVALORIZAÇÃO 
Traders embolsaram lucros e pressionaram as cotações do milho na Bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em março recuaram 10,75 cents ou 1,52% e fecharam a US$ 6,9575/bushel. Os lotes para entrega em maio cederam 10,75 cents ou 1,50% e terminaram a US$ 7,0650/bushel. Alguns analistas avaliam que dados divulgados pelo governo dos Estados Unidos tenham influenciado o mercado.
Em projeções que serviram de parâmetro para o processo de elaboração do Orçamento, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou área plantada de 92 milhões de acres, um aumento de quase 4 milhões de acres e mais do que os traders previam. Também estimou que a safra 2011 somará 13,755 bilhões de bushels, mais do que a safra 2010, de 12,447 bilhões de bushels.
Alguns analistas atribuíram isso à queda dos preços, mas Shawn McCambridge, da Prudential Bache, minimizou o impacto dos fundamentos hoje. "Simplesmente estamos sobrecomprados", declarou. Ele se refere ao fato de que os preços saltaram para além de US$ 7 na semana passada, pela primeira vez desde o rali em julho de 2008.
Por outro lado, o USDA estimou um aumento da demanda por milho na próxima década, especialmente para produção de etanol. Analistas observaram que a ansiedade com a oferta permanece. O México se tornou a mais recente preocupação, pois produtores estimam ter perdido mais de 4 milhões de toneladas de milho por causa de geadas.
O USDA informou que exportadores privados nos últimos dias estabeleceram acordos para vender 355 mil toneladas de milho para o México.

TRIGO  FECHA EM ALTA COM FIRME DEMANDA.
Os preços futuros do trigo subiram nesta segunda-feira no mercado americano, com firme demanda para exportação e preocupações com a safra de inverno. Os contratos com vencimento em março na Bolsa de Chicago fecharam em alta de 5,0 cents ou 0,58%, cotados a US$ 8,72/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento avançou 4,0 cents ou 0,41% e terminou a US$ 9,77/bushel.
O mercado foi sustentado por novos sinais de demanda, segundo analistas, já que o Iraque encomendou 200 mil toneladas de trigo dos Estados Unidos e 150 mil toneladas da Austrália. A Tunísia adquiriu 100 mil toneladas de origem opcional. As compras mostram que os preços elevados atuais não estão afastando os compradores. Além disso, preocupações com a safra da China e a de trigo de inverno dos Estados Unidos ainda dão suporte. Arun Karur, diretor do Sapient Global Markets, avalia que a China pode importar até 4 milhões de toneladas de trigo nesta temporada, se a seca for tão ruim como as pessoas temem.
A Doane Advisory Services afirmou que "temperaturas elevadas nas Planícies dos Estados Unidos estão derretendo a cobertura protetora de neve, deixando as lavouras vulneráveis a frentes frias".
O especialista em grãos Jeff Edwards, da Oklahoma State University, afirmou que os produtores dos Estados Unidos também estão preocupados com a parte das lavouras de trigo de inverno que ficou marrom depois do tempo frio.
Na semana passada, o excesso de frio nas Grandes Planícies "causou quantidade significativa de dano nos tecidos do trigo que não tem cobertura de neve". As plantas normalmente deveriam estar verdes neste momento. Entretanto, Edwards disse que os produtores devem esperar alguns dias para ver se o trigo se recupera.

ALGODÃO FECHA EM BAIXA DE 2,1%.
Os preços o algodão negociado na bolsa ICE Futures em Nova York, caíram nesta segunda-feira, pressionados por realização de lucros. Os contratos mais negociados, com vencimento em março, recuaram 392 pontos ou 2,06% e fecharam a 186,05 cents/lb. "O movimento técnico do algodão foi um pesadelo para os altista hoje", disse o analista independente Mike Stevens. Apesar do grande volume de vendas, os preços já avançaram mais de 28% neste ano.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

MILHO/IMEA: PLANTIO AVANÇA EM MATO GROSSO.

