quarta-feira, 26 de maio de 2010

SOJA/BRASIL: MARUBENI VENDE 58 MIL T PARA TAIWAN

A trading japonesa Marubeni vendeu 58 mil toneladas de soja brasileira para o grupo taiwanês Breakfast Soybean Procurement Association (BSPA, na sigla em inglês) por US$ 2,26/bushel acima do preço do contrato futuro julho negociado na Bolsa de Chicago (CBOT), disseram nesta quarta-feira executivos de embarque. Segundo as fontes, a entrega deve ocorrer entre 17 e 31 de julho. Na terça-feira, os lotes para entrega em julho, os mais líquidos, fecharam em queda de 10 cents, ou 1,06%, a US$ 9,3050/bushel.

SOJA/CHINA TERMINA EM ALTA POR RECUPERAÇÃO DOS MERCADOS ACIONÁRIOS.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Commodities de Dalian terminaram em alta nesta quarta-feira, estimulados pela recuperação dos mercados acionários locais e norte-americanos. O contrato referencial de janeiro fechou com valorização de 0,2%, cotado a 3.862 yuans por tonelada. O contrato abriu ligeiramente em alta, mas se consolidou dentro de um apertado intervalo perto do preço de fechamento de ontem.
A melhora dos mercados acionários nos Estados Unidos e a estabilização das ações chinesas dissiparam de algum modo o nervosismo entre traders, segundo analistas. Contudo, o sentimento ainda não está estável e depende do desenrolar dos problemas econômicos na Europa, disse Yuan Jianbin, analista da Guangfa Futures.
A queda dos preços futuros será limitada durante a temporada de cultivo, já que qualquer mudança climática desfavorável dará aos traders um motivo para comprar, acrescentou ele. Todavia, analistas disseram que, no longo prazo, as cotações da oleaginosa estão sob pressão por causa de amplos estoques globais."Se o clima for normal, os preços na Bolsa de Chicago (CBOT) devem recuar para abaixo de US$ 8,50 [por bushel] na segunda metade de 2010, e podem permanecer em níveis baixos por bastante tempo", afirmou Fei Zhonghai, gerente-assistente da Cofco, durante uma conferência de grãos e óleos nesta semana.

terça-feira, 25 de maio de 2010

COMMODITIES AGRÍCOLAS EM BAIXA NA CBOT.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operaram em território negativo nesta terça-feira, pressionados por influências externas negativas. A valorização do dólar frente ao euro, o declínio do petróleo e as perdas dos mercados acionários causavam vendas generalizadas, enquanto preocupações com a economia global limitavam o entusiasmo dos investidores.Temores sobre a situação econômica da zona do euro pressionavam os mercados financeiros, estimulando fundos aveços ao risco, à venda de commodities agrícolas.

NOBLE GROUP CONSTRUIRÁ ESMAGADORA DE SOJA EM MT.

