quinta-feira, 4 de novembro de 2010

CHICAGO/GRÃOS ENCONTRA SUPORTE NA DEMANDA

Os preços internacionais da soja terminaram a quarta-feira em território positivo na Bolsa de Chicago se recuperando com a forte demanda e o apoio do dólar. O contrato mais líquido, com vencimento em janeiro, subiu 3,50 cents ou 0,28% e fechou a US$ 12,3750/bushel.
Segundo o analista Bill Nelson, da corretora Doane Advisory Service, a soja é capaz de avançar conforme o mercado se volta novamente para os fundamentos, com demanda de consumidores domésticos e importadores. Nelson acrescentou que a incerteza sobre o relatório de safra a ser divulgado pelo governo na semana que vem, com a expectativa de que a demanda mais do que compensará o aumento da produção, representou uma boa oportunidade para os compradores nas quebras de preço.
A previsão de que o Federal Reserve injetaria dinheiro na economia pareceu ter influência negativa na soja, pois estimulou alta do dólar e pesou sobre as commodities. Outras incertezas, como sobre a safra da América do Sul, incentivaram os traders a manter algum prêmio de risco embutido nas cotações."É prematuro remover o prêmio diante de dúvidas sobre a longa temporada de produção do Brasil e da Argentina, segundo e terceiro maiores produtores mundiais de soja", explicou Nelson.

MILHO FECHA EM ALTA COM SINAIS DE OFERTA APERTADA
Os preços futuros do milho terminaram a quarta-feira em território positivo na CBOT sustentados pela expectativa de que o governo americano indicará que a oferta está mais apertada. Os contratos com vencimento em dezembro subiram 5,25 cents ou 0,91% e fecharam a US$ 5,81/bushel. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 9 mil lotes.
A sustentação dos preços do milho no mercado à vista se refletiu no mercado futuro, pois produtores estão segurando o fornecimento antes dos dados de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que serão divulgados na terça-feira, de acordo com Mike Zuzolo, presidente da corretora Global Commodity Analytics and Consulting. Zuzolo comentou que os compradores estão buscando suprimento, mas com a incerteza sobre a safra 2010/11 dos Estados Unidos e a previsão dos analistas de que haverá redução da produção e do rendimento, produtores e traders estão cautelosos para o caso de serem surpreendidos.
O mercado continuou dentro do intervalo que vem ocupando há três semanas, com fraca demanda e oferta mais apertada oferecendo sinais contraditórios. A influência dos mercados financeiros fez com que os preços oscilassem, flutuando por causa do dólar e do ouro ao longo da sessão.
Outro motivo de cautela foi a espera da decisão do Federal Reserve sobre política monetária, anunciada hoje, que poderia influenciar o dólar e as exportações.

TRIGO DEVOLVE GANHOS RECENTES
As cotações do trigo caíram pelo quarto dia consecutivo no mercado americano. As previsões do tempo continuam indicando clima quente e seco, mas não foram capazes de estimular um movimento de compras agressivo.
Os contratos mais negociados na Bolsa de Chicago (CBOT), com vencimento em dezembro, cederam 4,0 cents ou 0,58% e fecharam a US$ 6,9025/bushel. Esse vencimento caiu 27 cents ou 3,8% nas últimas quatro sessões. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento recuou 2,0 cents ou 0,27% e terminou a US$ 7,4650/bushel.
Analistas disseram que os futuros esticaram as perdas recentes pois, embora as previsões ainda sinalizem tempo seco nas áreas de produção do meio-oeste e das Planícies dos Estados Unidos, traders já assimilaram a ameaça na semana passada, com o rali de 7%.
Apesar do clima desfavorável, o analista Shawn McCambridge, da corretora Prudential Bache, lembrou que em ocasiões anteriores a safra de inverno se recuperou de condições até piores. "Algumas chuvas leves realmente podem melhorar a condição da safra muito rapidamente", disse. Veja abaixo como ficaram os principais vencimentos do trigo em Chicago e Kansas City.

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