O plantio do milho segunda safra em Mato Grosso avançou 9,8% na última semana e passou de 3,5% para 13,3% dos 1,8 milhão de hectares projetados pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). "Se o clima permitir, a expectativa é que se reduza o atraso em relação à safra passada", disse Maria Amélia Tirloni, analista de grãos do instituto, sobre os trabalhos de semeadura nesta semana. No mesmo período do ano passado 49% da área já estava semeada com milho.
Preços - Os preços do milho para venda antecipada da safra chegaram a R$ 16/saca em Sapezal e a 18,50/casa em Campo Verde, ambos para entrega em julho. Conforme Maria Amélia, os primeiros indicativos apontavam R$ 10/saca, valor próximo ao praticado no mesmo período do ano anterior e pelo qual alguns compradores adquiriram o produto em dezembro de 2010. "É uma questão de conjuntura de mercado, o comprador quer garantir o produto", salientou ao apontar a influência de fatores, como a demora na entrada da safra e a escassez do produto.

MILHO/CONSUMO DE ETANOL AUMENTARÁ PRODUÇÃO DURANTE DEZ ANOS

A produção de etanol continuará crescendo nos próximos dez anos e os produtores dos Estados Unidos destinarão cada vez mais milho para a fabricação do combustível, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Em sua estimativa com parâmetros de dez anos, divulgada nesta segunda-feira, o USDA prevê que a indústria de etanol consumirá mais milho do ano comercial 2010/11, que iniciou em 1º de setembro, e que esse crescimento permanecerá até o ano comercial 2020/11.
"Espera-se que o milho continue sendo a principal matéria-prima para produção de etanol nos Estados Unidos, com cerca de 36% do cereal sendo destinado à produção de etanol durante a próxima década", disse o USDA.
Produtores dos Estados Unidos preveem que a produção de milho somará 13,755 bilhões de bushels (349,377 mil tons), no ano comercial 2011/12. O USDA estima produção de 12,447 bilhões de bushels (316,153 mil tons) em 2010/11. E até 2020, os agricultores norte-americanos devem estar produzindo 15,28 bilhões de bushels (388,11mil tons), dos quais 5,525 bilhões (140,335mil tons), serão destinados ao etanol, segundo o USDA.
As estimativas divulgadas hoje foram usadas para direcionar a proposta de Orçamento do presidente Barack Obama no ano fiscal 2012. Esses números são parâmetros importantes mas já estão desatualizados, pois as previsões foram calculadas há alguns meses.

COLHEITA DE SOJA/IMEA: ATRASO É DE 13,9 %

A colheita da soja avançou 4 % na semana passada em Mato Grosso, favorecida pelo maior intervalo nas chuvas, e atingiu 11,2% da área plantada. Mas o atraso ainda é de 13,95% em relação a igual período do ano passado, de acordo com informações do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), vinculado à Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso.
Os técnicos do Imea explicam que a diferença no ritmo de colheita se deve ao fato de na safra passada o plantio ter intensificado no início dos trabalhos, o que possibilitou que 25% da safra já estivesse colhida nesta época do ano. A colheita está mais adiantada na região oeste, onde atingiu 18,76% da área plantada. O maior atraso ocorre no médio-norte, maior produtor estadual, onde a colheita chegou na semana passada a 10,6%.
No boletim semanal da soja, divulgado hoje, os técnicos do Imea comentam que o avanço do plantio e os bons preços no mercado disponível têm favorecido a realização de negócios, apesar da retração da oferta por parte de alguns produtores que apostam na alta de preços. Na quinta-feira (10) foram registrados negócios em Campo Verde a R$ 43/saca e em Rondonópolis a R$ 43,30. Em Sorriso, o melhor preço foi observado na quarta-feira (9), a R$ 40,70. Em Sapezal, os negócios saíram a média a R$ 41,98 e em Primavera do Leste a R$ 42,68.
Nos negócios para entrega futura houve indicação de preços em Sapezal a US$ 24,50 para março. Na sexta-feira, as indicações para março em Canarana e em Lucas do Rio Verde eram de R$ 39,50. Em Sinop, as propostas eram de R$ 38,20 e em Rondonópolis de R$ 40,00.
A mais recente estimativa de safra do Imea, realizada em janeiro, projetou a área plantada de soja em Mato Grosso em 6,413 milhões de hectares, e a produção em 19,247 milhões de toneladas. Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Soja em Milho de Mato Grosso (Aprosoja), as primeiras lavouras colhidas estão com bons níveis de produtividade e a produção deve atingir novo recorde, superando 20 milhões de toneladas. Na estimativa de janeiro, o Imea estimou a produtividade em 50 sacas por hectare, com uma queda de 0,8% em relação às 50,4 sacas registradas na safra passada. O presidente da Famato, Rui Prado, afirmou que em alguns talhões de soja precoce foram colhidas 50,8 sacas por hectares, em sua propriedade, localizada em Campo Novo dos Parecis.

