sexta-feira, 27 de maio de 2011

SOJA: REALIZAÇÃO DE LUCROS ANTE FERIADO DERRUBA PREÇOS DO GRÃO.

Os futuros da soja e dos produtos derivados fecharam hoje em queda na Bolsa de Chicago devolvendo os ganhos desta semana. Traders optaram por realizar lucros em meio à ausência de novidades que dessem suporte antes do fim de semana prolongado devido ao feriado de Memorial Day na segunda-feira.
As previsões climáticas são de tempo favorável para o plantio na próxima semana, e a possibilidade de a soja herdar acres que seriam inicialmente destinados ao milho por causa do atraso do plantio no leste do Meio-Oeste encorajou traders a reduzir a exposição ao risco no mercado.
O contrato julho da soja caiu 5 centavos, ou 0,36%, para fechar a US$ 13,7975 por bushel. O mesmo vencimento do farelo perdeu US$ 4,70, ou 1,30%, cotado a US$ 355,60 por tonelada, e o julho do óleo recuou 9 pontos, ou 0,15%, para 58,61 centavos por libra-peso.

MILHO/MT: PRODUTORES PREVEEM QUEBRA DE ATÉ 40% NA SAFRINHA.

As projeções sobre a redução na produção de milho safrinha em Mato Grosso, por causa da falta de chuvas que prejudicou o desenvolvimento das lavouras durante o período de formação dos grãos, oscilam entre 20% e 40% em relação ao volume colhido no ano passado. No geral, as chuvas no Estado cessaram na primeira semana de abril, mas houve algumas ocorrências localizadas na região do médio-norte. A região mais prejudicada é a noroeste, onde o plantio do milho foi tardio, em virtude das chuvas que atrapalharam a colheita da soja.
José Guarino Fernandes, vice-presidente para a região oeste da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), disse que a situação é grave. De acordo com ele, as estimativas da regional do Banco do Brasil são conservadoras, apontando para uma quebra de 20%. Na opinião do presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, a redução da produção será da ordem de 1,5 milhão de toneladas (18,75%) ante o ano passado.
A projeção mais pessimista é do delegado da Aprosoja em Sinop, Leonildo Bares, que prevê uma queda de até 40% na produção, levando em conta a observação feita ao percorrer as principais regiões produtoras do Estado. Bares explicou que o milho plantado até o dia 15 de fevereiro recebeu alto investimento em tecnologia, para colheita de mais de 70 sacas por hectares. Já o milho plantado após este período teve menor uso de insumo, disse ele. Bares acrescentou que o produtor nesta safra semeou o milho no dia 20 de março, bem mais tarde do que no ano passado, quando o plantio foi feito em 16 de fevereiro. No ano passado, ele iniciou a colheita em 2 de junho e neste ano só deve começar no dia 20.
Antonio Galvan, diretor da Aprosoja e presidente do Sindicato Rural de Sinop, calculou que a quebra de safra do milho deve ficar entre 20 a 25%. Segundo Galvan, uma indicação de que a redução será expressiva é o aumento do interesse pelas compras antecipadas. As propostas de compra que há duas semanas estavam em R$ 16/saca agora estão na faixa de R$ 17 a R$ 18. Galvan recordou que nesta mesma época do ano passado, quando os agricultores recebiam propostas de R$ 8/saca, o governo federal "achava que a gente deveria parar de plantar milho". Neste ano, afirmou ele, o governo "está com um abacaxi na mão, pois enfrenta problema de abastecimento de milho".
Ainda não existem dados oficiais sobre a quebra de milho, nem mesmo por parte do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que é vinculado à Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato). A aprovação do novo Código Florestal e as especulações sobre o nível de queda da produção de milho foram os assuntos mais discutidos nas rodas de produtores durante a feira de tecnologia agrícola (Entec), que está sendo realizada nesta semana em Lucas do Rio Verde. O evento teve ontem mais uma etapa do ciclo de palestras do Circuito Aprosoja, que percorre os principais polos agrícolas do País.
Em seu pronunciamento, o presidente da Famato, Rui Prado, criticou a "pirotecnia" dos governos estadual e federal nas ações de combate ao desmatamento no norte de Mato Grosso. "Dói no coração", disse ele, que apontou a demora na liberação de licenças como uma das causas para a retomada dos desmatamentos ilegais, que "criou uma demanda reprimida". Prado disse que, entre outras causas, estão a falta de informação, pois alguns achavam que poderiam ser beneficiados pela nova lei. Outro fator é a especulação visando à valorização da terra, como foi o caso de um produtor do Paraná que derrubou 5 mil hectares de florestas.

