sexta-feira, 6 de agosto de 2010

TRIGO/EUA REALIZA LUCROS E FECHA NO LIMITE DE QUEDA

Os preços futuros do trigo mergulharam nesta sexta-feira no mercado americano, depois de atingirem o maior nível em dois anos. A alta havia sido estimulada pela decisão da Rússia de suspender as exportações de grãos até o fim do ano, mas participantes do mercado embolsaram lucros e as cotações voltaram a cair. Na Bolsa de Chicago o contrato com vencimento em dezembro, o mais negociado, fechou no limite de queda de 60 cents, equivalentes a 7,36%, cotado a US$ 7,5525/bushel. Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento também mergulhou 60 cents, ou 7,55%, e fechou a US$ 7,35/bushel.Traders embolsaram os lucros ao perceber que o rali de oito semanas do trigo praticamente dobrou os preços desde as mínimas de junho.
Na semana, a alta do contrato dezembro da CBOT foi de 8,86%. Muitos analistas observaram que os preços do trigo superaram os fundamentos de oferta e demanda e que outros exportadores serão capazes de compensar a queda de fornecimento da Rússia. "Temos de manter em mente que os estoques globais de trigo são confortáveis", afirmou o BNP Paribas.
No início de julho, o governo dos Estados Unidos estimou que a produção global totalizaria 187 milhões de toneladas, o que representa mais do que as 124 milhões de toneladas produzidas em 2007/08, quando os preços saltaram para níveis recorde. Também houve incertezas sobre o impacto da suspensão das exportações da Rússia, que deve valer de 15 de agosto até o fim do ano. O vice-primeiro-ministro do país, Igor Shuvalov, afirmou hoje que o governo deve ajustar a restrição conforme o tamanho da colheita e cumprirá todos os contratos de exportação existentes.
A associação da indústria União de Grãos da Rússia pediu ao governo que adie a proibição das exportações até 1º de setembro, para permitir que os grãos a caminho dos portos possam deixar o país. Cerca de 700 mil toneladas de grãos estão aguardando a exportação, segundo autoridades da indústria.
A empresa de pesquisas agrícolas AgResource disse que a Rússia pode autorizar a retomada do comércio até o fim do ano se as chuvas forem normais no fim de agosto e em setembro. Os produtores precisam de umidade para plantar sua safra de trigo de inverno, que será colhida no ano que vem. Estima-se que fundos tenham vendido 15 mil contratos de trigo hoje, na CBOT. Na quinta-feira, eles haviam comprado 23 mil contratos.

SOJA/CHICAGO OPERA PERTO DA ESTABILIDADE COM SUPORTE DA DEMANDA

Os preços internacionais da soja operam perto da estabilidade nesta sexta-feira. Contratos com vencimento em novembro, mais negociados, operavam a US$ 10,2850/bushel, em baixa de 0,50 Cent ou 0,05%.
A forte demanda sustenta as cotações neste momento, apesar da expressiva queda do trigo e também das perdas do milho. "A demanda evita que a soja escorregue e a ameaça climática ainda não desapareceu", disse o analista Alan Suderman, da revista Farm Futures. O analista John Kleist, corretor da Allendale, disse que as vendas da nova safra não são impressionantes e podem ser canceladas, como a China fez recentemente. Analistas observaram que o destino da safra permanece dependente do clima em agosto.

TRIGO ATINGE LIMITE DE BAIXA DE 60.
Pressionados por realização de lucros, os preços futuros do trigo estão despencando no mercado americano. Vencimento dezembro, operava em baixa de 59,75 cents ou 7,33%, cotado a US$ 7,5550/bushel. Há pouco registraram o limite de baixa diário de 60 cents, depois de recentemente terem atingido o maior nível de preço em quase dois anos. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento tinha desvalorização de 53,75 cents ou 6,76% e estava cotado a US$7,4125/bushel.
Traders disseram que os mercados estavam prontos para ver uma correção. Os preços subiram na última semana principalmente por conta da seca na Rússia, que afetou a produção e fez com que o governo interrompesse as exportações até o fim do ano. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 11 mil lotes na CBOT até o momento, segundo traders. Ontem, os fundos compraram cerca de 23 mil contratos e puxaram as cotações com força.