O Noble Group, trading de commodities com sede em Hong Kong, vai investir cerca de US$ 150 milhões para erguer sua primeira esmagadora de soja no Brasil. Em entrevista ao Valor, o CEO global da companhia, o brasileiro Ricardo Leiman, disse que a planta terá capacidade para processar 1,3 milhão de toneladas do grão por ano. "Decidimos construir nossa primeira planta no Estado de Mato Grosso", disse, sem divulgar o local exato. A companhia está preparando sua base na América do Sul para abastecer o mercado chinês, onde o grupo é o terceiro maior processador, com sete unidades em operação. A expectativa é de que as obras comecem "no mais tardar no início de 2011" para estar a pleno vapor já em 2012.
Na Argentina, a empresa acaba de concluir aportes de US$ 200 milhões na construção de uma esmagadora de soja, na região de Santa Fé, com capacidade para 3 milhões de toneladas/ano. "Começamos a operar essa unidade em abril". Essa planta poderá dobrar de tamanho nos próximos anos.
A trading possui cerca de 50 mil hectares plantados com grãos na Argentina e Uruguai. No Brasil, o grupo ocupa uma área de 125 mil hectares com cana. Além da originação de grãos, a trading tem duas usinas de açúcar e álcool no país - uma delas, o projeto Meridiano, entrará em operação em agosto em São Paulo. "Temos interesse em ampliar nossa atuação nesse segmento, seja por meio de projetos 'greenfields' [construção] ou via aquisições ['brownfield']", afirmou. De acordo com Leiman, a empresa já participa de alguns processos de fusões e aquisições, mas não dá mais detalhes.
No início deste ano, o executivo, que ocupava o cargo de diretor de operações do grupo, tornou-se o CEO global da companhia, uma das maiores tradings do mundo, incluindo commodities agrícolas, metais e minério. O foco da companhia também está na logística, com investimentos em terminais portuários e combustíveis.
"Já fazemos originação de soja do Brasil, Argentina e dos EUA. Agora queremos ser processadores. No Brasil também temos infraestrutura para armazenagem de café e grãos. Começamos a operar um armazém de café em Alfenas [MG] e vamos construir outro para algodão em Luiz Eduardo Magalhães [BA]", afirmou. A empresa já adquiriu o terreno no oeste baiano para dar início à construção de infraestrutura de armazenagem do produto.
No país, a empresa também pretende estabelecer a relação de troca de insumos para financiar a safra dos agricultores. Com misturadoras arrendadas, o executivo afirmou que o grupo poderá investir nessa área para ampliar sua participação no negócio.
Com faturamento de US$ 31 bilhões em 2009, o Brasil respondeu por uma pequena fatia dessa receita - cerca de US$ 600 milhões. "Nossa expectativa é encerrarmos este ano com vendas de US$ 1,5 bilhão no país." Para 2010, a receita global do grupo poderá alcançar US$ 40 bilhões, segundo Leiman. "No primeiro trimestre, registramos receita de US$ 11,4 bilhões." A empresa também recém-concluiu dois pesados investimentos para ampliar sua presença em terminais portuários no país. O terminal 12-A, de Santos (SP), no qual a companhia tem participação de 75%, recebeu aportes de US$ 48 milhões para escoamento a granel de açúcar, soja em grão e farelo. "Vamos fazer o nosso primeiro carregamento de açúcar esta semana", disse. Em Itaqui (MA), a companhia colocará em operação em julho seu terminal líquido para todos os tipos de combustíveis. Esse terminal recebeu investimentos da ordem de US$ 45 milhões."Nos últimos dois anos, tínhamos anunciado, durante a crise, grandes projetos de construção de terminais, usinas e armazéns. Agora, temos que operá-los e torná-los rentáveis para que possamos anunciar novos investimentos", disse Leiman.

TENSÃO ENTRE COREIAS E PREOCUPAÇÃO COM SETOR BANCÁRIO PUXA DÓLAR E DERRUBA EURO.

