segunda-feira, 4 de abril de 2011

CBOT/MILHO SOBE 3,3% E REGISTRA FECHAMENTO RECORDE

As cotações do milho subiram com força hoje na Bolsa de Chicago e o mercado registrou fechamento recorde, em meio a preocupações com a oferta. A expectativa de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduzirá a estimativa de estoques finais provocou um novo rali. Os contratos mais líquidos, com vencimento em maio, saltaram 24,25 cents ou 3,29%, para US$ 7,6025/bushel, maior fechamento já registrado.
O mercado chegou a desafiar a máxima histórica de junho de 2008, a US$ 7,65/bushel, mas recuou antes do fechamento. A máxima foi alcançada durante a forte alta das commodities observada naquele ano, que foi rapidamente interrompida pela crise financeira global.
Desde o verão do Hemisfério Norte, os preços futuros do milho mais do que dobraram, com forte demanda para exportação, produção recorde de etanol nos Estados Unidos e compras consistentes de criadores de animais no país. "Embora não pareça que o consumo de milho esteja desacelerando, é necessária uma desaceleração", comentou o economista agrícola Darrel Good, da Universidade de Illinois. Mesmo com a terceira maior safra de milho produzida nos Estados Unidos, os criadores de animais tiveram dificuldades para se abastecer com o suprimento.
A expectativa é de que os estoques de milho dos Estados Unidos serão os mais baixos em 15 anos no fim da temporada, com 17,145 milhões de toneladas em 31 de agosto. Espera-se, portanto, que o USDA sinalize queda das reservas no seu relatório mensal de oferta e demanda, que será divulgado na sexta-feira.
O analista Bryce Knorr, da revista Farm Futures, disse que o relatório de sexta-feira pode mostrar que os estoques finais dos Estados Unidos serão o equivalente a menos de quatro dias de demanda dos consumidores domésticos e internacionais. Ele estima que o USDA reduzirá sua projeção para os estoques para 13,335 milhões de toneladas. Os estoques finais registraram o menor nível histórico no ano-safra 1995/96, totalizando 10,8 milhões de tons. "A função do mercado será conter a demanda para o equilíbrio do ano", comentou o analista Charles Soule, da corretora Country Hedging.

MILHO/MT: IMEA REDUZ ESTIMATIVA DE ÁREA PARA 1,75 MI DE HECTARES.
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), vinculado à Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), reduziu sua estimativa de área plantada de milho safrinha no Estado para 1,752 milhão de hectares, 10,1% (196 mil hectares) inferior aos 1,948 milhão de hectares cultivados na safra passada. As dificuldades enfrentadas pelos agricultores para concluir o plantio do milho dentro do período recomendado, por causa do atraso na colheita da soja devido ao excesso de chuvas, levou o Imea a rever a projeção de março, que era de cultivo de 1,8 milhão de hectares.
A estimativa do Imea é de produção de 7,564 milhões de toneladas do milho, volume 10,1% inferior as 8,414 milhões de toneladas produzidas na safra passada. Apesar dos riscos esperados para as lavouras semeadas a partir da segunda quinzena de março, o Imea manteve a projeção de produtividade em 72 sacas por hectare, mesmo rendimento registrado na safra passada.
A maior retração no plantio, em termos absolutos, ocorreu na região do médio-norte, que responde por 48% do cultivo com milho safrinha em Mato Grosso. Segundo o Imea, no médio-norte houve uma redução de 122,5 mil hectares (13%) na área de milho, que caiu para 841,5 mil hectares. Em termos relativos, a maior queda foi de 14% (menos 43 mil hectares), registrada na região oeste, que cultiva nesta safra 256,1 mil hectares. A região oeste foi a mais castigada pelo excesso de chuvas, que atrapalhou a logística de colheita e escoamento da soja, além de prejudicar o plantio do milho.
Os analistas do Imea observam que apesar da redução, a área plantada com milho safrinha em Mato Grosso será a segunda maior de sua história. "Resta saber se o Estado irá repetir a produtividade alcançada no ano passado para que, mesmo com a redução de sua área plantada, tenha a quarta maior produção histórica."
O aspecto positivo desta safra é a antecipação da comercialização do milho que acabou de ser plantado. Segundo o Imea, até o final do mês passado 31,7% das 7,564 milhões de toneladas já foram comercializados, nível que no ano passado só foi atingido a partir de julho e em 2009 somente em agosto.
Os analistas do Imea comentam que o mercado de milho disponível continua sem novidades e andando de lado. Os preços seguem nominais em todas as cidades. No município de Canarana, o preço do milho esteve cotado a R$ 19,40/saca ao longo da semana. Em Primavera do Leste, o preço do milho para compra esteve cotado a R$ 21,50/saca e o de venda a R$ 24,00/saca. Comparado ao mês de março do ano passado, o preço da saca de milho teve uma alta de 138%.