EGITO RECEBERÁ 470 MIL T DA RÚSSIA, APESAR DE SUSPENSÃO
O Egito está autorizado a receber pelo menos 470 mil toneladas de trigo de origem russa, com entrega marcada para setembro, apesar da suspensão das exportações de grãos da Rússia até o fim do ano. O vice-primeiro-ministro da Rússia, Igor Shuvalov, afirmou à rádio Ekho Moskvy que o país vai cumprir os contratos de venda existentes. Ele não especificou, no entanto, se isso se aplica a todos os contratos até o fim da proibição, em dezembro, ou apenas àqueles que já estão encaminhados ou com linhas de crédito abertas.

MILHO CAI NA ESTEIRA DO TRIGO.
Os contratos futuros do milho registram perdas nesta sexta-feira na Bolsa de Chicago, reagindo a uma forte correção no mercado de trigo.Os lotes para entrega em dezembro caíam 4,25 cents ou 1,02%, cotados a US$ 4,1375/bushel. Embora ainda haja relatos de condições variáveis nas safras, traders disseram que a ameaça climática é menor nesta etapa da temporada.
O analista John Kleist, corretor da Allendale, disse que, com a divulgação das projeções de FCStone e Informa, que estimam produção de 13,4 bilhões de bushels nos Estados Unidos, e com a queda do trigo, os traders de milho estão repensando o nível dos preços. Mas outros analistas afirmaram que o mercado poderá continuar encontrando suporte na situação do trigo, pois os criadores de animais deverão comprar rações de milho em vez de trigo. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 11 mil contratos até o momento.

DISPARADA DO TRIGO PODE TRAZER PREOCUPAÇÃO PARA EMERGENTES.

  A disparada do preço do trigo no mercado internacional, embora não esteja baseada em fundamentos, pode trazer preocupações aos bancos centrais de países emergentes, inclusive o Brasil, acredita o estrategista-chefe de emergentes do ING, Charles Robertson. A seca na Rússia está fazendo o preço do trigo avançar, movimento reforçado pela decisão do país ontem de suspender as exportações de grãos a partir de 15 de agosto. O verão absolutamente fora do comum, com temperaturas próximas a 40 graus, provoca uma série de incêndios e leva à quebra de produção na Rússia.
Robertson avalia que os mercados estão exagerando na disparada do preço do trigo, que já acumula alta de 69% em relação à cotação do mesmo período do ano passado. Conforme o especialista, com base nos fundamentos, a valorização deveria ser bem menor, de 27%.
Ele lembra que a situação hoje é bem diferente da registrada em 2008, quando a inflação dos alimentos se tornou um temor global, antes do colapso do Lehman Brothers e da crise mundial. Atualmente, os estoques estão mais elevados e não existe falta do grão no mercado. "Outros países podem substituir a Rússia e esse não é um problema global", afirmou à Agência Estado, em Londres.
Ainda assim, Robertson avalia que o preço dos alimentos estará mais elevado nos próximos meses, uma questão a ser considerada pelos bancos centrais de países com economias aquecidas, caso do Brasil. Embora sem prever a arrancada das cotações registradas em 2007 e 2008, ele estima alta de 10% a 15% dos alimentos entre 2010 e 2011."Os BCs têm duas escolhas: elevar os juros ou deixar a moeda se apreciar, sendo que a segunda opção é improvável no Brasil", disse. Portanto, embora a autoridade brasileira esteja caminhando rumo ao fim do aperto monetário, a inflação dos alimentos pode ressurgir como preocupação, até porque é um componente relevante dos indicadores no Brasil, avalia o estrategista.
Um ponto importante para acompanhar será o desempenho da safra nacional. "Essa será a principal história para o desdobramento do tema a partir de agora",disse.
Além da Rússia, o efeito da valorização do preço do trigo será mais significativo na Ásia e América do Sul, onde existe aquecimento econômico. Já os emergentes da Europa central e o México sofrerão impacto menor porque a atividade interna está enfraquecida.

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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

MILHO: CONAB OFERTARÁ LEILÃO PEP DIA 12 E PEPRO DIA 19/8.

