Os contratos futuros da soja atingiram as máximas de uma semana na bolsa de Chicago impulsionados pela firme demanda exportadora e pelo receio quanto ao potencial de produtividade das lavouras norte-americanas. O vencimento mais próximo, setembro, subiu 9 cents (0,9%) para US$ 10,22/bushel. Já o contrato mais líquido, base novembro, subiu 1,1%, ou 11,50 cents, para US$ 10,26/bushel. Fundos especulativos compraram mais de três mil lotes no dia.
O clima seco e a temperatura elevada nas partes leste e central do Meio-Oeste, justamente no período em que as plantas carecem de mais água, estimulou os traders a adicionar um prêmio de risco antes do fim de semana, disse Sterling Smith, analista da Country Hedging, Minnesota. Os traders estão cautelosos porque se as lavouras não receberem bom volume de chuva no curto prazo, pode haver perda de produtividade, acrescentou Smith. As notícias de que a doença da morte súbita está se espalhando por Iowa e Illinois contribuíram para sustentar o mercado.
A firmeza das exportações, especialmente para a China, e os preços firmes do trigo nos Estados Unidos e Europa também ofereceram suporte à oleaginosa. A forte alta do cereal faz o mercado considerar a perspectiva de aumento de demanda por farelo de soja para produção de ração, acrescentou Smith.
O dólar índex mais fraco, combinado com a valorização dos futuros do petróleo, deu o suporte psicológico para atrair mais compras de especuladores. Com a moeda americana em baixa, o preço da matéria-prima, denominado em dólar, fica mais barato para compradores estrangeiros.
O serviço meteorológico Telvent DTN prevê clima mais seco no Meio-Oeste nos próximos dias que pode elevar o estresse climático no período de enchimento dos grãos.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reportou hoje vendas de 120 mil t de soja para a China e 180 mil t de milho para destino não revelado para entrega em 2010/11.
Nos produtos, o fechamento também foi firme. O óleo de soja recuperou valor frente ao farelo nas operações de spread. Os ganhos do petróleo, deram suporte ao mercado, disseram analistas.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
SOJA FECHA EM ALTA COM DEMANDA E RECEIO SOBRE PRODUTIVIDADE.
Estiagem deverá atrasar plantio de grãos.
Uma rápida consulta na página do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) no início da noite de quinta-feira não deixava dúvidas. De uma lista de 11 Estados do país, todos apareciam com baixa umidade relativa do ar.
Gravíssima em metrópoles como São Paulo e rastilho para incêndios em diversos pontos do país, a situação já interfere na produção agropecuária nacional. Não seria nada muito preocupante se fosse chover amanhã. Mas, como isso não vai acontecer, o campo começa a se preparar para dias piores.
No segmento de grãos, é possível dizer que a falta de chuva até agora foi inclusive benéfica em alguns casos. O trigo, plantado no inverno, teve sua colheita acelerada no Sul e passou a correr menos risco de embolorar. O milho safrinha semeado no Paraná já foi todo colhido e não sofreu, enquanto em São Paulo os trabalhos também já estão quase finalizados. Outro produto que já está com a colheita acelerada é o café, e a seca na fase final da safra colabora para a fermentação ideal do grão.
Daqui para frente, contudo, o cenário muda. Se persistente, o déficit hídrico afetará a florada das próximas safras de café e laranja, reduzirá a produção de cana - e esta já sente os efeitos adversos da estiagem -, reduzirá a oferta de lácteos e aumentará a de boi e adiará o início do plantio da próxima safra de grãos de verão, programado para meados de setembro. Esta possibilidade já virou uma probabilidade concreta, e para tornar-se uma certeza falta quase nada.
Diferentemente do que aconteceu no ano passado, quando as chuvas antecipadas permitiram o início do plantio de grãos na segunda quinzena de setembro no Centro-Oeste, agora não há chuvas no horizonte até a segunda quinzena de outubro.
Ou seja, o clima quase ideal que garantiu a produção recorde de grãos na safra 2009/10 não se repetirá, o que poderá prejudicar muitos produtores, sobretudo os da região Sul, ainda que tenha potencial para garantir aumento de preços para quem tiver produto para vender.
Mesmo com o início das precipitações a partir da segunda metade de outubro, as chuvas serão irregulares, o que poderá forçar alguns produtores de grãos a fazer o chamado "replantio", o que obviamente eleva custos e achata margens.