SOJA: DEMANDA ENFRAQUECE E MERCADO FECHA EM QUEDA

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam em queda hoje, pressionados pelo avanço da colheita na América do Sul, o que estaria limitando a demanda global pela oleaginosa norte-americana.
O contrato maio, mais negociado, recuou 9,75 centavos, ou 0,7%, para fechar cotado a US$ 13,84 por bushel. O novembro, referente à safra nova, perdeu 0,25 centavo, para US$ 13,89.
"A preocupação com a desaceleração da demanda por exportação para a soja da safra antiga (dos EUA) pesou sobre os contratos mais próximos, particularmente com os persistentes rumores de que a China está se voltando para a América do Sul e também trocando a origem de algumas aquisições dos EUA para o Brasil", de acordo com a Doane Advisory Service.
Os vencimentos mais distantes, relativos à safra 2011/12, ficaram perto da estabilidade, com o suporte da contínua alta do milho, já que a oleaginosa tem que manter os preços atrativos para não perder área para o cereal.
Entre os produtos derivados, o farelo recuou em linha com a soja. O vencimento maio perdeu US$ 3,90, para fechar cotado a US$ 357 por tonelada.
Já o óleo de soja avançou, com a sustentação da alta do petróleo e do fortalecimento dos mercados mundiais de óleos vegetais, de acordo com analistas. O petróleo influencia o óleo de soja devido ao uso do grão na fabricação de combustíveis renováveis. O contrato maio subiu 20 pontos, para 58,88 centavos por libra-peso.

SOMAR: CHUVA DIMINUI EM ABRIL NO SUL/SUDESTE/CENTRO-OESTE.

O mês de abril começa com padrão climático típico de outono. A tendência é que as chuvas no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil diminuam gradualmente no decorrer deste mês, avalia a Somar Meteorologia, em boletim semanal.
De acordo com a Somar, o avanço de uma nova frente fria volta a provocar chuvas no Sudeste e no Centro-Oeste nesta semana, o que deve prejudicar ainda mais o processo de colheita da soja e retardar o início do corte e moagem da cana-de-açúcar em São Paulo. Já no Sul o tempo volta a se firmar com ligeiro declínio da temperatura, o que deve beneficiar a conclusão da colheita da soja no Rio Grande do Sul e no Paraná. "Isso representa um padrão típico do outono e que deve se prolongar pelo restante do mês", informa o sócio diretor da Somar, Paulo Etchichury.
No decorrer da semana, a frente fria avança para o Nordeste e o tempo deve se firmar também em São Paulo e em Mato Grosso do Sul, indicando redução de chuvas e predomínio de tempo seco para o restante do mês.
No Nordeste do Brasil, que atravessa seu período chuvoso ("inverno nordestino"), as águas permanecem mais concentradas no norte da região, favorecendo diretamente os Estados do Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. Já no interior da região as chuvas continuam muito irregulares e mal distribuídas.
A Somar observa, ainda, que a semana será chuvosa também em grande parte da Região Nordeste, com os maiores volumes concentrados no oeste da região, atingindo diretamente as áreas produtoras de soja e algodão da Bahia, Maranhão e Piauí.
A semana
A última semana de março foi de chuva no Sul do Brasil e tempo mais seco em Minas Gerais e na Bahia. Segundo a Somar, depois de um período chuvoso no início do mês, na última semana de março os volumes diminuíram em Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás e na Bahia.
Já no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, a passagem de uma frente fria causou chuvas e temporariamente atrapalhou a colheita da soja, especialmente no Rio Grande do Sul.
Na Região Nordeste, incluindo o sertão e o agreste, a semana também foi de predomínio de sol e apenas volumes isolados. Em Mato Grosso, a persistência das águas atrapalha a colheita da soja e também o desenvolvimento da lavoura de algodão. "O mês de março mais chuvoso é um padrão típico de anos de La Niña", comenta Etchichury. Em São Paulo, as águas de março retardaram o início do corte e moagem da cana-de-açúcar.
Argentina
A passagem de uma frente fria causa chuva no norte e nordeste da Argentina. No entanto, a última semana de março foi de tempo seco sobre a região do Pampa Úmido, incluindo algumas importantes áreas produtoras de soja.
Para esta semana, a previsão é de tempo seco sobre grande parte do território argentino, com o calor diminuindo um pouco. Por enquanto, porém, não há previsão de frio extremo, informa a Somar. "Para quem não depende mais de água para fechar ciclo das lavouras, de um modo geral, a condição climática daqui para frente deve favorecer a fase de colheita", afirma Etchichury.
Conforme a Somar, a tendência para abril é de uma condição típica do outono, predominando tempo seco e ligeira queda na temperatura noturna. Em virtude da influência final do fenômeno La Niña, as frentes frias devem passar mais pelo Oceano Atlântico, causando chuvas, em geral fracas, somente na faixa leste.

