quarta-feira, 14 de abril de 2010

FERTILIZANTE-DEMANDA RETRAI E ALTA DO PREÇO DESACELERA.

Os preços dos fertilizantes, que vinham ascendentes nos últimos meses, fecharam março em alta moderada no mercado goiano. Segundo levantamento mensal dos técnicos da Assessoria Econômica da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), em março os preços dos fertilizantes formulados subiram em média 1,5% e as cotações das matérias-primas recuaram em média 1,8%. De novembro do ano passado a fevereiro deste ano, tanto os preços dos formulados como os das matérias-primas acumulavam alta de 26%. Os técnicos da Faeg comentam que as vendas de fertilizantes em Goiás estão praticamente paradas e, ao que parece, os produtores resolveram aguardar uma flutuação dos preços para baixo. Muitos produtores ainda têm na memória o susto do ano passado, pois quem antecipou as compras para o primeiro semestre, quando os preços são historicamente mais baixos, pagou mais caro pelo insumo, pois, como as indústrias carregavam altos estoques, as cotações recuaram na segunda metade de 2009.
Na avaliação dos analistas da Faeg, além da cautela em relação à flutuação de preços, outro fator que tem contribuído para o desaquecimento no mercado de fertilizantes é a queda das cotações dos produtos agrícolas. Segundo eles, como os produtores estão desanimados, as empresas estão a todo custo procurando criar um bom relacionamento com o cliente para conseguir fechar os negócios. Um dos argumentos de venda é que haverá concentração das compras no segundo semestre, o que poderá ocasionar aumentos nos preços.
No caso das usinas do setor sucroalcooleiro, grandes consumidoras de fertilizantes, muitas cotaram produtos no fim do ano passado e algumas fecharam negócio já em dezembro, especialmente os fosfatados para manutenção das lavouras, relatam os técnicos. Eles observam que com a antecipação do começo da safra para o fim de março, espera-se um aquecimento nas vendas para os próximos dois meses, período em que é feita a cobertura de cana soca (planta depois do primeiro plantio), além da renovação de áreas.
Em relação aos preços das matérias-primas no mercado internacional, os analistas da Faeg observam que as cotações do potássio tiveram reação e subiram 1%. As previsões são de manutenção dos preços até maio, visto que a demanda está forte por parte da Índia e o consumo tem sido crescente nos Estados Unidos. Em média, o preço do potássio em março foi de US$ 372,80 a tonelada.Os preços dos nitrogenados estão em ascensão, com destaque para a amônia, cuja cotação subiu 13% em março em relação a fevereiro. A alta, dizem os técnicos, se deve à demanda firme nos Estados Unidos.
Os preços dos fosfatados também estão em alta, especialmente o MAP, cuja cotação subiu quase 4% em relação a fevereiro. O principal destaque é o enxofre, cujo preço subiu 38% em relação a fevereiro, o que pode trazer consequências nos preços dos formulados em que o mineral é utilizado. Apenas os preços da ureia têm seguido caminho inverso no mercado internacional. O produto, com grande estoque nos principais terminais, agora está sendo liquidado por temor de queda nas vendas nas próximas semanas. Diante da conjuntura internacional, os técnicos não afastam a possibilidade de alta nos preços dos formulados nos próximos meses.
Enquanto as matérias-primas no mercado interno recuaram 1,8%, no mercado internacional a alta foi de em média 6%. "Podemos crer que as misturadoras continuam no processo de reestruturação do fluxo de caixa, para continuar mantendo as aquisições de matéria-prima", dizem os técnicos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivo do blog

Quem sou ?

Minha foto
SÃO PAULO, CAPITAL, Brazil
CORRETOR DE COMMODITIES.

whos.amung.us

contador de visitas