"Nesta safra teremos os efeitos da La Ñina, que se reflete no atraso do início do período chuvoso no Brasil. Nessa fase inicial de plantio, não será difícil encontrar agricultores que registrarão chuvas em suas propriedades e vizinhos que estarão secos", diz Marco Antônio dos Santos, agrometeorologia da Somar Meteorologia.
Se o plantio no Centro-Oeste poderá ser prejudicado pelo atraso das chuvas, a colheita também pode ser influenciada negativamente - neste caso, entretanto, devido ao excesso de precipitações. Chuvas na colheita impedem a entrada das máquinas nas lavouras e elevam a umidade das plantas, atrasando os trabalhos e colocando em risco a produtividade.
No Paraná e no Rio Grande do Sul, não são esperados problemas para o plantio, mas para o período de desenvolvimento das culturas de verão. Na avaliação de Santos, o plantio acontecerá normalmente em outubro, mas durante o verão, quando a soja está no meio de seu desenvolvimento nos Estados do Sul, é esperada a interrupção das chuvas e o início de uma estiagem na região.
"No caso do Rio Grande do Sul, os agricultores atrasaram o plantio do trigo no inverno por conta de um período de estiagem. Isso vai fazer com que o plantio da soja ocorra a partir de novembro, mas já existe a previsão de que no verão essas chuvas parem", diz Santos.
Autor: Alexandre Inacio e Fernando Lopes
SOJA RECEBE APOIO DE OUTROS MERCADOS E OPERA EM ALTA.
Os contratos futuros de soja estão se mantendo firmes nesta sexta-feira na Bolsa de Chicago. Lotes de maior liquidez, para entrega em novembro, tinveram valorização de 13,0 cents e operavam a US$ 10,27 75/bushel. Segundo analistas, uma combinação entre forte demanda para exportação, preocupações com produtividade nos Estados Unidos e suporte dos outros mercados de grãos está dando suporte aos futuros neste momento.
A seca e a elevação das temperaturas no Leste e na região central do Meio-Oeste americano estão aumentando os rumores sobre o potencial de produtividade. Os analistas acrescentam que a forte demanda chinesa aumenta as preocupações com a oferta apertada. Enquanto isso, a queda do dólar é fator positivo para as commodities.
MILHO OPERA EM ALTA DIANTE DE DISCUSSÃO SOBRE RENDIMENTO
Os contratos futuros do milho caminham em território positivo nesta sexta-feira sustentados por preocupações com a produtividade e pela forte demanda. Os contratos mais movimentados, para entrega em dezembro subiam 4,25 cents cotados a US$ 4,36 25/bushel. Alcançou seu maior nível em sete meses, mas realização de lucros limitou o avanço, segundo traders
Participantes do mercado estão embutindo prêmio de risco nas cotações, como forma de precaução para o caso de haver uma queda na produção que afetasse a capacidade do mercado de atender à expectativa de demanda, segundo analistas. A seca na Rússia elevou a perspectiva de maior demanda por grãos dos Estados Unidos nos próximos meses.
CHICAGO: GRÃOS TRABALHAM EM ALTA POR SÓLIDA DEMANDA.
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam em alta nesta sexta-feira, estendendo os ganhos da sessão eletrônica. Sólida demanda por exportações e persistentes incertezas sobre a produtividade da safra, em função de um clima seco e quente nas partes central e leste da região Meio-Oeste dos Estados Unidos, impulsionam os preços, segundo analistas.Os produtos derivados da oleaginosa apresentam comportamentos diferenciados, com o óleo firme e o farelo misto. O contrato novembro sube 9 cents, ou 0,89%, cotado a US$ 10,2350 por bushel.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou hoje a venda de 120 mil toneladas de soja para China em 2010/11. O ano comercial da oleaginosa começa em 1º de setembro. Exportadores norte-americanos devem relatar ao USDA vendas de 100 mil toneladas ou mais feitas em um único dia para um mesmo destino.
O milho avança em meio à continuação de compras, motivado por forte demanda e por dúvidas com relação ao potencial da safra. O contrato dezembro brevemente atingiu o maior nível em sete meses, apesar de um analista ter dito que o mercado está com um excesso de posições compradas e pode encontrar dificuldades para subir.
