sexta-feira, 1 de outubro de 2010

GRÃOS/EUA: FCSTONE ESTIMA SAFRA DE MILHO E SOJA.

A corretora de commodities FCStone divulgou hoje novas estimativas de produção de grãos nos Estados Unidos em 2010/11. A empresa avalia que a safra de milho somará 327.43 milhões de toneladas e a de soja, 97,18 milhões de toneladas. A estimativa de milho está abaixo da previsão de setembro, enquanto a de soja supera a leitura anterior.
A expectativa da FCStone é de que a produtividade média de milho chegue a 159,2 bushels por acre, enquanto a de soja será de 45,8 bushels/acre. Em setembro, a corretora previa 335,15 milhões de toneladas de milho colhidos, com produtividade de 162,9 bushels/acre. Para a soja, no mês passado a FCStone projetava 92,260 milhões de toneladas, com rendimento de 43,5 bushels/acre.
Em setembro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou que a safra de milho somaria 334,265 milhões de toneladas e a de soja, 94,8 milhões de toneladas. O USDA atualiza suas estimativas em 8 de outubro, às 9h30 de Brasília.

CHICAGO/SOJA FECHA EM QUEDA DE 4,5%.

As cotações da soja fecharam com queda forte na Chicago Board Of Trade puxadas pela desvalorização expressiva do mercado de milho na mesma bolsa e pelo forte ritmo da colheita nos Estados Unidos. Os fundos venderam cerca de oito mil lotes hoje.
O contrato novembro perdeu 49,75 cents (4,5%), para US$ 10,57 por bushel. Os contratos do milho com vencimento em dezembro mergulharam 30,0 cents (limite de queda da bolsa), ou 6,05%, e fecharam a US$ 4,6575/bushel.
Rich Nelson, diretor de pesquisa da Allendale Inc., do Illinois, avaliou que a queda do milho foi tão forte que o mercado de soja não teve como se proteger do ataque desencadeado por investidores querendo reduzir sua exposição comprada nos mercados de grãos. A previsão de tempo seco no Meio-Oeste dos EUA, que ajudará a acelerar a colheita, mudou o comportamento altista de muitos participantes.
"Quando a disponibilidade de soja é maior que a demanda no mercado físico, as bases tendem a se alargar", comentou Dave Marshall, consultor de comercialização de commodities, em Nashville.
A demanda pela soja norte-americana continua forte, mas neste momento não serviu como fator de suporte. Assim, preços acima de US$ 11/bushel parecem muito mais arriscados agora do que semanas atrás, disse Rich Nelson. No mercado de derivados, os futuros acompanharam a queda da soja com vendas de fundos.

MILHO DESPENCA 6%, INFLUÊNCIA DE ESTOQUE
Os preços futuros do milho despencaram nesta sexta-feira e terminaram a sessão no limite de baixa. Os contratos com vencimento em dezembro mergulharam 30,0 cents ou 6,05% e fecharam a US$ 4,6575/bushel.
Investidores continuaram liquidando posições compradas após a divulgação do relatório trimestral de estoques do governo, considerado baixista. O CME Group, dono da bolsa, informou em seu site que amanhã o limite de variação será aumentado para 45 cents.
O relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostrou que a oferta dos estoques em 1º de setembro era 20% maior do que os analistas esperavam. Isso amenizou as preocupações com a possibilidade de que a safra americana deixasse a oferta apertada no ano seguinte.
Traders acrescentaram que o clima é melhor em importantes regiões produtoras do mundo, o que reduz os rumores sobre a oferta global, ao menos por enquanto.
Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 30 mil contratos hoje. Fundos especulativos mantiveram ampla posição comprada nas últimas semanas e muitos podem deixar o mercado agora para embolsar lucros.
"Temos alguns fundos que recentemente estabeleceram posições compradas", disse o analista Joel Karlin, da empresa de rações Western Milling. "E eles estão começando a se garantir agora." O analista disse que consumidores finais provavelmente vão limitar perdas mais expressivas, mas um trader afirmou que "se fosse um consumidor final, só seria paciente neste momento". Alguns analistas acreditam que a tendência de queda do mercado pode ser limitada por consumidores finais, mas outros discordam dizendo que os argumentos para preços mais altos foram derrotados.
Traders disseram que os dados do USDA eliminaram a necessidade de que haja um racionamento da demanda. Os preços caíram 11% em relação às máximas da semana passada. "Do ponto de vista técnico, definitivamente houve algum dano hoje, não há dúvidas", disse Jason Ward, analista Northstar Commodity.