O próximo leilão de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) para milho, na quinta-feira (12), terá um volume de 1,23 milhão de toneladas e será o último da série iniciada em 27 de maio. A informação foi confirmada pelo coordenador geral da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Silvio Farnese, em entrevista à Agência Estado. Segundo Farnese, com esta oferta, o governo cumpre o objetivo de apoiar a comercialização de 12 milhões de toneladas do grão. "O resultado das operações está sendo satisfatório e já começamos a perceber uma melhora nos preços", afirmou.
Na próxima operação, Mato Grosso continuará a ter o maior volume: 800 mil toneladas. Goiás terá 140 mil t, e o Paraná ofertará 120 mil t. Em Mato Grosso do Sul o volume será de 80 mil t, em Minas Gerais a oferta será de 60 mil t e, em Rondônia, permanecerá o volume de 30 mil t. Depois do último leilão, o governo irá avaliar as operações e verificar como o mercado vai se comportar. "À medida que o milho for escoado, o preço vai reagir ainda mais", acredita Farnese.
Pepro - Os produtores de Mato Grosso e Goiás também serão contemplados com um leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), com volumes de 250 mil e 50 mil toneladas, respectivamente. O pregão deverá acontecer no dia 19 de agosto. De acordo com Farnese, os prêmios e a divisão de regiões serão mantidos. "Vamos realizar o leilão de Pepro para os produtores que têm condições de ofertar grandes volumes de uma única vez", disse.
Na próxima quinta-feira (12), também haverá leilão de Pepro para o Nordeste, continuando as operações que iniciaram em oito de junho. As ofertas serão a cada 15 dias, mas segundo Farnese, não há uma definição de quantos leilões ainda serão realizados. As mudanças previstas são o aumento do volume para Piauí, para 25 mil t ante 15 mil t, e prazo para comprovar a operação de 45 dias, atendendo à reivindicação do setor produtivo daquela região.
O mercado recebeu com entusiasmo a notícia de mais um leilão de PEP e de um Pepro para o Centro-Oeste. Um corretor do Paraná disse que isso será "ótimo", porque ainda há muitos interessados nas operações. Em Santa Catarina, o corretor Amarildo Baldissera da Águia Corretora, afirmou que, com o preço mais remunerador no porto e o prêmio ofertado, a exportação está favorecida. Os editais para os leilões foram divulgados no site da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

CHICAGO-SOJA TERMINA VALORIZADA PUXADA POR TRIGO E EXPORTAÇÕES.

Os contratos futuros da soja tiveram valorização modesta hoje na Bolsa de Chicago impulsionados pela forte valorização do trigo e também por firme demanda para exportação. Os lotes mais negociados, para entrega em novembro, fecharam em alta de 4,75 cents ou 0,46%, cotados a US$ 10,29/bushel. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 4 mil contratos hoje.
Inicialmente, os futuros de soja saltaram para seu maior nível desde dezembro de 2009, diante da influência dos futuros de trigo, que fecharam no limite de alta. Além disso, as preocupações com perdas de produtividade na região americana do Delta estimularam a alta. De acordo com o analista Brian Hoops, presidente da Midwest Market Solutions, a influência do mercado de trigo foi um fator de suporte, mas a demanda para exportação foi consistente nesta semana, especialmente na China, e foi suficiente para fortalecer os futuros.
Exportadores privados informaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que venderam 455 mil toneladas de soja para entrega à China durante o ano comercial 2010/11 e vendas de 111,5 mil toneladas para destinos desconhecidos.
Os Estados Unidos venderam um saldo de 6 mil toneladas de soja da safra 2009/10 na semana encerrada em 29 de julho. A China cancelou 172.400 toneladas, ofuscando aquisições maiores por parte de Indonésia (70.500 t), Japão (55.100 t), México (36.600 t) e Taiwan (6.200 t). Também comercializaram 1.168.100 toneladas da safra 2010/11, que começa em 1º de setembro, principalmente para China (799.500 t), Indonésia (23 mil t) e outros países não revelados (308 mil t).
O que limitou a valorização da soja foi o clima favorável no Meio-Oeste e as estimativas privadas de que a produção e a produtividade serão maiores. A empresa de análises privadas Informa Economics avalia que a produção americana de soja totalizará 92,232 milhões de toneladas com rendimento médio de 43,5 bushels por acre, de acordo com traders. Há um mês, a Informa projetou safra de 92,124 milhões de toneladas.