A estiagem na Rússia alimenta expectativas de uma demanda maior por grãos dos Estados Unidos nos próximos meses. Investidores altistas dizem que os relatórios preliminares sobre a produtividade da safra norte-americana são irregulares, mas outros dizem que a perspectiva de produção ainda não mudou.Vencimento dezembro subiu 6,25 cents, ou 1,45%, para US$ 4,3825 por bushel.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos comunicou hoje a venda de 180 mil toneladas de milho para países não revelados em 2010/11. O ano comercial do grão começa em 1º de setembro.
Frequentemente, exportadores norte-americanos concordam em vender ofertas para intermediários que ainda não definiram o destino final do carregamento. Quando isso acontece, o USDA lista o comprador como "desconhecido". Vendas de 100 mil toneladas ou mais, feitas em um único dia para um mesmo destino, devem ser informadas ao USDA no dia seguinte.
O trigo registra ganhos nesta sexta-feira, estimulado por temores sobre déficit de produção na ex-União Soviética e por expectativas de intensa demanda. Um relatório do adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos em Moscou, apontou a safra russa em 41 milhões de toneladas na temporada 2010/11, quatro milhões de toneladas abaixo da última projeção e 20,7 milhões de inferior ao volume registrado em 2009/10.
A colheita em andamento está revelando produtividade e qualidade fracas. "A estiagem e o calor continuam na Rússia, destruindo a safra de grãos", informou o órgão. Traders ignoram o comunicado do primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, de que a Rússia tem ofertas de trigo mais que suficientes. Eles preveem que o país precisará importar grãos neste ano para compensar as perdas da safra local. Há pouco, o contrato dezembro subia 6,50 cents, ou 0,94%, para US$ 6,95 por bushel. Na Bolsa do Kansas (KCBT, na sigla em inglês), o mesmo vencimento avançava 8 cents, ou 1,13%, negociado a US$ 7,13 por bushel.
RÚSSIA TEM OFERTAS SUFICIENTES.
A Rússia não está com um déficit de ofertas e não há justificativa para a recente alta nos preços dos grãos, disse hoje Vladimir Putin, primeiro-ministro russo, segundo agências de notícias locais. "Depois da fraca colheita, a dúvida a respeito de um possível déficit naturalmente surge", afirmou Putin. "Não há déficit e não haverá."
O país tem mais de 9,5 milhões de toneladas de grãos em estoque, além de um volume adicional de 21 milhões de toneladas restantes da última temporada, e estimativas conservadoras da safra deste ano indicam uma produção de 60 milhões de toneladas. A oferta total deve ser suficiente para satisfazer a demanda interna de 77 milhões a 78 milhões de toneladas, acrescentou o premiê russo.
A pior estiagem em décadas na Rússia devastou 27% da safra doméstica de grãos neste ano, levantando rumores de que o país não seria capaz de suprir a demanda local. Em uma tentativa de estabilizar o mercado, o governo russo proibiu as exportações de grãos a partir de 15 de agosto, mas a medida até agora não conseguiu conter o aumento dos preços internos.
ESTRANGEIROS PREOCUPA PRODUTORES EM MATO GROSSO.
O avanço do capital estrangeiro no plantio de grãos em Mato Grosso preocupa as lideranças rurais, que são cautelosas ao abordar o assunto, pois veem também na situação uma oportunidade para superar a crise de endividamento crônica que se arrasta desde a crise do agronegócio de 2005. A dívida com bancos e tradings é estimada em mais de R$ 10 bilhões. Assim como os grandes grupos familiares instalados no Estado, os estrangeiros são a salvação da lavoura para os produtores que estão endividados e sem crédito, pois arrendam as terras e financiam o plantio, utilizando a infraestrutura e o maquinário já existentes nas propriedades.
Não existem dados oficiais, mas estima-se que o arrendamento do plantio da soja em algumas regiões ultrapasse os 50%. Um levantamento feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostrou que atualmente 20 grandes grupos respondem por 20% da área cultivada com soja no Estado. Há cinco anos, os 20 grandes grupos respondiam por 9% do plantio da soja em Mato Grosso. Dentre eles, pelo menos três são estrangeiros.
Diante da incapacidade de muitos agricultores de quitar suas dívidas e permanecer na atividade, o arrendamento por parte dos estrangeiros é visto com bons olhos pelas lideranças rurais. É o caso do argentino Los Grobo, que chega neste ano ao Estado com R$ 70 milhões em caixa para financiar o plantio e assegurar a compra da produção, por meio da troca por insumos (defensivos e fertilizantes), numa operação que inclui operações de hedge para proteção contra oscilações dos preços da soja, do frete e do câmbio. Há mais tempo no Brasil, a empresa O Telhar, vinculada à multinacional argentina El Tejar, ocupa 180 mil hectares com plantações de soja, milho e algodão em 14 municípios de Mato Grosso. Cerca de 40 mil hectares são áreas próprias e o restante arrendado de brasileiros.