A tensão entre as Coreias do Norte e do Sul e os maiores custos dos financiamentos para bancos estão pressionando o euro nesta manhã, que opera abaixo de US$ 1,22. A busca por ativos seguros, que está beneficiando o dólar e o iene, foi gerada em boa parte por relatos de que o líder norte-coreano Kim Jong-il, colocou suas tropas em posição de combate. Embora, segundo fontes, isso tenha acontecido na semana passada, os relatos foram suficientes para dar aos investidores mais uma desculpa para se afastarem de ativos de maior risco - como o euro. Além disso, preocupações com o setor bancário da zona do euro se
intensificaram conforme o custo do financiamento interbancário aumentou. Isso se refletiu nas taxas de três meses em dólares, que deverão ser fixadas em cerca de 53 pontos-base hoje, de 51 ontem.
A pressão sobre o setor bancário cresceu depois que os bancos da Espanha enfrentaram novas reestruturações - quatro das maiores instituições de poupança do país se fundiram para formar o terceiro maior banco de poupança espanhol. Enquanto isso, a União Europeia estuda propostas para uma taxação dos bancos com intenção de fornecer financiamento a um programa de seguros para futuras falências de instituições financeiras.
Esses acontecimentos no setor bancário mundial poderão desacelerar os empréstimos e colocar mais um freio na recuperação econômica global. Como resultado, as moedas mais ligadas às commodities, como o dólar australiano, foram prejudicadas. Analistas não esperam alívio para o euro no restante do dia, já que os indicadores que serão divulgados nos EUA deverão vir fortes e, por isso, o dólar provavelmente vai se tornar ainda mais atraente.
Às 8h07 (de Brasília), o euro caía para US$ 1,2197, de US$ 1,2383 no fim da tarde de ontem, e para 109,06 ienes, de 111,00 ienes. Enquanto isso, o dólar recuava para 89,44 ienes, de 90,40 ienes ontem, e a libra declinava para US$ 1,4311, de US$ 1,4438. Na abertura do mercado cambial brasileiro, o dolar a vista foi cotado a r$ 1,90300, alta de 1,98%.

GRÃOS/EUA: EVOLUÇÃO DAS SAFRAS TÊM BOA CONDIÇÃO.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou em seu relatório semanal de acompanhamento de safra, que o plantio de milho permanece adiantado, enquanto o de soja ocorre em ritmo um pouco menos acelerado do que o previsto. As safras de milho e trigo de inverno apresentam boas condições gerais.
Milho
O USDA disse que 93% da safra de milho já havia sido plantada até domingo 23/5, mais do que os 87% da semana anterior e também acima da média de 89%. Traders esperavam que o plantio tivesse chegado a 91-95% da safra. Além disso, a agência do governo americano relatou um aumento na porção da safra avaliada como em condição boa a excelente, passando de 67% (há uma semana) para 71%. Analistas previam que as condições fossem as mesmas ou, no máximo, houvesse um aumento de dois pontos porcentuais. Analistas disseram que, como boa parte do Meio-Oeste deve ter clima de verão nesta semana, provavelmente o desenvolvimento da safra vai se acelerar. "É provável que haja uma melhora adiante, com alguns raios de sol", comentou o analista Jerry Gidel, da corretora North
America Risk Management Services.
A parte mais importante do Cinturão do Milho viu uma boa melhora nas condição de sua safra, já que a avaliação do Estado de Iowa passou de 55% de bom a excelente para 65%. Em Illinois, a porcentagem foi de 77%, ante 73% na semana anterior. Minnesota, por sua vez, tem 87% de bom a excelente, mais do que os 80% da semana passada. O Estado mais problemático é a Dakota do Sul, cuja safra apresenta 65% de condição boa a excelente, enquanto na semana anterior eram 74%.
A emergência também segue em ritmo além do programado. O USDA informou que 71% da safra emergiu, mais do que os 55% da semana passada e também acima dos 62% da semana anterior.
Soja
O ritmo de plantio de soja abaixo do previsto é a grande surpresa do relatório, segundo o analista Joe Victor, vice-presidente da corretora Allendale. O USDA afirmou que 53% da safra de soja foi plantada, abaixo das expectativas, que variavam de 55% a 60%. Na semana anterior, 38% das lavouras haviam sido cultivadas, enquanto a média para esta época do ano é de 57%. Entre os Estados mais adiantados está Illinois, cujo plantio já chegou a 47% da safra, ante média de 54%. Em Missouri, 22% da safra foi plantada, contra média de 43%. A Dakota do Norte registrou avanço de 38 pontos porcentuais, para 46%, mas permaneceu inferior à media de 55%. Victor comentou que a evolução do plantio não é razão suficiente para apostar na alta dos preços da soja. "Supõe-se que o clima seja bom
nesta semana, portanto os preços podem se estabilizar", comentou. O USDA informou, ainda, que 24% da safra de soja emergiu, mais do que os 13% da semana anterior e pouco acima da média de 23% para este momento.
Trigo
Cerca de 91% da safra de trigo de primavera foi plantada, segundo o USDA, proporção que está dentro das expectativas do mercado e bastante acima da semana anterior, que registrou 79%. Victor observou que parece haver poucos problemas com a safra, de modo que 85% se encontra em condição boa a excelente. O clima mais quente e mais seco ajudou na evolução do plantio, de acordo com meteorologistas. Eles avaliam que, nesta semana, a umidade manterá a umidade do solo em nível adequado e desacelerará o plantio remanescente.
Enquanto isso, o USDA disse que 66% da safra de trigo de inverno apresenta condição boa a excelente, mesma porcentagem da semana passada. Segundo o analista Kevin Kjorsvik, da corretora Benson Quinn Commodities, a avaliação "imponente" surge mesmo num período em que a tendência sazonal é de declínio. "As condições do trigo americano seguem fenomenais", afirmou. Aproximadamente 63% da safra de trigo de inverno perfilou, mais do que os 52% da semana passada, mas abaixo da média de 68%.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