TRIGO VOLTA A CAIR FORTE, INFLUÊNCIA DO MILHO
Os preços futuros do trigo caíram com força hoje, pressionados especialmente pela queda expressiva das cotações do milho no mercado americano.
Na Bolsa de Chicago, os lotes mais negociados, para entrega em dezembro, fecharam a US$ 6,55/bushel, em baixa de 19,0 cents ou 2,82%. Na bolsa de Kansas City, o mesmo vencimento cedeu 18,50 cents ou 2,61% e encerrou a US$ 6,8925/bushel. Embora a demanda para exportação seja um fator de suporte, não foi capaz de compensar a pressão externa.
O mercado vem acompanhando a direção do milho porque ambos os grãos são usados como ração animal. O trigo não tem novidades nos próprios fundamentos porque as exportações diminuíram e as chuvas melhoraram a perspectiva de produção na Rússia.
O trigo recuou cerca de 22% em relação as máximas em dois anos, alcançadas quando a Rússia, importante produtor, anunciou a suspensão das exportações por causa de uma seca histórica. Mas aparentemente os traders já assimilaram essas perdas na safra e também outras ameaças à produção.
O analista Dale Durchholz, da AgriVisor, afirmou que "todo mundo está um pouco mais confortável com o trigo, porque recebemos alguma umidade". Ele acrescentou que "agora temos de dizer que podemos ter uma safra OK no próximo ano."Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 5 mil contratos hoje, um volume moderado.

SOJA CAI 4,1% SOB PRESSÃO DA COLHEITA.

Os preços internacionais da soja estão despencando hoje na Bolsa de Chicago (CBOT) e já atingiram o menor nível em duas semanas. O principal motivo é a influência do mercado de milho, que há pouco registrou o limite de baixa diário de 30 cents. Os contratos mais líquidos de soja, com vencimento em novembro, operavam a US$ 10,61/bushel, em baixa de 45,75 cents ou 4,13%. A mínima até o momento foi a US$ 10,59/bushel.
Além disso, a expectativa de aceleração da colheita de soja na região meio-oeste dos Estados Unidos nas próximas semanas pesa sobre as cotações. Analistas disseram que há relatos de maior produtividade em algumas áreas. A sólida demanda para exportação continua dando suporte, mas não há novidades nesse sentido, de modo que traders reduziram sua exposição ao risco, segundo analistas.

MILHO ATINGE LIMITE DE BAIXA DE 30 CTS.
Os contratos futuros do milho estão liderando as perdas dos grãos hoje na Bolsa de Chicago, atingiram o limite diário de baixa. O contrato com vencimento em dezembro recuava 30 cents ou 6,05% e era negociado a US$ 4,6575/bushel. O mercado dá continuidade à queda observada ontem, após a divulgação do relatório trimestral de estoques do governo americano, considerado baixista.
Os dados sobre os estoques amenizaram as preocupações com a oferta no ano que vem. "Temos alguns fundos que recentemente estabeleceram posições compradas", disse o analista Joel Karlin, da empresa de rações Western Milling. "E eles estão começando a se garantir agora." O analista disse que consumidores finais provavelmente vão limitar perdas mais expressivas, mas um trader afirmou que "se fosse um consumidor final, só seria paciente neste momento". Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 16 mil contratos até o momento.

TRIGO OPERA EM BAIXA DE 2,9% PRESSIONADO PELO MILHO
Os preços futuros do trigo estão caindo com força nesta sexta-feira no mercado americano, na esteira do mercado de milho. Na Bolsa de Chicago os lotes para entrega em dezembro caíram 19,25 cents ou 2,86% e operavam a US$ 6,5475/bushel, mínima da sessão. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento cedia 16,25 cents ou 2,30% e era negociado a US$ 6,9150/bushel.
As perdas no mercado vizinho de milho estão pressionando o trigo pelo segundo dia consecutivo, já que ambos os grãos estão ligados porque são usados em rações animais, segundo traders. O milho foi influência negativa ontem, depois que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou estoques maiores do que o esperado no país. Os dados ainda pesam sobre os mercados. Fundos de commodities estão vendendo milhares de contratos de grãos, de acordo com os traders.