TRIGO SOBE 8,3% ATINGE MÁXIMA DE DOIS ANOS.

Os preços futuros do trigo dispararam nesta quinta-feira no mercado americano e alcançaram o maior nível em dois anos. O impulso veio da notícia de que a Rússia vai suspender as exportações de grãos por causa da seca.
Na Bolsa de Chicago os contratos com vencimento em setembro, mais negociados, fecharam no limite de alta de 60,0 cents(limite de oscilação para amanhã foi expandido para 90cts bu), que equivale a 8,27%, cotado a US$ 7,8575/bushel. Trata-se do maior patamar desde 20 de agosto de 2008 e corresponde a valorização de 85% ante a mínima de nove meses, registrada em junho.
Na Bolsa de Kansas City o mesmo vencimento saltou 53,50 cents ou 7,36% e encerrou o dia a US$ 7,80/bushel. As preocupações são de que a decisão da Rússia mexa com a oferta global de grãos e tenha impacto nos preços dos alimentos.
A decisão da Rússia ocorreu em meio a uma série de prospectos negativos para produção e qualidade da safra de trigo local. Participantes do mercado especulavam nos últimos dias que uma restrição nas exportações seria provável, mas o efeito completo desta possibilidade ainda não havia sido precificado.
A suspensão das exportações de grãos da Rússia afeta trigo, milho, cevada, centeio e farinha. Tem início previsto para 15 de agosto e duração até o fim do ano, de acordo com um porta-voz do primeiro-ministro Vladimir Putin. Traders com vendas já contratadas devem embarcar até 15 de agosto.
O analista Jerry Gidel, da corretora North America Risk Management Services, afirmou que a proibição é uma "grande coisa", pois a antiga União Soviética emergiu nos últimos anos como importante exportador no mercado internacional. A Rússia foi a principal fonte de trigo do Egito, maior importador mundial, no ano-safra encerrado em maio."O mais importante é que as pessoas estavam partindo do princípio de que haveria algum tipo de exportação da Rússia, e agora pode não ter nada por um certo período de tempo", comentou Gidel.

OFERTA GLOBAL PERMANECE CONFORTÁVEL DIZ CARGILL. 
A Cargill afirmou nesta quinta-feira que o declínio da oferta de trigo por causa da seca na região da antiga União Soviética é uma "questão regional" e que o suprimento global permanece confortável.
A companhia do setor de agronegócios, cujas operações incluem produção, processamento e transporte de grãos, avalia que as safras de trigo em países como Rússia e Casaquistão está significativamente abaixo das expectativas, o que está afetando a oferta regional. "A partir de uma perspectiva global, no entanto, a safra de trigo dos Estados Unidos foi forte e os estoques mundiais estão maiores do que em 2008, quando o preço disparou", disse a companhia em comunicado.
A Cargill acrescentou que as barreiras comerciais "exageraram problemas de fornecimento", referindo-se às restrições sobre exportações na Rússia a partir de 15 de agosto até o fim do ano, buscando controlar a inflação no mercado interno. "Barreiras como esta distorcem os mercados de trigo, dificultando que a oferta se movimente de áreas que têm superávit para áreas que têm déficit e evitam que as indicações de preço cheguem aos produtores."

MILHO FECHA EM ALTA NO RASTRO DO TRIGO.
Com suporte do mercado de trigo e bons indicadores de demanda, os preços futuros do milho subiram nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago. Posição mais líquida, o contrato dezembro avançou 3,0 cents ou 0,72% e fechou a US$ 4,18/bushel. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 20 mil lotes.
A influência positiva do trigo puxou as cotações do milho a ponto de alcançarem as máximas em sete semanas, antes de limitarem o avanço posteriormente. De acordo com o analista Shawn McCambridge, da corretora Prudential Bache, o milho foi um mercado de reação e continuou seguindo o trigo para manter os spreads em ordem. Ele lembrou que há rumores sobre uma eventual migração da demanda do trigo para o milho por parte de fabricantes de rações.
As sólidas exportações de milho dos Estados Unidos na semana ajudaram a dar suporte, especialmente em virtude dos problemas com a safra de trigo europeia.
No entanto, ao longo da sessão, o milho devolveu a maior parte dos ganhos do dia. O clima favorável no Meio-Oeste dos Estados Unidos ainda serve de âncora para os preços, pois sinaliza forte produtividade.

