quinta-feira, 15 de julho de 2010

SOJA: CHICAGO FECHA EM ALTA IMPULSIONADO POR CLIMA.

Os preços futuros subiram mais de 2% hoje na bolsa de Chicago testando máximas de seis meses nesta quinta-feira, impulsionados por previsões que apontam clima adverso para as lavouras de soja dos Estados Unidos. O vencimento agosto subiu 21,50 cents (2,2% no dia) para US$ 10,19/bushel. O vencimento novembro, o mais ativo, terminou com alta de 26 cents, ou 2,7%, para US$ 9,88/bushel. O volume estimado de compras de fundos é de sete mil lotes hoje. O mercado teve novo rali nesta temporada, influenciado por uma série de fatores altistas, mas a previsão climática que indica clima quente e seco na região central dos Estados Unidos na próxima semana, com potencial para afetar o rendimento das lavouras, foi o item dominante na sessão. A expectativa fez os traders elevarem o prêmio de risco, diante da aproximação do período mais crítico para o desenvolvimento das plantas em agosto, observou Dan Basse, presidente da AgResource Company, de Chicago.
Agosto é um período crítico porque é a fase de formação de enchimento dos grãos, determinante para a produtividade das lavouras. No curto prazo, com contratos referentes ao grão produzido em 2009/10, o cenário de estoque ajustado sustenta o mercado. Os sinais de sólida demanda aumentam o receio sobre a disponibilidade da oleaginosa, que faz os participantes fazerem operações para se protegerem de possíveis quebra na safra.
A combinação de fraqueza do dólar e o cenário técnico firme contribuíram para deixar os vendedores afastados do mercado hoje, segundo analistas do mercado. Para os próximos dias, o mercado permanecerá sob influência do clima, até que os analistas tenham um cenário mais claro da perspectiva de rendimento da soja, afirmou Basse.
Do lado da demanda, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reportaram vendas semanais de 1,225 milhão de toneladas da atual safra na semana encerrada em 8 de julho. As vendas líquidas totalizaram 666.500 toneladas para a safra 2009/10. O USDA também reportou vendas privadas de 116 mil toneladas de soja para a China e 238 mil toneladas para destinos não revelados, ambas para entrega em 2010/11.
O farelo fechou firme hoje, seguindo rali da soja, reflexo da baixa disponibilidade de grãos para esmagamento nos Estados Unidos e o receio de quebra na safra, por conta do clima. Além de acompanhar o movimento de alta do complexo soja, os futuros do óleo de soja também foram sustentados pela firme demanda externa.

MILHO: COMPRAS DE FUNDOS IMPULSIONAM  2,2%.
Os contratos futuros do milho voltaram a registrar forte valorização na CBOT com clima quente no Cinturão do Milho e um rali no mercado de trigo. Posição mais líquida, o contrato setembro saltou 8,25 cents ou 2,15% e fechou a US$ 3,9250/bushel. Traders disseram que preocupações com o clima alimentaram as compras de fundos.
O trigo subiu mais de 6% hoje, com temores em relação às safras da Europa e da Rússia. Traders também disseram que as previsões do tempo são de calor rigoroso no Meio-Oeste dos Estados Unidos até o fim deste mês. Isso aumenta a ansiedade sobre a condição das lavouras americanas. Um participante do mercado afirmou que, olhando para os modelos climáticos, "parece que vamos fritar a safra".
O analista Arlan Suderman, da revista Farm Futures, acrescentou que, em seis anos parecidos de clima quente e úmido, a safra americana terminou com produtividade abaixo da tendência principal. Estima-se que fundos tenham comprado cerca de 25 mil contratos. Segundo Suderman, a atividade dos fundos manteve a valorização do milho, apesar da grande quantidade de vendas de produtores. Alguns deles ainda vinham segurando partes da última safra, visando a vender apenas num rali.
As compras de fundos vêm sustentando as commodities em geral, inclusive o milho. "Há muito fluxo de capital no mercado. Mas é difícil dizer o que está causando isso", disse o analista. O milho foi capaz de romper a resistência psicológica nos US$ 4/bushel, o que alimentou o interesse comprador, segundo traders.

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