PERSPECTIVA: SOJA PODE TER PRESSÃO, MILHO SEGUE FIRME.

Os mercados futuros de soja e milho na Bolsa de Chicago iniciam esta semana de olho na demanda. O milho precisa racionar a procura e por isso a perspectiva é de alta. E a oleaginosa porque a demanda diminuiu, o que pode pressionar as cotações.
Na sexta-feira, rumores de que a China teria cancelado ou adiado carregamentos de soja EUA em substituição por produto brasileiro pressionaram o mercado, e o contrato maio recuou 16,50 centavos, ou 1,17%, para fechar cotado a US$ 13,9375 por bushel. O grão, entretanto, segue bastante atrelado ao milho para evitar a perda de acres no plantio da safra 2011/12 nos Estados Unidos, fazendo com o que mercado vivencie situações opostas.
"A equação entre a área de soja e a de milho não permite que o preço da soja caia muito. Mas por outro lado tem uma pressão baixista da falta de demanda. O maior consumidor do mundo, a China, está fora do mercado e isso fez a soja cair. Cairia muito mais se não fossem os números de área e estoques", disse Daniel D´Ávila, da Newedge, referindo-se às estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de uma área plantada menor nos Estados Unidos em 2011/12 e de estoques trimestrais abaixo do esperado.
No caso do milho, os preços precisam subir para racionar a demanda, uma vez que os estoques no final de 2010/11 podem ser os menores em 15 anos. O USDA estimou que os estoques do cereal em 1º de março totalizaram 165,6 milhões de toneladas, queda de 15% em relação ao mesmo momento do ano anterior. Essas reservas mais apertadas do que o esperado são uma evidência de que os preços altos do milho não estão desacelerando a demanda diante da oferta restrita.
"O milho começa a semana bem sustentado e bem agitado porque ainda existe uma demanda muito forte, tanto de comerciais quanto de capital especulativo. Pode haver tomada de lucros em dados momentos, e nesse caso podemos ver as indústrias de ração e usinas de etanol comprando milho", completou o analista.
Na última sessão, os futuros do milho atingiram o maior nível desde a crise alimentar de 2008. Os contratos com vencimento em maio avançaram 42,75 centavos, ou 6,17%, para US$ 7,36 por bushel. A máxima foi a US$ 7,3825/bushel. Pelo segundo dia consecutivo, os futuros alcançaram o limite de alta permitido pela bolsa de Chicago.
O trigo terminou a semana em queda, pressionado pela realização de lucros. Os traders de trigo não enfrentam as mesmas preocupações que os de milho, pois os estoques são amplos, com o USDA estimando a reserva acima da expectativa dos traders e analistas. Na CBOT, os lotes para entrega em maio caíram 3,75 centavos, ou 0,49%, e fecharam a US$ 7,5950/bushel.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

CBOT/SOJA: REALIZAÇÃO DE LUCRO COM RUMORES DE CANCELAMENTO CHINÊS DERRUBA PREÇOS.