GRÃOS/EUA: INFORMA ELEVA ESTIMATIVAS DE PRODUÇÃO.

A empresa de análises privadas Informa Economics informou nesta quinta-feira a elevação de sua estimativa para a produção de milho e soja dos Estados Unidos.
A Informa estimou que a safra de milho 2010/11 somará 13,488 bilhões de bushels (342,59 milhões de toneladas), com produtividade média de 166 bushels por acre, segundo traders. Trata-se de volume maior do que o previsto pela Informa em julho, 13,241 bilhões de bushels (336,32 milhões de toneladas).
A empresa avalia que a produção americana de soja totalizará 3,389 bilhões de bushels (92,233 milhões de toneladas), com rendimento médio de 43,5 bushels por acre, de acordo com traders. Há um mês, a Informa projetou safra de 3,385 bilhões de bushels (92,124 milhões de toneladas).
No mês passado, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou que a safra de milho somaria 13,245 bilhões de bushels (336,42 milhões de toneladas), e a produção de soja chegaria a 3,345 bilhões de bushels (91,03 milhões de toneladas). O USDA atualiza suas projeções em 12 de agosto, às 9h30 de Brasília.

MT- INVESTIMENTOS DE US$ 1 BI - MACQUARIE GROUP E JPMORGAN.

Diretores do Macquarie Group, maior banco de investimento da Austrália, estão em Mato Grosso nesta semana para conhecer de perto o agronegócio do Estado. Os agricultores estão na expectativa de atrair investimentos do banco australiano, principalmente em transporte e armazenamento, mas o que preocupa é o fato de o grupo ser mais um estrangeiro que está de olho na compra de terras no Brasil.
Os dirigentes do Macquarie, acompanhados de executivos do banco norte-americano JPMorgan, se reuniram com a diretoria da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja). Glauber Silveira, presidente da Aprosoja, disse que os dois bancos querem investir US$ 1 bilhão na compra de terras e na produção de grãos em Mato Grosso. Na opinião de Silveira, o ideal para os produtores, que enfrentaram dificuldades abrindo as áreas de fronteira, seria uma parceria com os bancos para dispor de mais recursos e não vender a terra.
Em seu portfólio, o banco Macquarie chama a atenção dos investidores sobre a importância da participação do agronegócio na diversificação das carteiras, pois historicamente as commodities apresentam baixa correlação negativa em relação aos ativos tradicionais.
Mas a instituição não quer ficar restrita aos mercados futuros de derivativos agrícolas. Recentemente, durante um evento em Nova York, o diretor do fundo agrícola do Macquaire, Tim Hornibrook, relatou que o banco pretende investir na compra de 200 mil hectares de fazendas de grãos no Brasil.
Além da queda de rentabilidade da produção agrícola e do endividamento crônico, outra questão que preocupa os produtores de Mato Grosso é o avanço dos investimentos estrangeiros em terras, principalmente por meio do arrendamento de propriedades cujos donos não têm condições financeiras nem crédito para bancar o plantio. Estimativas não oficiais indicam que os estrangeiros estão cultivando cerca de 3 milhões de hectares em Mato Grosso, entre áreas próprias e arrendadas.
A vasta extensão de terras agriculturáveis, a distância dos portos e a falta de infraestrutura para escoamento da safra, que corroem as margens e reduzem a rentabilidade dos produtores rurais, são fatores apresentados pelos gestores das carteiras em seus portfólios como atrativos para investimento em terras em Mato Grosso, pois, além dos ganhos com a produção, apostam na valorização do ativo a partir dos investimentos em estradas, ferrovias e hidrovias. A estabilidade econômica e política do Brasil é mais um fator que atrai os investimentos.O apetite dos investidores foi despertado pelas projeções do Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) sobre a
necessidade de aumento de 70% na produção de alimentos até 2050, para atender ao crescimento do consumo e da população mundial. A baixa disponibilidade, nos países desenvolvidos, de terras para cultivo e a limitação os recursos naturais, como a água, levam os investidores a procurar terras em países em desenvolvimento na África e América Latina para produzir commodities agrícolas e matérias-primas para bioenergia voltadas para exportação. A ONG espanhola Grain.org fez um levantamento e constatou cerca de 100 casos de governos e empresas privadas de países importadores de alimentos, como a China, Japão, Qatar e Arábia Saudita, que investem na produção agrícola em países como Etiópia, Sudão, Uganda e Zimbábue.