SOJA/MILHO : CHICAGO FECHA FIRME NA SAFRA NOVA.

Os futuros de soja fecharam em alta na segunda-feira na Bolsa de Chicago (CBOT), sustentados por fundamentos favoráveis. Mas ajustes de posições no final do pregão ajudaram a pressionar os vencimentos próximos. Os contratos de grão de soja com vencimento em julho, os mais líquidos, apresentaram queda de 0,05% (ou 0,50 cent), a US$ 9,4050/bushel, e os contratos para entrega em novembro encerraram em alta de 8 cents (ou 0,88%), a US$ 9,1550/bushel.
O mercado não conseguiu sustentar a força verificada no início da sessão, porque os participantes reduziram sua exposição em meio às inquietações relacionadas ao crescimento econômico mundial. Fortes ganhos no mercado de dólar colocaram pressão psicológica e contiveram a tendência de alta. O dólar mais firme é visto como um fator baixista para os índices de commodities, na medida em que torna mais caros o grão e o óleo de soja dos Estados Unidos no mercado mundial.
Na sessão, os contratos futuros a princípio subiram, influenciados pela solidez dos fundamentos relacionados à demanda doméstica e externa, disseram analistas. Os níveis de preço no físico estão firmes, refletindo o esforço dos processadores para estimular os produtores a vender parte dos estoques de soja.
Os preços de exportação também permanecem firmes, amparados pelos persistentes rumores de que a China estaria substituindo compras junto ao Brasil pelos Estados Unidos. A recente queda nos preços futuros mantém a competitividade das exportações norte-americanas em um momento em que os importadores costumam concentrar sua atenção nas recém-colhidas safras sul-americanas, disse um analista da CBOT.
Ainda assim, contratos futuros referentes à safra nova (2010/11) conseguiram preservar a maior parte dos ganhos verificados no início da sessão. As incertezas climáticas à frente de uma longa temporada de plantio, com cerca de metade da área prevista de soja plantada, sustentaram os contratos futuros das novas safras.
O relatório semanal de progresso de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostrou que os produtores norte-americanos já plantaram 53% da área prevista para a soja na safra 2010/11. O número ficou bem próximo da estimativa do mercado, que era de 55%. No mesmo período do ano passado, haviam sido semeados 44% do total cultivado. Já na média dos últimos anos, o plantio na mesma data era de 57%. Estima-se que fundos especulativos tenham comprado 1.000 lotes de grãos de soja. A atividade dos fundos é uma medida dos fluxos de investimento financeiro no mercado.
MILHO
Compras baseadas em indicadores técnicos puxaram as cotações do milho nesta segunda-feira na CBOT. Os lotes mais negociados, para entrega em julho subiram 2,0 cents ou 0,54% e fecharam a US$ 3,71/bushel. O mercado foi capaz de se manter, apesar da força do dólar e do cenário negativo o que diz respeito aos fundamentos. Os preços avançaram ao longo do dia e mantiveram os ganhos mesmo quando a soja saiu das máximas. O analista Jerry Gidel, da corretora North America Risk Management Services, disse que o mercado de milho estava em uma posição técnica forte, após se recuperar das mínimas da semana passada e escalar até as principais médias móveis. O contrato julho rompeu as médias móveis de 10, 20 e 40 dias.
Mas, além do dólar, o clima favorável para o desenvolvimento da safra americana é fator baixista neste momento. Traders esperavam que de 91% a 95% da safra tivesse sido plantada e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 93% das lavouras de milho foram cultivadas até o momento (ante 80% no mesmo momento do ano passado). Segundo o USDA, 71% da safra tem condição boa a excelente. Participantes do mercado disseram, ainda, que o recente surgimento da China como comprador de milho dos Estados Unidos está dando suporte ao mercado, embora não haja notícias sobre novas compras. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 5 mil contratos de milho hoje.
Apesar da força técnica, o mercado está volátil e oscila dentro de um intervalo há quase dois meses, segundo o analista Jim Wyckoff, entre a mínima de abril (US$ 3,5150/bushel) e a máxima de maio (US$ 3,85/bushel).

