quarta-feira, 8 de setembro de 2010

BANCOS VOLTAM A PREOCUPAR EUROPA,APETITE POR RISCO DIMINUI.

O setor bancário pressiona as bolsas europeias pela segunda sessão consecutiva, à medida que ressurgem preocupações com dívida soberana de países europeus. Com a redução do apetite por risco, ativos considerados mais seguros, como o iene, sobem.
Alguns indicadores divulgados nesta manhã, especialmente na Alemanha, também colaboram para pressionar os mercados. Pesam sobre o setor bancário as preocupações levantadas por uma reportagem publicada pelo Wall Street Journal no início desta semana, que afirmou que os testes de estresse feitos com os bancos europeus neste ano minimizou o volume de dívida de governos de alto risco que as instituições possuem. Segundo o jornal, um exame mais atencioso dos dados revelados pelos bancos mostra que alguns não forneceram uma imagem clara de suas propriedades, como queriam as autoridades europeias. Alguns bancos excluíram certos bônus soberanos de seus relatórios e muitos reduziram os valores detidos, disse o diário.
Na Alemanha, as exportações pela segunda vez neste ano em julho, acentuando as expectativas de uma desaceleração na maior economia da Europa no segundo semestre deste ano. A queda foi de 1,5% em termos sazonalmente ajustados, para 82,2 bilhões de euros em julho, de 83,5 bilhões de euros em junho. A estimativa para junho foi revisada em baixa pelo Destatis, dos 86,5 bilhões de euros originais. Também não foi bem recebido o aumento de 0,1% na produção industrial da Alemanha em julho, na comparação com junho. Economistas ouvidos pela Dow Jones esperavam que o aumento fosse de 1,0%.
Matteo Regesta, estrategista do BNP Paribas, destacou ainda outros fatores que colaboram para reduzir o apetite por risco nos mercados. Ontem o governo da Irlanda anunciou que uma extensão das garantias para os bancos nacionais, enquanto o Banco Nacional da Grécia, o mais bem capitalizado do país, afirmou que planeja levantar capital novo por meio de uma emissão de direitos.
Entre os países considerados de maior risco, Portugal vendeu hoje em leilão 1,039 bilhão de euros em bônus do governo, dentro da faixa pretendida - que ia de 750 milhões de euros a 1,25 bilhão de euros. Não houve reação imediata na diferença entre os yields dos bônus de 10 anos portugueses e alemães, o spread, depois do anúncio do resultado do leilão.
Nesse cenário, o iene chegou a atingir a máxima dos últimos 15 anos diante do dólar, com a moeda norte-americana caindo a 83,34 ienes durante a madrugada no Ocidente. Às 8h (de Brasília), o dólar recuava para 83,77 ienes, de 83,80 ienes no fim da tarde de ontem. O euro se recuperava das perdas do início do dia e subia para US$ 1,2704, de US$ 1,2689 ontem.
No horário citado, as bolsas também recuavam das mínimas e apresentavam leves ganhos. Paris subia 0,25% e Frankfurt ganhava 0,14%, enquanto Londres tinha queda de 0,03%. Na Nymex eletrônica, o petróleo para outubro caía 0,26%, para US$ 73,90 por barril.

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