GRÃOS CAEM PELO 2º DIA APÓS RELATÓRIO/USDA.

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago recuam nesta sexta-feira, sucumbindo à pressão sazonal e à fraqueza do mercado de milho. O clima favorece a rápida expansão da colheita no Meio-Oeste, o que enfraquece os preços, segundo analistas.
O milho estende o movimento de correção dos preços, baseado na estimativa de estoques trimestrais maiores que o esperado, reforçando a postura defensiva dos grãos. Contudo, a forte demanda por exportações ainda influencia positivamente a oleaginosa, limitando as perdas, acrescentaram as fontes. Os produtos derivados da soja também trabalham em baixa. O contrato novembro caiu 19,75 cents, ou 1,78%, para US$ 10,87 por bushel.
O milho despenca novamente hoje em meio à liquidação de fundos, atingindo o menor patamar em mais de duas semanas. O relatório de estoques trimestrais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) alterou a perspectiva de oferta. Enquanto alguns traders dizem que a decepcionante safra norte-americana ainda pode tornar as ofertas desconfortavelmente apertadas, outros afirmam que os dados aliviam tais preocupações. Contrato dezembro cedia 23,75 cents, ou 4,79%, para US$ 4,72 por bushel.
O trigo opera em queda nesta sexta-feira, afetado pelo declínio acentuado do milho pelo segundo dia consecutivo em meio a vendas relacionadas às estimativas divulgadas ontem pelo governo. Participantes do mercado estão vendendo posições no contrato dezembro e comprando em vencimentos mais distantes por meio de negociações de spread. Os contratos de longo prazo recebem suporte de incertezas com relação à produção global em 2011/12 devido à seca na Rússia e em partes dos Estados Unidos na época de plantio, disse um analista.
Na CBOT, há pouco o contrato dezembro recuava 15,50 cents, ou 2,3%, para US$ 6,5850 por bushel. Na Bolsa do Kansas, o mesmo vencimento perdia 14 cents, ou 1,98%, negociado a US$ 6,9375 por bushel.

SOJA/EUA VENDEU 110.497 TONS PARA CHINA.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou hoje a venda de 110.497 toneladas de soja para China no ano comercial 2010/11. Exportadores norte-americanos devem comunicar ao USDA 100 mil toneladas ou mais vendidas em um único dia para um mesmo destino até o dia útil seguinte. Qualquer venda abaixo deste volume deve ser informada semanalmente.

TRIGO/TUNÍSIA COMPRA 50 MIL TONS.
A agência estatal de grãos da Tunísia comprou 50 mil toneladas de trigo soft, mas recusou ofertas de cevada e trigo durum, afirmaram traders europeus nesta sexta-feira. O país adquiriu dois carregamentos de 25 mil toneladas da Bunge por US$ 318,69 e US$ 319,89 a tonelada C&F, respectivamente, disse um trader familiarizado com a transação. O trigo deve ser de origem britânica e será entregue entre 20 e 30 de dezembro de 2010, acrescentou ele.

ÍNDIA CANCELA LEILÕES DE 500 MIL TONS.
A Índia cancelou leilões buscando ofertas de companhias privadas para transportar 500 mil tons de trigo e arroz dos estoques do governo para Bangladesh, afirmaram hoje executivos de embarque familiarizados com a questão.
As licitações foram suspendas por causa de dificuldades técnicas, e podem ser relançadas com normas e regulamentos retificados, acrescentaram as fontes. Um dos motivos para cancelar os leilões é que as quatro companhias privadas que se ofereceram para executar o transporte embarcar cotaram o mesmo preço, disse um dos executivos. "Havia alguns problemas, como a colaboração entre entidades privadas para se encarregarem do transporte e da logística, que estão sendo analisados", acrescentou outro executivo.
Os leilões originalmente seriam concluídos no dia 22 de setembro, mas o prazo para submeter ofertas foi estendido até 27 de setembro.
Apesar de uma proibição geral das exportações, o governo indiano autorizou embarques de 300 mil toneladas de arroz parboilizado e 200 mil toneladas de trigo das reservas federais para Bangladesh por meio de duas companhias estatais.
A permissão foi a primeira concedida em mais de quatro meses, mas nada foi transportado até agora. Bangladesh continua importando arroz de outras origens por meio de leilões globais, nos quais companhias com sede na Índia são os principais participantes.

