quinta-feira, 9 de setembro de 2010

SOJA MANTÉM-SE EM BAIXA DE OLHO NO RELATÓRIO.

Os contratos futuros da soja encerraram em baixa nesta quinta-feira na bolsa de Chicago. O mercado sucumbiu diante dos ajustes de posições realizados no dia que antecede a divulgação do relatório de oferta e demanda mundiais pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Operações de spread dominaram o pregão, com compras nos mercados de milho e trigo e vendas nos futuros da soja. É consenso entre participantes que as duas commodities têm mais probabilidade de ter um relatório altista do que a soja, o que fez os traders ajustarem posições, enquanto se preparam para o USDA, observou Tim Hannagan, analista da P.F.G. Best, de Chicago.
O vencimento mais ativo, base novembro, perdeu 2,75 cents, ou 0,3%, e fechou a US$ 10,46/bushel. Os fundos especulativos venderam cerca de 3 mil lotes no dia.
A sólida demanda pelos grãos e a notícia de novas exportações de óleo de soja para a China ajudaram a limitar a queda. O USDA anunciou hoje a venda de 60 mil t para o país com entrega no ano comercial 2010/11, que começa em 1º de outubro. A incerteza sobre a produtividade também oferece alguma sustentação ao mercado.
O relatório do USDA será divulgado às 9h30. Analistas consultados pela Dow Jones esperam uma revisão para baixo na estimativa para a soja. A média das estimativas de 24 analistas consultados pela Dow Jones aponta um rendimento 43,8 bushels por acre no ciclo 2010/11. A produção é estimada em 3,406 bilhões de bushels (92,71 milhões de t), ante os 3,433 bilhões de bushels (93,44 milhões de t) estimados em agosto.
Amanhã também saem, às 9h30, os números das vendas semanais norte-americanas. Os analistas projetam vendas de 500 mil a 800 mil t. Nos produtos, o fechamento também foi em baixa. Apesar do anúncio sobre as compras chinesas, o óleo de soja recuou 9 pontos, ou 0,2%, para 41,59 cents/lb. O farelo perdeu 0,9% (US$ 2,80), para US$ 302/t. Os fundos venderam cerca de dois mil lotes no óleo e mil lotes no óleo.

MILHO FECHA PERTO DA MÁXIMA 2 ANOS À ESPERA DO USDA
O mercado do milho acompanhou o do trigo e fechou com alta. O contrato dezembro avançou 8,25 cents (1,8%), a US$ 4,7075/bushel, perto da máxima de 23 meses alcançada no dia, de US$ 4,7175/bushel. Fundos especulativos compraram cerca de 18 mil contratos hoje.
O analista Sterling Smith, da Country Hedging, disse que as especulações em torno de quanto será a redução na estimativa de produtividade das lavouras dos EUA na safra 2010/11 sustentaram os preços. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga novas projeções antes da abertura do mercado. Analistas consultados pela Dow Jones esperam uma redução de 165 bushels para 163,1 bushels por acre.
Um corretor do pregão comentou que mesmo que o USDA faça uma redução modesta na estimativa de produtividade, para 164 bushels por acre por exemplo, muitos vão desconsiderá-la. A agência governamental é geralmente conservadora em suas previsões. Mas alguns analistas acreditam que depois de subir hoje, amanhã será um dia de realização de lucros. No médio prazo, as cotações devem se sustentar por causa da demanda, que segue forte, afirmou Smith.

TRIGO DISPARA EM ALTA; CANADÁ PREOCUPA MERCADO
Os preços do trigo dispararam mais uma vez na Chicago Board Of Trade (CBOT). A razão agora é o tempo muito frio que pode prejudicar as lavouras do Canadá e reduzir ainda mais a oferta do cereal no mundo. Meteorologistas preveem geadas nas áreas produtoras do país nas próximas duas semanas. Embora as baixas temperaturas sejam normais nesta época do ano, os campos de trigo estão mais vulneráveis nesta safra por causa das chuvas persistentes que atrasaram o plantio na primavera. Agora, há mais trigais a serem colhidos nas pradarias canadenses do que o normal.
Em Chicago, o contrato dezembro subiu 27 cents (3,8%), para US$ 7,38 por bushel. Caso as lavouras de trigo de primavera do Canadá sejam prejudicadas, parte do cereal pode ter que ser destinada à fabricação de ração. Essa possibilidade deixou os participantes do mercado ainda mais preocupados com a oferta mundial de grão de boa qualidade, já reduzida por problemas climáticos na Europa Ocidental e Oriental.
"Boa parte da safra canadense está vulnerável", disse Dan Manternach, diretor de serviços agrícolas da Doane Advisory Services. Drew Lerner, presidente da of World Weather Inc., lembrou que as lavouras cuja umidade excedeu o normal já foram prejudicadas. Uma forte geada deve cobrir as áreas produtoras ao sul e ao norte do país em duas semanas, afirmou. "Definitivamente, temos problemas aqui", disse Lerner. "A safra está à beira de ter problemas sérios de qualidade."
As cotações do trigo se aproximaram dos maiores níveis em dois anos no início de agosto depois de a Rússia suspender suas exportações de grãos até 2011. Os preços cederam desde então, mas ainda estão 66% acima das mínimas alcançadas em junho. A alta de hoje reverter a queda de 3% ontem, quando, de novo, o Canadá informou ter mais estoques de trigo que o esperado. Outro fator a sustentar os preços hoje foi a venda de 220 mil toneladas de trigo duro feita pelos EUA a destinos não revelados.

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