sexta-feira, 8 de abril de 2011

SOJA FECHA EM ALTA POR PREOCUPAÇÃO COM DEMANDA E QUEDA DO DÓLAR

Os futuros da soja negociados na bolsa de Chicago ignoraram o relatório sobre os estoques finais norte-americanos divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e fecharam em alta hoje, sustentados pela preocupação com a forte demanda. O contrato maio subiu 28,75 centavos, ou 2,11%, e fechou a US$ 13,9225 por bushel.
As cotações encontraram sustentação na decisão de traders de desfazer operações de spread feitas depois do relatório de estoques de 1o de março, em que estavam comprados em milho e vendidos em soja. A fraqueza do dólar e a alta do petróleo também atraíram compras de investidores.
Prêmios no mercado à vista do Brasil mais firmes também deram suporte, mas o mercado não conseguiu se aproximar das máximas recentes já que traders consideram que a oferta sul-americana vai aliviar o aperto da oferta norte-americana.
Em seu relatório mensal, o USDA deixou inalterada sua projeção para os estoques finais de soja dos EUA, surpreendendo traders que esperavam uma queda. Segundo eles, isso indica que os estoques estão tão baixos que o órgão está relutante em fazer mais cortes.
Os preços precisam se manter altos para encorajar os produtores a plantarem soja em vez de milho, para reabastecer os estoques, disseram analistas. "As pessoas estão começando a entender que 3,8 milhões de toneladas não é de jeito nenhum confortável", disse Jim Gerlach, presidente da A/C Trading.
Os produtos derivados também avançaram, sendo que o óleo de soja saltou para a máxima de oito semanas com suporte dos ganhos no petróleo. O petróleo influencia o óleo de soja porque este é usado na produção de combustíveis renováveis. O contrato maio do óleo ganhou 145 pontos, ou 2,49%, para terminar cotado a 59,77 centavos por libra-peso.
O farelo acompanhou a soja, em uma recuperação das recentes quedas. O vencimento maio subiu US$ 6,30, ou 1,80%, a US$ 357,20 por tonelada.

MILHO VOLTA A ACOMPANHAR FORTE DEMANDA E FECHA EM ALTA
Os preços futuros do milho subiram hoje na CBOT. Traders desconsideraram os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgados hoje e que mantiveram a estimativa de estoques finais, e voltaram a prestar atenção na forte demanda. O contrato com vencimento em maio avançou 9,0 cents ou 1,19% e fechou a US$ 7,68/bushel.
Participantes do mercado esperavam que a estimativa de oferta, já prevista como a menor em 15 anos, fosse ainda inferior. O USDA surpreendeu os traders ao manter suas estimativas de março. Os preços subiram porque traders disseram que as previsões indicam que os estoques estão tão baixos que o USDA relutou em reduzir ainda mais sua estimativa.
"Você tem uma quantidade mínima de estoques", comentou o analista Bill Gentry, da corretora Risk Management Commodities. O relatório trimestral de estoques do USDA, divulgado na semana passada com a avaliação dos estoques em 1º de março, indicou que a demanda é mais forte do que se imaginava. Nesta semana, os preços atingiram níveis históricos, acima de US$ 7,70/bushel, por causa da forte demanda, especialmente para produção de etanol e rações.
Analistas disseram, portanto, que os preços precisam subir mais para conter a demanda. "Não racionamos a demanda ainda. Isso é um pouco desanimador", comentou Gentry. Traders notaram que a alta do petróleo e a queda do dólar deram suporte ao mercado.

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