BOLSAS-FUNDOS AUMENTAM PARTICIPAÇÃO NAS COMMODITIES AGRÍCOLAS.

As commodities agrícolas terminaram o mês de setembro com forte valorização, um movimento influenciado pelos problemas climáticos que reduziram, ou apenas ameaçaram, a produção de várias culturas ao redor do mundo, mas também pela perda de valor do dólar ante outras divisas, que tornou mais atrativos os produtos negociados nessa moeda. Esse caldo "altista", na linguagem dos participantes do mercado, atraiu grande interesse dos fundos de investimento, que desde julho têm aumentado sua posição comprada nas bolsas de matérias-primas.
"Não é um movimento atípico, mas foi uma combinação de fatores positivos. E os fundos enxergaram ali uma oportunidade", comentou o analista Marcelo Gumiero, da Icap Corretora, em São Paulo. Para citar apenas alguns exemplos, Rússia e Ucrânia viram suas safras de trigo quebrarem por causa da pior seca em décadas; inundações varreram lavouras de cana e algodão no Paquistão; excesso de chuvas atravancou os embarques de açúcar no Brasil e, para completar, o La Niña está atrasando o plantio de soja e milho em algumas regiões brasileiras. "O clima no mundo foi o principal gatilho e o mercado de commodities agrícolas também não é tão grande. Cem milhões de dólares investidos por fundos no milho fazem muita diferença", disse Vinicius Ito, da Newedge, em Nova York.
No front financeiro, muitos participantes dos mercados futuros estão usando commodities, como o ouro e as agrícolas, como proteção contra a inflação diante da possibilidade de afrouxamento quantitativo nos Estados Unidos (na prática, uma injeção de dólares na economia). "Os investimentos dos fundos nas commodities estão sendo financiados pelo dólar fraco. Se o BC norte-americano jogar mais dinheiro na economia, vai pressionar ainda mais a moeda, o que pode provocar um movimento inflacionário. E os investidores vão para as matérias-primas também para se proteger da inflação", lembrou Ito.
De acordo com o dado mais recente da Commodity Futures Trading Commission (CFTC), órgão que regula os mercados futuros nos EUA, fundos e especuladores elevaram seu saldo comprado na soja de 13.023 para 163.087 mil contratos, entre 6 de julho e 21 de setembro. No milho, o volume saltou de 9.828 para 465.714 mil contratos praticamente no mesmo período. Ambos são negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). No café e no açúcar, negociados na Bolsa de Nova York (ICE Futures), esses saldos oscilam em torno de 40 mil e 100 mil contratos, respectivamente, níveis que estão entre os mais altos do ano. Novos dados saem hoje, às 17h00 de Brasília.
Ito observa que entre as commodities que fazem parte do índice CRB, que mede a variação de uma cesta de 19 produtos que vão de agrícolas a petróleo, passando por metais, as agrícolas estão entre as que mais subiram em setembro, como açúcar (22%), algodão (18,24%), milho (13%). Ouro (4,8%) e petróleo (11,2%) ficraam um pouco atrás. O índice CRB, por sua vez, acumulou alta de 8,58%, de 264,07 para 286,86 pontos no mês passado.
Crise? - A recente alta dos preços internacionais dos produtos agrícolas levantou preocupações de que uma nova crise de alimentos estava à espreita, como ocorreu em 1973 e 2008. Há dois anos, fatores como seca em países produtores de trigo, como a Austrália, a disparada dos preços do petróleo, a queda do dólar e a especulação em torno do aumento do uso de milho para a produção de etanol, fizeram as cotações dos alimentos disparar. As do trigo saltaram 130%, as da soja, 87%; as do arroz, 70%.
A situação levou a Organização para Alimentos e Agricultura das Nações Unidas (FAO) a fazer uma reunião de emergência na semana passada para avaliar a situação. A conclusão do encontro, realizado em Roma, foi a de que a recente volatilidade nas cotações é motivo de preocupação, mas não configura uma crise. "Não estamos em 1973", afirmou na ocasião Abdolreza Abbassian, secretário do Grupo Intergovernamental sobre Grãos, da FAO, referindo-se à quebra na safra nos então países soviéticos, que ajudou a desencadear uma inflação mundial nos alimentos. Tampouco, parece, estamos em 2008. A FAO disse esperar que a oferta de cereais e arroz fique acima da demanda neste ano, o que reforça o caráter especulativo das altas recentes.
Se os fundos vão continuar a comprar e se a produção dos países abalados pelo clima vai se recuperar são incógnitas. Mas a volatilidade dos últimos meses voltou a chamar a atenção dos reguladores para esses mercados. No início do mês, a Comissão Europeia propôs mudanças para melhorar o controle sobre o investimento financeiro em commodities e sugeriu que isso poderia incluir uma pressão por limites de posições em derivativos de commodities nas bolsas dos Estados Unidos. Mas para o executivo-chefe da conceituada consultoria Informa Economics USA, investidores financeiros têm um papel essencial ao promover a liquidez nos mercados. "A volatilidade não é a questão; mas como gerenciar essa volatilidade", disse ele, ontem, durante uma conferência sobre agricultura realizada em Bruxelas.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

