segunda-feira, 4 de abril de 2011

PERSPECTIVA: SOJA PODE TER PRESSÃO, MILHO SEGUE FIRME.

Os mercados futuros de soja e milho na Bolsa de Chicago iniciam esta semana de olho na demanda. O milho precisa racionar a procura e por isso a perspectiva é de alta. E a oleaginosa porque a demanda diminuiu, o que pode pressionar as cotações.
Na sexta-feira, rumores de que a China teria cancelado ou adiado carregamentos de soja EUA em substituição por produto brasileiro pressionaram o mercado, e o contrato maio recuou 16,50 centavos, ou 1,17%, para fechar cotado a US$ 13,9375 por bushel. O grão, entretanto, segue bastante atrelado ao milho para evitar a perda de acres no plantio da safra 2011/12 nos Estados Unidos, fazendo com o que mercado vivencie situações opostas.
"A equação entre a área de soja e a de milho não permite que o preço da soja caia muito. Mas por outro lado tem uma pressão baixista da falta de demanda. O maior consumidor do mundo, a China, está fora do mercado e isso fez a soja cair. Cairia muito mais se não fossem os números de área e estoques", disse Daniel D´Ávila, da Newedge, referindo-se às estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de uma área plantada menor nos Estados Unidos em 2011/12 e de estoques trimestrais abaixo do esperado.
No caso do milho, os preços precisam subir para racionar a demanda, uma vez que os estoques no final de 2010/11 podem ser os menores em 15 anos. O USDA estimou que os estoques do cereal em 1º de março totalizaram 165,6 milhões de toneladas, queda de 15% em relação ao mesmo momento do ano anterior. Essas reservas mais apertadas do que o esperado são uma evidência de que os preços altos do milho não estão desacelerando a demanda diante da oferta restrita.
"O milho começa a semana bem sustentado e bem agitado porque ainda existe uma demanda muito forte, tanto de comerciais quanto de capital especulativo. Pode haver tomada de lucros em dados momentos, e nesse caso podemos ver as indústrias de ração e usinas de etanol comprando milho", completou o analista.
Na última sessão, os futuros do milho atingiram o maior nível desde a crise alimentar de 2008. Os contratos com vencimento em maio avançaram 42,75 centavos, ou 6,17%, para US$ 7,36 por bushel. A máxima foi a US$ 7,3825/bushel. Pelo segundo dia consecutivo, os futuros alcançaram o limite de alta permitido pela bolsa de Chicago.
O trigo terminou a semana em queda, pressionado pela realização de lucros. Os traders de trigo não enfrentam as mesmas preocupações que os de milho, pois os estoques são amplos, com o USDA estimando a reserva acima da expectativa dos traders e analistas. Na CBOT, os lotes para entrega em maio caíram 3,75 centavos, ou 0,49%, e fecharam a US$ 7,5950/bushel.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivo do blog

Quem sou ?

Minha foto
SÃO PAULO, CAPITAL, Brazil
CORRETOR DE COMMODITIES.

whos.amung.us

contador de visitas