segunda-feira, 4 de abril de 2011

CBOT/MILHO SOBE 3,3% E REGISTRA FECHAMENTO RECORDE

As cotações do milho subiram com força hoje na Bolsa de Chicago e o mercado registrou fechamento recorde, em meio a preocupações com a oferta. A expectativa de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduzirá a estimativa de estoques finais provocou um novo rali. Os contratos mais líquidos, com vencimento em maio, saltaram 24,25 cents ou 3,29%, para US$ 7,6025/bushel, maior fechamento já registrado.
O mercado chegou a desafiar a máxima histórica de junho de 2008, a US$ 7,65/bushel, mas recuou antes do fechamento. A máxima foi alcançada durante a forte alta das commodities observada naquele ano, que foi rapidamente interrompida pela crise financeira global.
Desde o verão do Hemisfério Norte, os preços futuros do milho mais do que dobraram, com forte demanda para exportação, produção recorde de etanol nos Estados Unidos e compras consistentes de criadores de animais no país. "Embora não pareça que o consumo de milho esteja desacelerando, é necessária uma desaceleração", comentou o economista agrícola Darrel Good, da Universidade de Illinois. Mesmo com a terceira maior safra de milho produzida nos Estados Unidos, os criadores de animais tiveram dificuldades para se abastecer com o suprimento.
A expectativa é de que os estoques de milho dos Estados Unidos serão os mais baixos em 15 anos no fim da temporada, com 17,145 milhões de toneladas em 31 de agosto. Espera-se, portanto, que o USDA sinalize queda das reservas no seu relatório mensal de oferta e demanda, que será divulgado na sexta-feira.
O analista Bryce Knorr, da revista Farm Futures, disse que o relatório de sexta-feira pode mostrar que os estoques finais dos Estados Unidos serão o equivalente a menos de quatro dias de demanda dos consumidores domésticos e internacionais. Ele estima que o USDA reduzirá sua projeção para os estoques para 13,335 milhões de toneladas. Os estoques finais registraram o menor nível histórico no ano-safra 1995/96, totalizando 10,8 milhões de tons. "A função do mercado será conter a demanda para o equilíbrio do ano", comentou o analista Charles Soule, da corretora Country Hedging.

MILHO/MT: IMEA REDUZ ESTIMATIVA DE ÁREA PARA 1,75 MI DE HECTARES.
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), vinculado à Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), reduziu sua estimativa de área plantada de milho safrinha no Estado para 1,752 milhão de hectares, 10,1% (196 mil hectares) inferior aos 1,948 milhão de hectares cultivados na safra passada. As dificuldades enfrentadas pelos agricultores para concluir o plantio do milho dentro do período recomendado, por causa do atraso na colheita da soja devido ao excesso de chuvas, levou o Imea a rever a projeção de março, que era de cultivo de 1,8 milhão de hectares.
A estimativa do Imea é de produção de 7,564 milhões de toneladas do milho, volume 10,1% inferior as 8,414 milhões de toneladas produzidas na safra passada. Apesar dos riscos esperados para as lavouras semeadas a partir da segunda quinzena de março, o Imea manteve a projeção de produtividade em 72 sacas por hectare, mesmo rendimento registrado na safra passada.
A maior retração no plantio, em termos absolutos, ocorreu na região do médio-norte, que responde por 48% do cultivo com milho safrinha em Mato Grosso. Segundo o Imea, no médio-norte houve uma redução de 122,5 mil hectares (13%) na área de milho, que caiu para 841,5 mil hectares. Em termos relativos, a maior queda foi de 14% (menos 43 mil hectares), registrada na região oeste, que cultiva nesta safra 256,1 mil hectares. A região oeste foi a mais castigada pelo excesso de chuvas, que atrapalhou a logística de colheita e escoamento da soja, além de prejudicar o plantio do milho.
Os analistas do Imea observam que apesar da redução, a área plantada com milho safrinha em Mato Grosso será a segunda maior de sua história. "Resta saber se o Estado irá repetir a produtividade alcançada no ano passado para que, mesmo com a redução de sua área plantada, tenha a quarta maior produção histórica."
O aspecto positivo desta safra é a antecipação da comercialização do milho que acabou de ser plantado. Segundo o Imea, até o final do mês passado 31,7% das 7,564 milhões de toneladas já foram comercializados, nível que no ano passado só foi atingido a partir de julho e em 2009 somente em agosto.
Os analistas do Imea comentam que o mercado de milho disponível continua sem novidades e andando de lado. Os preços seguem nominais em todas as cidades. No município de Canarana, o preço do milho esteve cotado a R$ 19,40/saca ao longo da semana. Em Primavera do Leste, o preço do milho para compra esteve cotado a R$ 21,50/saca e o de venda a R$ 24,00/saca. Comparado ao mês de março do ano passado, o preço da saca de milho teve uma alta de 138%.

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