SOJA RECUPERA-SE DE QUEDA INICIAL E FECHA EM ALTA.

As cotações da soja fecharam com alta na Chicago Board Of Trade (CBOT), novamente sustentadas pela forte demanda da China. Os preços abriram em baixa após o relatório de estoques do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que veio dentro do esperado, mas se recuperaram depois. O contrato novembro subiu 7,75 cents (0,7%), para US$ 11,0675 por bushel. Fundos especulativos compraram cerca de cinco mil lotes hoje.
O USDA informou que os EUA venderam 1,7 milhão de toneladas de soja na semana passada. A expectativa mais otimista era de 1,5 milhão de tons. Cerca de 1,3 milhão de tons foram compradas pela China. No relatório de estoques, o governo mostrou que 4,1 milhões de tons estavam armazenados no país em 1º de setembro.
Chad Henderson, analista da Prime Agricultural Consultants, considerou que o mercado se sustentou muito bem em vista da queda dos preços do milho e do trigo em Chicago, hoje, e da expansão da colheita da soja nos Estados Unidos, que tem registrado produtividade maior que a esperada. Um trader comentou que a expectativa de aperto da oferta por causa da forte demanda internacional por soja fez com que alguns participantes cobrissem posições vendidas recentemente.
O movimento de vendas do mercado parece ter se exaurido depois dos recuos desta semana, o que abriu portas para uma recuperação neste final de mês. O mercado em geral tem poucas notícias para digerir e acompanha o desenvolvimento da safra nos EUA e na América do Sul, que inicia o plantio do novo ciclo.

VOLATILIDADE DOS GRÃOS ESTIMULA MERCADO FUTURO

O associado sênior em commodities, agricultura e proteína animal do Rabobank, Vito Martielli, afirmou que grandes produtores e processadores da indústria de alimentos devem aumentar sua atuação no mercado futuro e usar mais instrumentos financeiros, em resposta à crescente volatilidade dos preços dos grãos. Martielli avalia que a necessidade maior de gerenciar o risco também deve aumentar a consolidação do setor de alimentos e permitir que grandes negócios adquiram instrumentos para estocagem e transporte.
"As commodities se tornarão mais escassas e mais caras. Portanto, é importante para os players ricos garantir que tenham acesso a uma oferta segura", disse Martielli nos bastidores de um conferência agrícola. "Eles vão querer garantir o controle total dos canais de abastecimento", completou. "As empresas terão de fazer escolhas operacionais sobre como se proteger do risco (hedge), não apenas nos mercados futuros, mas também usando opções e swaps."
As críticas sobre a especulação nos mercados de commodities vêm crescendo nas últimas semanas e o salto dos preços dos grãos reacendeu o debate sobre a regulação das bolsas de commodities. No início do mês, a Comissão Europeia propôs mudanças difíceis de se alcançar, traçadas para melhorar o controle sobre o investimento financeiro em commodities. Isso poderia incluir limites de posições em derivativos de commodities nas bolsas dos Estados Unidos.
Mas o executivo-chefe da consultoria Informa Economics USA afirmou que investidores financeiros têm um papel essencial, ao promover a liquidez nos mercados. "A volatilidade não é a questão; mas como gerenciar essa volatilidade", disse.
Oferta de grãos - Segundo Vito Martielli, os mercados globais de grãos devem ter um déficit na temporada 2010/11. Ele acredita que a demanda por grãos como trigo, milho e cevada deve superar a oferta em 30 milhões de toneladas na próxima temporada. "O balanço global entre oferta e demanda deve tender a um déficit."

MILHO: PARANÁ ACELERA PLANTIO DE VERÃO.

