segunda-feira, 1 de novembro de 2010

PERSPECTIVA: ECONOMIA DOS EUA DEVE DIRECIONAR TENDÊNCIA.

O mercado futuro de soja na Bolsa de Chicago deve acompanhar com atenção a reunião de quarta-feira (3) do Comitê Federal de Mercado Aberto sobre os rumos da economia norte-americana. O mercado acredita que as autoridades do Federal Reserve (Fed) divulgarão uma nova rodada de medidas de estímulo à economia baseadas na compra de Treasuries de longo prazo.
Os participantes devem atentar, ainda, para os relatórios semanais sobre a forte demanda chinesa e sobre a evolução do plantio da safra sul-americana, em especial o atraso no plantio em Mato Grosso, maior produtor brasileiro da oleaginosa.
Além de fatores fundamentais como as preocupações em relação ao plantio no Hemisfério Sul e a forte demanda chinesa, que anulou o possível efeito baixista da safra recorde norte-americana, as cotações da soja estão sendo impulsionadas pela desvalorização do dólar, que reduz o preço das mercadorias para os países importadores e atrai o capital especulativo para as bolsas de futuros.
Na sexta-feira passada, pela segunda sessão consecutiva, o contrato com vencimento em janeiro, mais líquido, fechou sem variação, a US$ 12,36 o bushel. Apesar da firme demanda para exportação, participantes aproveitaram para embolsar os lucros no nível de preço mais alto em 14 meses nesta semana.
Os futuros de milho em Chicago encerraram o mês de outubro com valorização de cerca de 17%. Na sexta-feira, traders embolsaram lucros, mas mesmo assim os contratos com vencimento em dezembro se recuperaram para fechar em alta de 0,52% (3,0 cents), a US$ 5,82/bushel.
Analistas acreditam que o mercado tem encontrado sustentação na expectativa de que a estimativa de produção e produtividade do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos será reduzida no relatório deste mês (dia 9), mas os participantes também estão antecipando sinais de queda da demanda.
Graficamente, os contratos com vencimento em dezembro tentar alcançar no nível psicológico de US$ 6,00 o bushel. No entanto, Chicago deve romper antes a resistência a US$ 5,8525 e US$ 5,88 (máxima de outubro). Em contrapartida, as cotações tem suporte na mínima da semana anterior a US$ 5,4275. O primeiro suporte, no entanto, é de US$ 5,75 e depois US$ 5,70.
Já o mercado de trigo segue atento ao clima nas regiões produtoras dos Estados Unidos. As lavouras do Meio-Oeste, das Planícies e do Delta do Mississippi precisam de umidade, mas não devem receber muita nos próximos dias. Isso tem garantido alguma sustentação aos preços.
Na sexta-feira passada os contratos para entrega em dezembro caíram 1,0 cent ou 0,14% e fecharam a US$ 7,1725/bushel, pressionados pelo movimento de realização de lucro. Tecnicamente, o mercado tem potencial para buscar a máxima de outubro, a US$ 7,3975. Antes, porém, os futuros devem testar a máxima marcada quinta-feira passada a US$ 7,21 e depois US$ 7,25. O suporte é de US$ 7,10 e US$ 7,00. Em seguida, os preços devem tentar quebrar US$ 6,6.

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