segunda-feira, 12 de julho de 2010

CBOT - SOJA SOBE NOS VENCIMENTOS CURTOS E CAI NOS LONGOS.

Os preços futuros da soja encerraram a sessão desta segunda-feira sem direção definida na bolsa de Chicago, com fundamentos divergentes que levaram os contratos referentes às safras 2009/10 e 2010/11 para direções opostas. O vencimento julho subiu 6,25 cents, ou 0,6%, para US$ 10,3175/bushel e o agosto ganhou 4,50 cents, ou 0,5%, para US$ 9,9775/bushel. Para o contrato novembro, referente à safra nova e também o mais negociado no mercado, o fechamento foi em queda de 2,25 cents, ou 0,2%, para US$ 9,51/bushel. Os fundos venderam cerca de três mil lotes no dia. O cenário atual de oferta apertada serve como catalisador dos vencimentos mais curtos, enquanto o clima favorável nas áreas produtoras nos Estados Unidos pressiona os contratos de longo prazo, refletindo o impacto deste fator na safra 2010/11.
O mercado eleva os preços ofertados para contratos ligados à safra 209/10 para estimular os produtores a vender o grão, uma vez que os valores atuais não estão estimulando a comercialização dos estoques, mesmo diante da oferta limitada do produto, disse John Kleist, analista e corretor da Allendale Inc.
Ao mesmo tempo, os vencimentos mais longos sucumbiram diante de previsões climáticas favoráveis ao desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos. Ainda assim, o mercado não descarta o possível impacto do clima no período mais crítico de desenvolvimento das lavouras, em agosto. "A incerteza do clima e seu impacto no nível de produtividade mantêm os vendedores cautelosos", afirma Kleist. Agosto é um período crítico para as plantas, que atingem a fase de formação e enchimento de grãos, determinante para a produtividade das lavouras.
O farelo terminou em baixa depois de um dia tranquilo. Apesar do declínio, o spread entre os vencimentos de longo e curto prazo se estreitou. Também neste segmento, o mercado trabalha com um cenário de estoque ajustado. Os futuros do óleo de soja encerraram em alta moderada, conseguindo manter parte dos ganhos recentes da bolsa.

MILHO

Os preços futuros do milho caíram nesta segunda-feira na CBOT pressionados pela ideia de que o clima favorável nos Estados Unidos tende a amenizar as preocupações com o desenvolvimento da safra. Posição mais líquida, o contrato com vencimento em dezembro caiu 3,50 cents ou 0,89% e fechou a US$ 3,9175/bushel.
Traders disseram que o mercado cedeu ao longo da sessão e que precisaria ver mais problemas relacionados ao clima para estender o rali recente. Mas as previsões são de temperaturas dentro da média e volume de chuvas adequado nos próximos dias no Cinturão do Milho americano. A safra está entrando no importante período de polinização em muitas áreas, determinante para a produtividade.
O analista John Kleist, corretor da Allendale, observou que o relatório da Comissão de Comércio de Futuros de Commodities (CFTC), divulgado na sexta-feira, indicou que os traders comerciais aumentaram suas posições vendidas na semana encerrada em 6 de julho. Fundos venderam cerca de 6 mil contratos. Traders disseram que o mercado teve uma correção depois dos expressivos ganhos recentes, diante de dados de oferta e demanda mais altistas, divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Segundo Kleist, o mercado já tem um teto, em razão da falta de problemas climáticos. Um trader declarou que será difícil romper o nível da média móvel de 200 dias, a US$ 4,0250/bushel, "a menos que comecemos a ter problemas sérios com a safra".

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