quinta-feira, 14 de outubro de 2010

GRÃOS EM CHICAGO REALIZAM LUCROS E ENCERRA COM DESVALORIZAÇÃO

Os preços internacionais terminaram o pregão desta quarta-feira em território negativo na Bolsa de Chicago mas chegaram a se aproximar dos US$ 12/bushel. Os contratos com vencimento em novembro, os mais líquidos, cederam 2,0 cents ou 0,17% e fecharam a US$ 11,7650/bushel. A máxima da sessão foi a US$ 11,93/bushel. Participantes do mercado embolsaram lucros nas novas máximas em 14 meses e pressionaram as cotações. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 4 mil lotes hoje.
A falta de notícias capazes de dar suporte ao mercado e a ausência de compras de fundos especulativos que puxou os preços em sessões anteriores criaram certo nervosismo no mercado, estimulando a realização de lucros, segundo o analista e corretor John Kleist, da Allendale.
O milho liderou a alta dos futuros de grãos e, quando começou a ceder, os compradores adotaram comportamento mais cautelosos, de acordo com Kleist. Além disso, previsões do tempo indicam níveis de umidade melhores em áreas de produção do Brasil, incentivando traders a remover algum prêmio de risco das cotações. "É difícil apostar em que acontecerá uma seca na América do Sul. Como a chuva entrou na previsão, traders não estão confiantes em aumentar a exposição a posições compradas, estabelecidas com valores altos", disse o analista Chad Henderson, da corretora Prime Ag Consultants.
No entanto, a forte demanda para exportação da soja americana continua dando suporte ao mercado e limitando as perdas. Nesta quarta-feira, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou a venda de 297,5 mil toneladas de soja à China, para entrega no ano comercial em 2010/11.

MILHO EMBOLSA LUCROS E FECHA EM BAIXA
Após tocar novas máximas em dois anos, os contratos futuros de milho não foram capazes de terminar com valorização pela quarta sessão consecutiva na Bolsa de Chicago. O contrato mais negociado, com vencimento em dezembro, recuou 9,75 cents ou 1,68% e fechou a US$ 5,6925/bushel. Entretanto, no seu melhor momento terminou a US$ 5,8550/bushel. No entanto, a expectativa é de que o mercado volte a subir nos próximos dias.
O mercado já saltou cerca de 16% desde sexta-feira, quando aumentaram as preocupações com a colheita, que pode não ser suficiente para atender à demanda global.
Traders disseram que, hoje, os preços recuaram com realização de lucros depois que, durante a noite no pregão eletrônico, os futuros avançaram para novas máximas. A Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) aprovou hoje uma elevação nos níveis de etanol misturado à gasolina, mas isso não provocou um rali. O milho é a principal matéria-prima do etanol nos Estados Unidos. Segundo o analista Sid Love, da corretora Kropf & Love Consulting, a mistura com mais etanol não foi fator de suporte porque não se aplica aos carros mais antigos. Nesta quarta-feira, a EPA afirmou que vai permitir mistura a 15%, ante 10% atuais, para carros fabricados a partir de 2007. "Acho que compramos no rumor e vendemos no fato hoje", disse Love, referindo-se à longa expectativa de elevação da mistura. "Ao longo do tempo provavelmente consumiremos mais etanol porque essa decisão foi tomada."
Muitos analistas acreditam que os preços ainda devem alcançar US$ 6/bushel ou mais. Durante a noite, o milho alcançou US$ 5,88/bushel, superando a máxima de terça-feira, de US$ 5,8425/bushel. Por outro lado, a extensão dos ganhos recentes é incerta porque os consumidores finais não sabem qual é o tamanho da safra americana, segundo analistas. Ontem, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) afirmou que 51% da safra foi colhida até domingo, ante média de 30% para esta época do ano.Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 15 mil contratos nesta quarta-feira, um volume elevado.

TRIGO FECHA EM BAIXA POR INFLUÊNCIA DO MILHO
A demanda para exportação de trigo não foi mais forte do que a influência negativa do mercado de milho e os preços do trigo caíram nesta quarta-feira no mercado americano.
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos mais negociados, com vencimento em dezembro, cederam 7,25 cents ou 1,02% e fecharam a US$ 7,0275/bushel. Na Bolsa de Kansas City (KCBT), o mesmo vencimento terminou a US$ 7,43/bushel, com perdas de 8,0 cents ou 1,07%.
O milho está liderando o mercado de grãos nos últimos dias e recuou depois de alcançar as máximas em dois anos, no pregão eletrônico, durante a noite. O trigo caminhou na esteira do milho, já que ambos os cereais são usados como ração. A venda de 100 mil toneladas de trigo dos Estados Unidos para o Iraque não foi suficiente para dar suporte ao mercado. "Realmente não houve nada altista sobre o trigo que já não conhecíamos", de acordo com o analista Sid Love, da Kropf & Love Consulting. "Sabíamos que a produção global estava em queda, mas ainda temos estoques relevantes aqui (nos Estados Unidos)."
A expectativa é de que o estoque de passagem dos Estados Unidos seja o segundo maior registrado na última década. O país tem abundância de trigo para vender, enquanto nações da antiga União Soviética tiveram a produção devastada pela forte seca.
Apesar da queda recente, os preços do trigo devem permanecer acima do importante nível psicológico dos US$ 7/bushel.

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