Rui Prado, presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), reconhece que a concentração da produção é um fato que ocorre em todo o mundo, mas ressalva que no Estado o processo é acentuado em virtude do elevado grau de endividamento e do alto custo de produção. Por causa da longa distância dos portos, os produtores pagam mais caro pelos insumos (a maioria das matérias-primas é importada) e recebem menos pela soja.
Em relação à compra de terras pelos estrangeiros, as lideranças rurais evitam assumir a defesa da restrição pura e simples. Eles defendem igualdade de condições para concorrer com os fundos de investimentos, que têm acesso a recursos fartos e baratos para comprar terras e financiar a produção. Um dos receios das lideranças é que, após as dificuldades enfrentadas pelos agricultores pioneiros para desbravar as regiões de fronteira, os fundos estrangeiros sejam beneficiados pela valorização das terras, em virtude dos investimentos do governo federal na melhoria da logística, como a abertura da BR 163, que permitirá o escoamento da safra pelos portos da Região Norte, e a construção da ferrovia Centro-Leste, que cortará as principais regiões agrícolas do Estado.
Ninguém sabe ao certo quantos milhões de hectares em Mato Grosso estão em mãos dos estrangeiros. Na semana passada, o banco australiano Macquarie confirmou a criação de um fundo que irá captar US$ 600 milhões para investir em terras e arrendamentos na Austrália e no Brasil. O alvo do Macquarie é Mato Grosso. Os diretores da instituição estiveram no Estado no início desde mês, visitando fazendas. A meta é comprar 250 mil hectares para produção de soja.
Arrendamento - O parecer da Advocacia Geral da União (AGU) que determina aos cartórios de imóveis que registrem a compra de terra por empresa estrangeira em livros especiais está prejudicando os negócios de arrendamento em Mato Grosso. Na dúvida, muitos cartórios no interior não estão aceitando registrar contratos de arrendamento de terras por estrangeiros de áreas superiores a 500 hectares.
Venilson Ferreira, correspondente
SOJA/CHINA: IMPORTAÇÃO DEVE SOMAR 4,56 MI T EM AGOSTO.
As importações de soja da China em agosto devem alcançar 4,56 milhões de toneladas, informou hoje o Ministério de Comércio do país. A estimativa é 8% inferior ao volume apurado em julho e também fica abaixo da projeção divulgada pelo governo no começo deste mês, mas ainda representa uma máxima histórica, com alta de 46% frente ao mesmo período de 2009.
O ministério prevê que as importações da oleaginosa em setembro atinjam 4,34 milhões de toneladas. A estimativa de agosto se baseia nos relatos de importadores entre 1º e 15 de agosto, e normalmente fica abaixo do volume real, já que não contabiliza todos carregamentos. O governo divulga as projeções duas vezes por mês.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
CHICAGO : SOJA SOBE COM BOA DEMANDA.
Os contratos futuros de soja fecharam com alta na Chicago Board Of Trade recuperando-se das perdas da semana com a demanda sólida pela oleaginosa dos Estados Unidos e as incertezas que rondam a produtividade da safra no país. O contrato novembro fechou com alta de 15,50 cents (1,6%), em US$ 10,1450 por bushel. Fundos compraram cerca de quatro mil contratos do grão.Os EUA venderam 991.800 toneladas de soja na semana passada, 824.100 para entrega na safra nova, 2010/11. A China comprou, no total, 289.800 t.
John Kleist, corretor e analista da Allendale Inc., avaliou que as dúvidas relacionadas à nova safra norte-americana vão manter os preços sustentados perto de US$ 10/bushel. "A demanda forte, especialmente da China nas últimas semanas, continuará a ser uma justificativa para que o mercado continue preocupado com a oferta", afirmou. O tempo está seco no leste do Meio-Oeste e nas áreas do sul dos EUA, onde a maioria das lavouras está na fase de preenchimento do grão, crucial para determinar a produtividade.
A precificação de consumidores finais também sustentou os preços nesta quinta-feira. Isso mostra que importadores e processadores domésticos consideram que valores abaixo de US$ 10 por bushel são adequados diante das incertezas relacionadas à produção norte-americana.