SOJA: CHINA REDUZ ESTIMATIVA DE IMPORTAÇÃO.

O Centro Nacional de Informações sobre Grãos e Óleos da China reduziu a estimativa para as importações de soja do país de 54 milhões para 53 milhões de toneladas na safra 2010/11. O volume, contudo, continua maior que as 50,3 milhões de t compradas no ciclo passado. A estatal previu que em 2011/12 as importações voltarão a aumentar de forma significativa por causa da queda na produção doméstica.
Em maio, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu a estimativa de importações da China de 57 milhões para 54,5 milhões de toneladas em 2010/11. Para o próximo ano-safra, o USDA estimou compras de 58 milhões de t. Alguns analistas do setor privado acreditam que esse volume pode chegar a 60 milhões de t.
"A redução das importações neste ano vai dar espaço para um aumento em 2011/12, como ocorreu em anos anteriores, quando as compras caíram, para subir no período seguinte", disse o Rabobank em nota de sua equipe de pesquisa divulgada nesta semana. "Em nossa opinião, o USDA superestimou a produção doméstica da China em 2011/12", disse o banco, observando que o governo chinês prevê recuo de 11% no plantio da próxima safra.
O Centro Nacional tem uma visão parecida com a do Rabobank. O órgão estimou que a safra 2011/12 deverá recuar a 14 milhões de t (de uma estimativa de 14,8 milhões de t do USDA), ante 15,2 milhões de t em 2010/11. O órgão também reduziu a estimativa de importação de óleo de soja de 2 milhões para 1,6 milhões de t neste ano.

SOJA/CHINA FECHA EM PEQUENA QUEDA COM RUMORES DE VENDAS DE ESTOQUES

As cotações da soja fecharam com queda na Dalian Commodity Exchange, na China, pressionadas por rumores de que o governo planeja vender uma grande quantidade de oleaginosa diretamente para as grandes esmagadoras do país. A intenção é manter estáveis os preços do óleo de soja. O contrato janeiro caiu 1 yuan para 4.456 yuans por tonelada (6,5 yuans = US$ 1).
O governo chinês venderia 2,12 milhões de toneladas dos estoques estatais para cinco esmagadoras por preços entre 3.300 e 3.500 yuans por tonelada, segundo o site Cnyouzhi.com, pertencente à China Grain Reserves Corp. (Sinograin). Os preços estariam abaixo dos praticados na soja produzida localmente, de 3.800 yuans por tonelada.
O analista Xu Wenjie, da Zheshang Futures, avalia que se isso ocorrer os preços internos da soja vão cair ainda mais porque a oferta de oleaginosa já está muito alta. As grandes esmagadoras, inclusive, suspenderam parte da produção desde que o governo fixou um teto para os preços do óleo de soja, cuja demanda também tem sido fraca.
Cerca de 6,3 milhões de toneladas de soja estão armazenadas nos portos do país, segundo a Chinese Grain Network, uma consultoria ligada à Sinograin.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

PERSPECTIVAS/SOJA: CHINA E DÓLAR IMPÕEM CAUTELA.

