A Justiça Federal do Paraná proibiu a venda do milho transgênico Liberty Link, produzido pela Bayer. A decisão, dada pela juíza federal Pepita Durski Tramontine, da Vara Ambiental de Curitiba, na segunda-feira, afirma que o produto somente poderá retornar ao mercado depois de a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovar o plano de monitoramento do produto no mercado.
Na sentença, a juíza também determinou a proibição do uso do milho, resistente ao herbicida glufosinato de amônio, no Norte e Nordeste até que sejam realizados estudos ambientais do produto nas regiões. "Nesses locais, não basta a aprovação do plano de monitoramento pela CTNBio. É preciso que estudos anteriores, relacionados à segurança, sejam realizados", explicou a advogada e consultora do Instituto de Defesa do Consumidor, Andrea Lazzarini Salazar.
A decisão fixa uma multa de R$ 50 mil diários caso a Bayer não suspenda imediatamente a comercialização, a semeadura, o transporte, a importação e descarte do milho geneticamente modificado. Procurada, a empresa afirmou que somente irá se manifestar quando for notificada judicialmente.
A polêmica em torno do milho transgênico dura mais de dois anos. Liberado pela CTNBio em 2007, o produto geneticamente modificado foi alvo de uma ação proibindo sua comercialização no mesmo ano. Uma liminar foi concedida e, em janeiro de 2008, revogada. Agora, a juíza analisou a ação principal. Além da batalha judicial, o milho da Bayer provocou uma disputa dentro do próprio governo. Descontente com a aprovação da CTNBio da variedade transgênica, a Anvisa interpôs um recurso no Conselho Nacional de Biossegurança. Em junho de 2008, o conselho confirmou a liberação. "A decisão de ontem foi um marco, um avanço importantíssimo", resumiu Andrea.
Tanto Bayer quanto governo podem recorrer da decisão. A consultora do Idec sustenta que a ratificação do conselho em nada prejudica o alcance da sentença dada pela Justiça. "A ratificação foi baseada em um ato viciado. E poder executivo não está acima do judiciário", completou.
Para Andrea, a principal vitória é a obrigação da CTNBio, definida pela sentença, de garantir amplo acesso aos processos de liberação de transgênicos e a definição de prazo para que os pedidos de sigilo comercial sejam decididos.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
MILHO: JUSTIÇA DO PARANÁ PROÍBE VENDA DE PRODUTO DA BAYER.
terça-feira, 27 de julho de 2010
SOJA: CLIMA FAVORÁVEL LIMITA GANHOS.
Os preços futuros da soja encerraram em leve baixa nesta terça-feira na bolsa de Chicago. O mercado ensaiou um movimento de recuperação técnica no início do pregão, mas inverteu a direção ainda pressionado pelas condições climáticas que favorecem o desenvolvimento das lavouras norte-americanas.
O contrato agosto terminou o dia com queda de 0,25 cent, ou 0,03%, a US$ 9,98/bushel. O vencimento mais líquido, base novembro, perdeu 0,50 cent, ou 0,05%, e fechou a US$ 9,6550/bushel. Estima-se que os fundos compraram cerca de mil lotes no dia. A ausência de ameaças climáticas às lavouras no período mais crítico de desenvolvimento das lavouras abriu espaço para os vendedores tirarem vantagem do alta dos preços no início do pregão em Chicago.
Basicamente, o mercado chegou à conclusão de que a safra de soja dos Estados Unidos será boa, diante das notícias que indicam condição estável na qualidade das lavouras. Sem a perspectiva de seca em importantes áreas produtoras no Meio-Oeste o entusiasmo dos participantes altistas diminuiu, segundo um analista do mercado.
O potencial de mais chuvas, especialmente no momento adequado, nas áreas produtoras do Delta também contribuiu com o tom baixista. A região é a primeira a colher a soja nos Estados Unidos e serve como uma ponte entre as safras velha e nova, porque o grão começa a entrar no mercado antes da safra do Meio-Oeste, em outubro. Esta última região responde pela maior parte da produção norte-americana. Entretanto, a condição sobrevendida do mercado e a incerteza do clima durante a longa temporada de desenvolvimento nas áreas produtoras são fatores que limitam perdas maiores e deixam os vendedores mais cautelosos. A fase mais crítica da lavoura ocorre em agosto.
