quinta-feira, 14 de outubro de 2010

CHICAGO/SOJA FECHA EM ALTA COM AQUISIÇÕES DA CHINA E DÓLAR FRACO.

As cotações da soja fecharam com alta na Chicago Board Of Trade (CBOT), sustentadas pela forte demanda interna e externa nos EUA e pela desvalorização do dólar ante outras moedas, como o euro. O contrato novembro subiu 12 cents (1%), para US$ 11,8850 por bushel. Fundos especulativos compraram oito mil lotes nesta quinta-feira.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que o país vendeu hoje 280 mil toneladas de soja para a China. No mercado doméstico, a demanda também vai bem. O volume de soja processada no país em setembro, informado pela Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas ficou bem acima do esperado: 3,4 milhões de toneladas, ante expectativa de 3,17 milhões tons e 3,33 milhões de tons em agosto.
O mercado está em tendência de alta e os traders se mostram sem disposição para fazer vendas agressivas, disse Tim Hannagan, analista da P.F.G. Best, em Chicago. O aperto na oferta de soja nos Estados Unidos aumenta a necessidade de haver uma boa safra no Brasil e na Argentina. Mas com o atraso do plantio no Brasil por causa da estiagem, a China está antecipando compras de oleaginosa dos EUA para se precaver de uma possível restrição maior no volume disponível em 2011, disse Hanagan. No mercado de derivados, os futuros acompanharam o desempenho do grão.

MILHO: DEMANDA QUESTIONADA DERRUBA PREÇOS.
Os contratos futuros de milho terminaram o pregão desta quinta-feira com desvalorização modesta na CBOT. Traders embolsaram lucros depois do recente salto dos preços e começaram a questionar se a demanda será capaz de se manter firme, mesmo com preços elevados. Posição mais líquida, o contrato dezembro caiu 2,0 cents ou 0,35% e fechou a US$ 5,6725/bushel.
Foi a segunda sessão consecutiva de perdas do milho. O contrato recuou depois de avançar até a máxima de US$ 5,79/bushel no início das negociações. Os futuros vêm subindo desde meados de julho, mas o movimento se acentuou quando o governo dos Estados Unidos reduziu sua estimativa de safra, na semana passada.
Entretanto, o mercado não foi capaz de permanecer firme por mais uma sessão. "As pessoas estão olhando para esse mercado, vendo que ele começa a se esforçar e pensam que talvez seria melhor embolsar parte desses lucros", disse o analista Dale Durchholz, da corretora agrícola AgriVisor. Os preços alcançaram novas máximas em dois anos na quarta-feira, antes de fechar com perdas. Durchholz acrescentou que há rumores de que a Coreia do Sul pode estar reduzindo as compras de grãos, por causa dos preços elevados, o que aumenta as preocupações com a demanda. A maior fabricante de ração da Coreia do Sul comprou milho para março, mas transferiu licitação para importar trigo de ração, de acordo com executivos.
"Quando se chega a esses níveis elevados, vemos uma carência de compras de consumidores finais e de fundos", disse o presidente da corretora U.S. Commodities, Don Roose. "Isto é um sinal de alerta." Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 6 mil contratos nesta quinta-feira, avaliam traders. OS fundos foram grandes compradores durante o último rali dos preços.
Muitos analistas preveem que o contrato dezembro vá alcançar US$ 6/bushel, em meio à forte demanda e às preocupações com a oferta. Os últimos vencimentos atingiram nível psicológico importante, mas o contrato dezembro registrou um pico de US$ 5,88/bushel na quarta-feira.
Participantes do mercado "provavelmente têm de assimilar o que fizemos até agora" antes de voltar a puxar as cotações com intensidade, disse Roose. Os futuros ainda têm habilidade para esticar os ganhos recentes porque o tamanho da safra é desconhecido, segundo traders.

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