O painel sobre o mercado de soja destoou dos demais realizados no seminário Perspectivas para o Agribusiness em 2011 e 2012, hoje, ao apontar uma postura mais cautelosa para preços e demanda nos próximos anos. Fernando Muraro, da consultoria AgRural, um dos palestrantes, vê as commodities agrícolas cada vez mais atreladas aos mercados financeiros e diz que o atual ciclo de alta desses ativos está próximo do fim. "Em 2012 ou 2013, o dólar deve inverter sua tendência de queda e afetar as matérias-primas", afirmou ele, que vê ciclos de sete a oito anos na moeda norte-americana.
Ele argumenta que a financeirização dos mercados de commodities injetou uma alta dose de incerteza que precisa ser levada em consideração no momento de formar a safra. "Tenho saudade do tempo em que oferta e demanda ditavam preço", diz. "A soja virou um ativo financeiro. 63% do mercado estão nas mãos de fundos de investimentos e eles são o melhor guia para ver qual a tendência do mercado", afirmou.
Neste sentido, diz, é preciso um olhar cada vez mais atento para os ativos financeiros, especialmente o índice dólar, que nos últimos anos tem mostrado uma relação inversa quase perfeita com as commodities. As mínimas do dólar têm correspondido às máximas das commodities. "Os estoques mundiais de trigo caíram 5% e o preço subiu 71%. É desproporcional", disse. Segundo ele, a correlação entre o CRB, índice que mede as variações de uma cesta de várias commodities, e o índice dólar foi de 75% entre junho de 2010 e maio deste ano. "A soja subiu porque o dólar estava barato e temos que estar atentos a este cenário."
Já Thomas Von Rhymon, diretor do braço brasileiro da trading Glencore, se disse preocupado com a perspectiva de consumo. "O que me preocupa é a desaceleração da demanda mundial, da China principalmente." Ele lembra que no início da safra o mercado estava certo de que o país importaria no mínimo 58 milhões de toneladas de soja. Agora em maio, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos baixou a estimativa para 54,5 milhões de t, mas, segundo o executivo, o mercado tem trabalhado com 51 milhões de t, ou menos. "Essa diferença de 3,5 milhões de t vai sobrar no Brasil, porque os EUA já venderam sua safra", disse.
Rhymon se disse cauteloso com a China porque se sabe pouco sobre o que de fato acontece no país. Segundo ele, uma eventual sobra de soja no Brasil não afetaria os preços em Chicago, mas o assunto merece mais atenção do que está recebendo.
Embora cautelosos com o longo prazo, ambos os palestrantes ainda veem um período de preços sustentados no curto prazo por causa do pouco espaço para erro na safra que está se desenvolvendo nos Estados Unidos. Rhymon estima que os preços em Chicago devem oscilar na faixa entre US$ 12 e US$ 14 até que se tenha uma ideia melhor dos fundamentos de oferta e demanda.

GRÃOS EM CHICAGO FECHAM COM GANHOS.

O mercado futuro de soja acompanhou o comportamento de outros grãos, ainda com suporte nos atrasos de plantio no leste da região Meio-Oeste dos Estados Unidos, possivelmente reduzindo a área plantada. Os contratos com vencimento em julho, os mais movimentados, fecharam em alta de 7,75 cents ou 0,56%, cotados a 13,8475/bushel. Os lotes para entrega em novembro, que representam a nova safra, fecharam com valorização de 11,50 cents ou 0,84%, cotados a US$ 13,7250/bushel.
"Vimos um cenário de maré alta que ergueu todos os barcos novamente nesta quinta-feira, de modo que a soja subiu mesmo com a lenta demanda refletida no relatório de processamento do Census, que foi bastante baixista na minha opinião", disse o analista Mike Zuzolo, da corretora Global Commodity Analytics and Consulting.
A fraqueza do dólar também deu suporte às commodities hoje, mas os preços da soja continuaram dentro do intervalo recente em que vêm oscilando, pois justamente a fraca demanda doméstica e para exportação nos Estados Unidos limita os movimentos positivos.
Os produtos derivados de soja também subiram, na esteira do grão e descolados do relatório de processamento do Census Bureau, segundo analistas. Apesar do processamento de 1,4 milhão de bushels ser inferior às estimativas, os estoques de farelo de soja aumentaram 100 mil toneladas a mais do que o esperado e representam quase 120 mil toneladas a mais do que no mês passado, observou Zuzolo.
O contrato julho do farelo fechou em alta de US$ 2,0 ou 0,56%, cotado a US$ 360,30/t. O mesmo vencimento do óleo de soja subiu 74 pontos ou 1,28%, para 58,70 cents/lb.