GRÃOS/EUA: INSPEÇÃO SEMANAL DE EXPORTAÇÃO.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou o resultado de suas inspeções semanais das exportações de grãos para a semana encerrada na última quinta-feira (dia 20). O relatório mostra o volume acumulado dos embarques americanos de grãos do ano-safra iniciado no dia 1º de junho de 2009 para o trigo e 1º de setembro de 2009 para o milho e a soja.

EXPORTAÇÃO DE GRÃOS NA SEMANA ENCERRADA EM 20/5
(em 1.000 bushels)
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Grão         20/5/2010    13/5/2010   21/5/2009  
======     ==========  ==========  ==========
Trigo         20.308           13.063          19.755        
Milho         39.970           38.918          31.021      
Soja             3.901            8.973          18.683         
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EXPORTAÇÕES DE GRÃOS DOS EUA ACUMULADAS NO ANO
----------------------------------------------------------
Grão     Atual ano-safra    Ano-safra anterior
=====   ==============   ================
Trigo        831.974                  967.131   
Milho     1.278.146              1.219.477
Soja       1.323.994              1.070.228
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LAVOURAS DE MATO GROSSO E GOIÁS SOFREM COM FALTA DE ÁGUA.

O acumulado de chuva em maio mostra um padrão típico de outono, acrescido da influência do fenômeno El Niño, que mesmo em fase de enfraquecimento contribuiu para o aumento das chuvas no Sul e para a estiagem no Nordeste e no Centro-Oeste do Brasil. As lavouras de milho e algodão (safrinhas) de Mato Grosso e Goiás estão entre as culturas mais prejudicadas com o corte dos volumes mais cedo este ano, segundo informa a Somar Meteorologia, em seu boletim semanal.

As culturas da cana-de-açúcar, café e laranja, em compensação, estão entre as maiores beneficiadas com as condições climáticas observadas em maio. A lavoura de milho safrinha do Paraná e de Mato Grosso do Sul também tem sido favorecida pela condição climática, pela boa oferta de água e, até aqui, ausência da geada.
As chuvas acumuladas em maio mantêm uma condição de solo saturado no Sul e Norte do Brasil, com índice de 90% a 100%. Essa condição favorece o desenvolvimento da lavoura de milho safrinha do Paraná e de Mato Grosso do Sul. Já em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia e sobre o sertão e o agreste nordestino, a ausência de água em maio agrava as condições de umidade do solo, com índice abaixo de 20%.

