segunda-feira, 4 de julho de 2011

PERSPECTIVA: GRÃOS PODEM TER ENCONTRADO PISO EM CHICAGO

O mercado futuro de milho na Bolsa de Chicago deve iniciar a semana em busca de uma estabilização dos preços após a forte queda de 5,6% no período de sete dias, principalmente após sinais de que a demanda pode ter achado favorável o preço perto de US$ 6 por bushel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou na sexta-feira que exportadores privados venderam 1,14 milhão de toneladas de milho para países não identificados, que segundo analistas pode ser a China. "Houve uma liquidação muito forte após o USDA estimar uma oferta maior, mas a demanda já deu sinais após a queda e talvez US$ 6 seja o suporte. Depois do que aconteceu, é possível que o mercado comece a se estabilizar, pare um pouco com o movimento de queda, oscile de lado e depois tenha uma retomada", disse o corretor Vinicius Ito, da Newedge.
Entretanto, Eduardo Vanin, da Agrinvest, ressalta que o panorama pode sofrer alterações em breve porque o USDA afirmou que pesquisará novamente em julho a área plantada com milho, soja e trigo de primavera em quatro Estados do país que registraram atrasos no plantio. A pesquisa anterior surpreendeu o mercado ao mostrar um aumento do plantio do milho neste ano para 92,3 milhões de acres. Isso representa uma alta de 1,6 milhão de acres em relação à projeção divulgada em junho e 5% maior do que os 88,2 milhões de acres cultivados no ano passado.
Na sexta-feira, o milho registrou perdas expressivas pelo segundo dia consecutivo e o contrato dezembro fechou com queda de 23,75 centavos, ou 3,83%, cotado a US$ 5,9675/bushel.

Já a soja conseguiu se dissociar do cereal e terminou com alta o último pregão antes do fim de semana prolongado nos Estados Unidos por causa do Dia da Independência, nesta segunda-feira. O contrato novembro da oleaginosa subiu 18,50 centavos, ou 1,43%, para fechar cotado a US$ 13,1250 por bushel.
O mercado voltou a adicionar prêmio aos preços por causa das incertezas climáticas para o desenvolvimento das safras, principalmente depois de o USDA estimar uma área plantada abaixo do esperado. Isso aumentou a importância de os EUA conseguirem boas produtividades para evitar um aperto da oferta no ano comercial 2011/12. "(A área menor) deixa os estoques finais mais apertados. A perspectiva para a soja ainda depende um pouco do milho, mas estamos otimistas de que o mercado está tentando se segurar no suporte de US$ 13 por bushel. Esse deve ser o piso da cotação, pois os preços não deveriam cair muito mais devido à oferta menor", disse Ito.
O trigo, por sua vez, ainda sofreu a influência negativa do milho e o vencimento setembro cedeu 2 centavos, ou 0,33%, para terminar cotado a US$ 6,1225 por bushel. As perdas, entretanto, foram limitadas pela expectativa de que a demanda estrangeira por cereal de qualidade permanecerá firme. Segundo Ito, o grão também pode buscar uma estabilização, com sustentação nos US$ 6.

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