MILHO: CHICAGO FECHA EM ALTA COM POSSIBILIDADE DE ÁREA PLANTADA MENOR
A possibilidade de que produtores norte-americanos desistam de plantar milho por causa do excesso de umidade em algumas áreas preocupa os traders, que voltaram a puxar as cotações do cereal na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira. Os contratos com vencimento em julho fecharam em alta de 3,25 cents ou 0,44%, cotados a US$ 7,4550/bushel.
Um grande volume de chuvas na área leste do Meio-Oeste e do Estado da Dakota do Norte continua impedindo os produtores de chegar às lavouras e trabalhar no plantio. Alguns deixarão as terras sem cultivar, para obter o dinheiro do seguro de safra. Outros migrarão para culturas como a soja.
Em Ohio e Indiana, clientes da corretora Global Commodity Analytics & Consulting estão relatando que estão trocando sementes de milho por sementes de soja.

TRIGO SOBE FORTE DIANTE DE PREOCUPAÇÕES COM O CLIMA
Os preços futuros do trigo subiram nesta quinta-feira no mercado americano, com preocupações relacionadas às chuvas que vêm atrasando o plantio da safra de primavera dos Estados Unidos.
Os contratos com vencimento em julho na Bolsa de Chicago, os mais negociados, fecharam em alta de 18,0 cents ou 2,26%, cotados a US$ 8,1450/bushel. O mesmo vencimento na Bolsa de Kansas City fechou com valorização de 14,0 cents ou 1,51%, valendo US$ 9,4275/bushel. Na Bolsa de Minneapolis, os futuros alcançaram máximas em quase três anos. Na Europa, os preços já subiram 36% desde as mínimas registradas dois meses atrás.
Traders embutiram prêmio de risco nas cotações, diante dos temores de perda de safra no norte das Grandes Planícies dos Estados Unidos e no Canadá, segundo analistas. "Vai ter muita safra no oeste que não vai entrar", alertou o produtor Dave Clough, da região central da Dakota do Norte. O excesso de chuvas é apenas o último problema para produtores de trigo, já que no sul das Grandes Planícies e no oeste da Europa as lavouras também têm problemas por causa da estiagem rigorosa.
Distribuidores avisaram também que o clima seco está afetando a safra de trigo duro de inverno dos Estados Unidos, enquanto a seca na Alemanha e na França parece ter causado danos irreparáveis às lavouras.
Além disso, os mercados são sustentados pelo retorno dos especuladores nos futuros de grãos, já que os investidores estão confiantes em que haverá novas valorizações por causa dos problemas nas lavouras.

PERSPECTIVAS/MILHO: PRODUTOR PERDE OPORTUNIDADE DE VENDA.

O gerente de estratégia de grãos da Seara, do grupo Marfrig, Moacir Henrique Martins, defendeu há pouco que o produtor de milho aproveite os preços atuais do cereal para comercializar a produção. "A safra de verão está a R$ 26/R$ 27 a saca. O que o produtor está esperando vender? Esse é o momento de travar (o preço) o milho na BM&F para janeiro e garantir seus resultados", disse o executivo durante o seminário Perspectivas para o Agribusiness 2011 e 2012, promovido pela BM&FBovespa. Já o gerente comercial da ADM do Brasil, Carsten Weneger, disse que a estratégia do produtor, de administrar a comercialização, está correta. "O produtor deve continuar vendendo sua produção aos poucos, de acordo com que precisa ganhar, de olho nas suas margens. Não é certo apostar em uma grande venda", disse.
Para Martins, 50% a 60% da safra de verão está comercializada. Da safrinha, de 30% a 40%. "Por que esperar mais? A rentabilidade já está boa", disse. "Nós temos milho suficiente para atender a demanda interna e a exportação. O problema é que o produtor não vende, à espera de preços melhores", completou. Segundo o executivo da Marfrig, se não houver problemas com a safra norte-americana, a rentabilidade do produtor brasileiro pode cair. "A posição dos Estados Unidos nessa safra será determinante para os preços do milho no ano", disse.
Martins disse ainda que suinocultores e avicultores estão tendo prejuízos por conta do aumento do preços dos insumos. "Apesar da demanda forte, há a questão da alta do custo de produção e não estamos mais conseguindo repassar isso para os preços, que chegaram num teto. O ideal é que a produção de suínos e aves seja reduzida agora e só seja retomada em setembro. No pico da safrinha (julho), poderemos ter queda de demanda pelo milho", disse o executivo.