O farelo terminou em alta, com modesta correção da forte perda recente do mercado, segundo analistas do mercado. O vencimento agosto subiu US$ 1,30 a US$ 294,50/t e o dezembro US$ 0,8% (+0,3%), para US$ 278,30/bushel. Fundos especulativos compraram cerca de mil lotes neste mercado.
Nos futuros do óleo de soja, o fechamento foi em baixa, pressionado pelos ajustes nas operações entre o farelo/óleo e na fraqueza do petróleo. O vencimento dezembro terminou com queda de 27 pontos, ou 0,7%, para 39,29 cents/lb. Os fundos venderam cerca de três mil lotes no dia.
MILHO FECHA EM BAIXA PRESSIONADA PELO CLIMA.
Sem novidades ou direcionamento firme no mercado, os contratos futuros de milho encerraram a terça-feira com perdas na Bolsa de Chicago (CBOT). Os lotes mais negociados, para entrega em dezembro, caíram 1,0 cent ou 0,26% e fecharam a US$ 3,77/bushel. O clima favorável nos Estados Unidos ainda serve de âncora para os preços. Estima-se que fundos tenham vendido cerca de 2 mil lotes hoje.
O mercado retomou seu movimento de consolidação depois que as compras se esgotaram, diante do potencial de produção recorde no país. Segundo o analista John Kleist, da corretora Allendale, "os futuros deram um passo atrás após o movimento recente, dando uma pausa para uma correção nos últimos três dias".
As incertezas sobre produtividade e produção, especialmente antes da divulgação do relatório de safra mensal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), mantêm os traders cautelosos. No entanto, sem ameaças climáticas significativas, as vendas pressionaram o mercado, já que as boas condições de desenvolvimento da safra não deram suporte, de acordo com Kleist. Ele recordou que a demanda está dentro da rotina.
O analista acrescentou que as vendas de produtores ou pressões de hedge colaboraram para as perdas do milho, pois os ganhos registrados no início da sessão de hoje foram considerados mais técnicos do que relativos a fundamentos.
Entretanto, a desvalorização é limitada neste momento pela possibilidade de haver mudança climática ou praga que venha a afetar o rendimento da safra americana.
Explode demanda por títulos do agronegócio.
A emissão de títulos do agronegócio por bancos, agroindústrias, cooperativas e produtores rurais somou R$ 92,2 bilhões no primeiro semestre de 2010. Estimulados por boas margens e benefícios fiscais, mas ainda dependentes de ajustes regulatórios do governo, os novos papéis registraram 15,3 mil operações em seis meses.
Em 2009, as emissões desses títulos somaram R$ 65 bilhões em 18,2 mil operações. O volume negociado em 2010 equivale a todos os recursos aplicados em crédito rural na agricultura empresarial e familiar durante a safra 2009/10, encerrada em junho. No acumulado desde 2005, já foram emitidos R$ 201,4 milhões em quase 50 mil operações com papéis do agronegócio.
Os bancos são os principais responsáveis pela explosão nos negócios. As letras de crédito do agronegócio (LCAs), emitidas pelos bancos com lastro em recebíveis do agronegócio, respondem por quase 97% dos registros feitos na BM&FBovespa e Cetip.
Nesse ritmo, as emissões acumuladas devem superar R$ 300 bilhões até o fim deste ano. Os bancos estimavam chegar a R$ 400 bilhões apenas em 2014. Mesmo assim, já apontam a falta de recebíveis para atender à forte demanda pelos papéis. "Há um apetite muito grande por LCAs. Hoje, o problema é a falta de papéis porque já virou operação de prateleira", afirma o diretor da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Ademiro Vian.
O sistema de registro apontava um estoque de R$ 12,4 bilhões de operações "em aberto" até 30 de junho. "Esse negócio cresce porque é mais rentável para todas as pontas. E o cenário macroeconômico de aumento de juros não deve afetar a rentabilidade".