O mercado tinha levado em conta uma safra recorde, mas as ocorrências da doença chamada morte súbita em lavouras do Iowa e Illinois deixaram os traders mais cautelosos em antecipar uma produtividade histórica. Só a colheita vai dizer se houve perda significativa, dizem, agora, analistas. Os derivados de soja também fecharam com alta, acompanhando os preços do grão.
MILHO FECHA EM ALTA COM BOM DESEMPENHO DA EXPORTAÇÃO .
Os contratos futuros de milho se recuperaram hoje de parte das perdas registradas nos últimos três dias na Bolsa de Chicago . Posição mais líquida, o contrato dezembro subiu 12,0 cents ou 2,86% e fechou a US$ 4,32/bushel.
O milho recebeu influência positiva do mercado de petróleo. Analistas disseram que os ganhos do petróleo, que está relacionado ao milho por causa do etanol, ajudou a alimentar o movimento de alta. Além disso, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos informou que as exportações do cereal na semana foram superiores ao que a maioria esperava.
O analista Joel Karlin, da corretora Western Milling, lembrou que ainda há preocupações com a safra. Em agosto, o USDA estimou produtividade recorde, de 165 bushels por acre. Mas Karlin declarou que o calor e o excesso de umidade em partes do Cinturão do Milho podem provocar produção abaixo do esperado. "Acho que as pessoas estão começando a olhar esses 165 bushels com mais atenção", comentou.
Ele acrescentou que o rápido amadurecimento da safra dos Estados Unidos pode não dar tempo suficiente para que as lavouras alcancem seu completo potencial de produtividade. Outros, como Chad Henderson, da corretora Prime Ag avaliam que a produtividade tem sido típica e não muda o potencial de safra recorde. "Eu vejo esse mercado apenas de lado", afirmou. Analistas disseram que há poucas justificativas para o rali ligadas aos fundamentos. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 15 mil contratos hoje.
TRIGO FECHA EM ALTA DIANTE DE PREOCUPAÇÃO COM OFERTA GLOBAL.
Os contratos futuros de trigo terminaram a quinta-feira com valorização no mercado americano, corrigindo perdas anteriores diante de firme exportação na semana e de preocupações com a oferta global.
Na Bolsa de Chicago os lotes para entrega em dezembro subiram 8,0 cents ou 1,18% e fecharam a US$ 6,8850/bushel. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento avançou 14,0 cents ou 2,03% e terminou a US$ 7,05/bushel.
O analista Jack Scoville da corretora Price Futures Group, afirmou que "as exportações fantásticas (dos Estados Unidos), a discussão no mercado de que a Rússia terá de importar até 6 milhões de toneladas de trigo e a redução da estimativa global pelo Conselho Internacional de Grãos (IGC) ofereceram uma combinação de suporte para os preços". Na CBOT, estima-se que fundos tenham comprado cerca de 5 mil lotes.
As opiniões conflitantes sobre a possível necessidade de importação pela Rússia, após a rigorosa estiagem que prejudicou a safra local, produziram volatilidade no mercado durante o último mês. O potencial de elevação da demanda do cereal do Estados Unidos ajudou a sustentar as cotações - já que a indústria busca trigo com maior teor proteico para compensar a produção perdida na região da antiga União Soviética. Alguns traders disseram que o mercado estava sobrevendido, após cair mais de 6%.
No entanto, depois do salto inicial, o avanço perdeu força com relatos de que a Rússia precisa de muita chuva. Vendas de hedge, com o fim das colheitas de primavera e inverno, e critérios técnicos, promoveram a liquidação de posições compradas de curto prazo, segundo Scoville.
ÓLEOS VEGETAIS: DEMANDA CRESCE MAIS QUE OFERTA.
O consumo mundial de óleos vegetais nos segmentos de alimentação e biocombustíveis deverá crescer em seis milhões de toneladas no ano comercial entre abril de 2010 e março de 2011, enquanto o crescimento da oferta será de apenas 2,3 milhões de toneladas, afirmou hoje o conceituado analista Dorab Mistry, diretor do conglomerado indiano Godrej International Ltd.