Previsão
Conforme dados da Somar, mais uma vez a semana começa com a presença de uma frente fria sobre o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Paraná. O sistema também provoca nebulosidade e chuvas em Mato Grosso do Sul e em São Paulo. No entanto, a frente fria é mais fraca do que a da semana passada. Assim, a partir de amanhã (25), o sistema se afasta para o oceano, fazendo com que o padrão de tempo seco sobre o interior de todo o Centro-sul do Brasil volte a predominar. Já para o próximo fim de semana, uma nova frente fria deve atingir o Sul do Brasil, com chuvas a partir do Rio Grande do Sul.

Temperatura
A Somar prevê que o mês de junho começa com uma forte onda de frio. Isso porque a aproximação do inverno, junto com o enfraquecimento do El Niño, gradualmente tornam as condições atmosféricas mais favoráveis à atuação de ondas de frio (massas de ar polar), o que em tese aumenta o risco de episódios de geadas principalmente para os Estados do Sul do Brasil. Esse padrão já deve se observar na próxima semana, coincidindo com o início do mês de junho. Entre quarta e quinta-feira (2 e 3 de junho) há previsão da entrada de uma massa de ar polar com trajetória continental, o que deve provocar acentuada queda de temperatura (abaixo de 5 graus). Por enquanto, no entanto, não há indicativo de formação de geadas amplas nas áreas de milho safrinha. Mesmo assim, "recomendamos atenção e, daqui para frente, o produtor deve acompanhar diariamente as previsões divulgadas no site da Somar", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.

Estados Unidos
A semana começa com tempo seco no Meio-Oeste americano. Segundo dados da Somar, depois de uma semana com chuvas isoladas sobre parte das áreas produtoras de milho e soja dos Estados Unidos, a semana começa com tempo seco sobre o Meio-Oeste americano, o que deve favorecer a evolução do plantio da soja, que foi atrapalhado nos últimos dez dias pela ocorrência de chuvas mais frequentes. Entre amanhã e quarta-feira, no entanto, novas áreas de instabilidades e chuvas devem atingir as áreas produtoras de milho e soja do Estados Unidos. Só que desta vez a previsão é de chuvas isoladas e de baixos volumes, o que até pode temporariamente atrapalhar o plantio da lavoura de soja. "Mas na sequência, e para o restante da semana, deve voltar a predominar uma condição de tempo seco", diz Etchichury. Para a primeira semana de junho, a previsão também é de predomínio de tempo seco, o que deve favorecer a conclusão do plantio da
lavoura de soja nesse período. Outro fator que deve contribuir para o plantio é que há previsão de calor para esta semana sobre grande parte das áreas produtoras de soja, com a temperatura atingindo a casa dos 30 graus.

SOJA/CHINA FECHA EM ALTA.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Commodities de Dalian terminaram em alta nesta segunda-feira, sustentados pela firmeza dos mercados acionários e pelo avanço dos preços na Bolsa de Chicago (CBOT). O contrato referencial de janeiro fechou com valorização de 0,3%, cotado a 3.879 yuans por tonelada (6,82 yuans = US$ 1). "Os mercados externos ajudaram os futuros da oleaginosa na China, e os grãos em geral têm mostrado forte resistência ao sentimento pessimista", disse Huang Yingyan, analista da Nanhua Futures Co. Os produtos agrícolas também estão mais propensos a subir durante a temporada de plantio por causa das incertezas com relação às condições climáticas, segundo analistas.
As cotações da soja avançaram no mês de maio dos últimos nove anos, exceto em 2003 e 2004, acrescentou Huang, citando a pesquisa da Nanhua. O declínio em 2003 foi muito pequeno. Já em 2004, a queda foi provocada por um relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que surpreendeu o mercado e derrubou os preços na CBOT, disse a analista.
O volume de contratos negociados na Bolsa de Commodities de Dalian recuou para 193.116 lotes, ante 384.888 lotes na sexta-feira. O número de contratos abertos caiu 1.706 lotes, para 335.640 lotes.

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