Os futuros da soja fecharam em queda hoje na bolsa de Chicago, pressionados pela realização de lucros após os ralis recentes. De acordo com analistas, o mercado estava um pouco sobrecomprado após o salto de 4,1% nos preços na última semana.
O contrato maio, mais negociado, recuou 16,50 centavos, ou 1,17%, para fechar cotado a US$ 13,9375 por bushel. O novembro, referente à nova safra, perdeu 5,75 centavos, ou 0,4%, cotado a US$ 13,8925.
O suporte registrado ontem após as estimativas de oferta mais apertada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) foi compensado pelo avanço da colheita e pela perspectiva de uma competição maior das exportações da América do Sul.
Os futuros também sentiram a pressão de preços mais baixos no mercado à vista do Brasil e dos rumores de que a China teria cancelado aquisições anteriores em mercados de exportação devido às margens de esmagamento fracas, completaram analistas.
Os produtos derivados também tiveram queda, sendo que o farelo foi pressionado pela realização de lucros. O óleo ainda conseguiu reduzir as perdas devido ao suporte dos futuros do petróleo, segundo analistas. O petróleo influencia o óleo de soja porque este é usado na produção de combustíveis renováveis.
O contrato maio do óleo recuou 10 pontos, ou 0,2%, para terminar a 58,68 centavos por libra-peso. O maio do farelo caiu US$ 9,80, ou 2,64%, cotado a US$ 360,90 por tonelada.

MILHO: CHICAGO FECHA EM ALTA DE 6,2% PUXADA POR REDUÇÃO DE ESTOQUES
Os preços futuros do milho dispararam hoje e atingiram o maior nível desde a crise alimentar de 2008 na CBOT. O mercado recebeu um novo impulso dos dados de estoques divulgados ontem pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que fortaleceram as preocupações com a oferta.
Os contratos com vencimento em maio, os mais negociados, avançaram 42,75 cents ou 6,17%, para US$ 7,36/bushel. A máxima foi a US$ 7,3825/bushel. Pelo segundo dia consecutivo, os futuros alcançaram o limite de alta permitido pela bolsa - ontem era de 30 cents e hoje passou para 45 cents.
Ontem, o USDA divulgou sua estimativa de que os estoques de milho em 1º de março totalizaram 6,52 bilhões de bushels, queda de 15% em relação ao mesmo momento do ano anterior e 2,7% abaixo da expectativa média dos analistas consultados pela agência Dow Jones. Os estoques mais apertados do que o esperado foram nova evidência de que os preços altos do milho não estão desacelerando a demanda diante da oferta restrita.
"O relatório de estoques do USDA realmente deixou o mercado saber que é seriamente necessário conter a demanda por meio dos preços, se não queremos ficar sem oferta antes da colheita", disse a comerciante de grãos Kayla Hoffman.
Os preços do milho mais do que dobraram no verão do Hemisfério Norte, puxados pela forte demanda. Na última valorização expressiva, alcançaram US$ 7,65/bushel, no verão de 2008.

SOJA/MT : COLHEITA ATINGE 92,5% DA ÁREA.