Em palestra na 1º Conferência Latino-Americana da Mesa Redonda para o Óleo de Palma Sustentável (RSPO, em inglês), que está sendo realizada em Belém (PA), Mistry disse que, apenas na Índia, o consumo de óleos vegetais vai crescer 400 mil toneladas no período, aumentando a dependência do país das importações do produto. "As importações indianas de óleos vegetais vão precisar crescer de 8,6 milhões para 9 milhões de toneladas. E o mundo não vai poder fornecer esse volume adicional sem reduzir seus estoques de forma dramática. Se a Índia não importar o volume necessário, os preços internos do óleo de palma vão subir ainda mais e ficar em torno de 3 mil ringgit por tonelada (US$ 955)."
Ele reiterou sua estimativa para a produção de óleo de palma da Malásia, que por causa da estiagem deverá recuar 2,3% para 17,2 milhões de toneladas. Na Indonésia, a produção deverá crescer apenas 500 mil toneladas (de um milhão esperado anteriormente), para 21,1 milhões de t. Ambos são os maiores produtores mundiais de óleo de palma.
Mistry prevê que os preços do óleo vão subir muito dos atuais níveis, que hoje oscilam entre US$ 910 e US$ 1.050 por tonelada. "Eles vão manter um prêmio saudável sobre o óleo de palma". O óleo de soja geralmente é mais caro que o de palma, mas por causa da produção recorde de soja na América do Sul neste ano seu preço acabou ficando abaixo do do concorrente.
Quanto ao biodiesel, o analista disse que a produção deverá crescer a uma taxa de dois milhões de toneladas por ano na medida em queda mais países começarem a se voltar para a bioenergia para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis.
SOJA 10/11: NOVA PREVISÃO ESTIMA AUMENTO DE 2,4% EM MT
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), vinculado à Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), divulgou hoje sua terceira estimativa para a safra de soja 2010/11, que começa a ser plantada na segunda quinzena de setembro, quando encerra o prazo do vazio sanitário estabelecido para controle da ferrugem asiática. No levantamento, o Imea elevou em 2,4% tanto sua estimativa de área plantada (para 6,241 milhões de hectares) como de produção (para 18,729 milhões de toneladas), em relação aos dados estimados em julho. Na comparação com a safra 2009/10, a área cresceu 0,4% e a produção diminuiu 0,5%. A retração se deve à expectativa de queda de 0,8% na produtividade, para 50,02 sacas por hectare, ante as 50,43 sacas por hectare colhidas na safra passada.
A principal alteração do terceiro levantamento do Imea é o aumento de 47 mil hectares na estimativa de plantio da região do médio-norte, que responde por 39,7% da área plantada no Estado. Em julho a expectativa era de plantio de 2,419 milhões de hectares. Agora são projetados 2,466 milhões de hectares. Para a região sudeste, que responde por 23% da área cultivada com soja em Mato Grosso, o Imea elevou sua estimava em 43 mil hectares (de 1,417 milhão em julho