Os títulos foram criados há cinco anos para captar recursos privados ao financiamento do agronegócio, mas ganharam peso no mercado como fontes alternativas de crédito e opção de alta rentabilidade a bancos e seus clientes "private", de alta renda.
Os títulos atraem cada vez mais investidores por seu baixo risco, alta liquidez e da garantia lastreada na produção. O custo de operação é taxa Selic mais 2% ou 3% ao ano. Além disso, há os benefícios fiscais dos papéis. As agroindústrias, por exemplo, não pagam Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A cada R$ 1 milhão emprestado, calcula Ademiro Vian, a empresa deixa de pagar R$ 18,8 mil, além de melhorar os índices de liquidez em seu balanço.
Os bancos são isentos do depósito compulsório de 25% sobre essas emissões, não precisam cobrir 100% do risco das operações e driblam os 0,2% obrigatório ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que afiança até R$ 60 mil por pessoa. Os investidores têm isenção de Imposto de Renda (IR). A cada R$ 1 milhão investido, a "economia" chega a R$ 19 mil com IR. As tradings também usam os papéis para captar recursos mais baratos e reduzir custos financeiros de "carregar" dívidas de produtores.
De 2005 para cá, houve reforço legal para a blindagem jurídica dos papéis, como a garantia de alienação fiduciária. Mas ainda persistem dúvidas de fundo. A Febraban pede mais regulação pelo Banco Central, como a obrigação de segregação da contabilidade e a garantia de exclusividade das emissões às empresas do agronegócio. "Deveria haver uma obrigação de aplicação de parte desses recursos em crédito rural", afirma Ademiro Vian, também professor da FGV.
Os operadores dos títulos também apontam a necessidade de revisão da "Lei da CPR", um dos principais recebíveis usados como lastro nas emissões. "O governo precisa acabar com a "CPR de gaveta", obrigar o registro em uma central e restringir a emissão somente a quem tem lastro na produção", recomenda o diretor da Febraban. Vian alerta para a criação de um "subprime" desses títulos, já que os controles sobre as CPRs são falhos. "Tem caso de quatro CPRs para o mesmo produto, CPR prorrogada. Podemos, sim, ter um "subprime" da CPR", avalia ele.
O BC informa que avalia formas de regular os títulos no sistema financeiro, como medidas para incentivar o registro de CPRs em um sistema único.
GRÃOS/EUA: CONDIÇÃO ESTÁVEL DAS SAFRAS DE MILHO E SOJA.
A condição das safras de milho e soja se manteve na última semana, conforme o relatório semanal de acompanhamento divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O desenvolvimento das lavouras permanece mais adiantado do que o normal. Enquanto isso, a condição da safra de trigo de primavera, que já era excelente, melhorou ainda mais. O desenvolvimento, no entanto, segue um pouco abaixo da média para esta época do ano.
Milho
O USDA avaliou a safra de milho com 72% de bom a excelente no domingo, mesma parcela observada na semana anterior. Há um ano registrou-se 70%. Traders esperavam que a condição se mantivesse estável ou aumentasse um pouco. No Estado de Iowa, a avaliação de boa a excelente foi elevada de 69% na semana anterior para 70%. Em Indiana, a avaliação foi mantida em 62%. Em Illinois caiu dois pontos porcentuais, para 65%.
A chuva foi excessiva em partes do Meio-Oeste na semana passada, mas trouxe algum alívio para áreas mais secas, inclusive em campos de Ohio. Durante a segunda metade da semana, a chuva causou alguns alagamento ao longo de Iowa, mas não houve danos expressivos, de acordo com o USDA.
O USDA informou que 84% da safra havia formado espiga até domingo, mais do que os 65% registrados uma semana antes e superior à média de 70%. Cerca de 17% da safra se encontrava em estágio de formação de grãos, mais do que os 8% da semana anterior. A média para este momento é de 13%. A safra se desenvolveu mais rapidamente do que o normal, graças ao plantio precoce e ao clima favorável.