A colheita da soja atingiu nesta semana 5,932 milhões de hectares em Mato Grosso, que correspondem a 92% dos 6,413 milhões de hectares estimados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). De acordo com a estimativa do Imea, ainda faltam 481 mil hectares para serem colhidos. Os trabalhos estão 6,2 pontos percentuais atrasados em relação ao mesmo período do ano passado, quando 98,7% da área cultivada na safra 2009/10 já estava colhida.
O diretor administrativo da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Favaro, diz que a colheita deve ser concluída na próxima semana, com atrasos registrados na parte leste do Estado, como no nordeste, onde ainda faltam 175,3 mil hectares, e o sudeste, que ainda tem para colher 108,3 mil hectares.
Favaro cita como fator negativo desta safra o alto desconto aplicado pelas tradings no recebimento dos grãos, por causa do excesso de umidade. Ele explica que tradings não só descontam o porcentual de umidade acima do padrão, como cobram uma taxa proporcional pela operação de secagem do grão. Ao final, diz ele, o produtor chega a perder até 2% do volume entregue, a cada 1% de umidade excessiva.
Segundo o dirigente da Aprosoja, em função das chuvas constantes, a maioria dos agricultores entregou soja com excesso de umidade, pois a colheita foi realizada aproveitando os breves períodos de estiagem. Ele cita que na sua propriedade a soja foi entregue com umidade entre 20% a 24%, bem acima do ponto ideal de 14%.
Na opinião de Favaro, os descontos terão impacto na renda do agricultor, apesar da boa produtividade esperada para esta safra, entre 60 a 65 sacas por hectare. Mesmo com os descontos, ele diz que as perspectivas são otimistas, pois 78% da soja já foram comercializados e o remanescente deve ser vendido por bons preços no segundo semestre.
As preocupações dos produtores se voltam agora para o planejamento da safra 2011/12, cujos custos de produção devem aumentar, por causa da alta de preços dos fertilizantes. Favaro conta que a tonelada de fertilizante, que custava R$ 400 reais em março do ano passado, atingiu R$ 420 em dezembro. Agora, diz ele, os preços do fertilizante estão em R$ 530 a R$ 550. Os gastos com adubação correspondem a 30% do custo de produção da soja.

quinta-feira, 31 de março de 2011

MILHO: CHICAGO FECHA NO LIMITE DE ALTA.

As cotações do milho na Bolsa de Chicago dispararam nesta quinta-feira, depois que o governo dos Estados Unidos estimou queda dos estoques maior do que a esperada. Os contratos com vencimento em maio, os mais líquidos, avançaram para o limite de alta de 30,0 cents ou 4,52% e fecharam a US$ 6,9325/bushel.
Participantes do mercado usaram opções de milho para precificar os futuros acima do limite diário. Traders disseram que o contrato maio operou sinteticamente por volta de US$ 7,32/bushels no pit de opções. Isso indica que os preços mais do que dobraram o limite dos futuros.
Os preços sintéticos são o preço implícito dos futuros com base na relação com opções.
"Os dados de estoques de grãos mostram que os preços ainda não estão contendo a demanda", afirmou o banco Morgan Stanley, em nota. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) afirmou em seu relatório trimestral de estoques que, em 1º de março, os produtores tinham 15% menos milho em estoque do que no mesmo momento do ano anterior. Analistas esperavam uma queda modesta."Nossa margem de erro ficou ainda mais apertada", disse o presidente da corretora U.S. Commodities, Don Roose, sobre a próxima safra.
A alta do milho ocorreu mesmo com o fato de que o USDA estimou aumento da área plantada na maioria das safras, para aproveitar os preços elevados. A área de milho pode ser a segunda maior desde 1944.

SOJA FECHA EM FORTE ALTA APÓS DADOS SOBRE PLANTIO E ESTOQUES
Os futuros da soja fecharam com forte alta hoje na bolsa de Chicago, impulsionados pela preocupação do mercado com as projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre o plantio na safra 2011/12 e os estoques trimestrais de grãos no país.
O contrato maio da soja, mais negociado, terminou com alta de 38,25 centavos, ou 2,79%, cotado a US$ 14,1025 por bushel.
Tanto a previsão de área a ser plantada nos EUA com a nova safra quando a de oferta ficaram abaixo das expectativas, reavivando os temores relacionados aos estoques apertados. Além disso, a área menor prevista significa que a soja não pode ter nenhuma perda de produtividade neste ano, destacou Mike Zuzolo, da Global Commodity Analytics.
O governo estimou o plantio da oleaginosa em 76,6 milhões de acres (30,99 milhões de hectares). Se concretizada, a área ficará 1% abaixo da semeada em 2010/11, mas ainda será a terceira maior já registrada. De acordo com o USDA, os estoques norte-americanos em 1º de março de 2011 somavam 33,99 milhões de toneladas, pouco abaixo de 34,57 milhões de tons no mesmo período do 2010. Analistas esperavam um leve aumento nas reservas de soja.
Os dados do USDA são um sinal de que o mercado não elevou os preços de maneira suficiente para racionar o uso, em meio a estoques já projetados em níveis precariamente baixos no final da temporada, disseram analistas.
A partir de agora, surgirão as preocupações com o clima, sendo que alguns traders e analistas temem que as condições de umidade no Meio-Oeste e o tempo seco nos estados do sul possam prejudicar a produção. "Nossa margem de erro ficou ainda menor", disse Don Roose, presidente da corretora U.S. Commodities.
Os produtos derivados também terminaram com ganhos, em linha com a perspectiva de uma disponibilidade menor da soja tanto da safra antiga, devido aos estoques em níveis baixos, quanto da safra nova, por conta da área menor.
O contrato maio do óleo subiu 146 pontos, ou 2,5%, para fechar cotado a 58,78 centavos por libra-peso. O mesmo vencimento do farelo ganhou US$ 10,20, ou 2,8%, para US$ 370,70 por tonelada.