para 1,460 milhão de hectares em agosto).
No geral, na correção dos números de intenção de plantio, o Imea retomou os patamares da safra 2009/10 para a maioria das regiões. A exceção foi o nordeste, que apresenta um aumento de 3,8% na área plantada, para 652,2 mil hectares. Confira a seguir os números do Imea.
ESTIMATIVA DE ÁREA PLANTADA (EM MIL HECTARES)
---------------------------------------------------------------
SAFRA 2009/10 SAFRA 2010/11 VARIAÇÃO
JUL/10 AGO/10 MENSAL ANUAL
---------------------------------------------------------------
Noroeste 261,2 243,2 261,2 7,4% 0,0%
Norte 44,0 43,0 44,0 2,3% 0,0%
Nordeste 628,4 652,2 652,2 0,0% 3,8%
Médio-norte 2.466,0 2.419,0 2.466,0 1,9% 0,0%
Oeste 948,2 922,2 948,2 2,8% 0,0%
Centro-sul 409,1 397,1 409,1 3,0% 0,0%
Sudeste 1.460,6 1.417,6 1.460,6 3,0% 0,0%
Mato Grosso 6.217,5 6.094,3 6.241,3 2,4% 0,4%
---------------------------------------------------------------
ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO DE SOJA EM MT (EM MIL TONELADAS)
---------------------------------------------------------------
SAFRA 2009/10 SAFRA 2010/11 VARIAÇÃO
JUL/10 AGO/10 MENSAL ANUAL
---------------------------------------------------------------
Noroeste 757,1 702,0 754,0 7,4% -0,4%
Norte 131,6 123,5 126,4 2,3% -4,0%
Nordeste 1.901,6 1.947,8 1.947,8 0,0% 2,4%
Médio-norte7.714,7 7.304,6 7.446,5 1,9% -3,5%
Oeste 2.711,1 2.784,3 2.862,8 2,8% 5,6%
Centro-sul 1.178,1 1.183,3 1.219,1 3,0% 3,5%
Sudeste 4.420,4 4.243,9 4.372,6 3,0% -1,1%
Mato Grosso 18.814,7 18.289,5 18.729,2 2,4% -0,5%
---------------------------------------------------------------
Fonte: Imea
Arquivo do blog
-
▼
2019
(5)
- ► 06/16 - 06/23 (1)
- ► 03/24 - 03/31 (1)
- ► 02/17 - 02/24 (1)
- ► 01/27 - 02/03 (1)
-
►
2018
(8)
- ► 09/02 - 09/09 (1)
- ► 07/22 - 07/29 (1)
- ► 07/15 - 07/22 (1)
- ► 06/10 - 06/17 (1)
- ► 05/06 - 05/13 (1)
- ► 03/11 - 03/18 (1)
- ► 03/04 - 03/11 (1)
- ► 02/11 - 02/18 (1)
-
►
2016
(7)
- ► 08/28 - 09/04 (1)
- ► 08/21 - 08/28 (1)
- ► 07/03 - 07/10 (1)
- ► 02/14 - 02/21 (2)
- ► 02/07 - 02/14 (1)
- ► 01/31 - 02/07 (1)
-
►
2015
(9)
- ► 11/22 - 11/29 (1)
- ► 10/04 - 10/11 (1)
- ► 08/23 - 08/30 (1)
- ► 08/16 - 08/23 (1)
- ► 05/17 - 05/24 (1)
- ► 05/10 - 05/17 (1)
- ► 05/03 - 05/10 (1)
- ► 04/12 - 04/19 (1)
- ► 03/22 - 03/29 (1)
-
►
2014
(16)
- ► 11/23 - 11/30 (1)
- ► 10/26 - 11/02 (2)
- ► 10/19 - 10/26 (3)
- ► 10/12 - 10/19 (2)
- ► 10/05 - 10/12 (5)
- ► 03/16 - 03/23 (1)
- ► 01/19 - 01/26 (1)
- ► 01/05 - 01/12 (1)
-
►
2013
(15)
- ► 12/15 - 12/22 (1)
- ► 12/08 - 12/15 (1)
- ► 10/20 - 10/27 (1)
- ► 09/29 - 10/06 (1)
- ► 08/11 - 08/18 (1)
- ► 07/21 - 07/28 (1)
- ► 07/14 - 07/21 (1)
- ► 06/30 - 07/07 (1)
- ► 05/26 - 06/02 (1)
- ► 05/19 - 05/26 (1)
- ► 03/10 - 03/17 (1)
- ► 03/03 - 03/10 (1)
- ► 02/24 - 03/03 (1)
- ► 01/06 - 01/13 (2)
-
►
2012
(31)
- ► 12/16 - 12/23 (1)
- ► 10/07 - 10/14 (2)
- ► 09/23 - 09/30 (1)
- ► 09/16 - 09/23 (3)
