quarta-feira, 6 de julho de 2011

GRÃOS/PARANÁ CONFIRMA QUEBRA DE SAFRA DEVIDO GEADAS

A Secretaria de Agricultura do Paraná confirmou hoje quebra de produção de 35% no milho e de 9% no trigo por causa das geadas nos dias 27 e 28 de junho. Em nota, a Secretaria informa que também foram atingidas pastagens e lavouras de café, hortaliças, frutas e manivas (mudas) de mandioca. A produção de milho segunda safra (safrinha), antes estimada em 8,12 milhões de toneladas, não deve superar 5,31 milhões de toneladas, queda de 34,6%, com perda de 2,81 milhões de toneladas do grão. Os prejuízos aos produtores estão estimados em R$ 1,11 bilhão, informou o economista Marcelo Garrido, do Departamento de Economia Rural. Foi atingida uma área avaliada em 1,73 milhão de hectares que estava em fase suscetível, o que corresponde a cerca de 70% das lavouras instaladas no Estado.
O último prejuízo com milho da segunda safra em decorrência de geadas aconteceu na safra 2007/08, quando houve quebra de produção de 15,1% das lavouras e perda de 1,02 milhão de toneladas de grãos, informa o Deral.
Nas lavouras de trigo, a expectativa inicial de colher 2,86 milhões de toneladas no Paraná foi reduzida para 2,61 milhões de toneladas, uma queda de 8,7% e perda de 250 mil toneladas de grão. Para os produtores, os prejuízos estão avaliados em R$ 111 milhões. No caso do trigo, cerca de 40% das lavouras encontravam-se em fase de floração e frutificação, quando a geada é prejudicial, e 57% da produção paranaense se concentra nas regiões oeste e norte, onde a ocorrência foi mais severa. Segundo o Deral, ao contrário do milho, essas perdas podem ser minimizadas porque ainda há trigo sendo plantado em outras regiões do Estado e parte da redução pode ser compensada pelo aumento da produtividade nas lavouras novas.
O prejuízo às pastagens tem reflexos imediatos no mercado, conforme o governo paranaense. A produção leiteira deve cair entre 20% a 30%, podendo sustentar os preços. Por outro lado, há sustentação para a cotação da carne porque os pecuaristas aceleram a desova de bois para os frigoríficos antes que o gado perca peso nas propriedades. "Com isso, aumenta a oferta imediata de animais para abate. Porém, em pouco tempo está prevista uma escassez de carne em virtude da falta de bois para abate no curto e médio prazo", informou o médico veterinário Fabio Mezzadri, técnico do Deral.
Nas hortaliças, as geadas prejudicaram basicamente as folhosas. Outras culturas - como brócolis, couve-flor, repolho e beterraba - são mais resistentes ao frio e também podem ser recuperadas em pouco tempo porque têm ciclo curto de produção.
Em relação às frutas, o engenheiro agrônomo do Deral, Paulo Andrade, afirmou que as geadas atingiram a produção de frutas tropicais no sudoeste do Estado e frutas como banana, maracujá e abacaxi em outras regiões. Mas essas perdas deverão ser evidenciadas só na próxima safra. Por outro lado, o clima se mantém favorável ao desenvolvimento de frutas de clima temperado, como as frutas de caroço e uva.

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