sexta-feira, 10 de setembro de 2010

CBOT/GRÃOS - SOJA E TRIGO EM QUEDA, MILHO SOBE.

Os mercados de grãos abriram sem direção comum nesta sexta-feira na bolsa de Chicago (CBOT). Os números de oferta e demanda globais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgados hoje, foram considerados baixistas para
a soja e neutros para os futuros do milho e trigo.
Os traders esperavam uma abertura de estável a leve baixa para a soja, influenciados pelos dados ligeiramente negativos de rendimento e
produção nos Estados Unidos, entretanto, caiu até 15 cts, menor preço até momento. "O aumento do USDA para produtividade e safra deu um toque negativo, mas não estão fora das expectativas do mercado", observou Jack Scoville de Chicago.
O USDA apontou projeção de safra recorde de94,80 milhões de toneladas aumento de 1% sobre o número previsto em agosto e 4% sobre o ano anterior. Com base nas condições das lavouras aé 1º de setembro, a projeção de rendimento foi elevada de 44 bushels por acre para 44,7 bushels por acre.
Contudo, o aumento na projeção de rendimento da safra surpreendeu o mercado, disse Mike Zuzolo, de Indiana. "Este número permitiu que o estoque de passagem fosse mantido em 9,5 milhões de tons, acima da expectativa média. Eu acredito que o mercado não ficará confortável em manter os US$ 10,50/bushel para (a posição) novembro até a colheita", afirmou Zuzolo.
Nas exportações semanais, as vendas do ciclo 2010/11 totalizaram 848.200 t. A China foi o principal destino com 334.800 t. O número veio em linha com as estimativas do mercado, que variaram entre 500 mil e 800 mil t.
Para o milho, alta entre 2 a 4 cents, ampliando ganhos do pregão noturno. Os dados do USDA foram considerados neutros. O departamento apontou safra de 334,26 milhões de tons e rendimento de 162,5 bushels por acre, abaixo da estimativa média de analistas a 335,254 milhões de tons e 163,1 bushels por acre. Em 2009, a safra recorde foi de 332,995 milhões de tons e o rendimento de 164,7 bushels por acre.
Mesmo com o número de produtividade abaixo das estimativas de mercado, o número não deve influenciar o mercado. "Estamos operando com base em um nível de 162 (bushels pro acre)", aponta um trader. "Por isso, não é altista", acrescentou. A primeira resistência para o dezembro está em US$ 4,72/bushel e US$ 4,75/bushel, segundo um analista técnico. O suporte está em US$ 4,67/bushel e US$ 4,60/bushel.
As exportações semanais vieram abaixo do esperado. O USDA apontou vendas de 724.900 t, menor que as estimativas de mercado que apontavam vendas de 800 mil a 1,2 milhão de t no período.
O trigo abriu em baixa. Pressionado pelo aumento dos estoques globais, o cereal encontra suporte na robusta demanda dos exportadores.
O governo surpreendeu o mercado ao elevar a projeção para os estoques finais no relatório de hoje em relação aos dados de agosto. Mesmo assim, participantes continuam preocupados quanto à oferta de cereal de boa qualidade nesta temporada. Ontem, os futuros do trigo tiveram um rali superior a 4% por conta da previsão da chegada de uma frente fria que pode atingir o Canadá nas próximas duas semanas e afetar a safra que está pronta para ser colhida no país. Traders continuam atentos ao clima.
O USDA apontou os estoques globais em maio de 2011 em 177,8 milhões de t, acima das 174,8 milhões de t previstas em agosto. Mas os analistas esperavam uma queda por conta dos efeitos climáticos, incluindo a seca severa na região do Mar Negro. As exportações semanais de trigo dos Estados Unidos totalizaram 1,6 milhão de t, bem acima do teto do intervalo das estimativas de analistas a 600 mil t.

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