Soja
O USDA avaliou 67% da safra de soja dos Estados Unidos como boa a excelente, mesma parcela observada uma semana antes. Assim como no caso do milho, os traders já esperavam que o número se mantivesse estável ou que houvesse uma ligeira melhora em relação à semana anterior.
Em Iowa, a condição boa a excelente aumentou dois pontos porcentuais, para 71%. Em Indiana, também houve elevação de dois pontos porcentuais, para 64%. A avaliação caiu um ponto porcentual, para 63%, em Illinois.
Até domingo, três quartos da safra havia florescido, ante 60% registrados na semana anterior. Também ficou acima da média de 72% para esta época do ano. Cerca de 35% da safra havia formado vagens, enquanto na semana passada eram 18% e a média corresponde a 31%.
Trigo
O USDA aumentou a porcentagem da safra de trigo de primavera considerada em condição boa a excelente, passando de 82% para 83%. Trata-se de um salto expressivo ante os 74% observados no mesmo momento do ano passado. Na Dakota do Norte, principal Estado produtor de trigo, a avaliação de boa a excelente se manteve estável, com 84%.
Segundo a agência do governo, 94% da safra perfilou, superior aos 87% da semana passada e menos do que a média de 97%. Na Dakota do Norte, 97% da safra perfilou, ante 91% na semana passada e dentro da média.
Sobre a safra de trigo de inverno, o USDA informou que 79% foi colhida, aumento de oito pontos porcentuais na semana. Entretanto, ficou abaixo da média de 82%. A colheita terminou em Estados como Kansas e Oklahoma, mas continua na Dakota do Sul e em Nebraska.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
BM&-F - PRODUTOR AGRÍCOLA É ALVO DE PROGRAMA DE POPULARIZAÇÃO.
O Brasil tem uma das agriculturas mais competitivas do mundo, mas o produtor rural ainda engatinha no que se refere à proteção de preços garantida no mercado futuro. O volume anual negociado de contratos de soja, por exemplo, um dos principais itens do agronegócio nacional, equivale a menos de 10% da safra, estimada em 68 milhões de toneladas em 2009/10. Outro exemplo é o boi. O número de contratos abertos (29 mil) atualmente na bolsa equivale a 580 mil animais, quando o abate mensal fica em torno de 3 milhões de cabeças. Em outros produtos a situação não é muito diferente.
O diretor de commodities da BM&FBovespa, Ivan Wedekin, lembra que a estabilização da atividade agrícola ainda é recente, mas os períodos de grande oscilação cambial, volatilidade de preços e crises de endividamento criaram um ambiente favorável, que tornou o produtor mais atento às ferramentas de gerenciamento de risco do negócio. Isso, contudo, ainda não o convenceu a ir para o mercado futuro e de opções.
Na tentativa de atrair mais produtores para a bolsa, a instituição dá início na sexta-feira (30) à terceira temporada do programa "BM&FBovespa Vai o Campo". A iniciativa vai abranger sete municípios, começando por Maracaju, em Mato Grosso do Sul. Com palestras sobre oportunidade de investimentos em ações e proteção de rentabilidade e gerenciamento de risco por meio de contratos futuros e opções, a instituição tenta se tornar mais conhecida entre pecuaristas e agricultores, um público reconhecidamente conservador. "Temos a bandeira da popularização do mercado futuro. Esta é uma bola de neve de consciência que vai se formando", afirma Wedekin. Ele, que já foi secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, ressalta que os instrumentos de apoio à renda agrícola criados nos últimos anos têm ajudado a quebrar o gelo. "É natural haver certa desconfiança porque esses são instrumentos mais sofisticados que não estão no dia a dia da maioria dos produtores", pondera. Wedekin lembra, contudo, que o mercado futuro acaba sendo usado de forma indireta pelo produtor como, por exemplo, quando ele fecha um contrato com o frigorífico, que vai à bolsa travar preços da arroba do boi.
Vendedores de insumos recebem produto agropecuário como garantia de pagamento e fazem operação no mercado futuro. "O produtor vai ao mercado futuro pela mão da indústria."
