quarta-feira, 18 de maio de 2011

GRÃOS/EUA: LINN GROUP ESTIMA ÁREA DE MILHO 3% MENOR.

A empresa norte-americana de pesquisa e corretagem Linn Group estimou nesta quarta-feira que os produtores dos Estados Unidos cultivarão área quase 3% menor do que a prevista pelo governo, por causa das chuvas que atrasam os trabalhos de plantio. O Linn Group afirmou que "enchentes e chuvas persistentes adiaram o início da temporada de plantio 2011 nos Estados Unidos e continuam sendo um problema todos os dias".
A empresa estimou a área plantada com milho em 89,5 milhões de acres (36,22 milhões de hectares), abaixo da estimativa divulgada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em março, de 92,2 milhões de acres (37,31 milhões de hectares). A expectativa ainda é de que a área seja maior do que a do ano passado, que totalizou 88,2 milhões de acres.
O Linn Group estimou a área plantada com soja em 75,1 milhões de acres (28,93 milhões de hectares), inferior à prevista pelo USDA, que espera um total de 76,6 milhões de acres (30,99 milhões de hectares). No ano passado, o plantio de soja somou 77,4 milhões de acres.
A área plantada com trigo de primavera foi estimada pelo Linn Group em 14 milhões de acres (5,66 milhões de hectares), ante estimativa de 14,4 milhões de acres do USDA (5,82 milhões de hectares), mas acima dos 13,7 milhões de acres cultivados no ano passado. Os dados do USDA serão atualizados em junho.

COMMODITIES: POTENCIAL DE ALTA
Os preços das commodities têm muito potencial de alta, apesar das preocupações com o impacto econômico do possível fim da política de afrouxamento monetário dos Estados Unidos no próximo mês ou da elevação da taxa de juros na China. A avaliação é do diretor de gerenciamento de pesquisa em commodities do banco britânico Barclays Capital, Kevin Norrish. Ele afirmou hoje que a apreciação das commodities desde 2009 ainda se encontra em estágio inicial se comparada a ciclos anteriores. Os preços das commodities caíram cerca de 10% a partir do pico mais recente, mas ainda estão cerca de 80% mais altos do que em janeiro de 2009.
A rápida melhora na demanda está pressionando a oferta, apertada pela falta de investimentos durante a crise financeira global. Os estoques de petróleo no mundo diminuíram para nível próximo ao registrado em julho de 2008 e a capacidade de reposição equivale a menos de 4% da demanda global. "Fatores que absorvem choques são poucos, mas o potencial de choques ainda é muito grande", disse Norrish.
O Barclays estima que o crescimento econômico global será superior a 4% neste ano e no próximo, o que Norrish afirma estar em linha com a maioria das estimativas. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê crescimento de 4,4% em 2011. "Desafio as pessoas a serem pessimistas para as commodities se estiverem olhando para esse tipo de cenário de crescimento econômico", comentou.
Entre os riscos para o crescimento econômico estão a conclusão de uma segunda rodada da política de afrouxamento monetário nos Estados Unidos, marcada para fim de junho; e uma eventual elevação excessiva da taxa de juros na China, enquanto o país tenta controlar a inflação.
Norrish argumenta que o fato de o Federal Reserve (Fed) impulsionar a liquidez dos mercados ao comprar títulos desacelera a demanda por commodities que se baseia nos fundamentos. Ele avalia que a política será desfeita gradualmente, sem planos imediatos de elevação da taxa de juros nos Estados Unidos. O Fed, disse Norrish, cometeu um erro no que diz respeito à inflação até agora e não deve perder o foco no apoio ao crescimento econômico.
Sobre a China, a analista do Barclays Yingxi Yu afirmou que a pressão inflacionária deve desacelerar no segundo semestre, na media em que fizerem efeito algumas medidas de aperto monetário adotadas recentemente. "Os consumidores chineses são muito sensíveis aos preços de metais básicos, mas a demanda ainda está lá", declarou.
O Barclays estima que cobre, alumínio, petróleo e eletricidade serão as mercadorias mais fortes neste ano. O banco espera que os preços do cobre atinjam US$ 12.000/t no quarto trimestre de 2011. O contrato do cobre para três meses negociado na London Metal Exchange atualmente é negociado acima de US$ 9.000/t. Norrish entende que um aperto na oferta de petróleo é quase inevitável, mas não acredita que isso ocorrerá no segundo semestre deste ano ou no seguinte.
"Se não houver eventos geopolíticos no Oriente Médio ou na África no segundo semestre deste ano, os preços devem se estabilizar num intervalo mais baixo, em torno de US$ 110 o barril", projetou Norrish. "Mas em algum momento uma elevação maior é inevitável. Portanto, temos recomendado dezembro de 2015 como uma boa compra, segurando posições de longo prazo no petróleo."

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