  EVOLUÇÃO DA COLHEITA DA SOJA EM MT (em hectares)  
  REGIÕES DE MT  ÁREA 11/fev/10  10/fev/11  DIFERENÇA 
  Noroeste         261.200  20,10%         11,00%        -9,1 p.p. 
  Norte                39.000  25,60%         10,70%       -14,9 p.p. 
  Nordeste         694.200    7,30%           6,20%        -1,1 p.p. 
  Médio-norte  2.571.400 30,70%         10,60%       -20,1 p.p. 
  Oeste               930.200 26,20%          18,70%        -7,5 p.p. 
  Centro-sul       413.100  23,10%           9,60%       -13,5 p.p. 
 Sudeste         1.504.400  23,80%          10,40%       -13,4 p.p. 
 Total             6.413.500  25,10%          11,20%       -13,9 p.p.

SOJA: CHUVA ATRAPALHA COLHEITA, ATRASO PODE SER COMPENSADO.

O ritmo da colheita da safra 2010/11 de soja do Brasil está mais lento neste ano devido às chuvas. Alcançava na sexta-feira (11) 9% da área semeada no País, contra 15% na mesma época do ano passado, de acordo com estimativa divulgada hoje pela consultoria Céleres.
A coleta da oleaginosa avançou apenas 2% em relação à semana anterior e em Mato Grosso, que como principal produtor nacional tradicionalmente sai na frente tanto no plantio quanto na colheita, o atraso chega a mais de dez pontos porcentuais em relação ao ano passado.
"As chuvas por lá atrapalharam a evolução da colheita. No ano passado, Mato Grosso tinha colhido 32% das lavouras, e agora estamos estimando a coleta em 21%, e isso é um atraso significativo. O Centro-Oeste como um todo, que é a primeira região a ter uma evolução mais forte da colheita, neste ano está atrasado por causa das chuvas", disse Leonardo Menezes, analista da Céleres, à Agência Estado.
Outro Estado que gera atenção é o Paraná, segundo maior produtor. Enquanto nesta época do ano passado os trabalhos de coleta já tinham alcançado 15% das lavouras, agora apenas 6% da área plantada foi colhida, avanço de quatro pontos porcentuais na semana. "As chuvas foram antecipadas no Paraná, que tem o maior número de focos de ferrugem. A colheita da soja evoluiu muito pouco na semana por conta das chuvas, mas o produtor tem condição de reverter esse quadro e, quando menos esperar, esse atraso pode ser eliminado. Eu acredito que as chuvas vão dar uma amenizada e o produtor vai conseguir recolher a soja sem maiores problemas", disse o analista.
O relatório da Céleres indica que 37% das lavouras brasileiras de soja estão em estágio de maturação, contra 28% na semana anterior e 33% na mesma época de 2010. A consultoria prevê que o País vai produzir em 2010/11 69,8 milhões de toneladas, em uma área de 23,9 milhões de hectares.
Comercialização - As vendas da oleaginosa foram favorecidas pelos preços altos registrados desde o início da safra na Bolsa de Chicago. A estimativa da Céleres é de que 52% desta safra já tenha sido comprometida, contra 27% no início de janeiro de 2010. A média histórica para esta época do ano, segundo a consultoria, é de 43%. Hoje o bushel da soja na CBOT era negociado em torno de US$ 14,15. "À medida que os preços iam rompendo novas resistências (na CBOT), o produtor ia aproveitando para gerar capital de giro. E agora esse preço é importante também para aqueles que investem em safra de inverno, como o milho segunda safra em Mato Grosso", completou Menezes.
No mercado doméstico, por outro lado, as cotações da soja estiveram pressionadas na semana passada pela perspectiva de safra. "As vendas estão acontecendo de acordo com a necessidade de capital por parte do produtor e diante do avanço no processo da colheita", avaliou a Céleres em seu relatório.
Na média das praças pesquisadas pela Céleres, a soja no disponível terminou a semana passada com queda de 1,2% em relação ao preço registrado na sexta-feira da semana anterior. Na comparação com o mês passado, houve ganho de 0,1%.
Os prêmios de exportação também já vêm dando sinais de enfraquecimento, porém ainda se mantêm com ágio sobre os preços de Chicago e atingiram US$ 0,28 por bushel na compra e US$ 0,33 por bushel na venda.