O mercado de opções pode ser uma porta de entrada. "É um mecanismo mais simples que o contrato futuro e, com ele, o produtor pode fazer hedge (proteção de preço) do mesmo jeito", diz. Este, aliás, é um instrumento que tem sido cada vez mais usado na BM&F. Segundo Wedekin, as opções representavam 4% do volume total de contratos agropecuários negociado em 2009 e, em 2010, essa participação chegou a 14%, um porcentual inédito. No mercado de milho, as opções chegaram a representar 31,8% dos negócios no primeiro semestre deste ano, ante 9% no mesmo período em 2009. Nos EUA, por exemplo, as opções representam entre 30% e 35% do total de negócios. A bolsa não informa quem são os principais negociadores das opções.
Crise - A terceira edição do programa "BMF&Bovespa Vai o Campo" ocorre em um momento em que os negócios futuros agrícolas ainda tentam se recuperar do baque sofrido em 2009, como efeito da crise econômico-financeira internacional. No primeiro semestre, o volume de negócios envolvendo contratos futuros e de opções aumentou 14,3%, para 1.088.425, ante 952.349 no mesmo período de 2009. Na comparação com os 1.658.257 do primeiro semestre de 2008, contudo, houve recuo de 34,4%.
Apesar do resultado negativo na comparação com 2008, Wedekin destaca o aumento do número de contratos futuros e de opções abertos, que bateu recorde em 2010, com superando o melhor momento do período pré-crise em julho de 2008, quando o número girava em torno de 140 mil. O volume despencou para 70 mil ao final de 2009, mas em 30 de junho tinha se recuperado para 155 mil. "O número de contratos abertos é um dos indicadores de liquidez do mercado e esse aumento é uma boa notícia", disse.
Depois de Mato Grosso do Sul, o BM&FBovespa segue para Presidente Prudente(SP), Guarapuava (PR), Eduardo Magalhães (BA), Rondonópolis (MT), Jataí (GO) e Guaxupé (MG). O programa atraiu cerca de 9,3 mil pessoas nas duas edições anteriores.
CBOT-SOJA RECUA COM CLIMA FAVORÁVEL .
O mercado futuro da soja encerrou o pregão em queda nesta segunda-feira, recuando para o nível mais baixo das últimas duas semanas. A bolsa de Chicago foi pressionada por previsões climáticas favoráveis à safra, vendas técnicas e a fraqueza generalizada no farelo.
O vencimento agosto perdeu 18,75 cents, ou 1,8%, a US$ 9,9825/bushel. O contrato mais negociado, base novembro, terminou com queda de 15,50 cents, ou 1,58%, para US$ 9,66/bushel. Participantes do mercado estimam que os fundos especulativos venderam cerca de 4 mil lotes no dia.
A ausência de ameaça às lavouras nas diversas previsões climáticas, combinada com as chuvas recentes no Meio-Oeste, fez os participantes reduzirem os prêmios de risco no mercado.
Os futuros da soja haviam registrado um rali até às máximas de seis meses, por causa do temor quanto ao impacto do clima quente e seco nas lavouras norte-americanas, que seguem para o período mais crítico de desenvolvimento. Os traders haviam construído amplos prêmios na nos vencimentos futuros, diante deste potencial de queda na produtividade, reflexo do clima adverso.
As chuvas chegaram no tempo certo e também não há previsão de estresse por causa da alta temperatura, por isso, as plantas poderão se desenvolver muito bem, disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics and Consulting, à Dow Jones.
Ao mesmo tempo, o esfriamento da demanda pela safra velha, que resultou em valores mais baixos no mercado disponível, a redução dos preços do farelo e das margens para esmagamento aumentaram a pressão sobre as cotações de vencimentos da safra 2009/10, observou Zuzolo. Vendas técnicas aumentaram as perdas no dia. A retração foi acelerada conforme os contratos mais ativos testaram mínimas da última semana.