- ► 09/02 - 09/09 (3)
- ► 08/26 - 09/02 (4)
- ► 08/19 - 08/26 (1)
- ► 08/12 - 08/19 (2)
- ► 07/29 - 08/05 (2)
- ► 07/01 - 07/08 (1)
- ► 06/24 - 07/01 (3)
- ► 05/20 - 05/27 (1)
- ► 05/06 - 05/13 (1)
- ► 04/29 - 05/06 (1)
- ► 02/05 - 02/12 (2)
- ► 01/15 - 01/22 (1)
- ► 01/08 - 01/15 (2)
-
►
2011
(537)
- ► 12/18 - 12/25 (1)
- ► 12/11 - 12/18 (1)
- ► 11/27 - 12/04 (1)
- ► 11/06 - 11/13 (1)
- ► 10/23 - 10/30 (1)
- ► 10/16 - 10/23 (1)
- ► 10/09 - 10/16 (2)
- ► 10/02 - 10/09 (1)
- ► 09/25 - 10/02 (3)
- ► 09/18 - 09/25 (3)
- ► 09/11 - 09/18 (3)
- ► 09/04 - 09/11 (4)
- ► 08/28 - 09/04 (4)
- ► 08/21 - 08/28 (5)
- ► 08/14 - 08/21 (4)
- ► 08/07 - 08/14 (3)
- ► 07/31 - 08/07 (5)
- ► 07/17 - 07/24 (4)
- ► 07/10 - 07/17 (6)
- ► 07/03 - 07/10 (12)
- ► 06/26 - 07/03 (19)
- ► 06/19 - 06/26 (9)
- ► 06/12 - 06/19 (15)
- ► 06/05 - 06/12 (14)
- ► 05/29 - 06/05 (14)
- ► 05/22 - 05/29 (17)
- ► 05/15 - 05/22 (10)
- ► 05/08 - 05/15 (11)
- ► 05/01 - 05/08 (16)
- ► 04/24 - 05/01 (10)
- ► 04/17 - 04/24 (13)
- ► 04/10 - 04/17 (14)
- ► 04/03 - 04/10 (14)
- ► 03/27 - 04/03 (16)
- ► 03/20 - 03/27 (12)
- ► 03/13 - 03/20 (30)
- ► 03/06 - 03/13 (16)
- ► 02/27 - 03/06 (14)
- ► 02/20 - 02/27 (28)
- ► 02/13 - 02/20 (25)
- ► 02/06 - 02/13 (22)
- ► 01/30 - 02/06 (25)
- ► 01/23 - 01/30 (26)
- ► 01/16 - 01/23 (22)
- ► 01/09 - 01/16 (32)
- ► 01/02 - 01/09 (28)
-
►
2010
(986)
- ► 12/19 - 12/26 (9)
- ► 12/12 - 12/19 (25)
- ► 12/05 - 12/12 (28)
- ► 11/28 - 12/05 (28)
- ► 11/21 - 11/28 (31)
- ► 11/14 - 11/21 (22)
- ► 11/07 - 11/14 (24)
- ► 10/31 - 11/07 (16)
- ► 10/24 - 10/31 (31)
- ► 10/17 - 10/24 (19)
- ► 10/10 - 10/17 (14)
- ► 10/03 - 10/10 (24)
- ► 09/26 - 10/03 (26)
- ► 09/19 - 09/26 (22)
- ► 09/12 - 09/19 (23)
- ► 09/05 - 09/12 (17)
- ► 08/29 - 09/05 (19)
- ► 08/22 - 08/29 (27)
- ► 08/15 - 08/22 (27)
- ► 08/08 - 08/15 (27)
- ► 08/01 - 08/08 (20)
- ► 07/25 - 08/01 (22)
- ► 07/18 - 07/25 (21)
- ► 07/11 - 07/18 (20)
- ► 07/04 - 07/11 (18)
- ► 06/27 - 07/04 (14)
- ► 06/20 - 06/27 (13)
- ► 06/13 - 06/20 (17)
- ► 06/06 - 06/13 (24)
- ► 05/30 - 06/06 (13)
- ► 05/23 - 05/30 (18)
- ► 05/16 - 05/23 (17)
- ► 05/09 - 05/16 (21)
- ► 05/02 - 05/09 (18)
- ► 04/25 - 05/02 (11)
- ► 04/18 - 04/25 (22)
- ► 04/11 - 04/18 (21)
- ► 04/04 - 04/11 (15)
- ► 03/28 - 04/04 (16)
- ► 03/21 - 03/28 (16)
- ► 03/14 - 03/21 (21)
- ► 03/07 - 03/14 (16)
- ► 02/28 - 03/07 (10)
- ► 02/21 - 02/28 (23)
- ► 02/14 - 02/21 (5)
- ► 02/07 - 02/14 (17)
- ► 01/31 - 02/07 (13)
- ► 01/24 - 01/31 (17)
- ► 01/17 - 01/24 (15)
- ► 01/10 - 01/17 (15)
- ► 01/03 - 01/10 (18)
-
►
2009
(354)
- ► 12/13 - 12/20 (13)
- ► 12/06 - 12/13 (18)
- ► 11/29 - 12/06 (16)
- ► 11/22 - 11/29 (20)
- ► 11/15 - 11/22 (21)
- ► 11/08 - 11/15 (24)
- ► 11/01 - 11/08 (17)
- ► 10/25 - 11/01 (30)
- ► 10/18 - 10/25 (25)
- ► 10/11 - 10/18 (26)
- ► 10/04 - 10/11 (38)
- ► 09/27 - 10/04 (25)
- ► 09/20 - 09/27 (21)
- ► 09/13 - 09/20 (37)
- ► 09/06 - 09/13 (20)
- ► 08/30 - 09/06 (3)