sexta-feira, 10 de setembro de 2010

SOJA/CHINA RECUA ANTES DE RELATÓRIO DO USDA.

Os contratos futuros da soja negociados na bolsa chinesa Dalian Commodity Exchange encerraram a sessão desta sexta-feira em baixa. O mercado foi pressionado pela reposicionamento de traders diante da expectativa da divulgação de um relatório baixista para a safra norte-americana da oleaginosa, dado que será divulgado às 9h30 pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
O vencimento mais ativo, base maio, perdeu 0,25% no dia e fechou a 4.027 yuans (6,78 yuans = US$ 1). Já os contratos de milho, óleo de palma e óleo de soja encerraram o pregão com alta moderada.
"De modo geral, o mercado ainda está preocupado com o índice de preço ao consumidor (previsto para amanhã) que deverá mostrar que a inflação ainda está alta, talvez com o agosto registrando a maior alta do ano", afirma Huang Yingyan, analista da Nanhua Futures. Sobre o relatório do USDA, ele observa que o mercado já precificou a expectativa de redução na safra, mas o sentimento agora é de que o ajuste não deve ser tão grande quanto esperado.

CHINA IMPORTA 35,53 MILHÕES DE TONELADAS, ALTA DE 20% ANTE 2009
As importações chinesas de soja totalizaram 35,53 milhões de toneladas de soja no acumulado do ano até agosto, alta de 20% se comparado a mesmo período do ano passado, segundo informou hoje a Administração Geral Alfandegária do país.
Em agosto, a China importou 4,77 milhões de tons, queda de 3,6% em relação a julho, mas um aumento de 52% em relação ao mesmo mês de 2009. O cálculo foi feito com base nos dados do governo que reportaram importações de 30,76 milhões de tons da oleaginosa no acumulado de janeiro a julho.

SUPERÁVIT COMERCIAL CAI.
O superávit comercial da China diminuiu para US$ 20,03 bilhões em agosto, de US$ 28,7 bilhões em julho, mas o superávit do país com os EUA respondeu por 90% do total, uma participação bem maior do que os dois terços de julho, de acordo com os dados divulgados pelo governo chinês nesta sexta-feira. O resultado também ficou abaixo da estimativa dos economistas, que previam um saldo de US$ 30 bilhões.
O grande superávit com os EUA deve manter a frustração de Washington com o ritmo lento de apreciação do yuan, levantando a possibilidade de que o Congresso norte-americano aprove uma legislação para punir a China por causa do estrito controle do país sobre a taxa de câmbio. O Congresso tem audiências sobre a política cambial chinesa programadas para a próxima semana.
Nesta sexta-feira, o banco central da China fixou a paridade central dólar/yuan no nível mais baixo desde que a autoridade monetária começou a estabelecer essa cotação, em 1994, numa medida provavelmente destinada a diminuir as tensões em torno da questão cambial.
A paridade central é o ponto médio diário em torno do qual a cotação do mercado à vista pode oscilar até 0,5%, para cima ou para baixo. As exportações da China cresceram 34,4% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado, desacelerando em relação à alta de 38,1% em julho. As importações aumentaram 35,2% na mesma comparação, acelerando-se em relação à expansão de 22,7% em julho. Os economistas previam aumentos de 35% nas exportações e de 25% nas importações.
Em bases mensais, as exportações declinaram 4,3% de julho para agosto, e as importações aumentaram 2,1%. As vendas externas renderam à China um total de US$ 139,3 bilhões em agosto, e as importações totalizaram US$ 119,27 bilhões.
O crescimento acima do esperado nas importações em agosto indica que a desaceleração da economia doméstica é menos severa do que alguns temiam, de acordo com os economistas. "Isso sugere que a desaceleração do crescimento chinês que ficou evidente nos últimos meses não foi causada por fatores externos, mas foi 'fabricada em Pequim', isto é, resultou de decisões políticas para reduzir os riscos de superaquecimento e trazer o crescimento para níveis mais sustentáveis", disse Brian Jackson, economista do Royal Bank of Canada. Ele acrescentou que o enfraquecimento da expansão econômica dos principais parceiros comerciais da China muito provavelmente afetará as exportações chinesas.

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