quinta-feira, 1 de julho de 2010

SAFRA 2010/11: MERCADO PREVÊ LEVE CRESCIMENTO DA ÁREA DE SOJA.

Apesar de os preços estarem hoje menos favoráveis do que no ano passa e da expectativa de grande safra no maior produtor mundial - os Estados Unidos -, analistas de soja consideram que os produtores brasileiros plantarão área ao menos semelhante à da safra 2009/2010, senão ligeiramente maior, em 2010/2011. "Esperamos uma área igual ou até mesmo um pouco maior. Com a expansão de algumas áreas novas e a migração de parte do milho para a soja, a área de plantio pode ser até 5% maior", prevê Glauco Monte, analista da FCStone.
Questões como câmbio, preços e nível de oferta seguem como fatores de incerteza. "Os produtores estão atrasando a decisão sobre plantio. Eles esperam um quadro mais claro, mais consolidado, sobre o nível da produção nos Estados Unidos. E estão atrasando também a compra de fertilizantes, como aconteceu no ano passado, quando quem comprou mais tarde, conseguiu preço melhor", disse Fernando Pimentel, analista da Agrosecurity. "Neste ano, a situação é outra: as indústrias de fertilizantes estão menos estocadas", acrescentou o analista, referindo-se ao risco embutido na repetição desta estratégia.
"O câmbio é uma incógnita muito importante, mas acreditamos que, se houver perdas em uma ponta, podem ser compensadas na outra - se Chicago recuar, é possível que haja um offset do câmbio", explicou Pimentel. A expectativa do alto nível de produção da safra atualmente em desenvolvimento nos Estados Unidos é outro fator fundamental. "Analisando estritamente no contexto de oferta e demanda, é de se esperar que haja um pouquinho de sobreoferta, se a safra dos EUA terminar dentro do que se espera. Esperamos que a soja em Chicago fique nessa faixa de US$ 8,50 a US$ 9,50 por bushel até o início da próxima safra nos Estados Unidos, a partir de maio", acrescentou o analista da Agrosecurity.
"No que diz respeito ao mercado físico, o produtor brasileiro vai seguir plantando soja. Pode haver uma migração marginal de soja apara algodão, na Bahia e em Mato Grosso, da ordem de 200 mil hectares no total, e no Paraná, uma pequena migração de milho para soja no verão", disse Pimentel. "Se a safra forte nos Estados Unidos se confirmar, o produtor do Cerrado deve investir menos em tecnologia, especialmente em adubação", acrescentou.
No Paraná, a migração de parte do milho para soja é dada como certa. "Aqui, tivemos uma safrinha muito boa, com um grande excedente de milho. Apesar de o preço da soja ter também recuado, ainda está melhor do que o do milho", disse Washington Terra, analista da WA Corretora de Cereais, de Maringá (PR). "É difícil falar com precisão porque ainda estamos longe do início do período de plantio de soja no Paraná, que começa em outubro, com a soja precoce, e em novembro, o plantio deve aumentar em função do menor interesse pelo milho. A soja tem mais liquidez e carrega valor para o futuro."

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