SOJA/USDA - EUA PREVÊ ÁREA DE 76,6 MILHÕES DE ACRES

Os Estados Unidos devem cultivar 76,6 milhões de acres (30,99 milhões de hectares) com soja em 2011/12, queda de 1% na comparação com 2010/11. Se concretizada, a área será a terceira maior já registrada. As informações foram divulgadas hoje pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em um relatório sobre as intenções de plantio neste ano.
Na comparação com o ano anterior, declínios de 100 mil acres ou mais são esperados no plantio de soja dos estados de Iowa, Kansas, Mississippi, Nebraska e Ohio. Por outro lado, a área cultivada em Nova York e Dakota do Norte deve ser a maior já registrada.

Os estoques de soja dos Estados Unidos somavam 33,99 milhões de toneladas em 1º de março de 2011, pouco abaixo de 34,57 milhões de toneladas no mesmo período do 2010.

MILHO/USDA ESTIMA ÁREA EM 92,2 MILHÕES DE ACRES
Os produtores norte-americanos devem cultivar 92,2 milhões de acres (37,31 milhões de hectares) com milho em 2011/12, alta de 5% na comparação com 2010/11 e de 8% ante 2009/10. Se concretizada, esta será a segunda maior área plantada com o grão nos Estados Unidos desde 1944, atrás somente dos 93,5 milhões de acres (37,84 milhões de hectares) semeados em 2007. Uma expansão de 250 mil acres ou mais é esperada para as lavouras de Iowa, Kansas, Nebraska, Dakota do Norte, Ohio e Dakota do Sul. O maior declínio deve ocorrer no Texas, que cultivará 150 mil acres a menos.

Os estoques de milho nos Estados Unidos somavam cerca de 165,68 milhões de toneladas em 1º de março de 2011, ante 195,42 milhões de toneladas em igual período de 2010.

ALGODÃO/USDA ESTIMA ÁREA SEMEADA EM 12,6 MI/ACRES
Os Estados Unidos devem plantar algodão em 12,6 milhões de acres (5,1 milhões de hectares), alta de 15% frente ao ano anterior. Produtores norte-americanos pretendem ampliar as lavouras em todos os estados. A maior expansão, de 548 mil acres, deve ocorrer no Texas. A área semeada na Carolina do Norte, Georgia e Mississippi deve aumentar mais de 100 mil acres.

CHINA/SOJA CAI POR REALIZAÇÃO DE LUCROS.