METEREOLOGIA/SOMAR : NORDESTE ENTRA EM PERÍODO CHUVOSO.

Previsões meteorológicas indicam aumento do volume de chuvas sobre o Nordeste do Brasil na segunda quinzena deste mês. Segundo a Somar Meteorologia, em seu boletim semanal, a partir de fevereiro o Nordeste entra no período chuvoso que se estende até maio. As águas no norte do Nordeste, previstas para a próxima semana, também beneficiam partes (oeste e norte) do Estado da Bahia.
De acordo com a Somar, as frentes frias devem continuar atuando sobre o Sul nesta semana. Associadas às águas aquecidas do Oceano Atlântico, próximas da costa da Região Sul, as frentes frias favorecem a ocorrência de episódios de chuvas mais significativos e concentrados entre Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia e Goiás devem manter condição de pouca água e predomínio de sol, com apenas volumes isolados no período da tarde, típicos do verão. "O padrão de clima tropical e o forte calor devem persistir pelo menos até o fim do mês", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
Mesmo padrão - As condições climáticas sobre o Brasil não mudaram muito na semana passada em relação às semanas anteriores. As frentes frias permaneceram "bloqueadas" no Sul do País, onde foram registrados os maiores volumes da semana.
Em Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e parte (leste/nordeste) de Goiás o clima foi seco, agravando ainda mais a situação em alguns municípios onde não chove há mais de 20 dias.
Os índices de Água Disponível no Solo já refletem o padrão das chuvas observado nas últimas três semanas. Desde o norte do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul até parte de São Paulo a condição de umidade é excelente (maior do que 90%). Em contrapartida, Minas Gerais, Bahia, Sergipe e Alagoas apresentam baixos índices de água no solo.
Argentina - A Somar Meteorologia informa que foram registrados bons volumes de chuvas sobre as principais regiões produtoras da Argentina, incluindo o Pampa Úmido, pela segunda semana consecutiva.
Além do Norte do país, as Províncias de Buenos Aires, Entre Rios e Santa Fé foram as mais beneficiadas com as águas da semana passada. O volume, no entanto, ainda não garante uma regularização, nem recuperação das perdas nas lavouras de milho e soja (primeiro plantio), que foram castigadas pela falta de água em dezembro. A situação, porém, ajuda a amenizar as condições da estiagem e beneficia principalmente a soja do segundo plantio.
A previsão da Somar para as regiões produtoras de grão da Argentina nesta semana é de tempo seco e forte calor, com as temperaturas do período da tarde ultrapassando a casa dos 35 graus.
Já para a segunda quinzena de fevereiro, permanece a tendência de período de pouca chuva (seco) sobre grande parte do território argentino.
Mesmo assim, a propagação de frentes frias deve provocar alguns episódios de chuvas, a exemplo do que deve ocorrer no início da próxima semana. Segundo a Somar, entre os dias 20 e 24, uma nova frente fria volta a provocar chuvas sobre grande parte do território argentino.