PARANÁ REVISA PARA CIMA ÁREA PLANTADA COM SAFRINHA
Concluído o plantio de milho safrinha no Paraná, a Secretaria de Agricultura revisou para cima a área semeada no Estado em seu novo levantamento de safra. A área passou de 1,6 milhão de hectares projetados em abril para 1,7 milhão de ha. Na comparação com a safrinha do ano passado, a lavoura cresceu 25%. A produção está estimada em 7,4 milhões de toneladas, ante as 7,3 milhões de toneladas previstas. Em relação à safra passada, a alta é de 9%.
A colheita de milho segunda safra não avançou. Segundo o levantamento, segue em 1% da área. A evolução do plantio mostra que 14% da lavoura está em desenvolvimento vegetativo, ante 26% na semana passada, 45% em floração, 38% em frutificação e 3% em maturação. A colheita de milho verão atinge 98%, com 62% da produção já comercializada pelo produtor e/ou cooperativa. O Paraná cultivou 749,6 mil hectares com milho primeira safra e a produção estimada é de 5,8 milhões de toneladas.
Trigo - A Secretaria de Agricultura também divulgou dados sobre a safra de trigo paranaense, cujo plantio atinge 67% da área de 1,024 milhão de hectares, 13% inferior à cultivada em 2010. A produção esperada é de 2,8 milhões de toneladas, queda de 18% em relação ao ciclo passado. A secretaria ainda estima rendimento de 2,7 mil quilos por hectare, 6% menor que na safra passada, quando o clima foi excepcional para a cultura. Nesta semana, 27% da área está em germinação e 73% está em desenvolvimento vegetativo.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

GRÃOS/CBOT-MERCADOS SOBEM POR PREOCUPAÇÃO COM O PLANTIO NOS EUA.

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam em alta hoje, sustentados pelas preocupações com o plantio uma vez que o avanço lento da semeadura na região leste do Meio-Oeste e no norte das Planícies levantam dúvidas sobre a área plantada e possíveis perdas de produtividade. O contrato julho subiu 4,75 centavos, ou 0,35%, para fechar cotado a US$ 13,77 por bushel.
O aperto dos estoques nos Estados Unidos ampliou a pressão sobre os produtores para que produzam uma safra recorde em 2011/12. Com as chuvas no Meio-Oeste colocando dúvidas sobre a área a ser plantada, traders vêm mantendo o prêmio de risco no mercado.
A recuperação do petróleo e dos futuros dos metais deram suporte adicional à soja, já que isso limitou as vendas de investidores, disseram analistas.
Já os produtos derivados terminaram mistos. O óleo de soja fechou com ganhos ao encontrar suporte no petróleo e nos preços mais altos dos óleos vegetais. O contrato julho avançou 48 pontos, ou 0,84%, para terminar a 57,96 centavos por libra-peso. O mesmo vencimento do farelo caiu US$ 0,90, ou 0,25%, cotado a US$ 358,30 por tonelada.

MILHO VOLTA A SUBIR POR CAUSA DO ATRASO NO PLANTIO
Os preços futuros do milho terminaram o dia em território positivo na Bolsa de Chicago, pois o atraso persistente do plantio em regiões dos Estados Unidos continua preocupando os produtores. Eles podem não conseguir plantar a área prevista. Os lotes mais negociados, para entrega em julho, fecharam cotados a US$ 7,4225/bushel, em alta de 9,0 cents ou 1,23%.
Chuvas no Estado de Ohio e nas Dakotas estão mantendo o lento ritmo de plantio, depois de semanas de atraso por causa do excesso de umidade nas lavouras.
O presidente e CEO da companhia norte-americana de fertilizantes CF Industries Holdings, Steve Wilson, afirmou nesta quarta-feira que a área plantada com milho nos Estados Unidos provavelmente vai ser inferior a 92 milhões de acres nesta primavera (37,23 milhões de hectares), estimativa inicial da empresa. Entretanto, ele disse que qualquer declínio deve ser pequeno.
Falando em conferência do banco Goldman Sachs, Wilson lembrou que o clima está desacelerando o plantio no leste do Cinturão do Milho, mas os produtores em outras partes dos Estados Unidos têm cultivado intensamente o grão.
Alguns estão plantando mais milho, depois de ver os problemas no leste, segundo Wilson. O executivo acrescentou que é extremamente improvável que a área plantada seja reduzida para 88 ou 89 milhões de acres. "O plantio em Iowa tem sido inacreditável", declarou Wilson.
A consultoria meteorológica Lanworth minimizou o impacto das enchentes nas lavouras de primavera dos Estados Unidos. A empresa, que usa satélites para avaliar as safras, estima que os alagamentos tenham submergido 2,1 milhões de acres (849,84 mil hectares) de terras agrícolas em Ohio e ao longo do Rio Mississippi, entre 3 e 13 de maio. Trata-se de estimativa inferior à da Federação Americana de Escritórios Agrícolas (AFBF), cuja avaliação é de que quase 3,6 milhões de acres (1,46 milhão de hectares) foram "impactados".