Os futuros do farelo também tiveram forte queda hoje, seguindo trajetória dos preços no disponível que recuaram para as mínimas de três semanas. A commodity registrou a maior perda no complexo, se comparado seu desempenho em relação aos preços no mercado físico, segundo analistas. A indústria reduziu a demanda por soja para esmagamento, enquanto aguarda pela oferta da safra nova, com preços mais baixos, pesou sobre a bolsa. O vencimento agosto caiu US$ 6,70, ou 2,2% no dia, para US$ 277,50/tonelada curta, e o dezembro recuou para US$ 293,20/t, queda de 2%, ou US$ 5,80 por tonelada. Vendas de fundos foram estimadas em dois mil lotes no dia.
A trajetória do óleo de soja não foi diferente, pressionado pela fraqueza da soja e sem o suporte dos futuros do petróleo, o vecimento dezembro recuou 20 pontos no dia, ou 0,5%, para 39,56 cents. O volume de vendas de fundos foi estimado em três mil lotes.
CBOT-GRÃOS EM BAIXA,DESTAQUE PARA MILHO,MENOR PREÇO TRÊS SEMANAS.
Os contratos futuros de soja caminham em firme território negativo nesta segunda-feira na Bolsa de Chicago. Os lotes para entrega em novembro recuaram até 20 cents negociados na minima do dia a US$ 9,61/bushel. Chegaram a atingir o menor nível diante do clima favorável para desenvolvimento da safra.
Analistas disseram que a falta de ameaças ao bom desenvolvimento das lavouras dos Estados Unidos serve de âncora para os preços, pois não há outras novidades neste momento. As previsões não indicam qualquer motivo de preocupação na área central dos Estados Unidos até o início de agosto, importante época para o desenvolvimento da soja. A queda das bases de preço no mercado à vista, com enfraquecimento da demanda pela antiga safra, se soma ao tom defensivo.
MILHO OPERA NA MÍNIMA DE TRÊS SEMANAS.
Os contratos futuros de milho registram desvalorização nesta segunda-feira na CBOT a ponto de registrarem mínimas em três semanas. Negocios para entrega em dezembro, os de maior liquidez, operavam em baixa de 6,50 cents ou 1,69%, cotados a US$ 3,78/bushel. Neste momento não há ameaças climáticas capazes de impulsionar o mercado. Previsões de curto prazo mostram condições favoráveis para o desenvolvimento da safra americana, de modo que traders removem prêmio de risco embutido nas cotações quando havia preocupações com o clima quente e seco, segundo analistas. O mercado continua pressionado pela fraqueza dos futuros de trigo.
TEMPO SECO NA MAIOR PARTE DO BRASIL.
O tempo deve continuar seco na maior parte do Brasil nesta semana, com chuvas apenas no leste do Nordeste e no extremo norte do País, informa a Somar Meteorologia em seu boletim semanal. No Sul, o período inicia com tempo seco e queda de temperatura, após um fim de semana chuvoso no Rio Grande do Sul. O Estado deve registrar geada nas áreas ao sul e regiões serranas. No Sudeste e no Centro-Oeste a temperatura sobe nos próximos dias.
Na sexta-feira (30), uma nova frente fria deverá chegar ao Rio Grande do Sul e voltará a causar chuvas no final da semana. Porém, não há previsão de chuva para as Regiões Centro-Oeste, Sudeste e interior do Nordeste, o que confirma a expectativa de um inverno seco sobre o Brasil Central. No início de agosto, a incidência e o volume de chuvas no Sul devem diminuir. "Essa condição deve agravar ainda mais as condições do déficit hídrico, secura do ar, problemas com pastagens, queimadas e qualidade o ar", afirmou Paulo Etchichury, sócio diretor da Somar.
Uma nova massa de ar polar deve chegar ao Rio Grande do Sul a partir do dia 4 de agosto, para depois subir para os demais Estados da Região, para o Mato Grosso do Sul e São Paulo. Pode ocorrer geadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e sul de Mato Grosso do Sul.
Chuvas
Algumas regiões do Brasil Central tiveram um período de ausência total de chuvas em julho, segundo a Somar, com destaque para áreas em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Tocantins e Bahia, onde não chove há mais de 150 dias. As precipitações do mês ficaram concentradas no extremo Sul e no extremo Norte do Brasil e no leste da Região Nordeste, especialmente na região do Recôncavo Baiano. A Somar relatou que o frio e geadas no Sul do Brasil foram destaque no mês, mas estiveram dentro do padrão climático para esta época do ano.