PERSPECTIVA: DISPUTA POR ÁREA PLANTIO NOS EUA CONCENTRA ATENÇÃO.

A disputa de preços entre os grãos negociados na Bolsa de Chicago deve se acirrar nesta semana e as variações da soja ganham destaque uma vez que fecharam a semana passada em queda, enquanto o milho apresentou alta. Os preços de ambos precisam subir para incentivar os produtores norte-americanos a plantar uma área maior visando a reabastecer os estoques, estimados em níveis precariamente baixos tanto para a oleaginosa quanto para o cereal.
Em seu relatório de oferta e demanda, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu a estimativa do estoque final da safra 2010/11 de milho do país de 745 milhões de bushels (18,92 milhões de toneladas) para 675 milhões (17,14 mi de tons), deixando a relação oferta/demanda ainda mais justa. Entretanto, o relatório sobre a soja foi considerado neutro, uma vez que manteve a previsão de estoque final em 140 milhões de bushels (3,8 mi de t).
Vinicius Ito, da corretora Newedge, lembra que no momento a soja também está perdendo para o trigo e o algodão. "A disputa por área vai durar meses ainda, e temos uma situação muito crítica porque a soja está perdendo para o milho. Além disso, a soja vai perder também para o trigo e o algodão", disse ele. "Em áreas periféricas a soja vai perder, pois quem pode plantar algodão, por exemplo, não tem o que pensar. A soja vai perder para as principais culturas em que compete por área."
Na sexta-feira, os preços futuros do milho superaram a barreira dos US$ 7 por bushel na bolsa de Chicago pela primeira vez desde julho de 2008 devido a sinais de restrição na oferta. O contrato março terminou cotado a US$ 7,0650/bushel, em alta de 8,0 centavos ou 1,15%.
Por sua vez o março da soja, de maior liquidez, perdeu 17 centavos, ou 1,2%, para fechar cotado a US$ 14,16 por bushel. Mesmo o novembro, referente à nova safra, recuou 6 centavos, ou 0,4%, para US$ 13,7950. Traders optaram por embolsar lucros uma vez que a necessidade de reduzir o risco foi ampliada pela melhora das perspectivas em relação à safra sul-americana. "A situação (da oferta) de milho e trigo é mais apertada que a da soja. Mas não há espaço para uma queda de soja, porque se ela continuar caindo e o milho se mantiver firme, haverá uma distorção na relação de preço. Ou o milho cai, que não é o caso, ou a soja sobe para regular a relação e poder comprar área de plantio na safra nova americana", avaliou Flávio Oliveira, da Terra Futuros.
No relatório divulgado na semana passada, o USDA manteve inalterada a projeção dos estoques finais do trigo em 818 milhões de bushels. O governo também não modificou a previsão das exportações do cereal nesta temporada, que permaneceu em 1,3 bilhão de bushels (35,4 milhões de toneladas). Na sexta-feira o cereal acompanhou os ganhos no milho e o contrato março na CBOT fechou em alta de 4,25 centavos ou 0,49%, cotado a US$ 8,67 por bushel.
O USDA só divulgará seu primeiro relatório sobre a área de plantio no país em 31 de março com os dados fornecidos pelos produtores. Mas segundo Oliveira, o mercado já começa a especular sobre o que será divulgado durante o USDA Outlook Forum, nos dias 24 e 25 de fevereiro, quando deverá sair um pré-relatório com as primeiras estimativas.

SOJA: CHINA IMPORTOU 5,14 MI TONS EM JANEIRO.

A China importou 5,14 milhões de toneladas de soja em janeiro, alta de 26% em relação ao mesmo intervalo de 2010, informou hoje a Administração Geral Alfandegária. O órgão divulgou os números em um press release que precede a publicação efetiva de dados comerciais mais detalhados, prevista para mais tarde. Os volumes geralmente são arredondados para cima ou para baixo, o que os torna menos precisos que os reais.

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