MILHO/EUA: ÁREA DEVE SER MENOR.
O presidente e CEO da companhia norte-americana de fertilizantes CF Industries Holdings, Steve Wilson, afirmou nesta quarta-feira que a área plantada com milho nos Estados Unidos provavelmente vai ser inferior a 92 milhões de acres nesta primavera (37,23 milhões de hectares), estimativa inicial da empresa. Entretanto, ele disse que qualquer declínio deve ser pequeno.
Falando em conferência do banco Goldman Sachs, Wilson lembrou que o clima está desacelerando o plantio no leste do Cinturão do Milho, mas os produtores em outras partes dos Estados Unidos têm cultivado intensamente o grão.
Alguns estão plantando mais milho, depois de ver os problemas no leste, segundo Wilson. O executivo acrescentou que é extremamente improvável que a área plantada seja reduzida para 88 ou 89 milhões de acres. "O plantio em Iowa tem sido inacreditável", declarou Wilson.
Fertilizantes - Sobre o mercado global, Wilson afirmou que as exportações chinesas de ureia, fertilizante de nitrogênio, provavelmente serão menores neste ano se comparadas a 2010, pois o governo chinês atribuiu tarifas sobre exportações. Além disso, os produtores chineses estão enfrentando custos crescentes com energia. Os chineses "parecem estar trabalhando duro para manter a produção em seu país", explicou.
Já a produção dos Estados Unidos deve continuar se beneficiando dos baixos preços do gás natural, para os quais Wilson não espera alta no curto prazo. A CF tem avaliado assinar contratos de longo prazo para gás natural, que é usado na produção de fertilizantes, mas ainda assim tem achado mais atrativo comprar no mercado físico.

terça-feira, 24 de maio de 2011

MILHO REALIZA LUCROS E FECHA EM BAIXA DE 2,7%.

Participantes dos mercados de grãos embolsaram lucros e pressionaram as cotações do milho negociado na Bolsa de Chicago, depois de os preços terem subido na semana passada. Posição mais líquida, o contrato com vencimento em julho recuou 20,75 cents ou 2,75% e fechou a US$ 7,3325/bushel.
Traders embolsaram lucros por meio de operações de spread em que compraram o contrato julho de milho e venderam o dezembro, que representa a safra que será colhida no outono do Hemisfério Norte. O primeiro vencimento avançou 12% na semana passada, enquanto o dezembro subiu 6%.
Os preços haviam saltado em meio a preocupações relacionadas ao atraso no plantio nos Estados Unidos, durante a primavera, de modo que os estoques de milho no país poderiam permanecer baixos demais - os menores em 15 anos."Tirando as operações de spread, não vejo nenhuma razão para o contrato julho cair", disse o diretor de pesquisa da corretora Allendale, Rich Nelson.
Traders de grãos continuarão acompanhando as previsões do tempo, pois os produtores precisam de uma ampla colheita para reabastecer os estoques. Os futuros de milho estão em nível 6% menor do que o recorde registrado no mês passado, quando subiram por causa da forte demanda.
Em nota a seus clientes, o banco de investimentos Goldman Sachs alertou que os futuros poderiam subir novamente se a safra de milho for colocada em risco. Mas o banco reduziu sua estimativa de preço do milho em três meses, passando-a dos US$ 8,60/bushel previstos em abril para US$ 8,0/bushel.
O analista John Kleist, da corretora Ebottrading.com, disse que o "clima quente e seco na próxima semana pode indicar que muito milho que não seria plantado, será".

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