Com a volta das chuvas, o Paraná acelera o plantio de milho verão. Segundo informações divulgadas pelo Departamento de Economia Rural (Deral), a semeadura avançou 11 pontos porcentuais em relação à semana passada, atingindo 14%. Mas na comparação com 2009, os trabalhos seguem atrasados. Em mesmo período do ano passado, o Paraná, maior produtor de milho, já havia semeado 33% da área estimada. Já a colheita do milho safrinha está praticamente encerrada no Estado, com 99% da área. Da produção, 43% foram comercializados pelo produtor, oito pontos percentuais acima da semana anterior.
O Deral revisou para cima seus números sobre a produção de grãos 2009/10. A área plantada com milho safrinha teve leve aumento de 0,5%, de 1,357 milhão de hectares para 1,364 milhão/ha. A produção da segunda safra passou de 6,379 milhões de toneladas para 6,622 milhões de tons, alta de 3,80% em relação à estimativa de agosto. A produtividade na última safra cresceu 3,23%, de 4.702 kg/ha para 4.854 kg/ha. A revisão se deve ao clima. A falta de chuvas atrapalha o plantio da safra de verão mas beneficiou a colheita de milho safrinha e também de trigo.
A colheita do trigo avançou oito pontos porcentuais em uma semana, de 58% para 67%. A comercialização também evoluiu, passou de 5% para 9% em sete dias. A área plantada teve um pequeno recuo de 0,43%, de 1,147 milhão de hectares para 1,142 milhão de hectares, mas a produtividade maior - 2.815 kg/ha ante os 2.722 kg/ha previstos em agosto - deve levar a uma produção de 3,214 milhões de toneladas.

MILHO FECHA EM BAIXA APÓS RELATÓRIO DE ESTOQUE.

O relatório trimestral de estoques do governo americano foi considerado baixista pelo mercado e os preços do milho caíram hoje na Bolsa de Chicago. Os lotes para entrega em dezembro, os mais negociados, fecharam com desvalorização de 9,25 cents ou 1,83%, cotados a US$ 4,9575/bushel. A commodity fechou abaixo dos US$ 5 pela primeira vez em uma semana.
No entanto, as perdas foram limitadas ao longo do pregão e traders atribuíram essa recuperação a um movimento baseado em critérios técnicos. Consumidores finais compraram, assim como traders preocupados com a safra deste ano. O Goldman Sachs foi citado como comprador de 2 mil contratos no fim da sessão.
Os estoques de milho nos Estados Unidos somavam cerca de 43,4 milhões de toneladas em 1º de setembro de 2010, alta de 2% frente ao mesmo intervalo do ano passado. A elevação provavelmente se deveu à parcela da safra 2010/11 já colhida antecipadamente, e que não costuma entrar na estimativa.
Mas o analista Shawn McCambridge, da corretora Prudential Bache, comentou que o relatório de estoques também reflete um ajuste no tamanho da safra 2009/10. Ele acrescentou que, mais para a frente o mercado vai assimilar as informações da nova safra.

TRIGO FECHA COM PERDAS, NA ESTEIRA DO MERCADO DE MILHO .
O mercado americano de trigo caminhou na esteira do de milho e terminou o dia com perdas. Na Bolsa de Chicago os lotes mais negociados, para entrega em dezembro, tiveram queda de 9,50 cents ou 1,39% e fecharam a US$ 6,74/bushel. Chegou a registrar a mínima de US$ 6,51/bushel, menor marca em um mês do primeiro vencimento. Na Bolsa de Kansas City, o mesmo vencimento cedeu 9,25 cents ou 1,29% e encerrou a US$ 7,0775/bushel.
As perdas foram limitadas ao longo da sessão, na medida em que o milho também se recuperou em movimento principalmente técnico. O comportamento do milho liderou os outros grãos hoje, após a divulgação do relatório trimestral de estoques do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que indicou reserva 2% maior do que no mesmo momento do ano passado e também acima do esperado.
Recentemente, o trigo vinha encontrando suporte na influência do milho e caiu quando os mercados vizinhos se descolaram. Os grãos estão relacionados porque ambos são usados na produção de rações. O trigo não tem apoio de seus fundamentos neste momento porque os temores acerca da produção global já foram precificados, segundo analistas. Além disso, a atual demanda para exportação não impressiona.Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 5 mil contratos de trigo na CBOT, um volume considerado saudável.

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