GRÃOS: RÚSSIA PROIBIRÁ EXPORTAÇÕES A PARTIR AGOSTO

O governo russo anunciou hoje que proibirá as exportações de grãos a partir de 15 de agosto. Segundo agências do país, a decisão se deve à quebra de produção por conta do clima e à alta dos preços internos. A onda de calor não dá trégua e os incêndios florestais se intensificam. A Rússia vive a pior estiagem em uma década.
Ao defender a interrupção dos embarques, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, anunciou que cerca de US$ 1,2 bilhão será destinado aos agricultores prejudicados pela seca.
O número de mortos nos incêndios florestais no país chegou a 50 nesta quinta-feira. A área total em chamas aumentou para 196 mil hectares, cerca de 7 mil hectares a mais que ontem. Surgiram 373 novos focos de incêndios, enquanto outros 254 foram apagados, informou o Ministério de Situações Emergenciais da Rússia. O governo tem sido duramente criticado por ser lento e mal equipado para reagir ao desastre.
Em Moscou, as temperaturas devem alcançar 40ºC amanhã, quase o dobro da média sazonal, de 23ºC. Embora a visibilidade tenha melhorado, a capital ainda registra 35 focos de incêndio.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

CBOT- CALOR NO SUL DOS EUA E ALTA DO TRIGO DIRECIONA ALTA DOS GRÃOS.

As cotações da soja fecharam com alta na Chicago Board Of Trade sustentadas pela disparada dos preços do trigo na mesma bolsa. A demanda por oleaginosa no mercado internacional e a expectativa de perda de produtividade nas lavouras do Sul dos Estados Unidos também foram responsáveis pela elevação dos preços. O contrato novembro ganhou 6,25 cents (0,6%), e fechou em US$ 10,2425 por bushel. Fundos compraram cerca de cinco mil contratos do grão.
Traders altistas ficaram um pouco decepcionados com o fato de as cotações não terem seguido o trigo com maior ênfase. O contrato setembro do cereal fechou com alta de 6,73% em Chicago.
Segundo ele, o aumento das vendas de produtores no mercado físico dos Estados Unidos, a queda na diferença de preços entre o mercado à vista e o futuro (basis) na região do Golfo do México e o fato de os futuros não terem conseguido alcançar as máximas de segunda-feira em Chicago encorajaram traders a sair de posições compradas.
Mas as incertezas relacionadas à próxima safra por causa do calor extremo no Sul dos EUA mantiveram um piso sob os preços. Agosto é o período mais importante para o desenvolvimento das lavouras no país. É quando as plantas de soja enchem o grão. A Telvent DTN prevê temperaturas acima do normal e chuva abaixo do normal nos próximos dez dias na região do Delta do Mississippi, o que poderá estressar as lavouras.
No lado da demanda, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que mais 121 mil toneladas de soja foram vendidas para a China hoje, com entrega em 2010/11.

MILHO FECHA COM VALORIZAÇÃO DE 2,7%.
As cotações do milho subiram forte nesta quarta-feira com suporte do mercado vizinho de trigo. Posição mais líquida, o contrato dezembro fechou em alta de 11,0 cents ou 2,72%, cotado a US$ 4,15/bushel. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 11 mil lotes.
Ainda sem notícias sobre os fundamentos do milho, o mercado acompanhou o trigo, que reage a preocupações com a seca na Rússia. Segundo o analista Sterling Smith, da corretora Country Hedging, problemas agudos na Rússia estão puxando os preços da ração de trigo e podem aumentar a demanda por milho, já que ambos os cereais são usados na alimentação animal.
Incertezas sobre a produtividade do milho, em meio a condições que variam ao longo do Cinturão americano, dão algum suporte aos futuros. No entanto, em geral as condições climáticas são favoráveis para a safra do Meio-Oeste.
Participantes da indústria esperam produtividade acima da média nos Estados Unidos, se não houver problemas imprevistos nas lavouras. A incapacidade dos contratos de desafiar as máximas de segunda-feira estimulou liquidação de posições compradas.

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