segunda-feira, 16 de maio de 2011

PERSPECTIVA: PLANTIO NOS EUA, FUNDOS E CÂMBIO PEDEM CAUTELA.

Após uma semana marcada pela volatilidade, os mercados de soja e milho devem adotar um tom de cautela a partir de hoje na Bolsa de Chicago. Os participantes vêm acompanhando com mais atenção a evolução do plantio nos Estados Unidos, mas a demanda, o movimento especulativo dos fundos e a oscilação do dólar também ganham destaque.
"Estamos vendo um mercado que, por um lado, não quer cair muito pois sabe que os Estados Unidos têm estoques baixos, prêmio de clima e porque o plantio começou atrasado. E por outro, não consegue subir porque os fundos estão liquidando posições compradas tanto de soja quanto de milho. Além disso, vimos um fortalecimento do dólar em maio que tirou um pouco do interesse das commodities", disse Vinicius Ito, da Newedge corretora.
Na sexta-feira, o contrato julho da soja caiu 13,25 centavos, ou 0,99%, e fechou cotado a US$ 13,2950 por bushel. A pressão veio da recuperação do dólar e vendas especulativas. Mas o enfraquecimento da demanda e a possibilidade de a soja ganhar área inicialmente destinada ao milho ampliam a fraqueza. Segundo Ito, a oleaginosa deve buscar uma estabilidade em torno de US$ 13,50 por bushel.
Já os contratos mais próximos do milho encontraram suporte no aumento das compras por consumidores internacionais após a queda recente - sul-coreanos realizaram na semana passada sua primeira aquisição em quase dois meses. O vencimento julho fechou em alta de 1,50 centavo, ou 0,22%, cotado a US$ 6,82 por bushel. Por outro lado, traders estão preocupados com a demanda, que pode esvaziar os estoques, já apertados. E os problemas climáticos que atrasam o plantio no país são uma constante.
"Como o milho está com o plantio muito atrasado, estou cético em pensar que vai cair muito mais. O cereal encontra suporte a US$ 6,50 e a expectativa é de que pode avançar para US$ 7. Mas vai depender da demanda no mercado físico", completou Ito.
O mercado de trigo encara agora rumores de que a Rússia pode retomar as exportações, segundo o analista da Newedge. Além disso, pesam sobre os preços as condições mais favoráveis nas Planícies para o cereal de primavera e a falta de competitividade do produto americano. Na última sessão, o contrato julho recuou 7,75 centavos, ou 1,05%, cotado a US$ 7,2775 por bushel.

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