segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

SOJA – PERSPECTIVA.

Os mercados de grãos da Bolsa de Chicago (CBOT) reabrem amanhã sob pressão depois de amargar perdas expressivas na semana passada. Os contratos de milho para março caíram mais de 12%, para US$ 3,7150 o bushel - menor nível desde o início de outubro -, enquanto o trigo cedeu para US$ 5,10 o bushel, uma desvalorização de 10,92%. Já a soja registrou um recuo de 3,6%, cotada a US$ 9,74 no fechamento da sexta-feira. Os grãos foram pressionados pelo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que apontou uma oferta de milho e trigo maior do que a esperada pelos agentes do mercado, além de confirmar uma safra mundial recorde de soja. O fraco desempenho das exportações americanas de milho e trigo e o temor de que a China reduza suas importações de soja também pesaram sobre os futuros de grãos na semana passada.
Outro fator negativo foi a queda de outras commodities importantes, como petróleo (-6%), cobre (-2,1%) e ouro (-1,2%), em meio ao aumento das preocupações com a recuperação da economia mundial. Os problemas fiscais na Grécia, a sinalização de maior aperto monetário na China e o desemprego nos Estados Unidos criaram uma atmosfera pessimista no mercado.No preço futuro do óleo de palma na bolsa da Malásia, a incerteza quanto à força da demanda para exportação de óleo de palma impediu que a cotação do produto subisse. Os participantes do mercado não acreditam que os números de exportação vão crescer de modo significativo até o fim de janeiro, não compensando o aumento dos estoques. "A demanda dos nossos principais compradores, como China, Índia e Europa, não tem sido forte. Além disso, os estoques podem subir até 2,25 milhões de toneladas até o fim de janeiro", disse um trader em Cingapura.

Analistas da bolsa (CBOT), disseram que o mercado está se ajustando ao novo cenário de oferta e demanda. Encerrado esse processo, a tendência é que os preços se acomodem perto dos níveis recentes nas próximas semanas. A entrada da safra sul-americana limita o potencial de alta, mas não deve pressionar os preços para patamares muito inferiores aos atuais. Em um cenário sem grandes problemas com o clima no Brasil e na Argentina, o comportamento do dólar e de outras commodities tornam-se as influências mais importantes para os preços dos grãos até março, quando o mercado se volta para as intenções de plantio nos Estados Unidos. Tecnicamente, o milho encontra suporte a US$ 3,54 o bushel e enfrenta resistência a US$ 3,92 o bushel. A soja tem suporte a US$ 9,55 o bushel e enfrenta resistência a US$ 9,90 o bushel.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivo do blog

Quem sou ?

Minha foto
SÃO PAULO, CAPITAL, Brazil
CORRETOR DE COMMODITIES.

whos.amung.us

contador de visitas