A umidade do solo continua satisfatória, ou seja, acima de 60%, na Região Sul, sul de Mato Grosso do Sul, sul de São Paulo e sul do Rio de Janeiro. A mesma condição é observada no Norte, litoral das Regiões Sudeste e Nordeste. No Brasil Central, o longo período seco fez a umidade cair abaixo de 10%.
Estados Unidos
Nesta semana as chuvas devem se concentrar um pouco mais sobre o Sul dos Estados Unidos. No início de agosto, o tempo permanecerá quente e com chuvas isoladas no Meio-Oeste devido à propagação de áreas de instabilidades típicas do verão no Hemisfério Norte. De acordo com a Somar, não há previsão nem indícios de estiagem que possa afetar a produção local.
Durante a semana passada e neste final de semana voltou a chover sobre a região. Mesmo de forma irregular e mal distribuídas, as precipitações contribuíram para reduzir o risco de estiagem e favoreceram as lavouras de milho e soja, principalmente as que já se encontram na fase crítica (floração e enchimento de grão). Os maiores volumes (50 a 100 mm) se concentraram sobre importantes regiões produtoras, incluindo parte dos Estados de Minnesota, Dakota do Sul, Iowa, Missouri, Illinois, Wisconsin e Indiana.
MATO GROSSO/SOJA: COMERCIALIZAÇÃO ATINGE 15,6% DA SAFRA 10/11.
A comercialização de soja da safra 2010/11 está avançada em relação ao ano passado. Levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea), divulgado nesta segunda feira em seu relatório semanal, indica que as vendas da oleaginosa totalizaram 15,6% da produção prevista em Mato Grosso na atual temporada, estimada pela entidade em 18,289 milhões de toneladas. Na mesma data no ano passado, os produtores da região haviam negociado 12,5% da safra.
De acordo com o Imea, o aumento das vendas da safra 2010/11 em julho mês reflete o bom desempenho do mercado futuro da soja em Chicago. O instituto destaca que o vencimento março, negociado a US$ 9,20/bushel no início do mês, agora oscila em torno de US$ 9,90/bushel. O mês coincide com o período de pico da colheita no Estado.
Safra 2009/10 - Em relação ao ciclo anterior, os produtores negociaram 90% da safra 2009/10, avanço de um ponto porcentual se comparado ao mesmo período da temporada 2008/09. Segundo o Imea, as vendas estão mais forte no Médio-Norte, com 92,1% comercializado e Oeste, com 94,8%.
CHICAGO: SOJA E MILHO CAEM SEM AMEAÇA CLIMÁTICA.
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago trabalham em baixa nesta segunda-feira, dando continuidade ao fraco desempenho observado no pregão eletrônico. A falta de ameaças climáticas no curto prazo estimulava traders a reduzirem o prêmio de risco no mercado, segundo analistas.
Os produtos derivados da oleaginosa também oscilavam negativamente. Lotes para entrega em novembro cediam 17 cents, cotados a US$ 9,64 por bushel.
O milho opera em queda, pressionado pela continuação de vendas em meio à ausência de um clima ameaçador, disseram traders. As condições parecem principalmente favoráveis para o desenvolvimento do grão, apesar de preocupações com chuvas excessivas em algumas áreas.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve manter estável ou subir ligeiramente o porcentual da safra com avaliação boa a excelente no relatório semanal de acompanhamento. O contrato dezembro perdia 6,5 cents, para US$ 3,780 por bushel.
O trigo recuava em meio à realização de lucros após um recente rali. Na semana passada, o contrato setembro atingiu o maior patamar desde de junho de 2009 na CBOT. O vencimento caía 8,75 cents, ou 1,47%, para US$ 5,8750 por bushel. Na Bolsa do Kansas, o mesmo contrato cedia 5 cents, ou 0,81%, negociado a US$ 6,10 por bushel.
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