quarta-feira, 8 de setembro de 2010

SOJA FECHA EM QUEDA AGUARDANDO RELATÓRIO DO USDA.

Os preços futuros da soja terminaram a sessão com queda moderada na bolsa de Chicago um dia depois do rali que puxou as cotações para os maiores valores em nove meses. Os contratos oscilaram nas duas pontas do mercado ao longo do pregão, para depois se consolidar próximo do fechamento. Os traders aguardam o relatório mensal de oferta e demanda, que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulga na sexta-feira.
O vencimento novembro recuou 3,25 cents, ou 0,3%, a US$ 10,4875/bushel. Os fundos venderam cerca de dois mil lotes no dia.
Os participantes esperam que o USDA ajuste as estimativas de produção na safra norte-americana de soja dos Estados Unidos. As primeiras indicações sinalizam para uma grande produção no país. A média das estimativas de analistas consultados pela Dow Jones aponta um rendimento 43,8 bushels por acre no ciclo 2010/11. A produção é estimada em 92,7 milhões de toneladas ante 93,44 milhões de tons estimados em agosto. "Será difícil justificar estes níveis de preços sem um ajuste por parte do USDA", disse Mike Zuzolo, corretora de Indiana. "Quase tudo que ouvimos na soja é melhor que o esperado ou no teto das expectativas de produtividade", afirma.
Os preços encerraram em baixa mesmo depois que o USDA reportou vendas de 115 mil t de soja para a China, o maior importador da oleaginosa para entrega em 2010/11, temporada que teve início no dia 1º de setembro.
A oferta do ciclo 2009/10 continua ajustada. Os produtores agora se preparam para iniciar a colheita da safra 2010/11. Alguns analistas disseram que os preços podem subir mais se o USDA reduzir a estimativa de produção e elevar o número para exportações. "Há muito espaço para o USDA elevar a projeção de exportação em relação à estimativa de agosto, e também há espaço para reduzir o número de produção", afirma Dave Marshall, um consultor independente e corretor de Illinois. "Mas não estou firme de que se pode ter um relatório de neutro a amigável, mesmo se a produtividade vier na área de 43,5 bushel ou menor", afirma.
Nos produtos, o fechamento também foi em queda. O óleo foi pressionado pelos dados do Statistics Canada, que apontaram estoques de canola acima do esperado no Canadá. Segundo a projeção, o volume armazenado da oleaginosa era de 2,123 milhões de t em 31 de julho, ante expectativa que variava de 1,1 milhão e 1,355 milhão de toneladas. Os fundos venderam cerca de mil lotes nos futuros do óleo de soja e dois mil no farelo.

MILHO SE POSICIONA PARA O USDA
Os preços do milho fecharam com pequena queda na CBOt perto das mínimas do dia, pressionados por realizações de lucro sobre os ganhos recentes. O mercado oscilou entre leves altas e baixas com os investidores ajustando posições antes da divulgação do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O contrato dezembro perdeu 3,75 cents (0,80%) para fechar em US$ 4,6250 por bushel.
Analistas disseram que o mercado também foi influenciado pela forte queda das cotações do trigo e que, depois das máximas de 23 meses alcançadas na sexta-feira da semana passada e ontem, os preços de milho estavam, de fato, sujeitos a uma correção.
Quanto ao relatório do USDA, o mercado já precificou uma queda nas projeções da safra 2010/11 nos EUA e, por isso, a redução teria que ser maior que a esperada para fomentar um novo rali. "Dada a atual estrutura do mercado, se a revisão do USDA em setembro for modesta haverá uma redução de risco no curto prazo", disse o analista Lewis Hagedorn, do JPMorgan.
John Kleist, corretor e analista da Allendale, comentou que o mercado carece das compras de fundos que o fizeram subir recentemente. Nesta quarta-feira esses participantes venderam cerca de sete mil contratos futuros.

TRIGO CAI COM ESTOQUE MAIOR  NO CANADÁ
As cotações do trigo fecharam com forte queda nas bolsas norte-americanas, pressionadas pelo volume maior que o esperado nos estoques do cereal no Canadá. O contrato dezembro, o mais negociado, recuou 3,30% para US$ 7,11 por bushel.
A agência governamental Statistics Canada informou que em 31 de julho de 2010 o país tinha 7,82 milhões de toneladas armazenadas, ante expectativa de analistas que ia de 6,5 milhões a 7,36 milhões de t. Na mesma época do ano passado, o volume acumulado era de 6,55 milhões de toneladas. O país é um dos cinco maiores exportadores de trigo do mundo e mostra que pode ser um forte concorrente para os EUA no mercado internacional. Os norte-americanos, inclusive, perderam hoje outro negócio para a França, o que também contribuiu para pressionar as cotações na bolsa. O Egito preferiu comprar 240 mil toneladas de trigo francês, oferecido a um preço menor que os de outros fornecedores.
Dave Marshall, analista independente de mercado e corretor de commodities em Illinois, considerou que os estoques no Canadá e a compra do Egito hoje mostraram que os Estados Unidos não vão capturar facilmente o mercado deixado pela Rússia e pela Ucrânia, que suspenderam suas exportações.

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