Os futuros da soja terminaram com leve queda na Bolsa de Commodities de Dalian, pressionados por realização de lucros após quatro sessões consecutivas de ganhos, à medida que investidores temem a possibilidade de um novo aperto da política monetária chinesa.
Tais rumores foram parcialmente desencadeados pela expectativa de que o índice de preços ao consumidor neste mês irá acelerar em relação ao aumento de 4,9% em fevereiro.
O contrato janeiro, o mais negociado, encerrou com desvalorização de 0,4% nesta quinta-feira, cotado a 4.618 yuans por tonelada (6,549 yuans = US$ 1), apesar do avanço de 0,8% no pregão eletrônico da Bolsa de Chicago.
As cotações do óleo de canola na Bolsa de Commodities de Zhengzhou continuaram com o melhor desempenho entre as commodities agrícolas. O contrato setembro fechou com alta de 0,4% em meio a preocupações de que a produção pode cair acentuadamente em 2011. Boa parte do complexo, contudo, terminou com perdas.
Temores sobre um novo aperto da política monetária e o recente rali dos preços deixaram os investidores mais cautelosos, encorajando alguns a embolsar lucros, informou a Xinhua Futures Co. em uma nota.
Traders também estão atentos a quantos acres os agricultores norte-americanos dedicarão à safra de soja, enquanto as projeções do relatório de intenções de plantio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) devem mostrar um potencial declínio da área cultivada.

quarta-feira, 30 de março de 2011

CBOT/SOJA SOBE NA EXPECTATIVA DE ÁREA MENOR NOS EUA.

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago fecharam em alta hoje, sustentados pelos temores de que os produtores dos Estados Unidos vão plantar uma área menor com a oleaginosa na nova safra 2011/12 devido à expansão do plantio de milho e algodão.
O contrato maio, mais negociado, subiu 10,50 centavos, ou 0,8%, para fechar cotado a US$ 13,72 por bushel. O novembro, referente à nova safra, ganhou 9,25 centavos, ou 0,7%, para US$13,6350.
A opinião geral no mercado é de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) vai confirmar amanhã, em seu primeiro relatório sobre o plantio com dados fornecidos pelos produtores, as estimativas privadas de uma queda na área de soja, de acordo com Rich Nelson, diretor de pesquisa da Allendale.
A redução da área é um problema para os usuários da oleaginosa devido à necessidade de uma grande produção para reabastecer os estoques apertados nos EUA frente a uma demanda mundial aquecida.
Os futuros da soja precisam subir para convencer os agricultores a plantar a oleaginosa, em vez de milho ou algodão, já que as três safras são semeadas praticamente na mesma época, dizem analistas.
Analistas entrevistados pela Dow Jones Newswires estimaram o plantio da soja em uma média de 77 milhões de acres, queda de 0,6% em relação ao ano passado e abaixo da estimativa inicial feita pelo USDA de 78 milhões de acres. O plantio do milho foi estimado em 91,7 milhões de acres, alta de 3,9% em relação ao ciclo anterior.
Traders compraram soja às custas do milho, uma tendência verificada nesta semana, pois acreditam em uma área menor da oleaginosa, em estoques de milho maiores e em uma alta da área de milho em relação ao ano passado, de acordo com analistas.
Os futuros dos produtos derivados também terminaram em alta, em linha com a soja. O vencimento maio do óleo ganhou 30 pontos, ou 0,5%, e fechou a 57,32 centavos por libra-peso. O maio do farelo avançou US$ 1,90, ou 0,5%, para terminar a US$ 360,50 por tonelada.

MILHO RECUA COM SINAIS DE COMÉRCIO ENTRE CHINA E ARGENTINA
O mercado futuro de milho registrou perdas hoje na CBOT conforme diminui a expectativa de exportação para a China. Os lotes mais movimentados, para entrega em maio, recuaram 8,50 cents ou 1,27% e fecharam a US$ 6,6325/bushel. Os Estados Unidos podem perder vendas para a China, caso o país asiático se volte para a Argentina para comprar milho, segundo analistas.
De acordo com o Australia & New Zealand Banking Group, essa possibilidade existe, pois autoridades de alimentação e saúde da China viajaram para Buenos Aires para discutir padrões de qualidade do milho argentino. A Argentina é o segundo maior exportador mundial do grão, atrás dos Estados Unidos. Nas últimas semanas, os futuros subiram 14% por causa de rumores sobre vendas à China.
Traders compraram soja hoje, em detrimento do milho, uma tendência observada nesta semana enquanto se espera área menor com soja nos Estados Unidos, estoques de milho mais amplos e expansão da área de milho em relação ao ano passado, de acordo com analistas.
Além disso, participantes do mercado fecharam posições antes de receber os relatórios de plantio e estoques do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado amanhã.

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